A China anunciou hoje 55 novos casos de covid-19, quase todos oriundos do exterior, no momento em que o país suspendeu temporariamente a entrada de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes. As autoridades de saúde chinesas informaram que 54 casos são importados, ou seja, pessoas que estão voltando do exterior, e apenas um caso de contágio local, também detectado na província de Zhejiang, no leste do país. A Comissão de Saúde da China disse que, até a meia-noite dessa quinta-feira (26), morreram mais cinco pessoas no país, devido à infecção pelo novo coronavírus, o que eleva para 3.292 o número de mortes. Wuhan, no centro da China, onde foram detectados os primeiros casos de covid-19, teve quatro das cinco mortes, o que aumenta para 2.535 o total de mortes na cidade. Quando a doença começou a atingir o resto do mundo, muitos chineses regressaram ao país, que passou a registrar centenas de casos procedentes do exterior. Para impedir uma segunda onda de contágios, o governo chinês impôs uma quarentena rigorosa de 14 dias a quem entrar na China. Na quarta-feira (25), o governo anunciou a suspensão temporária da entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo quem tem visto ou autorização de residência, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus. A medida abrange estrangeiros com visto de negócios ou de estudo, ou com autorização de residência, por motivos de trabalho ou reunião familiar, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O número de casos diagnosticados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, desde o início da pandemia, é de 81.340, entre os quais 74.588 receberam alta, após terem superado a doença. O número de infectados ativos é de 3.460, entre os quais 1.034 permanecem em estado grave. Desde o início do surto, em dezembro passado, 697.470 pessoas em contato próximo com infectados estiveram sob vigilância médica, incluindo 16.005 ainda sob observação, de acordo com dados oficiais. No último dia 12, o governo chinês declarou que o pico das transmissões terminou no país, embora tenha lançado medidas adicionais para evitar novos surtos, devido ao aumento de casos importados. O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 500 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23 mil. Dos casos de infecção, pelo menos 108.900 são considerados curados. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar situação de pandemia. O Continente europeu, com quase 275 mil infectados e 16 mil mortos, é onde surge atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais mortes: 8.165 em 80.539 casos registrados até agora. A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registrando 4.089, entre 56.188 casos de infecção confirmados. Vários países adotaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o fechamento de fronteiras. Fonte: Agência Brasil
O Aeroporto Internacional Tom Jobim-RIOgaleão prevê redução média de 90% do total de voos, no próximo mês de abril. A projeção é que serão cancelados 93% dos voos internacionais, com redução de 87% de voos domésticos. A estimativa foi divulgada hoje (26) pelo consórcio RIOgaleão, que administra o aeroporto internacional do Rio de Janeiro. O cenário previsto é resultado da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus no país. Segundo o RIOgaleão, a crise no setor de saúde provoca adequações operacionais constantes, de modo a permitir que o aeroporto continue funcionando e que o impacto seja o menor possível. Esta semana, por exemplo, foi decidido o encerramento temporário das atividades do Píer Sul, extensão do terminal 2, com 100 mil metros quadrados e investimento de cerca de R$ 2 bilhões. Ali estão localizadas 26 pontes de embarque, salas VIPs, lojas e restaurantes. A partir de agora, foi definido que todos os embarques, domésticos e internacionais serão realizados pelas 17 pontes de embarque do terminal 2. Além disso, a partir do próximo dia 1º de abril, a pista 10/28, uma das duas pistas de pousos e decolagens, terá as atividades encerradas durante o período de crise, visando diminuir os custos de manutenção envolvidos na operação. Obrigações financeiras Outras ações vêm sendo efetivadas, com objetivo de garantir que as obrigações financeiras possam ser honradas. Uma delas é relativa aos salários dos diretores e gerentes, que sofrerão redução de 15% a partir deste mês, para que a concessionária possa continuar pagando em dia todos os colaboradores. Essa medida vai vigorar por tempo indefinido. A área comercial do RIOgaleão está também renegociando contratos dos estabelecimentos comerciais, com o objetivo de tornar as operações sustentáveis, de modo que as lojas e restaurantes possam se manter no aeroporto até que o cenário volte à normalidade. O vice-presidente do aeroporto, Alexandre Monteiro, disse que “o RIOgaleão está tomando todas as medidas para seguir prestando um serviço de qualidade e essencial ao Rio de Janeiro e ao país. O Aeroporto Internacional Tom Jobim tem importância fundamental para a economia da cidade e do estado do Rio e quando a turbulência passar, vamos retomar nossas atividades de forma plena”, afiançou Monteiro. Fonte: AB
A revisora de textos e servidora pública aposentada brasiliense Cely Curado teve uma mudança grande de rotina nas últimas semanas. Em isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), ela conta que o tempo na internet triplicou: passou a ver mais filmes e ouvir mais música e começou a fazer cursos online por meio de plataformas criadas para este fim. Esta é, hoje, a realidade de muitas pessoas. O recurso da internet vem crescendo para finalidades como o teletrabalho, a comunicação com parentes, amigos e colegas, a busca por informações e momentos de lazer no consumo de músicas e vídeos. Com isso, é preciso aumentar também os cuidados para evitar acessos indevidos, entrada de vírus ou golpes aplicados pela Web. A empresa especializada em segurança da informação Kaspersky identificou na América Latina mais de 300 domínios maliciosos usados para envio de mensagens falsas e 35 para difundir malwares entre fevereiro e 15 de março. Um exemplo foi uma mensagem com uma conta de álcool gel de mais de R$ 3 mil. Quem clicava tinha um cavalo de troia instalado, que permitia o acesso à máquina do usuário pelos autores do golpe. Isso permitia, por exemplo, a realização de pagamentos e outras movimentações bancárias. Outro caso foi uma campanha falsa distribuída no WhatsApp que simulava um anúncio da plataforma de vídeo Netflix que oferecia acesso gratuito durante a pandemia do novo coronavírus. Quem clicava era direcionado a um site. O objetivo dos autores era obter cliques para ganhar dinheiro com os anúncios na página de destino. Cuidados O Comitê Gestor da Internet lançou um guia com dicas para manter um uso seguro da internet. Mensagens diversas, incluindo boatos com curas milagrosas ou novidades, podem ser uma armadilha para implantar um vírus ou um código malicioso no computador ou smartphone do usuário (acesse aqui – https://internetsegura.br/coronavirus/). Os códigos maliciosos podem ser vírus (que entram no computador como parte de um programa ou copiando-se para dentro do dispositivo), cavalo de troia (programa que executa ações sem o usuário saber), “ransomware” (mecanismo que veta usar determinados dados do equipamento, cujo acesso em geral é condicionado a um “resgate”) e “backdoor” (programa que permite o acesso remoto ao equipamento do usuário) (veja a cartilha do CGI sobre o tema – https://cartilha.cert.br/fasciculos/codigos-maliciosos/fasciculo-codigos-maliciosos.pdf). Outro perigo são mensagens pedindo informações sobre o usuário, como dados pessoais, financeiros e bancários. Também é o caso de aplicativos e sites que prometem fazer testes online visando atestar se a pessoa está ou não infectada. No caso dos apps, a recomendação do CGI é baixar sempre de lojas conhecidas, como as do sistema operacional do smartphone. “Ao instalar aplicativos, evite fornecer dados e permissões quando não forem realmente necessários”, acrescenta o documento do CGI. Uma sugestão é evitar sites que não tenham o endereço com “https”. Este é o indicador de um protocolo mais seguro das páginas na web. Já no caso do acesso remoto ao sistema da empresa em caso de teletrabalho, o melhor é recorrer a redes privadas …
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600,00, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para análise do Senado. Pelo texto do relator, deputado Marcelo Aro (PP-MG), o auxílio pode chegar a R$ 1.200 por família. O valor final, superior aos R$ 200 anunciados pelo Executivo no início da crise em virtude da pandemia, foi possível após articulação de parlamentares com membros do governo federal. O projeto prevê ainda que a mãe provedora de família “uniparental” receba duas cotas. Os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxílio:– ser maior de 18 anos de idade;– não ter emprego formal;– não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;– renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e– não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70. Pelo texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições: – exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);– ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);– ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou– ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020. Pelas regras, o trabalhador não pode ter vínculo formal, ou seja, não poderão receber o benefício trabalhadores formalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e servidores públicos. Pela proposta, também será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio. O pagamento será realizado por meio de bancos públicos federais via conta do tipo poupança social digital. Essa conta pode ser a mesma já usada para pagar recursos de programas sociais governamentais, como PIS/Pasep e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas não pode permitir a emissão de cartão físico ou cheques. Impacto fiscal No início da tarde, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o auxílio de R$ 500 durante o período de crise. Segundo ele, o valor referente a meio salário-mínimo (atualmente em R$ 1.039) deveria ser pago por três meses e teria um impacto fiscal estimado entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. Com a mudança, a perspectiva fiscal é de um impacto de R$ 14 bilhões. Maia argumentou que o valor pago aos profissionais informais deve ser mantido caso ainda haja necessidade após os três meses previstos no texto. “Não é possível que a gente não possa garantir aos trabalhadores informais uma renda por esse período de três meses e avaliando esse cenário a cada semana, porque isso é um …
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prorrogará, em caráter excepcional, os prazos máximos de atendimento para a realização de consultas, exames, terapias e cirurgias que não sejam urgentes. Também ficam mantidos os prazos para atendimentos de urgência e emergência. Para esses casos, portanto, os prazos máximos de atendimento permanecem os mesmos. Ficam suspensos os prazos de atendimento em regime de hospital-dia, aquele de assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial; e atendimento em regime de internação eletiva, já anunciado anteriormente pela reguladora.Essa suspensão, contudo, será mantida até 31 de maio. “É importante ressaltar que a ANS irá reavaliar a medida periodicamente, podendo fazer alterações a qualquer tempo, em caso de necessidade. Durante todo o tempo, a reguladora irá monitorar os dados dos atendimentos que serão enviados pelas operadoras para avaliar a necessidade da tomada de outras decisões”, afirmou a agência. Ainda de acordo com a nova orientação da ANS, as operadoras deverão justificar a não disponibilização da cobertura nos prazos máximos da RN 259, informando documentos próprios e/ou oficiais do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais ou municipais de Saúde que apontem a necessidade de disponibilização de recursos naquela localidade, de modo a priorizar os casos graves da infecção por Coronavírus. Além dessas medidas, e considerando a importância do acesso à informação aos beneficiários de planos de saúde, a Agência recomenda às operadoras que divulguem a seus consumidores a estrutura e a organização de atendimento para o enfrentamento da pandemia do Novo Coronavírus por meio de seus sítios eletrônicos, aplicativos, bem como por cartas ou mensagem SMS. As informações assistenciais devem conter claramente as orientações aos atendimentos ambulatoriais ou de emergência. “Cabe destacar que estas orientações também deverão ser disponibilizadas em linguagem clara e de fácil entendimento pelas suas centrais telefônicas”, ressalta a reguladora. Como ficaram os prazos de atendimento – Foto: Divulgação ANS IsolamentoA ANS enfatiza que a divulgação dessas medidas assistenciais não dispensa as operadoras de orientarem seus beneficiários quanto à necessidade de isolamento social e a adoção de formas de comunicação à distância e da manutenção dos cuidados básicos de higiene para evitar a doença. Fonte: AB
O Brasil teve uma explosão de registros de internação de pessoas com insuficiência respiratória grave depois da primeira notificação de um paciente com coronavírus no Brasil, indicam dados da Fiocruz. O primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 25 de fevereiro. Naquela semana, 662 pessoas foram internadas no País com doença respiratória aguda, com sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória. Na semana entre os dias 15 e 21 de março, o número de novos internados já tinha saltado para 2.250 pacientes, de acordo com a projeção feita com base nas notificações oficiais enviadas por unidades de saúde e hospitais públicos, e alguns privados, de todo o País ao Ministério da Saúde. “É um número dez vezes maior do que a média histórica, de cerca de 250 casos de hospitalização nos meses de fevereiro e março, em anos anteriores”, diz o pesquisador Marcelo Ferreira da Costa Gomes, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Ele coordena o InfoGripe, sistema da Fiocruz que, em parceria com o ministério, monitora os dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Ela pode ser causada por vários vírus, como influenza, adenovírus, os quatro coronavírus sazonais que já circulavam anteriormente – e o novo coronavírus. Segundo Gomes, os números sugerem que o “grande aumento” de internações pode ter ocorrido “em decorrência da Covid-19”, embora nem todas as pessoas hospitalizadas tenham sido testadas para a doença e os resultados dos exames estejam saindo com atraso de vários dias. “É uma curva vertiginosa”, diz ele. “Já havia pressão no sistema de saúde, neste ano, maior do que a usual, com ligeiro aumento nas internações em janeiro e fevereiro do que nos mesmos meses de anos anteriores”, afirma. “Mas, nas duas últimas semanas, houve uma explosão. Essa curva aumentou drasticamente, possivelmente por causa do coronavírus”, afirma. “O sistema hospitalar já está sofrendo uma pressão inédita”, segue Gomes. Ele afirma ainda que a tendência é que as internações sigam crescendo. “A gente ainda não sabe como vai se dar a interação desses vírus, como Influenza A, Influenza B e o novo coronavírus [todos causadores de doenças respiratórias]”, diz. O estado de São Paulo, o maior do País, tinha no dia 21 um total de 1.228 pessoas internadas, contra uma média de menos de 200 em anos anteriores. É importante notar que o pico de internações em geral ocorre no mês de maio, quando as temperaturas baixas facilitam a disseminação dos vírus que causam doenças respiratórias.Especialistas ouvidos pela reportagem que integram a linha de frente no combate à doença afirmam que o número de internações antecipa a explosão de casos de coronavírus no País, já que eles só serão confirmados depois do resultado de exames específicos para a Covid-19. “Os dados só reforçam a necessidade da adoção de medidas de isolamento social, para reduzir a velocidade de disseminação da Covid-19, conforme recomendação. Fonte: Folha-PE
O número de casos confirmados de coronavírus no mundo desde o começo da pandemia ultrapassou meio milhão de pessoas nesta quinta-feira (26). Às 14h30 (horário do Brasil), havia 510.018 casos registrados desde que o primeiro alerta apareceu na China, no final do ano passado. O país asiático é o que tem o maior número de casos no total (81.285), mas hoje apenas 3.947 pessoas ainda estão doentes. Recuperaram-se 74.051 doentes, e 3.287 morreram. A Itália, atual epicentro da pandemia, deve ultrapassar em breve os casos chineses e se tornar a líder em registros. Na tarde desta quinta, 80.539 infecções italianas haviam sido confirmadas. Folha-PE
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgou hoje (26) nota técnica recomendando que os consumidores evitem cancelar ou pedir descontos ou reembolso total ou parcial em mensalidades de instituições de ensino que tiveram as aulas suspensas em razão do novo coronavírus (covid-19). A nota, que inclui recomendações dos órgãos de defesa do consumidor dos estados do Rio de Janeiro, de Pernambuco, de São Paulo e de Procons do Brasil, foi elaborada após as medidas de restrição de circulação de pessoas que suspenderam a realização de aulas presenciais. De acordo com a Senacon, o objetivo é evitar o desarranjo nas escolas, uma vez que as instituições já fizeram sua programação anual e as alterações orçamentárias poderiam impactar despesas como o pagamento de salários de professores e aluguel, entre outras. O documento recomenda que consumidores não peçam reembolso parcial ou total de mensalidades nos casos em que a escola se dispuser a oferecer o serviço interrompido posteriormente, por meio de aulas presenciais, ou pela oferta de aulas online, de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação. No caso de pedido de reembolso parcial, fora dessas hipóteses, a secretaria propõe que se esgotem todas as tentativas de negociação antes do rompimento contratual, visando minimizar ou cancelar eventuais multas contratuais. A nota diz ainda que a medida também deve ter por objetivo “estabelecer uma sistemática de devolução de valores pela instituição de ensino, quando cabível, de forma parcelada, evitando-se um ônus que, no presente momento, pode comprometer a capacidade econômico-financeira das empresas, a qual não deve ser anterior ao encerramento da atual quarentena e das medidas de combate à pandemia”. Aulas A nota diz que, em relação às instituições educacionais, a melhor alternativa é a possibilidade de prestar serviços com qualidade equivalente ou semelhante àquela contratada inicialmente e que a instituição pode oferecer as reposição das aulas presenciais em período posterior ou na modalidade a distância. No primeiro caso, a instituição deve promover modificação do calendário de aulas e férias. Caso as aulas sejam repostas nos tradicionais períodos de férias, não será possível aos estabelecimentos de ensino efetuarem cobranças adicionais. Sobre a adoção do ensino a distância, as instituições poderão oferecer a prestação das aulas, desde que seja garantido “o seu adimplemento nos termos da legislação vigente do Ministério da Educação, que prevê carga horária mínima e cumprimento do conteúdo estabelecido.” Nos dois casos, não é cabível a redução de valor das mensalidades, nem a postergação de seu pagamento. Além disso, a oferta de aulas na modalidade não presencial não vale para alguns cursos superiores – como os da área de saúde, por exemplo – que exigem atividades práticas presenciais. A nota diz ainda que as entidades de defesa do consumidor devem buscar tentativa de conciliação entre fornecedores e consumidores no mercado de ensino “para que ambos cheguem a um entendimento acerca de qualquer uma das formas de encaminhamento da solução do problema sugeridas acima (oferta de ferramentas online e/ou recuperação das aulas, entre outras), sem que haja judicialização do pedido de …
O Projeto de Lei 705/20 altera o Código Penal para prever pena de 2 a 4 anos de detenção e multa a quem propagar informações sabidamente falsas em relação a epidemias e pandemias. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados. Autor do texto, o deputado Célio Studart (PV-CE) afirma que o objetivo é impedir a disseminação de informações falsas durante situações já reconhecidamente críticas, como é o caso de epidemias e pandemias. “O panorama que contextualiza esse projeto é o da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19)”, observou o deputado. Ele avalia que, diante da atual facilidade de acesso e de distribuição de informações, sobre tudo por meios digitais, cabe ao poder público redobrar os cuidados e coibir toda e qualquer informação que possa atingir a saúde dos cidadãos. “O projeto pretende punir a conduta de quem intencionalmente propaga informações falsas sobre epidemias e pandemias que atingem a saúde pública nacional”, completou. Tramitação A proposta ainda não foi distribuída às comissões. Fonte: Agência Câmara de Notícias
A descoordenação entre ações federais, estaduais e municipais de combate ao coronavírus tem prejudicado o fornecimento de farinha de trigo em algumas regiões do Brasil, ao criar gargalos para o transporte de mercadorias, disse a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) nesta quinta-feira (26). A farinha de trigo é insumo essencial para a fabricação de pães, biscoitos e de produtos não perecíveis, como massas. “Em alguns Estados, de 30 a 35% das farinhas não estão sendo entregues”, disse a Abitrigo em nota, na qual criticou o fechamento de fronteiras estaduais e o fechamento de serviços nas estradas, como borracharias e restaurantes. A associação, no entanto, não detalhou de imediato as regiões em que há problemas de escoamento. “É importante a ação do Ministério da Infraestrutura junto às autoridades municipais, por meio de ações da Polícia Rodoviária Federal e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com o objetivo de identificar e reverter decisões de prefeitos que prejudiquem o fluxo de mercadorias e o trabalho dos transportadores”, acrescentou. Fonte: G1
O Ministério da Infraestrutura divulgou hoje (26) que vai distribuir um modelo de decreto para orientar as prefeituras sobre o transporte de cargas e a circulação de mercadorias durante o período de enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. A intenção é ajudar as autoridades locais a evitar medidas que prejudiquem a logística nacional, em especial aquelas ligadas a atividades consideradas essenciais. A medida vale para caminhoneiros e também para profissionais do transporte, como oficinas, borracharias e restaurantes de beira de estrada. “Precisamos garantir que ao sair de casa, o caminhoneiro terá onde almoçar, onde arrumar seu caminhão e principalmente que estejam seguros”, afirmou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas. O assunto foi debatido ontem (25) em reunião da pasta com a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Além da minuta de decreto, o ministério também vai elaborar uma nota técnica para orientar prefeitos. “A CNM vai ajudar com a distribuição para os 5.571 municípios do Brasil”, informou a pasta. Fonte: AB
Começa à meia-noite desta sexta-feira (26), em Angola, o estado de emergência nacional declarado pelo presidente João Lourenço para combater a covid-19. Em entrevista à ONU News, de Luanda, o coordenador residente das Nações Unidas, Paolo Balladeli, defendeu que o momento também seja usado para reforçar parcerias para atuar em diversas frentes com destaque para a saúde. Alastramento “Primeiramente, um programa de resposta que possa, no âmbito médico, no âmbito da saúde, criar as condições para bloquear o alastramento da doença. Como? Fundamentalmente através de testes feitos com todas as pessoas que tenham os sintomas de influenza, como febre, tosse e dor. Os testes devem ser feitos em todas as pessoas, porque se identificarmos os positivos, então eles poderiampoderiam ser isolados.” Até o momento, o país reportou três casos positivos do novo coronavírus com sintomas leves. De acordo com as autoridades de saúde angolanas já foram realizadas 169 amostras que deram negativo, havendo no entanto dezenas de pessoas sendo acompanhadas em regime de isolamento. Quarentena O representante destacou que a realização de testes ajudaria a identificar as pessoas infectadas pelo novo coronavírus ou que tenham tido contato com elas. Os passos seguintes seriam isolar, mantê-las em quarentena e permitir o controle dos possíveis pacientes. A medida decretada nesta segunda-feira pelas autoridades angolanas é justificada pelo combate à covid-19 diante da vulnerabilidade do país à epidemia, que em todo o mundo já causou mais de 18.589 mortes e cerca de 416.686 casos. Fonte: EBC
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta (26) que o governo zerou o imposto de importação sobre medicamentos como cloroquina e azitromicina. Em publicação no Twitter, Bolsonaro explicou que a medida visa facilitar o combate ao novo coronavírus e que os medicamentos são para uso exclusivo em hospitais e para pacientes em estado crítico. “Essa redução também se estende a outros produtos e vai fazer toda a diferença em nossa luta!”, escreveu. De acordo com o Ministério da Economia, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou as tarifas de importação de mais 61 produtos farmacêuticos e médico-hospitalares utilizados no enfrentamento da emergência em saúde devido ao novo coronavírus. A Resolução nº 22/2020, com a lista dos produtos, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (26). Entre eles estão álcool etílico, oxigênio e dióxido de carbono medicinais; gaze, água oxigenada, lençóis de papel, luvas, esterilizadores e agulhas; equipamentos de oxigenação e de intubação, aparelhos de respiração artificial, termômetros, instrumentos e aparelhos para diagnóstico. Na semana passada, o governo já havia zerado a alíquota de importação de 50 produtos médicos e hospitalares e nesta quinta ampliou a medida. A isenção do imposto vale até 30 de setembro. HidroxicloroquinaOntem (25), o Ministério da Saúde anunciou que passará a adotar a hidroxicloroquina, variação da cloroquina, em pacientes internados com a covid-19. Essas substâncias são utilizadas normalmente contra a malária, nos casos de lúpus e artrite reumatoide e foram cercadas de expectativa e rumores depois de notícias de que elas estavam sendo usados, ainda em caráter de pesquisa, no tratamento ao novo coronavírus. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos, Denizar Vianna, destacou que a substância pode ser usada apenas em unidades de saúde. “Não usem medicamento fora do ambiente hospitalar. Não é seguro. Durante o uso pode ter alteração do ritmo do coração e isso tem que ter acompanhamento hospitalar”, enfatizou, durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (25). No Brasil, o produto é fabricado em laboratórios privados, das Forças Armadas e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enquadrou a hidroxicloroquina e a cloroquina como medicamentos de controle especial para evitar que pessoas que não precisam efetivamente desse medicamento provoquem o desabastecimento do mercado. Já a azitromicina é um antibiótico usado, entre outros, no tratamento de infecções respiratórias. InsumosO presidente Jair Bolsonaro também anunciou nesta quinta que foi suspenso, temporariamente, os direitos antidumping para importações de seringas descartáveis e tubos para coleta de sangue. “Assim, poderemos adquirir esses equipamentos essenciais por preços menores e deixá-los acessíveis para a população mais vulnerável”, escreveu em publicação no Twitter. O dumping é uma prática de concorrência desleal que acontece quando uma empresa vende seus produtos em um outro país por um preço reduzido, a um nível que prejudique as empresas locais. Em vários países, medidas antidumping são tomadas para a proteção de produtores nacionais seja por meio da taxação ou quotas. De acordo com a Resolução nº 23, também publicada no DOU, estão suspensos até 30 de setembro os direitos antidumping aplicados …
O salto na procura por produtos de alimentação em meio à pandemia de coronavírus fez os preços do leite longa vida (+54%), do feijão (+67%), do alho (+45%) e da batata (+90%) dispararam nos supermercados de São Paulo, segundo informações divulgadas pela Apas (Associação Paulista de Supermercados). O encarecimento dos produtos ocorreu devido ao aumento da procura por alguns itens. O leite e o feijão, inclusive, encontram-se sem disponibilidade de compra. De acordo com a Apas, o aumento dos preços partiu dos fornecedores e foi repassada pelos supermercados. “Os associados da Apas têm procurado negociar com seus fornecedores mas, em alguns casos, precisam repassar seus custos”, diz a entidade. Segundo a associação, um trabalho em conjunto com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, está sendo feito para evitar práticas abusivas. O produto mais procurado, porém, continua fora das prateleiras. O abastecimento do álcool em gel ainda não foi normalizado para os supermercados. “A indústria está se esforçando para atender os pedidos e o abastecimento deverá se normalizar em breve”, diz a Apas. Apesar da oscilação, a Apas afirma que o movimento de consumidores nos supermercados paulistas está voltando ao ritmo normal. Nesta quarta-feira (25), as vendas cresceram 18,2% em comparação a 25 de fevereiro. Este aumento foi semelhante ao verificado na segunda-feira da semana passada (16), o que indica a estabilidade no fluxo de vendas. Fonte: R7
A demanda por eletricidade, importante indicador da atividade econômica, iniciou a semana com forte baixa no Brasil, em meio a medidas de isolamento decretadas por governos contra o coronavírus que levaram ao fechamento temporário de diversos negócios, cortando a carga de energia a níveis geralmente vistos em sábados ou domingos. A carga, uma soma do consumo de energia com as perdas na rede, somou 61,7 gigawatts médios na terça-feira (24), cerca de 2,55% abaixo da estimativa inicial do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o dia. O volume ficou 15,9% abaixo do visto na terça-feira passada, antes que efeitos da pandemia sobre o consumo ficassem mais evidentes. Com a entrada em vigor de uma quarentena decretada pelo governo de São Paulo, polo econômico do Brasil, a carga da terça-feira ainda ficou ligeiramente inferior à do último fim de semana anterior ao agravamento da crise do vírus, quando somou 67,7 gigawatts no sábado (22) e 61,9 gigawatts no domingo (21). “Se você observa o comportamento da carga, nos fins de semana tem uma derrubada e quando chega na segunda-feira tem uma rampa muito alta (de retomada). Agora, você pega essa última semana e vê que a carga foi reduzindo, entrou no fim de semana reduzida e na segunda não subiu, não reagiu”, disse à Reuters o presidente da unidade de comercialização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Franklin Kelly Miguel. “Isso demonstra que o consumo está em níveis típicos de um final de semana”, acrescentou ele. A redução da atividade econômica com as medidas de isolamento, que têm sido adotadas em todo o mundo para reduzir a velocidade de propagação do coronavírus, tem gerado preocupação no presidente Jair Bolsonaro, que passou a defender uma retomada da “normalidade” e o isolamento apenas de pessoas com perfil de risco. Governadores, no entanto, têm rebatido o presidente e sinalizado por ora a manutenção das quarentenas, que determinam o fechamento de diversas lojas, shoppings e outras atividades consideradas não essenciais. O funcionamento de indústrias em geral não tem sido alvo de restrições, mas muitas anunciaram paralisação de atividades e dispensa temporária de funcionários devido à menor demanda ou por problemas com a cadeia de suprimento em meio à pandemia. Por outro lado, muitas empresas colocaram funcionários para trabalhar de casa, o que aumenta o consumo de energia residencial. “A carga comercial vai ter um impacto maior porque, de um modo geral, foi demandado pelos governos que fechassem, então não tem jeito. A indústria de certa forma tem redução um pouco menor, mas tem. Vai ter um aumento do consumo da classe residencial, mas não vai compensar”, disse o CEO da Copel Energia. O presidente da comercializadora de eletricidade Focus Energia, Alan Zelazo, estimou um mergulho da ordem de 10 gigawatts médios na demanda desde as medidas mais restritivas contra o vírus, mas afirmou que a queda ainda pode se aprofundar. “Isso é praticamente uma Itapu”, afirmou, em referência à produção da hidrelétrica binacional na fronteira com o Paraguai, a maior usina do mundo em geração de …
Com o diagnóstico de que o estímulo à capacidade de exportação da indústria é essencial para a recuperação da economia brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu que o governo elabore uma estratégia nacional para o comércio exterior. Segundo a entidade, as vendas externas são um dos poucos motores para a retomada do crescimento que restará após o fim da pandemia provocada pelo novo coronavírus covid-19). A sugestão consta da 5ª edição da Agência Internacional da Indústria, lançada hoje (25) pela CNI. O documento lista 109 sugestões de ações para o governo e a própria entidade, distribuídas em quatro eixos: política comercial, serviços de apoio à internacionalização, ações em mercados estratégicos e cooperação internacional. Elaborado com base em consultas ao setor privado brasileiro nos últimos meses do ano passado, o documento citava como desafios para o comércio exterior brasileiro a crise na Argentina, nosso terceiro maior parceiro comercial e principal destino das exportações industriais brasileiras, e a desaceleração na China. Os dois fatores devem se agravar com a pandemia da covid-19. Na avaliação da CNI, o comércio exterior representa uma ferramenta fundamental para acelerar o crescimento econômico e melhorar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira. Para a entidade, uma estratégia nacional para o comércio exterior, com metas e prazos bem definidos, tornaria mais eficaz a governança da política comercial brasileira, com resultados mais equilibrados. A confederação destacou que países como Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido têm esse instrumento. Ações Por causa da pandemia de coronavírus, a CNI destacou que diversas ações sugeridas para 2020 serão adiadas para 2021. Das 109 ações previstas na Agenda Nacional da Indústria, a entidade listou dez que considera prioritárias para o setor privado brasileiro. A primeira ação diz respeito à continuidade da abertura comercial por meio da negociação de acordos, como os fechados entre o Mercosul e a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês). Qualquer revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul deve ser precedida de consulta pública e ser sincronizada com uma agenda de reformas para melhorar a competitividade. O aprofundamento da agenda econômica e comercial do Mercosul, para assegurar o livre comércio total dentro do bloco e a melhoria da governança técnica e administrativa, representa a segunda ação. A acessão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é a terceira ação sugerida. Para a CNI, o governo deve aderir a novos instrumentos e práticas da OCDE, acompanhado de perto pelo setor privado. A quarta ação consiste na defesa da Organização Mundial do Comércio (OMC), de modo a assegurar um sistema multilateral de comércio forte e funcional. A quinta ação defendida pela entidade é a revisão da lei de lucros no exterior, de modo a eliminar a tributação do lucro das empresas brasileiras com investimentos em outros países ou ampliar a concessão de crédito presumido. As demais ações são o fornecimento de recursos para o Portal Único do Comércio Exterior; a reforma tributária para o comércio exterior, …
Programa executado pelo Tesouro Nacional em momentos de crise, a recompra de títulos públicos somou R$ 35,5 bilhões desde o último dia 12. Essa foi a maior atuação da história, superando a recompra de R$ 22 bilhões durante a greve dos caminhoneiros, em maio e junho de 2018. Por meio do programa, o Tesouro compra de volta papéis que ainda não venceram para tranquilizar o mercado. Além de fornecer um referencial para os juros de mercado, essas operações reduzem as perdas de investidores com a oscilação de preços em papéis prefixados e indexados à inflação. Os recursos usados para as recompras vêm, em grande parte, do colchão da dívida pública, reserva financeira para ser usada em momentos de crise equivalente a cerca de seis meses de vencimento dos títulos públicos. Segundo o Tesouro Nacional, não há um teto de atuação, e serão recomprados quantos títulos forem necessários. O órgão admitiu ser necessário alterar o Plano Anual de Financiamento (PAF), documento que projeta parâmetros para a dívida pública, lançado no fim de janeiro. O momento exato da alteração, no entanto, ainda depende de cálculos e de informações que estão sendo coletadas no mercado. De acordo com o Tesouro, é possível que haja alterações em praticamente todos os indicadores do PAF. O órgão informou que não necessariamente haverá incremento na emissão de títulos atrelados à taxa Selic, os únicos papéis que não sofrem com a oscilação de mercado. É provável que os novos leilões sejam feitos com vencimentos mais curtos, para ajustar os lançamentos do Tesouro às atuais condições do mercado. Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para cobrir as necessidades de financiamento. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada (definida com antecedência). Quanto maior a desconfiança, como em momentos de crise, maiores são as taxas de juros e menores os prazos de vencimento pedidos pelo mercado. Fonte: AB
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, durante conversa com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad transmitida ao vivo em suas redes sociais, que o presidente Jair Bolsonaro não tem ¨estatura psicológica¨ para governar o Brasil e, portanto, deve renunciar ou ¨se faz o impeachment¨. Haddad, acho que nós estamos numa situação complicada, porque acho que o Bolsonaro não tem estatura psicológica para continuar governando o Brasil. Ou este cidadão renuncia ou se faz o impeachment dele, alguma coisa, porque não é possível que alguém seja tão irresponsável de brincar com a vida de milhões de pessoas como ele está brincando”, disse o ex-presidente. Lula criticou duramente o pronunciamento de Bolsonaro no qual o presidente defendeu a flexibilização das medidas de controle ao coronavírus adotadas pelos Estados e voltou a comparar a doença a uma ¨gripezinha¨. Citando episódios de seus oito anos de governo para ilustrar sua fala, Lula disse que o papel de um presidente em momentos de crise é unir o País, ouvir os melhores especialistas em cada área e tomar decisões com base em fatos científicos. Ao falar em renúncia ou impeachment de Bolsonaro, Lula faz um avanço em relação à posição que defendia desde a eleição do atual presidente, sempre contrária ao discurso de setores do próprio PT que pedem a derrubada do governo. Há menos de duas semanas, o grupo de Lula na direção do PT barrou tentativa de correntes minoritárias de aprovar o ¨Fora Bolsonaro¨ como bandeira do partido. Até antes do pronunciamento do presidente na TV, líderes petistas avaliavam que a defesa do impeachment de Bolsonaro poderia ser interpretada como oportunismo político. Em suas redes sociais, Lula divulgou a íntegra da conversa com Haddad, mas não deu destaque para a fala sobre o impeachment. ¨O Bolsonaro não está preparado para tocar esse país. Um presidente não é obrigado a saber de tudo, mas quando você não sabe, você consulta a sociedade, os especialistas, os governadores. Coisa que em nenhum momento ele fez¨ escreveu o ex-presidente. Fonte: Magno Martins
A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) passou a oferecer aos produtores rurais do Estado a possibilidade de solicitar a emissão online da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV). O pedido pode ser feito pelo sistema Siapec3 e o documento chega no e-mail do produtor, excluindo a necessidade do deslocamento até o escritório da agência. A medida foi tomada como uma forma de evitar aglomerações para reduzir a disseminação da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O sistema disponibilizado pode ser acessado tanto pelo computador quanto por aplicativo de celular. Na plataforma, o produtor rural realiza um pré-cadastro e, a partir disso, um fiscal da agência avaliará o pedido. O sistema é automatizado e ele permite a homologação eletrônica e valida todo o processo que poderia ser feito presencialmente. As informações de como proceder e o link para a plataforma estão disponíveis no site da Adagro, www.adagro.pe.gov.br. Há ainda a possibilidade de acessar o sistema via aplicativos para celular, disponíveis para sistemas Android, no Google Play, e Apple, na App Store. A Adagro é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, e a pasta destaca que por meio desse sistema o produtor pode ganhar uma forma mais simples e prática para a emissão dos documentos sanitários eliminando a obrigatoriedade de ir até um escritório da Agência em todo o Estado. Segundo o secretário de Desenvolvimento Agrário, Dilson Peixoto, a maneira encontrada foi uma forma de permitir a continuidade das atividades agropecuárias com o objetivo de reduzir o contato social por conta do novo coronavírus. “Com a emissão online, os produtores podem agora emitira a GTA e a PTV sem precisar ir fisicamente ao escritório da Adagro e assim manter sua atividade com menor riscos para eles e para os servidores”, disse. O novo recurso disponibilizado tem o intuito de facilitar a vida do produtor rural, que, além de solicitar e imprimir as Guias de Trânsito Animal, Permissões de Trânsito de Vegetais, pode também pagar esses documentos. Fonte: Folha-PE
A juíza federal Thalynni Maria de Lavor Passos, no exercício da titularidade da 17ª Vara Federal de Pernambuco (Petrolina), deferiu, hoje (25), o requerimento da Prefeitura de Petrolina para a disponibilização do valor de R$ 227.800,00, proveniente do cumprimento de pena pecuniária, transação penal e suspensão condicional do processo, naquele Juízo, em favor do Fundo Municipal de Saúde daquele município. O repasse ficará condicionado à assinatura do termo de responsabilidade de aplicação do valor recebido por representante do município autor da ação, devendo tal termo prever a destinação dos recursos para a aquisição de todos os kits de testes rápidos que irão ser utilizados por toda a rede municipal de saúde, necessários ao combate da pandemia provocada pelo COVID-19. Em sua decisão, a juíza federal Thalynni de Lavor Passos citou a gravidade da situação de propagação do coronavírus, bem como a Resolução n.º 313, de 19 de março de 2020, dispondo que os tribunais disciplinem a destinação de recursos provenientes do cumprimento de pena pecuniária, transação penal e suspensão condicional do processo nas ações criminais à aquisição de materiais e equipamentos médicos necessários ao combate da pandemia COVID-19, a serem utilizados pelos profissionais da saúde. Mas ressaltou que é necessário esclarecer que “o requerimento apresentado não se encontra vinculado a edital de destinação de recursos expedido por esta vara, mas a viabilidade de sua solicitação está consubstanciada no Ato Conjunto da Presidência do TRF 5.ª Região, de 23 de março de 2020, o qual trata da destinação dos valores referentes à pena de prestação pecuniária, transação penal e suspensão condicional do processo para o enfrentamento da pandemia decorrente do COVID-19”. Fonte: ajufe
A Arábia Saudita registrou a segunda morte pelo novo coronavírus e endureceu o toque de recolher de âmbito nacional nessa quarta-feira (25), proibindo a entrada e a saída da capital Riad e das cidades sagradas de Meca e Medina, além da circulação entre todas as províncias. As ordens, aprovadas pelo rei Salman e publicadas pela mídia estatal, incluíram o início do toque de recolher de três cidades das 19h para as 15h a partir desta quinta-feira (26). A Arábia Saudita determinou o toque de recolher na segunda-feira (23), inicialmente por 21 dias, depois de registrar um salto das infecções pelo novo coronavírus. A segunda vítima de covid-19 no país foi um estrangeiro de 46 anos que residia em Meca, um dos 133 casos novos que elevaram o total saudita para 900. Entre as seis nações do Conselho de Cooperação do Golfo, o número subiu para 2.472 e incluiu sete mortes. Os Emirados Árabes Unidos comunicaram 85 infecções novas, Omã 15 e o Kuwait quatro. A Arábia Saudita também suspendeu voos internacionais e vistos para a peregrinação anual de Umrah, além de fechar mesquitas, escolas, shopping centers e restaurantes. Fonte: Agência Brasil
Em meio ao anúncio de medidas emergenciais no Brasil e no exterior, o mercado financeiro teve o segundo dia seguido de trégua. A bolsa de valores, que ontem (24) subiu 9,66% , saltou 7,5% hoje (25) e voltou a superar os 70 mil pontos. O dólar, que ontem tinha fechado em R$ 5,08, fechou em R$ 5,03. O índice Ibovespa, da B3, a Bolsa de Valores brasileira, fechou esta quarta-feira aos 74.956 pontos. O índice, que alcançou o maior nível em 12 dias, chegou a operar com alta de quase 10% durante a tarde, mas desacelerou nas horas finais de negociação. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,033, com recuo de R$ 0,047 (-0,93%). A cotação chegou a registrar alta no início da sessão, mas inverteu a tendência ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 14h40, a moeda chegou a ser vendida a R$ 4,98. A divisa acumula alta de 25,43% em 2020. O Banco Central (BC) voltou a intervir no mercado. A autoridade monetária fez dois leilões de linha de US$ 3,3 bilhões. Nessa modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais com compromisso de recomprar o dinheiro meses mais tarde. Estados Unidos O fechamento de um acordo para a aprovação de um pacote de US$ 2 trilhões para reativar a economia dos Estados Unidos ajudou o mercado em todo o mundo. O texto será primeiramente votado no Senado norte-americano, depois irá para a Câmara. Paralelamente, o Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, está comprando indefinidamente dívidas corporativas e emprestando recursos diretamente a empresas pelo tempo necessário. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, voltou a fechar em alta, tendo subido 2,39% hoje. Ontem, o indicador encerrou o dia com alta de 11,37%, com o melhor desempenho diário desde 1933. Pacote de medidas No Brasil, o mercado continua a reagir à ajuda emergencial de R$ 88,2 bilhões para estados e municípios e à injeção de R$ 1,2 trilhão na economia anunciada ontem pelo Banco Central. A edição de medidas provisórias para flexibilizar a legislação trabalhista durante a crise aliviam a perda do valor de ações de diversas empresas. Petróleo A intensificação da guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia continua a dar uma trégua. Os dois países estão aumentando a produção de barris, o que tem provocado uma redução na cotação do produto. O barril do tipo Brent, que na semana passada atingiu o menor nível em 18 anos, voltou a subir hoje. Por volta das 18h, a cotação estava em US$ 27,32, com alta de 0,63%. As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, que ontem subiram cerca de 15%, continuaram em alta. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) valorizaram-se 8,02% nesta quinta. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 8,08%. Fonte: AB
O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) chegou a 57, conforme atualização do Ministério da Saúde publicada hoje (25). Pela primeira vez desde o início da pandemia, foram registradas mortes fora dos epicentros do surto no país, São Paulo e Rio de Janeiro. Falecimentos em razão da covid-19 ocorreram em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Amazonas. O total de mortes marca um aumento de 11 em relação a ontem, quando a contabilização marcava 46 vítimas que vieram a óbito por conta da infecção. Na segunda-feira, eram 25 falecimentos. Do total, 48 foram em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul e uma em Pernambuco. Boletim coronavírus divulgado pelo Ministério da Saúde, – Ministério da Saúde O total de casos confirmados saiu de 2.201 ontem para 2433 casos. O resultado de hoje marcou um aumento de 28% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas. Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 862 casos confirmados. Em seguida, o Rio de Janeiro (370), Ceará (200), Distrito Federal (160), Minas Gerais (133) e Rio Grande do Sul (123). Também registram casos confirmados Santa Catarina (109), Bahia (84), Paraná (81), Amazonas (54), Pernambuco (46), Espírito Santo (39), Goiás (29), Mato Grosso do Sul (24), Acre (23), Sergipe (16), Rio Grande do Norte (14), Alagoas (11), Mato Grosso (oito), Maranhão (oito), Piauí (oito), Roraima (oito), Tocantins (sete), Pará (sete), Rondônia (cinco), Paraíba (três), e Amapá (um). O Ministério da Saúde recomenda o isolamento a quem apresenta sintomas da covid-19 e a moradores da mesma residência do paciente sintomático, bem como a idosos acima de 60 anos, pelo prazo de 14 dias. Uma vez terminado esse período, não haveria mais necessidade da medida, a não ser em casos de uma condição médica específica. Pronunciamento O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, aproveitou a entrevista coletiva de divulgação dos números para falar sobre rumores de que sairia do cargo. “Hoje especularam se eu ia sair. Eu saio daqui na hora que acharem que não tenho que trabalhar ou se eu tiver doente ou no momento que eu achar que o período de turbulência já tenha passado e [meu trabalho] não seja mais útil”, respondeu. O titular da pasta falou sobre a temática abordada pelo presidente Jair Bolsonaro em seu pronunciamento ontem, quando o presidente criticou as medidas de isolamento social estabelecidas pelos governadores e o fechamento de escolas. Mandetta classificou de uma “grande colaboração” e ponderou as iniciativas de quarentena determinadas por governos estaduais. “Quarentena sem prazo para terminar vira parede na frente das necessidades das pessoas que precisam comer, ir e vir, obter gêneros, pois isso faz parte da sobrevivência. As questões econômicas são importantíssimas e fazem parte da fala do presidente. Se não tivermos preocupação, essa onda vai ter uma onda maior com crise econômica”, declarou. Sobre o chamado “isolamento vertical” proposto pelo presidente, que atingiria apenas idosos e pessoas com doenças crônicas, …
Em todo o país, milhares de crianças e adolescentes estão com as aulas suspensas. Alguns, rapidamente tiveram a sala de aula substituída por ambientes virtuais, outros, receberam orientações desencontradas e ainda estão se ajustando à nova rotina. Há ainda quem não foi orientado pela escola e teme não conseguir fazer exercícios online por conta da baixa qualidade da internet em casa. A Agência Brasil conversou com mães que contam como estão lidando com o fechamento das escolas e com as medidas de isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus (covid-19). Apenas um dia foi o tempo necessário para que a escola particular em Brasília onde estuda Maria Giulia, 11 anos, passasse a oferecer aulas remotas aos estudantes. A instituição, que já utilizava plataformas online para desenvolver exercícios com os alunos transferiu todo o ensino para o ambiente digital. “As aulas incluem quase todas as matérias, até teatro e educação física, que ela vai ter hoje. Eles filmam o que fazem e enviam para o professor. Eles conseguem ver os vídeos uns dos outros e se divertem”, diz a mãe de Maria Giulia, a juíza federal Katia Balbino. Katia também está trabalhando em casa, em um computador na frente do da filha. Dessa forma, consegue acompanhar mais de perto o aprendizado dela. A mãe está orgulhosa da filha e satisfeita com a escola. Ela conta que os professores têm falado com os alunos sobre a situação do país e têm mostrado também empatia, dizendo que estão com saudades dos estudantes. Tudo isso, sem deixar o rigor de lado, passando uma série de atividades para serem desenvolvidas em casa. A escola também incentiva a comunicação entre os próprios estudantes. “Eles têm parceiros que revisam o trabalho um do outro. Você faz o trabalho, entra em contato com um colega e manda o seu trabalho. Isso gera interação entre eles”, diz Katia. “Uma coisa que eu estou gostando é que a gente continua se comunicando com professores e pode ver o rosto dos amigos [o que a plataforma usada permite] sem ninguém se contagiar”, diz, Maria Giulia. “Sabemos que pertencemos a um grupo de privilegiados, que essa não é a realidade da população, mas sabemos também que têm muitas escolas que estão preparadas e que estão dando conta dos alunos”, complementa Katia. Quadro de tarefas Já a escola de Maria Luísa, 15 anos, e João Rodrigo, 10 anos, também particular, em Brasília, não estava tão preparada para uma transição tão rápida. “As diretrizes que foram passadas pela coordenação acabaram se atropelando e sendo contraditórias em um primeiro momento. Uma hora passaram atividades acadêmicas para fazer em casa, depois disseram ‘agora vamos ter vídeo aulas’. A gente vê que, não só a escola dos meus filhos, mas várias instituições não têm preparo para uma realidade como essa”, diz a advogada e professora universitária Susana Spencer. O Distrito Federal está com as aulas suspensas desde o dia 12 de março. A primeira semana, segundo Susana, foi de adequação. Em casa, ela diz que não exigiu muito dos filhos. “Deixei …
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão elevou o nível de alerta de viagens para o mundo inteiro para nível 2, em uma escala de 4 níveis, devido à disseminação global do novo coronavírus, pedindo que os japoneses evitem realizar viagens não essenciais ao exterior. Esta foi a primeira vez que esse tipo de alerta para o mundo inteiro foi declarado. Governadora Em entrevista concedida nessa quarta-feira (25) à noite, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, pediu aos moradores da capital que evitem saídas não essenciais no fim de semana, com o objetivo de prevenir uma disseminação ainda maior do coronavírus. Autoridades confirmaram a ocorrência de 41 novos casos no mesmo dia, o maior aumento no número de casos confirmados em um dia na capital japonesa. Fonte: AB
A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Galdemir Aroldi, se reuniram nesta quarta-feira (25), por videoconferência, para acertar medidas que garantam o abastecimento de produtos essenciais. O secretário-executivo adjunto do Ministério da Infraestrutura, Rodrigo Otávio da Cruz, também participou da reunião. “A ideia é estreitar o diálogo com os prefeitos, a exemplo do que vem sendo feito com os estados, com a criação do Conselho Nacional dos Secretários de Transporte. O Ministério da Infraestrutura já conseguiu o consenso com os 26 estados e o Distrito Federal para garantir a livre circulação de cargas nas estradas e a manutenção de serviços essenciais”, informou a pasta, em nota. Nos próximos dias, o Conselho Nacional dos Secretários de Transporte deve publicar um texto regulamentando medidas no transporte rodoviário de passageiros. De acordo com a CMN, a ministra Teresa Cristina pediu apoio dos representantes dos municípios para orientar os gestores locais nas ações que podem ser feitas para evitar o desabastecimento de alimentos nas cidade, especialmente em relação à safra de grãos, que será colhida os próximos meses. Fonte: AB
Devido às fortes chuvas que assolaram o município de Sertânia/PE, a Rádio Sertânia FM e o CDL – Clube de Diretores Logistas da cidade, iniciaram hoje (25/03), a realização de uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis e material de higiene e limpeza, em prol daqueles que perderam seus bens, em decorrência das inundações e enxurradas ocorridas nesta semana. Esses ítens, além de água, cobertores, colchões e roupas de cama e banho, podem ser doados em cinco pontos na cidade: Varejão Supermercado, Agrivet Pet, Casa do Fazendeiro, Supermercado Esperança e Avistão Supermercado.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pedirá, nesta quarta-feira (25), ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, uma mudança na orientação de isolamento da população na crise causada pelo novo coronavírus. “Conversei por alto com Mandetta, hoje, e vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa”, apontou. A fala foi dita ao deixar o Palácio da Alvorada. “A orientação vai ser o [isolamento] vertical daqui pra frente. Vou conversar com ele e tomar uma decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação”. Questionado sobre como aconteceria na prática, Bolsonaro disse que é preciso pegar o idoso e isolá-lo, em hotéis ou em casa. “Tem o isolamento horizontal, que estão fazendo aqui, e tem o vertical. É o vertical. Peguei um vídeo agora do Japão, todo mundo na normalidade. Você tem que pegar o idoso e isolá-lo, com hotéis ou em casa. Pô, cada filho cuida de seu pai, do seu avô, poxa. Não quer que eu contrate uma pessoa para cuidar de cada idoso, é impossível. Eu não sei a massa de idoso que tem no Brasil, são alguns milhões”, afirmou. Ele voltou a criticar ainda que as medidas restritivas impostas por alguns governadores no combate contra o vírus, pode ser ainda pior do que a própria doença. “Olha, quem está são, o risco é quase zero. O problema é acima de 60 anos ou quem tem algum problema de saúde. É isso. E agora o mal, né, que teremos depois com esse tipo de tratamento, isolamento horizontal, será muito maior do que vem acontecendo com vírus no momento. É uma realidade. Alguém acha que dá para ter zero mortes?”, questionou. O presidente também citou a própria mãe para falar sobre a doença. “Tem essas pessoas que se não tivessem acometido o vírus também teriam morrido. A gente lamenta, ninguém quer enterrar o ente querido, ninguém quer. A minha mãe vai fazer daqui a pouquinho 93 anos. Está magrinha, tem seus problemas. Ela está numa situação bastante complicada, qualquer coisinha que der nela, uma gripe qualquer, ela pode ser fatal. Lamento”. Perguntado se seria possível isolar apenas a população de risco, Bolsonaro disse que é dever da família cuidar e que a população não pode deixar tudo nas costas do Estado. “Você quer que eu faça o quê? Eu tenho poder de pegar cada idoso lá e levar para um lugar e “ó, fica aí, tá aqui uma pessoa para te tratar”. É a família dele que tem que cuidar dele em primeiro lugar, rapaz.“O povo tem que deixar de deixar tudo nas costas do poder público. Aqui não é uma ditadura, aqui é uma democracia. A família em primeiro lugar. Este foi o discurso que me elegeu, inclusive. Os responsáveis pela minha mãe de 92 anos são seus meia dúzia filhos. Nós que somos responsáveis pela minha mãe no momento. Em último lugar, se não tiver ninguém, daí coloca num asilo, o Estado, seja quem for”, concluiu. Fonte: DP
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou esta quarta-feira um plano global de resposta humanitária de US$ 2 bilhões para combater o covid-19 em vários países mais vulneráveis do mundo. O novo coronavírus já infetou mais de 400 mil pessoas e causou mais de 16 mil mortes. Com presença em quase todo o mundo, está agora chegando a países que já enfrentavam crises humanitárias por causa de conflitos, desastres naturais e mudanças climáticas. Resposta O plano será implementado pelas agências da ONU, em parceria com ONGs internacionais. A iniciativa pretende fornecer equipamento de laboratório essencial para testar o vírus e suprimentos médicos, instalar estações de lavagem de mãos em assentamentos e lançar campanhas de informação. Também deve ajudar a estabelecer pontes aéreas em toda a África, Ásia e América Latina para movimentar trabalhadores humanitários e suprimentos. O plano foi lançado, na internet, pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. De diferentes locais, participaram também os chefes do Escritório da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, Ocha, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e da Organização Mundial da Saúde, OMS. Importância António Guterres disse que “o covid-19 está ameaçando toda a humanidade e, por isso, toda a humanidade deve reagir.” Segundo ele, “as respostas individuais de cada país não serão suficientes.” O chefe da ONU afirmou que é “uma questão de solidariedade humana básica” ajudar os mais vulneráveis, milhões e milhões de pessoas que são menos capazes de se proteger.” Já o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, lembrou que o vírus “já mudou a vida em alguns dos países mais ricos do mundo” e “agora está chegando a lugares onde as pessoas vivem em zonas de guerra, não têm acesso fácil à água potável e ao sabão e não têm esperança de uma cama de hospital se ficarem gravemente doentes.” Lowcock disse que esquecer os países mais pobres do mundo “seria cruel e imprudente.” Além disso, colocaria milhões de vidas em risco e regiões inteiras ficariam numa situação de caos. Saúde O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, explicou que “o vírus está se espalhando em países com sistemas de saúde fracos, incluindo alguns que já estão enfrentando crises humanitárias.” Para Tedros, é importante que o combate a esta pandemia não aconteça “às custas de outras emergências de saúde humanitária.” Por sua vez, a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore, afirmou que “as crianças são as vítimas ocultas desta pandemia.” Ela lembrou os bloqueios e o fecho das escolas em todo o mundo, dizendo que estão afetando educação, saúde mental e acesso a serviços básicos de saúde de meninos e meninas. A chefe do Unicef afirmou ainda que “os riscos de exploração e abuso são maiores do que nunca”. Financiamento Juntos, Guterres, Lowcock, Ghebreyesus e Fore pediram que os Estados-membros ofereçam o maior apoio possível ao plano. Também destacaram a importância de continuar financiando a assistência humanitária da ONU para mais de 100 milhões de pessoas que precisam dessa ajuda para sobreviver. Segundo eles, qualquer desvio …
O FMI e o Banco Mundial pediram nesta quarta-feira (25) aos credores bilaterais dos países mais pobres que “congelem o pagamento das dívidas” para que possam liberar dinheiro para combater a pandemia de coronavírus. “O Banco Mundial e o FMI acreditam que é imperativo neste momento dar um senso global de alívio aos países em desenvolvimento, assim como enviar um sinal forte aos mercados financeiros”, afirmam em um comunicado conjunto. A pausa permitiria analisar a situação e as necessidades de cada país, destacaram as duas instituições. O pedido aponta para os países qualificados par a ajuda do “IDA”, um fundo destinado aos “dois terços da população mundial em extrema pobreza”. FMI e BM também pediram ao G20 que os encarregue da tarefa de avaliação, para elaborar a lista de países com dívidas insustentáveis e para trabalhar em uma reestruturação. Fonte: Folha-PE