Eclético, Cine PE começa com críticas ao Governo Federal e gritos de ‘Fora Temer’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A 22ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual começou na noite desta quinta-feira (31), dois dias depois da data original. A greve dos caminhoneiros e a crise que se instalou nos últimos dias fizeram com que o evento adiasse seu início. Com a mudança, o acesso aos 30 filmes que compõem a programação do festival realizado no Recife passou a ser gratuito. O evento segue até a próxima terça-feira (5).
A abertura do festival, que começou perto das 20h no charmoso e histórico Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife, levou um bom público, chegando perto de lotar as quase mil poltronas do local. A cineasta pernambucana Kátia Mesel foi homenageada na abertura – o Cine PE presta ainda homenagens à atriz Cássia Kis, esta sexta (1º), e ao ator Rodrigo Santoro, no sábado (2).
A programação da primeira noite contou com dois filmes na mostra competitiva de curtas pernambucanos (“Dia-um”, de Natália Lima, e “O consertador de coisas miúdas”, de Marcos Buccini) e outros três na competição nacional: “Marias” (RJ), de Yasmin Dias; “Sob o delírio de agosto” (PE), de Carlos Kamara e Karla Ferreira; e “Abismo” (RJ), de Ivan de Angelis. Quase todos os cineastas usaram o momento de apresentação do filme para criticar o Governo Federal, enquanto o público gritava “Fora Temer”.
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Marcos Buccini lançou o livro “Histórias do cinema de animação de Pernambuco” . “É uma pesquisa inédita. A gente tem a historiografia do cinema pernambucano consolidada em livro, mas a de animação, não. Tinha uma coisa aqui outra ali. Meu trabalho foi exatamente catalogar e discutir um pouco questões como mercado e estética”, disse Marcos, que trabalhou quatro anos na obra. O livro está à venda todos os dias, na entrada do cinema.
O autor também apresentou seu curta, “O consertador de coisas miúdas”. “É um prazer apresentar o filme no São Luiz. O filme foi feito 100% por alunos de design da UFPE”, comentou o diretor, ressaltando: “Deixo também meu apoio a Kleber Mendonça Filho, que está sendo perseguido”, disse, em referência à cobrança que o Ministério da Cultura faz ao diretor pernambucano de pouco mais de dois milhões relativos ao orçamento do longa “O som ao redor”.
O encerramento está previsto com dois filmes fora de competição: o curta-metragem “Desculpe, me afoguei” (RJ) e o longa-metragem “Mulheres alteradas” (SP), de Luis Pinheiro. Esta foi a primeira exibição pública do filme, que tem estreia programada para ocorrer no dia 21 de junho. O roteiro, escrito pelo quadrinista Caco Gualhardo, é baseado no quadrinho de mesmo nome criado pela escritora e cartunista argentina Maitena Burundarena, publicado nos anos 1990. A adaptação investe no que há de comédia na história de quatro amigas: Leandra (Maria Casadevall), Sônia (Monica Iozzi), Marinati (Alessandra Negrini) e Keka (Deborah Secco). Elas têm 30 e tantos anos e vivem diferentes crises, nos relacionamentos e em seus trabalhos.