A adoção da cadeirinha para o transporte de crianças de até sete anos e obrigação de uso do cinto de segurança no banco de trás dos carros até os nove anos diminuíram em um terço o número de internações de crianças acidentadas em estado grave e reduziram em um quinto o número de mortes de pessoas nessa faixa etária transportadas em veículos automotores. Os dados são do Ministério da Saúde, conforme análise do Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O estudo indica que esses números envolvendo acidentes com crianças diminuíram no mesmo período em que o número de veículos nas ruas cresceu cerca de 50%. Entre 2010 e 2018, a frota de veículos no país aumentou de 37,25 milhões para 54,7 milhões. A obrigatoriedade da cadeirinha e do cinto de segurança está na Resolução nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Conforme nota divulgada pelo CFM, antes da resolução, em média 37 crianças de 0 a 9 anos morriam por ano em decorrência da gravidade dos acidentes de trânsito. Em 2017, os casos caíram para 18. De 1996 a 2017, o Brasil perdeu 6.363 crianças menores de dez anos que estavam dentro de algum tipo de veículo envolvido em acidente. Crianças entre zero e quatro anos de idade foram vítimas fatais em 53% dos episódios.
O desemprego alto e persistente está levando os profissionais a buscarem a recolocação no mercado de trabalho a qualquer custo, aceitando propostas que podem causar arrependimentos futuros. É o que revela o levantamento realizado pela Catho: 79% dos profissionais entrevistados aceitariam um emprego de nível hierárquico inferior ao último. A pesquisa ainda aponta outras condições que os profissionais aceitariam apenas para conseguir um emprego: 86% trocariam de carreira e área de atuação 73% aceitariam um salário inferior à sua última remuneração Segundo Bianca Machado, gerente sênior de Catho, aceitar as mudanças de área e até de salário pode resultar em outras questões como desmotivação e frustração. A consultora explica que, ao longo do processo de encontrar um emprego, o profissional passa por alterações comportamentais e, a cada etapa, reage de forma diferente, seja na busca, na entrevista, no recebimento da proposta, após a contratação e durante o período de experiência. Assim, ele não avalia criteriosamente as escolhas, pois está motivado a simplesmente estar empregado. “Após esse período, ele começa a pensar sobre as antigas e atuais e expectativas e, logo, isso acaba pesando bastante na decisão, pois o profissional tem convicção que poderia estar melhor empregado. Nesse momento, sentimentos como desmotivação e frustração começam a causar um impacto maior na carreira”, afirma. Bianca lista quatro pontos que precisam ser avaliados antes de o profissional aceitar um trabalho abaixo da expectativa. Propósito Você trabalharia em uma empresa do time de futebol adversário ao seu? Parece simples, mas na prática, abrir mão dos próprios valores e propósitos reflete diretamente na carreira profissional. Localização do trabalho x moradia Ter que se deslocar muitas horas preso ao trânsito, metrô, ônibus ou trem. Será que o desgaste físico vale realmente a pena? Às vezes, em um primeiro momento a escolha pode parecer propícia, mas é necessário avaliar em longo prazo quais os impactos que ela trará para a vida pessoal do profissional. Cultura que viabiliza a motivação Uma empresa com um ótimo clima, que oferece férias coletivas, permite flexibilidade de horários e possui creche para os filhos? Seria um sonho. Por vezes, a empresa oferece menos salários e benefícios que o esperado, mas em contrapartida proporciona uma cultura de motivação que faz com que o profissional queira realmente estar ali. Pacote de benefícios Vale-transporte, vale-alimentação, plano de saúde, bônus, auxílio-creche, dentre outros. Muitos são os benefícios que as empresas podem oferecer aos funcionários, permitindo equilíbrio entre o salário (às vezes abaixo de expectativa) e o custo de vida. Na hora de se recolocar, esse é mais um ponto que deve ser avaliado e calculado com atenção.
O índice que mede a confiança do comércio subiu 1,8 ponto em junho, passando de 91,4 para 93,2 pontos, segundo divulgou nesta terça-feira (26) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse foi o primeiro resultado positivo em 2019. Em médias móveis trimestrais, entretanto, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 1,2 ponto, quarta queda consecutiva. “Apesar da melhora, o índice ainda está em nível semelhante ao do período eleitoral. Em outubro do ano passado, ficou em 94,4 pontos, e chegou a 104 pontos em dezembro. “A nova queda dos indicadores de situação atual mostra que os empresários do setor estão incomodados com o ritmo das vendas, reforçando o cenário de recuperação gradual, dada a vagarosa recuperação do mercado de trabalho e o nível baixo da confiança dos consumidores”, avalia Rodolpho Tobler, coordenador da pesquisa. Após 4 quedas seguidas, confiança do consumidor aumenta em junho, diz FGV Apesar da melhora de alguns indicadores da economia em junho, os analistas destacam que a leitura permanece de uma economia estagnada, após o Produto Interno Bruto (PIB) ter registrado queda de 0,2% no 1º trimestre. BC não afasta a possibilidade de uma nova recessão na economia brasileira De acordo com a FGV, o resultado negativo no trimestre móvel reforça que, “mesmo que as expectativas estejam passando por um período de calibragem com alta volatilidade, os indicadores de situação atual confirmam que o ritmo de vendas ao longo do primeiro semestre de 2019 continua fraco”. A melhora do índice ocorreu devido a um avanço do indicador de expectativas, depois de quatro quedas consecutivas. O subíndice avançou 5,1 pontos em junho, mas ainda se encontra abaixo dos 100 pontos (99,9 pontos). Por outro lado, o indicador de situação atual recuou 1,5 ponto em junho, registrando 86,8 pontos, menor valor desde dezembro de 2017 (86,0 pontos).
Até o fim deste ano, 1 milhão a mais de venezuelanos deve sair do país por causa da crise econômica e política. A estimativa é de Eduardo Stein, representante da agência de refugiados da ONU, a Acnur, para os refugiados e imigrantes venezuelanos. Cerca de 4 milhões já abandonaram a Venezuela, de acordo com dados da entidade. “Chegou-se ao número de 4 milhões há cerca de três semanas. A nossa projeção é que serão cerca de 5 milhões até o fim de 2019. Há uma média de 5.000 venezuelanos que partem diariamente”, diz Stein. Pela estimativa da ONU, a Venezuela tinha 30 milhões de habitantes em 2015 e, hoje, tem 28,5 milhões. Há oscilação do fluxo de acordo com mudanças da política da Venezuela ou de outros países. Quando a fronteira com o Brasil foi reaberta, houve um aumento, mas depois alguns dias, a média voltou a 5.000 por dia, segundo ele. Mesmo que se chegue a uma solução política para a Venezuela, os cerca de 5 milhões que devem sair do país vão levar cerca de dois anos para voltar. Isso porque a velocidade da volta é menor que a da saída. “Digo isso com base em movimentos semelhantes que já aconteceram em outras partes do mundo: para retornar, as pessoas querem garantias de estabilidade e respeito a direitos humanos, além de acesso a serviços básicos, empregos e renda”, afirma ele. Brasil tem forma centralizada e sofisticada de receber, diz autoridade Em agosto de 2018, brasileiros destruíram acampamentos de imigrantes venezuelanos na cidade de Pacaraima, em Roraima, por acreditarem que um comerciante tinha sido atacado pelos estrangeiros.
A Mega-Sena sorteia hoje (26) o prêmio de R$ 6,2 milhões. As seis dezenas do concurso 2.163 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília, no Espaço Loterias da Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo. O valor do prêmio está acumulado, porque nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso número 2.162, realizado no último sábado (22). Foram sorteados os seguintes números: 11 – 16 – 22 – 30 – 34 – 42. As apostas poderão ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. O bilhete simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.
Os trabalhadores cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) têm até sexta-feira (28) para sacar o Abono Salarial do calendário 2018/2019. Os valores vão de R$ 84 até R$ 998, de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2017. De acordo com a Caixa, os benefícios, que totalizam R$ 16,9 bilhões, foram liberados de forma escalonada para 22,5 milhões de beneficiários, conforme o mês de nascimento, e agora estão disponíveis para os nascidos em qualquer mês. Até maio, o banco pagou R$ 15,6 bilhões a 20,6 milhões trabalhadores. O valor do benefício pode ser consultado no Aplicativo Caixa Trabalhador, no site do banco ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão, pelo telefone: 0800 726 0207. Pode a sacar o abono o trabalhador inscrito no PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2017 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. “Os titulares de conta individual na Caixa com cadastro atualizado e movimentação na conta, podem ter recebido crédito automático antecipado. Quem possui o Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de atendimento Caixa Aqui ou ir aos terminais de autoatendimento da Caixa para receber o abono”, informou o banco.. Segundo a Caixa, caso o beneficiário não tenha o Cartão do Cidadão ou não tenha recebido automaticamente em conta, ele pode retirar o valor em qualquer agência da Caixa, apresentando o documento oficial de identificação. O trabalhador em empresa pública, com inscrição no Pasep, recebe o pagamento do abono pelo Banco do Brasil.
O Índice de Confiança da Construção, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,1 pontos de maio para junho e chegou a 82,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A alta veio depois de um recuo de 1,8 ponto de abril para maio. A confiança dos empresários da construção subiu tanto em relação ao momento presente quanto em relação ao futuro. O Índice da Situação Atual, que mede o presente, avançou 1,2 ponto, atingindo 73,6 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, teve uma alta mais expressiva (3,1 pontos), chegando a 92,5 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor avançou de 66,3% em maio para 68,3% em junho, o maior patamar desde novembro de 2015 (68,8%).
Um passeio entre as barracas de comida dos “arraiás” juninos pode render algumas calorias e, aos glutões caipiras mais curiosos, algum conhecimento sobre a formação cultural brasileira e a nossa culinária. Quem explica é a professora de gastronomia Luiza Buscariolli, que leciona no Senac-DF e no UniCeub e ensinou aos leitores da Agência Brasil dois pratos típicos do São João. Segundo ela, os quitutes guardam a história dos portugueses e dos povos ameríndios que habitavam o país antes dos nossos colonizadores. Professora de gastronomia Luiza Buscariolli – Agência Brasil/Marcello Casal Jr “A gente sabe que havia algumas festas neste mês de junho que os indígenas faziam. Quando os jesuítas estiveram no Brasil [a partir de 1549], aproveitaram dessas festas para trazer a tradição [europeia] de festas juninas, que por sua vez eram uma apropriação das antigas festas pagãs por causa do solstício de verão, que no hemisfério sul é solstício de inverno”, revela. Enquanto prepara uma porção do prato Maria Isabel, comida típica da região hoje conhecida como o Estado do Piauí, que mistura arroz com carne-de-sol, Buscariolli lembra que a iguaria guarda relação com o ciclo de gado iniciado pelos portugueses no Brasil (século 16). A atividade pecuária foi introduzida por Tomé de Souza, primeiro governador-geral (1549 a 1553) ainda no tempo das capitanias hereditárias, para transporte e alimentação. O prato Maria Isabel, assim como a paçoca de carne de sol também do Nordeste; o arroz carreteiro (com charque ou carne seca) do Sul e o feijão tropeiro (com torresmo e linguiça) dos sertões de São Paulo, Minas Gerais e Goiás (esse no século 17), são comidas que podiam ser armazenadas e transportadas em longas viagens. “A lógica é tudo seco, porque se conseguia colocar em uma bolsa [de couro]”. Na hora da fome, a carne era picada e misturada. “Podiam usar água para fazer reidratação”, assinala a professora de gastronomia. Além da proteína animal, outros ingredientes desses pratos compõem nossa história. O arroz, do Maria Isabel, foi trazido da Ásia pelos colonizadores portugueses. A farinha de mandioca tem origem indígena, e o feijão, ingerido pelo homem desde a antiguidade, tem espécies autóctones no Brasil e outros países americanos. Assim como a mandioca, usada na produção da farinha e do beiju, os indígenas trouxeram ao cardápio junino os pratos a base de milho. Iguarias provadas durante as festas, como a espiga cozida, curau, pamonha e canjica foram ensinados aos colonizadores pelos indígenas. “Para os portugueses, milho era comida de animal. Foi muito difícil aceitarem. Passaram a comer porque não tinha outra coisa”, explica Luiza Buscariolli ao preparar um bolo de milho com goiabada para a Agência Brasil. A conformação desses pratos teve início antes do ciclo do açúcar (começado ainda no século 16), que ajudou a adoçar muitas iguarias juninas, e bem antes do ciclo da mineração (século 18) que se notabilizam pelo intenso uso de mão de obra escrava violentamente traficada da África. Luiza Buscariolli sublinha que na condição de escravo, eram restritas a autonomia dessas pessoas até para se alimentar. “A …
Na tarde desta terça-feira (25), o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) usou a tribuna da Câmara para lamentar o falecimento de duas lideranças de Pernambuco: João Campos, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Antônio Marques, líder sindical e ex-presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Pernambuco-Fetape. “A gente lamenta ter que comunicar esses falecimentos. Meus sinceros sentimentos à família desses dois grandes líderes e amigos”. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) João Henrique Carneiro Campos, morreu aos 49 anos neste sábado (22). Segundo o Tribunal, a morte ocorreu no município de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, e foi motivada por um ataque cardíaco. Já Antônio Marques faleceu aos 82 anos no Hospital Santa Terezinha, em Recife. Ele foi um dos nomes mais importantes na luta sindical no estado, tendo ajudado a formar um grande número de sindicalistas no campo, fortalecendo a necessidade de organização e consciência de que tinham direitos ao lado de outros nomes, como o Bispo Dom Francisco Austregésilo de Mesquita Filho.
O Disque 100, serviço de denúncias do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, registrou 11.752 casos de violência contra pessoas com deficiência em 2018. O balanço, divulgado na segunda-feira (24), apontou aumento de 0,60% nas denúncias comparado ao ano anterior. Os dados apontam que os irmãos são os que mais cometem a violência (19,6%), seguidos por mães e pais (12,7%), filhos (10%), vizinhos (4,2%), outros familiares (20,7%) e pessoas com relações de convivência comunitária (2,3%). De acordo com o ministério, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) destina-se a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, visando a inclusão social e a cidadania. Nesse sentido, o Disque 100 serve para fortalecer ainda mais a autonomia das pessoas com deficiência diante dos diversos abusos e para traçar um panorama da situação a ser enfrentada, tanto na formulação de políticas e serviços especializados de proteção da vítima, quanto da responsabilização dos agressores. O Disque 100 registrou mais denúncias de violência contra pessoas do sexo feminino (51%). De acordo com a faixa etária, a maior incidência é entre pessoas de 18 anos a 30 anos (24%), seguidas daquelas de 41 anos a 50 anos (23%), 51 anos a 60 anos (21%), 61 anos ou mais (1%) e de 0 a 17 anos (0,6%). As vítimas com a faixa etária não informada somam 6,8%. O maior índice de violação foi em desfavor de pessoas com deficiência mental (64%), seguidos de deficiência física (19%), intelectual (7,9%), (4%) visual (4%) e auditiva (2,5%). O ambiente infrafamiliar permanece como o principal local onde ocorrem as violações. A casa da vítima aparece com maior volume (74%), seguida da casa dos suspeitos com (9%), outros locais (6,7%), rua (5%), órgãos públicos (3,4%) e hospitais (1,5%). O balanço completo do Disque 100 está disponível no site do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu há pouco julgar hoje (25) um habeas corpus para analisar a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem (24), o ministro Gilmar Mendes, que pediu vista do processo que trata da questão, solicitou adiamento do caso, mas voltou atrás no início da sessão desta tarde e entendeu que a liberdade de Lula deve ser analisada. O pedido para que o caso seja julgado nesta tarde foi feito pelo advogado Cristiano Zanin, representante de Lula. Ao concordar em votar a questão, Gilmar Mendes adiantou que deverá propor a concessão de uma liminar para soltar o ex-presidente até que o STF decida o caso definitivamente. Neste momento, os ministros decidem se a manifestação de Gilmar será acolhida. Lula está preso desde 7 de abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, depois de ter sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse hoje (25) que o presidente Jair Bolsonaro não vai revogar o decreto que muda regras para aquisição, cadastro, registro, posse, porte e comercialização de munições e armas de fogo no país. “O governo não revogará, não colocará nenhum empecilho para que a votação ocorra no Congresso”, disse o porta-voz sobre a matéria em tramitação na Câmara. No último dia 18, o plenário do Senado aprovou a revogação do decreto presidencial. Por 47 votos a 28, os senadores aprovaram um Projeto de Decreto Legislativo, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e de outros senadores, que susta os efeitos da flexibilização. A maioria dos senadores argumentou que a alteração das regras para o acesso às armas por meio de decreto era inconstitucional e deveria ser feita por projeto de lei. A expectativa era de que o governo revogasse a medida anterior e editasse novo decreto para colecionadores e novo projeto de lei para as outras alterações. Rêgo Barros reforçou hoje que o governo federal não vai interferir nas decisões do Congresso, mas que “tem buscado o diálogo e o consenso para aprovação das medidas que atendam as aspirações da maioria dos brasileiros que querem segurança, paz e prosperidade”. Segundo ele, Bolsonaro defende que é um direito do cidadão possuir armas de fogo para defesa pessoal e de seus bens. Na semana passada, em sua conta pessoal no Twitter, o presidente disse que espera que a Câmara não siga o Senado, mantendo a validade do decreto.
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou hoje (25) que ainda é preciso continuar trabalhando para reduzir as taxas de juros do crédito. Campos Neto participou nesta manhã de palestra em evento promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ele apresentou a Agenda #BC, lançada no fim de maio, e as propostas para o cooperativismo brasileiro que fazem parte da proposta. Campos Neto citou que o spread, diferença entre taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada dos clientes, não caiu na mesma proporção da taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em seu mínimo histórico, em 6,5% ao ano. “A Selic caiu bastante, mas os spreads do crédito não caíram proporcionalmente. Então existe uma frustração, uma angústia da sociedade de ter um juros muito baixo, mas de ter um spread muito alto. Então acho que a agenda [de trabalho do BC, a Agenda #BC] atingiu vários objetivos, mas ainda precismos continuar trabalhando nesse sentido”, disse. Sobre a economia mundial, Campos Neto disse que há um processo de revisão para baixo de crescimento. Ele citou que a previsão para crescimento da economia mundial saiu de 3,6%, em março de 2018, para 3,3%, neste mês. Segundo ele, a guerra comercial entre Estados Unidos e China tem gerado um efeito maior nos países asiáticos, mas “vem contaminado o resto do mundo”. “Na economia doméstica, nossa missão número 1 é manter a inflação sobre controle, o poder de compra da moeda. A gente está com inflação dentro da meta para os próximos anos”, afirmou. Campos Neto citou que as mudanças nas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano. “No começo da revisão existia uma interpretação que o crescimento estava sendo postergado e depois o crescimento começou a cair. E teve consecutivas revisões para baixo”. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, o BC diz que houve uma interrupção do processo de recuperação da atividade econômica e reforça que espera pela “retomada do processo de recuperação econômica adiante, de maneira gradual”. O Copom projeta que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deve ficar próximo da estabilidade no segundo trimestre deste ano. “Um dos canais que continua bastante vivo na nossa economia e tem sido um sinal de alento é o canal de crédito.”, disse. Ele mostrou que o crédito total cresceu 5,4% em abril deste ano. Sobre as cooperativas, Campos Neto citou que o setor segue em processo de consolidação. “Em 2018, houve redução de cerca de 4% na quantidade de cooperativas singulares, de 967 para 925. Apesar disso, o número de cooperados aumentou e, em 2018, ultrapassou os 10 milhões de pessoas, entre físicas e jurídicas”, disse. O presidente do BC projeta aumento da participação das cooperativas no crédito concedido no Sistema Financeiro Nacional de 8% para 20%, em 2022.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 3,5% na passagem de maio para junho e marcou 91,3 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. Essa é a quarta queda consecutiva do indicador, que já tinha caído 1,7% de abril para maio. Apesar disso, na comparação com junho do ano passado, a ICF cresceu 5,3%. Na comparação com maio, todos os sete componentes da ICF apresentaram queda, com destaque para a avaliação sobre o momento para compra de bens duráveis, que recuou 5,7%, e para a perspectiva de consumo, que caiu 5%. Na comparação com junho de 2018, seis componentes tiveram alta. A exceção foi a perspectiva profissional, que caiu 1%. A maior alta foi observada no item nível de consumo atual (13%). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a ICF de junho “espelhou o menor grau de confiança dos consumidores com relação à melhora da economia e, por conseguinte, às intenções de consumo, podendo vir a se refletir em menores vendas do comércio mais para a frente”.
As importações de soja da China junto a seu principal fornecedor, o Brasil, caíram 31% em maio quando na comparação com o mesmo mês do ano passado, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas divulgados nesta terça-feira (25). Os compradores chineses estão segurando aquisições do principal ingrediente para ração animal em meio a um surto de peste africana que reduziu o rebanho de suínos do país. A China comprou 6,3 milhões de toneladas de soja do Brasil em maio, contra 9,124 milhões de toneladas no mesmo mês do ano anterior, de acordo com o governo local. LEIA TAMBÉM: Importações de carne suína disparam na China em maio para maior volume em quase 3 anos No total, a China comprou 7,36 milhões de toneladas de soja em maio, queda de 24% na comparação anual, segundo dados já divulgados anteriormente pelo país. A queda nas importações acontece em um momento em que a China já reporta 137 surtos de peste suína africana em quase todas suas províncias e regiões. O primeiro surto foi registrado no início de agosto de 2018. Guerra comercial contribui para a queda A diminuição das compras da soja brasileira também ocorreu por uma esperança de que uma guerra comercial entre China e Estados Unidos pudesse chegar a um fim, o que levou compradores a segurar importações da América do Sul com a expectativa de comprar produto dos EUA. As tensões comerciais, no entanto, escalaram novamente ainda no início de maio. Os EUA eram o segundo maior fornecedor de soja da China antes da guerra comercial, mas as importações junto aos norte-americanos recuaram fortemente após o governo chinês ter colocado tarifas de 25% sobre as cargas dos EUA. “Os embarques de maio foram agendados principalmente em abril e março, quando o mercado esperava que os grãos dos EUA poderiam vir para a China. Os processadores, portanto, não fizeram estoques”, disse um gerente de uma produtora de ração no Norte da China. “Os processadores de soja também não agendaram tantas compras principalmente devido à peste suína africana”, acrescentou o gerente, que não quis se identificar. A peste suína pode reduzir a produção de carne suína da China em cerca de 30% neste ano, segundo o Rabobank. As importações de soja da China junto aos EUA foram de 977.024 toneladas, ante 489.539 toneladas no ano anterior, segundo os dados de alfândega. CHINA
Mato Grosso do Sul deve colher no ciclo 2018/2019 a maior produção de algodão das últimas sete safras. A expectativa da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores da cultura (Ampasul) é que o volume de algodão em pluma chegue a 71 mil toneladas. Desde a temporada 2011/2012, quando colheu 84,6 mil toneladas, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado não registrava uma colheita tão expressiva do algodão quanto deve obter no ciclo atual. Na safra 2012/2013 foram, de acordo com empresa pública federal, 68,1 mil toneladas; no 2013/2014, 63,3 mil toneladas; no 2014/2015, 55,3 mil toneladas; no 2015/2016, 48,3 mil toneladas, no 2016/2017, 49,1 mil toneladas e no 2017/2018, 56,1 mil toneladas. Segundo o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann, a expectativa de uma produção histórica ocorre em razão de três fatores. O primeiro é o incremento de 24,6% na área cultivada, que passou de 30,4 mil hectares para 37,9 mil hectares. Hoffmann explicou que o aumento de área cultivada se deve principalmente ao plantio consorciado, com o algodão avançando em áreas que antes eram dedicadas a outras culturas, como a soja e o milho, ou até a outras atividades, como a pecuária. Além disso, deve contribuir também para esse salto de produção, o emprego de novas tecnologias e o empenho e a dedicação dos produtores a cultura. O diretor da Ampasul lembra que no estado, o cultivo do algodão se concentra em duas regiões o centro-sul, onde a colheita da atual safra já foi finalizada, e o centro-norte onde os trabalhos devem se estender até o fim de agosto. Com esse volume de produção, a entidade aponta que o estado deve ocupar a posição de quinto maior produtor brasileiro, atrás somente de: Mato Grosso, Bahia, Goiás e Minas Gerais. Para atender a crescente demanda por serviços e ações voltadas para a cultura, Hoffamann diz que a Ampasul, que em agosto completa 20 anos de fundação, está investindo cerca de R$ 20 milhões em sua nova sede, no município de Chapadão do Sul. O complexo terá 4.200 metros quadrados, incluindo espaço administrativo, centro de eventos para 1.350 pessoas, que será utilizado em palestras, cursos, treinamentos e eventos, além de amplo e moderno laboratório de classificação de algodão, que atenderá produtores de todo o Mato Grosso do Sul e também de estados vizinhos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, perdeu força em junho e ficou em 0,06%, depois de registrar 0,35% em maio, informou nesta terça-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, é a menor taxa para o mês desde junho de 2006, quando ficou em -0,15%. Segundo o IBGE, quedas nos preços de alimentos e combustíveis – que têm os maiores pesos na composição do índice – ajudaram a inflação a perder força na passagem de maio para junho. O grupo Alimentação e bebidas, que havia ficado estável em maio, teve deflação (-0,64%) em junho. Já os combustíveis (que fazem parte do grupo transportes) tiveram queda de 0,67%, depois de subirem 3,3% no mês anterior. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, somente o de alimentação e bebidas teve deflação no mês. Mas apenas três grupos tiveram taxas maiores em junho que em maio: artigos de residência (de -0,63% em maio para 0,01 em junho), educação (de 0 em maio para 0,09% em junho) e comunicação (de -0,04% em maio para 0 em junho). Veja as variações dos 9 grupos pesquisados: Alimentação e bebidas: -0,64% Habitação: 0,52% Artigos de residência: 0,01% Vestuário: 0,09% Transportes: 0,25% Saúde e cuidados pessoais: 0,58% Despesas pessoais: 0,11% Educação: 0,09% Comunicação: 0 Variação mensal do IPCA-15Em %1,111,110,640,640,130,130,090,090,580,580,190,19-0,16-0,160,30,30,340,340,540,540,720,720,350,350,060,06Jun/18Jul/18Ago/18Set/18Out/18Nov/18Dez/18Jan/19Fev/19Mar/19Abri/19Mai/19Jun/19-0,2500,250,50,7511,25Jul/180,64Fonte: IBGE Alimentos em queda Segundo o IBGE, a safra agrícola fez com que os preços de alguns produtos importantes na mesa do brasileiro tivessem queda significativa em junho. Os principais destaques foram o feijão-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%). O instituto destacou que a alimentação fora do domicílio também teve recou em junho. O IPCA-15 para este grupamento desacelerou de 0,48% em maio para 0,33% em junho. Alívio nos transportes O grupo dos Transportes desacelerou de 0,65%, em maio, para 0,25% em junho, contribuindo, juntamente com os alimentos, a desacelerar a inflação no período. Segundo o IBGE, esse queda nos transportes foi puxada pelos combustíveis. A gasolina apresentou alta de 0,10% em junho ante uma alta de 3,29% no IPCA-15 de maio. Já o etanol, que teve alta de 4% no mês anterior, caiu 4,57% em junho. Educação Financeira: por que nem todos sentem a inflação?G1 Economia–:–/–:– Educação Financeira: por que nem todos sentem a inflação? Passagem aérea freia queda Com alta de 18,98%, as passagens aéreas exerceram impacto de 0,06 ponto percentual sobre o indicador mensal. Conforme destacou o IBGE, foi o maior impacto positivo na prévia da inflação de junho, ou seja, responsável por pressionar o indicador, impedindo uma desaceleração maior. No ano, os preços das passagens aéreas acumulam uma queda de 15,32%. Em 12 meses, porém, acumulam uma alta de 52,30%. Índices regionais Das 11 regiões pesquisadas pelo IBGE para compôr o IPCA-15, cinco apresentaram deflação na passagem de maio para junho. A mais intensa foi observada em Porto Alegre, com recuou de 0,21% puxado pelo …
Um grupo de 30 juízes federais de várias partes do país pediu nesta segunda-feira (24) à Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) a suspensão cautelar do ministro Sérgio Moro “das atividades associativas, inclusive da participação na Lista Ajufe”, um grupo de discussão dos magistrados por e-mail. Os magistrados querem também que a Ajufe apure as circunstâncias das conversas travadas entre Moro e membros da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal), segundo revelado pelo site The Intercept Brasil. Se confirmadas, dizem os juízes, Moro deveria perder o título de sócio benemérito da entidade, que já foi aprovado pela diretoria mas ainda não foi oficialmente concedido. Leia também:Lula pede que sua defesa insista para STF julgar parcialidade de Moro nesta terçaMoro espera que reportagens de site não afetem projeto anticrime“Entendemos que as condutas expostas na publicação jornalística, caso confirmadas, são totalmente contrárias aos princípios éticos e às regras jurídicas que devem reger a atuação de um magistrado, pois quando um juiz atua de forma parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder Judiciário é posta em xeque”, diz a representação encaminhada pelos juízes federais. Em outubro passado a diretoria da associação aprovou o título de sócio benemérito de Moro na Ajufe, uma condição especial reservada a poucas pessoas. O título ainda não foi oficialmente concedido. De acordo com o estatuto da entidade, a honraria é concedida a pessoas ou empresas “que contribuíram com serviços relevantes à Ajufe”, mesmo que não magistrados. Moro deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. O grupo de 30 juízes pede que seja aberto um processo administrativo disciplinar pela própria Ajufe, conforme previsto em seu estatuto. Se as apurações internas confirmarem as “condutas apontadas, se configurado o desrespeito ao Estatuto [da associação] e o prejuízo moral causados à Ajufe, ao Poder Judiciário e ao Estado Democrático de Direito”, os juízes pedem que Moro seja excluído do quadro social da Ajufe. A entidade representa cerca de 2 mil juízes federais no país. “As reportagens em questão indicam que pode ter havido uma interação heterodoxa entre o então magistrado Sérgio Moro e membros do MPF. São narrados, no corpo das matérias, série de episódios que, caso venham a ser confirmados, são de extrema gravidade. Segundo os diálogos, o representado aconselha e orienta a acusação, cobra agilidade; refere-se a pessoas delatadas como inimigos, sugerindo que apenas 30% sejam investigados; fornece ‘fonte’ a membro do MPF; sugere a substituição de uma procuradora em determinada audiência, demonstrando preocupação com o desempenho da acusação; antecipa decisão a uma das partes, e desdenha da Defesa”, diz a representação. Os magistrados também afirmaram que a divulgação das mensagens por jornalistas está protegida pela Constituição. “Em que pese a controvertida legalidade na forma de obtenção das referidas mensagens, a merecer investigação sob as regras do devido processo legal e as garantias constitucionais, a divulgação por órgão de imprensa está protegida pelo artigo 5º, inciso XIV, da Constituição da República”, diz a representação dos magistrados. …
A reforma da pista principal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foi adiada por tempo indeterminado, segundo informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). As obras estavam previstas para o período de 12 de agosto a 11 de setembro deste ano. Segundo a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu o uso da pista auxiliar do aeroporto por aviões turbo-jato, o que impediria o pouso e a decolagem de aeronaves como o Boeing 737-700, o Airbus A318 e Embraer E-190. Na prática, isso acarretaria a suspensão das principais operações comerciais do aeroporto. A reforma só será realizada depois que a Infraero fizer as adequações na pista auxiliar exigidas pela Anac.
O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta na rede social Twitter para destacar uma das mudanças promovidas pela nova lei de combate a fraudes previdenciárias, sancionada na última terça-feira (18). “Na Lei 13.846/19 (Combate à Fraude), os cartórios devem informar a relação de óbitos até 24 horas após seu registro. Antes, esse prazo era de 40 dias onde, pelo lapso de tempo, o falecido tinha depositado em sua conta mais dois salários”, tuitou. Segundo o presidente, a economia prevista apenas com essa medida será de R$ 1,7 bilhão ao ano. A lei também obriga os bancos a devolverem valores referentes a benefícios depositados após o óbito do beneficiário. Legislação A nova legislação é resultado da Medida Provisória 871, aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 3 de junho. O texto cria um programa de revisão de benefícios com indícios de irregularidades e autoriza o pagamento de um bônus a servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para cada processo analisado fora do horário de trabalho. A proposta prevê ainda a criação de um cadastro para o trabalhador rural feito pelo governo e não mais por sindicatos. O texto cita também o endurecimento de regras do auxílio-reclusão e da pensão por morte. O governo avalia que a medida vai gerar economiza de R$ 9,8 bilhões com a revisão de 5,5 milhões de benefícios previdenciários. Estão no alvo indícios de irregularidades em auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e Benefícios de Prestação Continuada (BPC). (EBC)
Em Tabira (PE), Sertão do Pajeú, está nascendo um movimento em defesa do nome do prefeito Jose Patriota de Afogados da Ingazeira (PE), José Patriota (PSB), para ser o candidato em 2020 a sucessão do Prefeito Sebastião Dias (PTB). O sucesso de Patriota na gestão afogadense e a argumentação de que ele é filho natural de Tabira motivaram o vereador Marcos Crente, o ex-vereador Edmundo Barros e o empresário irmão Betinho a se reunirem com o socialista e lançarem o convite em nome de um grande grupo que está se formando na Cidade das Tradições. Certamente Patriota vai levar alguns pontos em consideração para tomar a decisão. Ouvido pela produção de uma emissora de rádio local, o gestor tratou o assunto como “incipiente, complexo e carente de segurança jurídica”, e completou: “tenho ainda vários compromissos e desafios a enfrentar. Minha saúde, a governança de Afogados, e a causa municipalista (Amupe). Entretanto as manifestações livres de vários conterrâneos acendem uma chama de esperança para uma Tabira mais forte e com um futuro promissor”. As informações são de Anchieta Santos/para o Blog.
O papa Francisco vai realizar uma visita de quatro dias ao Japão em novembro. Esta será a primeira vinda de um sumo pontífice ao país desde João Paulo 2º em 1981. Francisco deve desembarcar em Tóquio no dia 23 de novembro. No dia seguinte, ele visitará as cidades de Nagasaki e Hiroshima. Em Nagasaki, o papa vai rezar na Catedral Urakami, que foi reconstruída depois do bombardeio atômico sobre a cidade em 1945. Em Hiroshima, ele vai homenagear as vítimas dos bombardeios atômicos no Museu Memorial da Paz. No dia 25 de novembro, Francisco deve se encontrar com o imperador Naruhito e o primeiro-ministro Shinzo Abe, em Tóquio, antes de celebrar uma missa no estádio Tokyo Dome. As atenções estão voltadas para as possíveis mensagens antinucleares que o sumo pontífice transmitirá nas cidades atingidas pelos bombardeios atômicos.
Mais de 53,5 milhões de pessoas dos grupos prioritários, entre eles, professores, gestantes, profissionais das forças de segurança de salvamento, crianças e idosos, procuraram os postos de saúde, onde se vacinaram contra a gripe, até essa segunda-feira (24). Também foram vacinadas 5,6 milhões de pessoas que não integram os grupos prioritários. De acordo com o Ministério da Saúde, os dados mostram ainda que 18 estados e o Distrito Federal conseguiram vacinar 90% do público-alvo. No total, foram distribuídas 59,5 milhões de doses para todo o país. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusivida. “Apesar de atingir a meta nacional, nem todos os grupos conseguiram alcançar os 90% de cobertura: crianças (82,8%), gestantes (81,8%), pessoas com comorbidades (86,3%), profissionais das forças de segurança e salvamento (48,5%) e população privada de liberdade (74,8%) ficaram com a vacinação abaixo do ideal. Isso significa que mais de 2,6 milhões de crianças e 3,8 milhões de gestantes deixaram de se vacinar”, informou o ministério. Atingiram a meta de vacinação os trabalhadores de saúde (90%), puérperas (103,4%), indígenas (95,2%), idosos (98,2%), professores (104,4%) e funcionários do sistema prisional (124,2%). Quanto à cobertura vacinal nos estados, oito não alcançaram a meta de 90%: Acre (86,7%), Bahia (86%), Rio de Janeiro (86,9%), São Paulo (84,7%), Paraná (86,9%), Santa Catarina (86,8%), Rio Grande do Sul (86,5%) e Mato Grosso do Sul (89,8%).
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal desmarcou o julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em meio à incerteza do resultado e do futuro do ministro Sergio Moro (Justiça) no governo Jair Bolsonaro (PSL). A decisão do STF frustrou Lula, preso desde abril de 2018, após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem pelo caso do tríplex de Guarujá (SP). Os advogados do petista pediram ao Supremo prioridade para manter a data do julgamento do habeas corpus, mas não haviam conseguido reverter a situação até a noite desta segunda (24). O julgamento estava previsto para terça (25), mas a possibilidade de ele acontecer era tratada com descrença por ministros da corte. Leia também:‘Daqui a seis meses vai ter a campanha Moro Livre’, diz Chico CésarEntenda o julgamento sobre a prisão de Lula que será adiado pelo Supremo A avaliação era a de que o Supremo não deveria se antecipar em relação a eventual penalidade a Moro após a divulgação de mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, que indicam troca de colaboração dele com procuradores da Lava Jato. Para esses ministros, a análise do caso também se tornava delicada num momento em que o ministro da Justiça, que tem alta popularidade, conta com o respaldo de Bolsonaro. Em meio ao clima de desconfiança, o ministro Gilmar Mendes indicou o adiamento do julgamento. Não há, porém, nova data, e a sessão desta terça será a última deste semestre antes do recesso. A apreciação do caso começou em dezembro e foi suspensa por pedido de vista de Gilmar. Como cabe ao ministro trazer o processo para a análise do colegiado, foi ele que pediu o adiamento, como antecipou o jornal Folha de S.Paulo. Gilmar havia liberado o processo para análise no dia 11, depois que o Intercept divulgou as primeiras mensagens trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol. A corte tem sido pressionada a se posicionar sobre o episódio. Na avaliação de aliados de Lula, se o julgamento não for agora, mesmo que o resultado não lhe seja favorável, poderá demorar muito a voltar para a pauta. A indefinição, dizem, é o pior cenário possível. A apreciação do habeas corpus dependerá de a presidente da Segunda Turma, ministra Cármen Lúcia, marcar a data. Ela assume oficialmente o comando do colegiado nesta terça, em substituição a Ricardo Lewandowski. Em nota, Cármen afirmou que, como ainda não assumiu o posto, não poderia ter incluído ou excluído processos na sessão desta terça. O pedido de habeas corpus foi apresentado ao STF por Lula em novembro. O argumento era que o fato de Moro ter aceitado ser ministro de Bolsonaro, adversário do petista, demonstrava sua parcialidade. No último dia 13, a defesa fez um complemento, informando os ministros sobre as mensagens que vieram a público, dizendo que elas revelam “completo rompimento da imparcialidade” do ex-juiz. Nesta segunda, Gilmar considerou que não haveria tempo hábil para a discussão do caso na sessão, pois, conforme a pauta prevista, …
O preço médio do litro da gasolina, do etanol, do diesel e do gás de cozinha recuou na semana passada, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (24). Na semana encerrada em 22 de junho, o valor médio do litro da gasolina teve queda de cerca de R$ 0,03, ou 0,85%, para R$ 4,445. Foi a sexta retração consecutiva. O preço do diesel recuou R$ 0,03, ou 1,08%, a R$ 3,588, na quarta queda seguida. Já preço do etanol caiu R$ 0,03, ou 1,2%, a R$ 2,803. Foi a oitavava queda semanal seguida do valor do combustível. O preço do combustível representa uma média calculada pela ANP com dados coletados em postos de diversas regiões. O preço, portanto, pode variar de acordo com o local pesquisado Preços dos combustíveis nos postos Evolução do valor por litro, na média nacional em R$gasolinadieseletanol22/4/1720/5/1717/6/1715/7/1712/8/178/9/177/10/173/11/172/12/1730/12/1727/1/1824/2/1823/3/1821/4/1819/5/1816/6/1816/7/1811/8/188/9/186/10/183/11/1801/12/1829/12/1826/1/1923/2/1923/3/1920/4/1918/5/1915/6/1922,533,544,55 Fonte: ANP A pesquisa também monitora o valor médio do botijão de gás de cozinha. Segundo a ANP, esse item encerrou a semana custando, em média, R$ 69,19, o que representa um recuo de 0,04% na comparação com a semana anterior. No acumulado do ano, o preço médio do diesel é o que teve o maior avanço em 2019 até agora, com alta de 3,97%. Já o da gasolina tem aula acumulada de 2,32%, enquanto o etanol tem queda de 0,71% e o gás de cozinha, de 0,02%. Preços nas refinarias O movimento de queda na cotação dos combustíveis nos postos acompanha o anúncio da Petrobras de cortes nos preços tanto do diesel quanto da gasolina em suas refinarias nas últimas semanas. A Petrobras decide seus preços de combustíveis com base em fatores como a cotação internacional do petróleo e o câmbio, mas uma sistemática em vigor desde setembro prevê um espaçamento maior entre os reajustes. O repasse desses reajustes para o consumidor final depende dos postos.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta segunda-feira (24) uma resolução para abrir o mercado de transporte e distribuição de gás natural. O governo avalia que a medida pode reduzir o preço do gás. Entre outras medidas, a resolução prevê as seguintes recomendações: ações para a Petrobras deixar de controlar a venda de gás natural; adoção de incentivos para os estados abrirem mão do monopólio de distribuição. Segundo o secretário-executivo-adjunto do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio, o conselho não pode fazer determinações à Petrobras, mas as ações previstas na resolução poderão ser concretizadas por meio de um termo de compromisso a ser assinado pela estatal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pelo acordo, a Petrobras deverá se comprometer a: vender distribuidoras e transportadoras de gás natural; abrir mão da exclusividade de uso da capacidade dos dutos. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, as medidas poderão fazer com que, entre dois e três anos, o preço do gás caia cerca de 40%. Governo aprova resolução para abrir mercado de gás naturalJornal GloboNews edição das 18h 10 segundos10 segundos Assistir agora Backward Pular Resumo Pular Abertura Backward Assistir do início –:–/–:– AGORA Use as teclas para avançar Assista ao próximo Cancelar Assista também Reveja Governo aprova resolução para abrir mercado de gás natural Incentivo aos estados A resolução aprovada nesta segunda-feira recomenda à União a adoção de incentivos para os estados abrirem mão voluntariamente do direito ao monopólio da distribuição de gás natural. A abertura do mercado de gás poderá ser usada, por exemplo, como contrapartida nos planos de equilíbrio fiscal dos estados quando houver empréstimos com garantias da União. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, muitos estados já disseram que pretendem abrir mão do monopólio. “É melhor o estado ter gás natural do que ter o monopólio”, afirmou. Ao abrir mão do monopólio da distribuição, o estado permitirá que uma indústria compre gás diretamente do produtor, fazendo contratos de longo prazo, o que pode reduzir o preço. Como a energia pode ficar mais barata? O governo diz que, com a abertura do mercado, o preço do gás natural poderá cair e, consequentemente, o preço da energia elétrica. Isso porque parte das usinas térmicas usam o combustível para gerar eletricidade. “O ‘Novo Mercado de Gás’ visa promover a livre concorrência no mercado de gás do Brasil. Busca reduzir o preço da energia, permitir a reindustrialização do país e um desenvolvimento sustentável”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. De acordo com o ministério, mais de 80% do gás natural são consumidos pela indústria e por usinas térmicas. Em março deste ano, por exemplo, os consumidores residenciais responderam por 1% da demanda, e os automóveis, 9%.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta segunda-feira (24) que vetará trecho de projeto de lei que impõe uma lista tríplice ao chefe do Poder Executivo para que ele escolha executivos de agências reguladoras. A informação foi dada dois dias após ele ter questionado o Congresso, que, segundo Bolsonaro, queria deixá-lo como “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa.Bolsonaro disse que manterá a sua prerrogativa de selecionar e indicar conselheiros, diretores, presidentes, diretores-presidentes e diretores-gerais dos órgãos federais. Leia tambémBolsonaro se reunirá com dirigente chinês no JapãoJoão Campos: ‘Bolsonaro sabe que Moro é uma ameaça a ele’Bolsonaro coleciona embates nos seis meses à frente do governo “A decisão até o momento para indicar o presidente das agências é minha. A partir desse projeto, [haverá] uma lista tríplice. Então, essa parte será vetada de hoje para amanhã”, disse. O prazo para sanção da iniciativa, que aumenta a autonomia das agências reguladoras, se encerra nesta terça-feira (25). No sábado (22), ao dizer que tinha tomado conhecimento desse projeto, o presidente disse: “Pô, querem me deixar como rainha da Inglaterra? Este é o caminho certo?”. Na ocasião, Bolsonaro disse ainda que “o Legislativo, cada vez mais, passa a ter superpoderes” e que o pacto entre Executivo, Legislativo e Judiciário deveria ser algo vindo “do coração”. Nesta segunda, ao dizer que vetará trecho do projeto de lei, ele disse: “As agências têm poder muito grande e essa prerrogativa de o presidente indicar é muito importante, porque nós teremos um poder de influência”. O texto mantém o poder do presidente de escolher os executivos das empresas, mas institui que ele teria de escolher de uma lista tríplice elaborada por uma comissão de seleção. A previsão é de que a composição e os procedimentos deste colegiado sejam estabelecidos em regulamento, que deve ser feito por decreto do próprio presidente. Na tramitação da iniciativa, o Senado também retirou trechos polêmicos que foram incluídos na proposta alterando a Lei Geral das Estatais. Com isso, foram derrubados pontos que, na prática, possibilitariam a nomeação de políticos e seus parentes para cargos de direção em empresas estatais. Mais cedo, antes de reunião com o presidente, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), havia elogiado a iniciativa e afirmado que ela aperfeiçoa os modelos das agências reguladoras. Segundo ele, a polêmica deve-se a um “ruído de informação” e não há “chance nenhuma” de o presidente virar uma espécie de rainha da Inglaterra.
Nenhuma aposta acertou as cinco dezenas da Quina de São João. O sorteio do Concurso 5.002 foi realizado na noite de hoje (24), na cidade de Campina Grande, na Paraíba. As dezenas sorteadas foram: 17 – 27 – 53 – 78 – 79. A quadra teve 1.577 apostas ganhadoras. Cada uma vai receber o prêmio de R$ 97.451,78. O próximo sorteio da Quina será realizado nesta terça-feira (25). O prêmio principal está estimado em R$ 600 mil.
O número de jovens de 15 a 17 anos cursando o ensino médio aumentou de 61% em 2012 para 68,7% em 2018. O percentual de jovens nessa faixa etária que frequentam a escola também vem crescendo e chegou a 91,5% em 2018. Os dados estão no Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, divulgado hoje (25) pelo movimento Todos pela Educação em parceira com a Editora Moderna e traz dados organizados de acordo com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). “É uma avanço estatisticamente significante, mas um avanço ainda tímido. O modelo que temos acaba fazendo com que adolescentes e jovens saiam da escola e, mesmo os que frequentam a escola, não veem um ambiente atrativo para seguir e encaixar a ideia de escolarização do ensino médio nos seus projetos de vida”, disse o coordenador de projetos do Todos pela Educação, Caio Callegari. A conclusão do ensino médio na idade adequada ainda é um desafio, como mostram os dados do relatório. Em 2018, apenas 63,6% dos jovens de 19 anos matriculados concluíram o ensino médio. Em 2012, 51,7% dos jovens de 19 anos haviam concluído essa etapa do ensino. Desigualdades Em 2018, 75,3% dos jovens brancos de 15 a 17 anos estavam matriculados no ensino médio, contra 63,6% de jovens negros – Marcelo Camargo/Agência Brasil As desigualdades socioeconômicas e de raça têm peso no acesso ao ensino médio, como aponta o anuário. Em 2018, 75,3% dos jovens brancos de 15 a 17 anos estavam matriculados na etapa. Já entre os jovens negros da mesma faixa etária esse percentual era de 63,6%, uma diferença de quase 12 pontos percentuais. O anuário mostra também as disparidades em relação à distribuição de recursos. Enquanto São Paulo recebe a maior média anual de recursos vinculados à educação por aluno, R$ 6,5 mil, o Maranhão está no outro extremo com R$ 3,5 mil por aluno ao ano. “Boa parte das desigualdade educacionais está relacionada a desigualdade de financiamento tanto em relação a garantia de recursos mínimos quanto a gestão de recursos. Estamos dando menos recurso para quem tem que corrigir um passivo histórico de investimento em educação”, disse o coordenador de projetos do Todos pela Educação. Professores Em relação à formação dos professores a publicação mostra que desde 2012 houve aumento médio de cerca de cinco pontos percentuais no número de docentes com formação adequada para as disciplinas que lecionam. Em 2018, 48,7% dos docentes dos anos finais do ensino fundamental, que vai do 6º ao 9º ano, tinham formação adequada. O dado representa um crescimento de 5 pontos percentuais em comparação a 2012. Já no ensino médio, essa taxa era de 56,3%, aumento de 5,4 pontos percentuais no mesmo período. “A última década foi marcada por avanços importantes, mas que de forma nenhuma desligaram a sirene de urgência de mudanças estruturais na educação brasileira. Ainda estamos muito distantes das metas estratégicas do PNE”, disse Caio Callegari O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019 usa como base dados do Ministério da Educação e traz …
Um dos problemas para o país levar adiante projetos de infraestrutura que respeitem o meio ambiente não está na legislação ambiental nem na crise econômica que escasseou os investimentos públicos. Em alguns casos, instituições internacionais têm dinheiro disponível, mas não conseguem emprestar para o país. A avaliação é do diretor de Estudos, Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Ivan Oliveira. Durante a 1ª Conferência Ministerial Regional das Américas sobre Economia Verde, em Fortaleza, ele pediu mais engajamento do Brasil e das instituições multilaterais (bancos internacionais com capitais de diversos países) para destravar o financiamento a projetos sustentáveis no país. Economia verde e o setor de alimentos orgânicos (Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil) Para Oliveira, o caso mais emblemático ocorre com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês). Criada em 2014 pelos países do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a instituição, com sede na China, emprestou poucos recursos ao país até hoje. “O Brasil hoje acessa menos recursos do que aportou para o NDB, que é um banco que tem algo a dizer em relação à economia verde. Porque foi criado com um perfil já de financiamento de infraestruturas e projetos sustentáveis. Está no DNA do banco a agenda de sustentabilidade”, disse. Segundo o diretor do Ipea, a dificuldade na comprovação da viabilidade de projetos pode ser um fator que tem impedido o acesso do Brasil a financiamentos internacionais. Ele citou o projeto do trem-bala entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP), que reduziria o consumo de combustíveis fósseis, mas jamais saiu do papel porque a análise custo–benefício não compensou. Para ele, o principal desafio está dos dois lados: no aumento da viabilidade de projetos e no engajamento das instituições multilaterais. “Os bancos multilaterais precisam ter função mais substantiva de financiamento nesse tipo de projeto. Mais do que isso, o Brasil e vários países precisam ter ação mais proativa na viabilização de projetos que não são financiados pela falta de recursos para que o debate sobre desenvolvimento sustentável ganhe profundidade e concretude”, declarou. Eeconomia verde (Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil) Oliveira também defendeu maior abertura da economia brasileira, inclusive no setor financeiro, de modo que mais bancos operem no país. O aumento da concorrência entre as instituições, ressaltou, ajudaria a reduzir os juros finais e tornaria mais viáveis projetos que hoje não podem ser financiados pelo capital privado. “Mais concorrência vai pressionar mais o lucro [dos bancos], o que vai fazer com que projetos inviáveis, dados os custos de oportunidade, passem a ser viáveis”, explicou. Crédito de carbono Diretor-gerente da Plataforma Mexicana de Carbono, mercado voluntário de créditos de carbono na Bolsa de Valores do México, Eduardo Piquero defendeu mais conscientização dos grandes investidores no financiamento a projetos sustentáveis. Por meio do mercado de carbono, empresas e indivíduos compensam as emissões de gás carbônico com a compra de títulos que financiem projetos ecologicamente corretos e que reduzam a pobreza. Os fundos de pensão, as …