Desemprego recua para 12,1% em agosto, mas ainda atinge 12,7 milhões de pessoas, diz IBGE
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1% no trimestre encerrado em agosto, mas ainda atinge 12,7 milhões de brasileiros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a quinta queda mensal seguida e trata-se da menor taxa de desemprego registrada no ano.
O contingente de desempregados é 4% menor que o registrado no trimestre encerrado em maio (529 mil pessoas a menos). Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando havia 13,1 milhões de desempregados no país, a população desocupada caiu 3,1% (menos 406 mil pessoas).
O resultado ficou ligeiramente melhor do que a média das expectativas de 26 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava uma taxa de 12,2%.
A população ocupada cresceu 1,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, atingindo 92,1 milhões de brasileiros. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 1,1% (mais 1 milhão de pessoas).
“Esse seria um quadro favorável se o aumento da ocupação não viesse acompanhado de informalidade… ainda apresenta vagas de baixa qualidade”, destacou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Os dados do IBGE mostram que a queda da taxa de desemprego tem sido puxada não por empregos com carteira assinada, e sim por vagas informais, pelo trabalho por conta própria ou doméstico.
Número de desalentados segue recorde
O número de desalentados (que desistiram de procurar emprego), que havia batido recorde no mês passado, se manteve estável em 4,8 milhões, segundo o IBGE. Em 1 ano, entretanto, a alta é de 13,2% (mais 555 mil pessoas).
“A Pnad mostra que o número de pessoas na fila do desemprego nos últimos dois anos vem aumentando. Uma parcela da população se cansa dessa fila e desiste de procurar”, destacou Azeredo.
O contingente fora da força de trabalho também se manteve estável no trimestre encerrado em agosto. O número de brasileiros que nem trabalham nem procuram emprego segue no patamar recorde de 65,5 milhões, um aumento de 1 milhão em 1 ano.
Trabalho sem carteira é o que mais cresce
O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (33 milhões) cresceu 0,6% (mais 193 mil pessoas) na comparação com o trimestre de março a maio, mas caiu 1,3% (-444 mil pessoas) ante o mesmo trimestre de 2017.
O número de trabalhadores sem carteira assinada (11,2 milhões) também ficou estável em relação ao trimestre anterior e subiu 4% (mais 435 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Já a categoria dos trabalhadores por conta própria (23,3 milhões) cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior e aumentou 1,9% (mais 437 mil pessoas) na comparação anual.
A categoria dos empregadores (4,4 milhões de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve alta de 5,2%, representando um adicional estimado de 220 mil pessoas.
Na semana passada, o Ministério do Trabalho informou que o Brasil gerou em agosto 110.431 empregos com carteira assinada, o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos.
No acumulado do ano, segundo o governo, foram criadas 568,5 mil vagas formais. No entanto, o cenário é de lentidão do mercado de trabalho e incertezas diante de uma atividade econômica que não consegue engrenar em um ritmo intenso.