PE é o segundo no País com mais jovens sem trabalhar nem estudar
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O número de jovens de 16 a 29 anos que não estudam nem trabalham atingiu 25,8% do total, grupo que representa 11,6 milhões de pessoas nessa faixa etária. Em 2012, esse grupo representava 22,8% dos jovens e somava 10,5 milhões de pessoas.
(Correção: na publicação desta reportagem, o G1 errou ao informar que o número de jovens que não trabalham nem estudam cresceu 20% em 4 anos e atingiu 41,25 milhões em 2016. Na verdade, a pesquisa do IBGE aponta que há 11,6 milhões de jovens entre 16 e 29 anos nessa situação no ano passado, 10,8% a mais do que o registrado em 2012. A informação foi atualizada às 18h.)
Isso é o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O que a gente constata é que esse aumento não é por conta da frequência escolar, mas pelo aumento da desocupação”, enfatizou Luanda Bortelho, analista da Coordenação de Indicadores Sociais do IBGE.
De acordo com a pesquisa, nestes quatro anos:
- Número de jovens que apenas estudavam: aumentou 3,4 pontos percentuais
- Número de jovens que apenas trabalhavam: caiu 5 pontos percentuais
- Número de jovens que estudavam e trabalhavam: caiu 1,5 ponto percentual
O IBGE destacou, ainda, que entre 2012 e 2014 se manteve estável o percentual de jovens que não estudavam nem estavam ocupados. O salto desta população se deu, justamente, entre 2014 e 2016, período que corresponde à crise econômica no Brasil com consequente impacto no mercado de trabalho.
Desemprego entre os jovens
O crescimento dos “nem nem” está diretamente relacionado ao aumento do desemprego no Brasil, que afetou mais fortemente os jovens. Entre 2012 e 2016, saltou de 4 milhões para 6,3 milhões o número de jovens com idade entre 16 e 29 anos desempregados no país.
Isso representa um aumento de 57% do contingente de jovens desempregados e revela um dos principais efeitos da crise econômica pela qual passa o Brasil.
Anos 4.052
De acordo com o levantamento, no mesmo período, a população com mais de 16 anos cresceu apenas 6,5%, enquanto o contingente de desempregados aumentou 40,5%.
“Isso nos mostra que são os jovens que mais sofreram com os efeitos da crise no mercado de trabalho”, apontou a analista do IBGE, Cíntia Simões Agostinho.
Enquanto os jovens representam 28,2% da população com mais de 16 anos no país, eles respondem por 54,9% do total de desempregados. “Ou seja, de cada dois desempregados, um é jovem”, destacou a pesquisadora.
Segundo Cíntia, o desemprego mais frequente entre os jovens é um fenômeno mundial e histórico. “São muitos os fatores que interferem nesta situação como, por exemplo, a dificuldade destes jovens em se inserir no primeiro trabalho, ou mesmo de conciliar os estudos com uma ocupação profissional.”