Petrobras anuncia redução de 15,28% no preço do diesel nas refinarias
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para votar no plenário o projeto de lei que prevê repasses do Fundo Social do petróleo do pré-sal para estados e municípios. O requerimento foi aprovado na noite de terça-feira (27 e ainda não há previsão de quando o projeto será incluído na pauta de votação.
Nas últimas semanas, a discussão em torno da distribuição dos valores que serão obtidos no leilão da transferência dos direitos de exploração do petróleo da camada pré-sal, a chamada cessão onerosa, ganhou corpo. A cessão onerosa foi um acordo fechado em 2010 entre a União e a Petrobras, que permitiu à estatal do petróleo explorar, sem licitação, 5 bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal na Bacia de Santos.
Um projeto que está para ser votado no Senado estabelece regras para leilão do excedente, mas não traz nada sobre a distribuição para estados e municípios.
O texto da Câmara que passa a tramitar com urgência prevê 30% dos recursos do Fundo Social para estados e municípios.
Fundo Social
Criado em 2010, o Fundo Social é um fundo soberano, destinado a receber a parcela dos recursos do pré-sal que cabem ao governo federal, como royalties e participações especiais.
Por lei, o fundo deveria ser uma poupança do governo para quando o dinheiro do petróleo diminuir, que ajudaria a financiar o desenvolvimento do país
O dispositivo sobre a divisão dos recursos do petróleo foi incluído em projeto que trata de energia elétrica. O requerimento que acelera a tramitação do projeto, aprovado na terça, não estava na pauta da sessão da Câmara e foi incluído de última hora.
Divisão
Governadores e prefeitos demandam uma parte desses recursos, que poderiam vir do Fundo Social. A outra possibilidade seria repassar aos entes federados uma parcela do bônus de assinatura, pago na assinatura dos contratos.
Há duas semanas, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, deu uma declaração afirmando que o presidente eleito Jair Bolsonaro e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitaram repassar parte dos recursos da cessão onerosa para estados e municípios.
A posição vai de encontro ao entendimento do atual governo. Na segunda-feira (26), o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu que o projeto do Senado seja aprovado sem alterações – isto é, sem a previsão da repartição dos recursos.
Medida provisória
Nesta quarta-feira (28), o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (MDB-RR), afirmou que está em discussão a edição de uma medida provisória determinando o repasse aos estados e municípios.
Segundo ele, não está decidido se essa verba viria do bônus de assinatura ou do Fundo Social.
“O pedido do ministro Paulo Guedes é de que esse processo possa ser votado de forma que a cessão onerosa possa reforçar os cofres do governo no próximo ano. Há uma vontade política, tanto do atual governo quanto do próximo governo, de partilhar parte desses recursos com estados e municípios, já foi anunciado. Agora, nós temos que construir a saída técnica porque existem algumas questões que barram no teto do gasto”, afirmou.
Ele disse ainda que o presidente do Senado aguardará uma definição sobre isso para só então votar o projeto da cessão onerosa no plenário.
“Enquanto houver a falta de entendimento, de construção técnica, o presidente Eunício se resguarda de colocar em votação”, declarou.