Isenção do Brasil de cobrança de taxa sobre aço exportado aos EUA termina nesta segunda-feira
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Termina nesta segunda-feira (30) o prazo temporário dado pelos Estados Unidos ao Brasil de isenção da cobrança de tarifa de importação sobre o aço e o alumínio, que entrou em vigor no dia 23 de março para todos os países, exceto Canadá e México. União Europeia, Coreia do Sul, Argentina e Austrália também tiveram isenção temporária para negociação.
Caso não consiga um acordo, o Brasil também vai ser alvo da sobretaxa de 25% para o aço e de 10% para o alumínio a partir de 1º de maio. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA. O peso dos EUA é maior entre os produtos semimanufaturados – em janeiro deste ano, por exemplo, eles compraram 53% do total exportado pelo Brasil.
Em 2017, foram exportados aos EUA US$ 2,63 bilhões em aço, o equivalente a 33% das vendas brasileiras do produto para o exterior, segundo dados oficiais do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além disso, o Brasil exportou no ano passado US$ 120,7 milhões em alumínio para EUA, cerca de 15% do total vendido para o exterior.
Negociação
Durante o período de isenção, os fabricantes brasileiros negociaram com seus clientes norte-americanos um acordo para estabelecer uma espécie de cotas de produtos a serem comercializados, segundo informou Rubens Barbosa, presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e consultor de siderúrgicas.
O Instituto Aço Brasil (IABr), que representa a indústria do aço, afirmou ao G1 que a isenção temporária era uma “notícia boa”, mas que deveria ser analisada com serenidade. O presidente Marco Polo de Mello Lopes defendia que o Brasil tentasse junto ao governo dos EUA a exclusão da lista de sobretaxação.
Marco Polo revelara ainda que as indústrias brasileiras já haviam contatado 100% dos clientes norte-americanos para sugerir que eles solicitem a exclusão de taxação de produto ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
As empresas brasileiras argumentam que cerca de 80% das exportações de aço do Brasil aos EUA são reprocessadas e que, portanto, não haveria concorrência direta com a produção interna norte-americana.
Procurados, o MDIC e o Itamaraty informaram que o Brasil ainda não havia chegado a um acordo com os EUA até o início da tarde desta segunda-feira.