Dólar renova máxima ante real, com emergentes sob pressão
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O dólar renovou a máxima de fechamento em praticamente dois anos ao terminar a segunda-feira (7) cotado a R$ 3,5532, ganho de 0,84%. Em maio, a alta já é de 1,44%, enquanto no ano a valorização alcança 7,23%. O movimento doméstico foi orientado pela dinâmica global da divisa americana. Contra uma cesta de moedas emergentes, o dólar bateu o maior patamar desde março de 2017. EUA A percepção de que a economia dos Estados Unidos tem performado melhor que os demais mercados voltou a dar fôlego ao dólar nas últimas semanas, uma vez que fortaleceu expectativas de que o Fed precisa subir os juros ainda mais.
E a possibilidade de juros mais altos nos EUA é alimentada ainda pela alta do petróleo, que, diferentemente dos últimos meses, tem sido puxada por questões de oferta, e não de demanda. E isso reflete preocupações geopolíticas, algo negativo para emergentes. Não bastassem questões externas, o dólar se mantém firme ante o real com incertezas domésticas, cada vez mais relacionadas às eleições de outubro.
Para estrategistas do Nomura, mesmo com a depreciação cambial dos últimos meses, ainda não é hora de montar posições favoráveis ao câmbio. “Infelizmente, ainda estamos a alguns meses de ver alguma clareza sobre a eleição. Portanto, continuaremos a operar o Brasil do lado negativo”, afirmam em nota.
Hoje, mais uma instituição revisou para cima suas estimativas para o dólar. O câmbio médio esperado pelo Banco Fibra passa a ser de R$ 3,55 para o segundo trimestre e de R$ 3,65 para o terceiro trimestre. Com isso, a taxa média projetada para o ano subiu de R$ 3,27 para R$ 3,45. O economista-chefe do Fibra, Cristiano Oliveira, acredita que o dólar poderá alcançar R$ 4,50 ou até mais, num cenário em que vença um candidato contrário às reformas.