Conselho Monetário define meta de inflação em 3,75% para 2021
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu nesta terça-feira (26) a meta de inflação em 3,75% para 2021. Esta é a primeira vez desde 2004 que a meta fica abaixo de 4%.
Entre 2005 e 2017, a meta de inflação foi mantida em 4,5% e, em 2019, fixada em 4,25%. Para 2020, a meta é de 4%.
Hoje, o sistema brasileiro de meta de inflação prevê intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Portanto, a meta será considerada cumprida em 2021 se ficar entre 2,25% e 5,25%.
A redução da meta indica que o governo pode perseguir inflação mais baixa nos próximos anos.
Na prática, a medida pode resultar em benefícios para consumidores e empresas, isso porque pode influenciar a formação dos preços e as taxas de juros cobradas pelos bancos.
Meta de inflação e juros
O Conselho Monetário Nacional é formado pelos ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e do Planejamento, Esteves Colnago, além do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
O principal instrumento usado pelo Banco Central para cumprir a meta de inflação é a taxa básica de juros da economia, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic serve como referência para todas as taxas cobradas das famílias e empresas.
Quando a inflação está alta, o Copom eleva a Selic. Desta forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito (financiamentos, empréstimos, cartão de crédito), freando o consumo e reduzindo o dinheiro em circulação. Com isso, a inflação cai mas há o risco de desestimular a economia.