Motoboys são os que mais sofrem acidentes, diz Ministério da Saúde
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (30) um levantamento que mostra que os motoboys são os que mais sofrem acidentes de trânsito relacionados ao trabalho e que os caminhoneiros são os que mais morrem em atividade.
Entre os 118.310 acidentes registrados entre 2007 e 2016, 7,5% são de motoboys. Já entre as 16.568 mortes notificadas nesse mesmo período, 13,2% são de caminhoneiros.
Os dados são dos Sistemas de Informação de Agravo e Notificações (SINAN) e do de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
Na pesquisa foram considerados os acidentes de trânsito ocorridos quando o trabalhador tem uma função que envolve locomoção ou quando estava indo ou voltando do local de trabalho.
Em 11 anos, o número de notificações de acidentes de transporte relacionados ao trabalho aumentou quase seis vezes, passando de 2.798 em 2007 para 18.706 em 2016.
Os anos de 2016 e 2015, com 18.706 e 17.327 acidentes, respectivamente, foram os que apresentaram os maiores números de notificações. Embora o número de acidentes tenha aumentado, o de mortes caiu 28% no mesmo período, saindo de 1.447, em 2015, para 1.393, em 2016.
“Eles estão relacionados à aspectos estruturais e organizacionais, como falta de adesão das normas de segurança no manejo de veículos e equipamentos que são utilizados durante esse transporte, bem como o fato de os trabalhadores terem pouca qualificação para esse transporte”, afirmou Élem Cristina Cruz, coordenadora-substituta de Saúde do Trabalhador, Élem Cristina Cruz Sampaio, por meio de nota.
Maioria das vítimas é homem jovem
Homens jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito. A pesquisa mostra que 8 em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Cerca de 40% são homens jovens entre 18 e 29 anos e 48% ocorreram na região Sudeste.
Em relação às lesões, 22,5% acometeram membros inferiores e 15,7%, superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.
A taxa de mortalidade por acidentes de trânsito relacionados ao trabalho no país foi de 1,5 mortes a cada 100 mil habitantes.
As maiores taxas foram observadas nos Estados de Rondônia (4,9), Mato Grosso (4,3), Paraná (3,2) e Santa Catarina (3,1). “De acordo com o Ipea, essas regiões possuem fatores que contribuem para esse destaque como maior produto interno bruto (PIB), maior concentração de riquezas, de número de veículos motorizados e de viagens refletem no maior volume de tráfego e de acidentes nesses Estados”, informa o Ministério da Saúde.