Petroleiros podem entrar em greve
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Os trabalhadores da Petrobras podem entrar em greve nos próximos dias. A ideia é cruzar os braços contra o plano de desinvestimentos da empresa, que prevê a venda de 60% dos ativos de quatro refinarias brasileiras, inclusive a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Por isso, já foi aprovada por boa parte dos petroleiros que atuam na Rnest e na base pernambucana da Transpetro.
O indicativo de greve está sendo votado em todo o Brasil pelos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP). Em Pernambuco, as discussões começaram ontem em três assembleias do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro-PE/PB) no Complexo Industrial e Portuário de Suape – duas na Rnest e uma na Transpetro. Em todas elas, a paralisação foi aprovada. “Mais de 200 pessoas compareceram e o indicativo de greve foi aprovado por unanimidade”, relatou o diretor administrativo e jurídico do Sindipetro-PE/PB, Luiz Antonio Lourenzon, contando que, na Paraíba, a proposta também já foi acatada. “Por trás do processo de privatização, sempre há redução de salário, perda direitos e até demissão dos trabalhadores”, defendeu Lourenzon, explicando que a, apesar de o mercado avaliar a venda da Rnest como positiva em relação a investimentos, a categoria tem medo de perder direitos com a transferência deste ativo para a iniciativa privada.
A greve, no entanto, ainda não é certa. É que outras votações serão realizadas em Suape e no restante do Brasil. “Vamos dar continuidade ao calendário de assembleias, que vai até o dia 10. Mas já dá para dizer que os petroleiros estão dispostos a enfrentar as privatizações, visto que as maiores bases já votaram a favor”, afirmou Lourenzon. A data e o modo de paralisação, no entanto, ainda serão deliberados. Por isso, não se sabe quais setores da Rnest podem ser paralisados.
Vendas
Além da Rnest, o plano de desinvestimento da Petrobras atinge as refinarias Landulpho Alves (BA), Alberto Pasqualini (RS) e Presidente Getúlio Vargas (PR), fora 12 terminais e 24 dutos de movimentação de petróleo e derivados. No total, os empreendimentos representam 37% da capacidade de refino do País. Em Pernambuco, a empresa também já vendeu a Petroquímica Suape e a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe).