Com captação de R$ 8,5 bilhões, poupança tem maior entrada de recursos para setembro em 24 anos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O Banco Central informou nesta quinta-feira (4) que os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 8,541 bilhões em setembro.
O resultado é o maior para os meses de setembro desde o início da série histórica do BC, em 1995, ou seja, em 24 anos.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda segundo a instituição, houve um ingresso líquido (depósitos menos retiradas) de R$ 25,501 bilhões na modalidade de investimentos.
Esse foi a maior entrada de recursos na poupança, para este período, desde 2013 – quando a caderneta registrou a captação líquida de R$ 48,947 bilhões.
Saldo da poupança
Com a entrada de recursos na poupança em setembro, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento no mês passado.
No fim de agosto de 2018, o saldo da poupança estava em R$ 764,408 bilhões. No final de setembro, somava R$ 775,774 bilhões.
Além dos depósitos e das retiradas, os rendimentos creditados nas contas dos poupadores também são contabilizados no estoque. Em setembro deste ano, os rendimentos somaram R$ 2,825 bilhões.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e no começo deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Segundo cálculos da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança continuará sendo uma “excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”.
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite a pessoas físicas comprar títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído o interesse de aplicadores nos últimos anos.