Maioria dos alunos do 3º ano do ensino fundamental do Estado não consegue ler ou interpretar texto

Quase 80% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental (antiga 2ª série) da rede pública do Estado não conseguem ler ou interpretar um texto, mesmo o município atestando a alfabetização dessas crianças. Em matemática, o quadro não é muito diferente: apenas 19,2% dos estudantes conseguem resolver contas básicas, como calcular o troco em uma conta. O desempenho na disciplina está dez pontos abaixo da média nacional (29,2%). Os dados compõem a 2ª Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, a Prova ABC, elaborada pelo Movimento Todos pela Educação. São avaliados alunos do 3º ano, porque a série é considerada limite para alfabetização, segundo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).

No Brasil, 54 mil estudantes de escolas públicas e privadas participaram da avaliação. As Regiões Norte e Nordeste permanecem na lanterna nas três áreas avaliadas. O vizinho Alagoas, por exemplo, apresenta o menor percentual brasileiro no desempenho em leitura, com 13,7%. Segundo o Todos pela Educação, o aluno que atinge 175 pontos na avaliação em leitura (a escala varia de 125 até 175) consegue identificar temas de uma narrativa, localizar informações claras e identificar características de personagens em lendas, contos ou fábulas.
Além do desempenho em leitura e matemática, as habilidades em escrita também foram avaliadas e não são nada boas. Os alunos fizeram uma redação, com pontuação de 0 a 100. Apenas 10,3% das crianças do Estado apresentaram o desempenho esperado, acima de 75 pontos. O quadro é preocupante porque a avaliação era bem simples. Cada aluno deveria escrever uma carta de um ou dois parágrafos convidando um amigo para passar as férias na casa dele.

Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação, a Prova ABC dá um panorama do ensino para os secretários municipais. “De forma geral, os Estados ainda estão fazendo o dever de casa, pois as médias estão longe de 100%. Em São Paulo, por exemplo, que apresentou o melhor desempenho em leitura, apenas 60% dos alunos estão com bom desempenho na área”, afirma. “Se não tiver qualidade na educação infantil é mais difícil corrigir a defasagem nos anos posteriores”, pontua Priscila.
Com relação às áreas analisadas na Prova ABC, Priscila afirma que o ensino básico é muito voltado para a leitura e existe menos estímulo para as atividades envolvendo escrita e matemática, por isso o baixo desempenho. “As crianças estão escrevendo muito menos e não são autônomas na leitura.”

A professora e vice-diretora da Escola Municipal Engenheiro Henoch Coutinho de Melo, em Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, Ana Luzia Moura, destaca o papel da escola na formação do aluno, mas ressalta a importância da família na construção do aprendizado. “Nos empenhamos para fazer nossa parte, mas às vezes falta apoio dos pais. Convocamos reuniões periódicas para buscar aproximação com a família, mas, na maioria das vezes, os responsáveis pelos alunos com mais dificuldades não participam”, conta. “Em outros momentos, as professoras passam atividades e o aluno não faz por falta de recursos (jornal, revista) ou de compromisso familiar”, acrescenta.
O gerente-geral de Planejamento e Gestão da Secretaria de Educação do Recife, Guilherme Cardim, admite a falta de estrutura de algumas instituições de ensino como fator relevante para o baixo desempenho. E, na tentativa de traçar a realidade do município, disse que a prefeitura vai aplicar uma avaliação externa para medir o conhecimento dos alunos em português e matemática e pontuar as principais carências.
A prova já foi realizada com os alunos do 5º ano. No fim deste mês, as crianças do 3º e 4º ano serão avaliadas. “Com os resultados, vamos identificar e resolver os principais problemas”, explica Cardim. Uma estratégia para tentar melhorar os índices é a implantação da aula-atividade a partir do ano que vem. “O professor terá tempo de planejar melhor as aulas e acompanhar os alunos. A partir de agosto, já vamos implementar nos anos finais da rede”, afirma.
Esta foi a última edição da Prova ABC. A partir deste ano, o Ministério da Educação elaborou um instrumento próprio, a ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização), aplicada nacionalmente para alunos do 3º ano do ensino fundamental. A prova avaliará alfabetização e matemática.

Fonte: JC Online

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

Claro,passam de ano sem conherer o alfabeto,kkkkkkkkkkkkk os governos proibem as escola ou seja os professoures de reprovarem, o aluno tem que passar isso é imoral,é por isso que temos proficionais incompetentes, no meu tempo a gente repetia o ano quantas vezes fosse preciso, hoje não pode, o pobre do PROF.Pode ir parar na cadeia, olhe sinceramente ninguém merece viu.

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