Repasses da Odebrecht para amigos de Temer teriam saído de aeroportos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Laudo produzido pelos peritos da Lava Jato de Curitiba mostra que as entregas de dinheiro da Odebrecht para o amigo do presidente Michel Temer, o advogado José Yunes, e aos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, estão atreladas no sistema do departamento de propina da empreiteira a contratos de concessões de aeroportos.
O inquérito investiga os repasses de propinas revelados por delatores da Odebrecht para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa em contratos com órgãos públicos, entre eles, a Secretária de Aviação Civil da Presidência da República. Padilha e Moreira Franco comandaram a Secretaria, entre 2013 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT).
Os peritos Ricardo Andres Hurtado e Rodrigo Lange apresentaram no laudo todas as planilhas, e-mails e documentos relacionados aos codinomes Primo, Tabule, Angorá e Kibe encontrados nos sistema Drousys e Mywebday, ambos utilizados pelo departamento de propina da empreiteira baiana.
O primeiro documento relacionado a aeroportos encontrado foi uma planilha com a “programação semana por cidade 11 a 15/08/2014” em que o codinome Angorá está atrelado ao valor R$ 1,5 milhão proveniente da Odebrecht Transport (OTP). Angorá era o codinome utilizado para designar Moreira Franco, mas segundo o ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira também foi usado para entregas ao ministro Eliseu Padilha.
Em um e-mail de 19/08/2014, a relação de valores destinado ao codinome relacionado a Moreira Franco e o tema aeroportos fica ainda mais explícito. O diretor da OTP Paulo Quaresma escreve a Ubiraci Santos, funcionário do departamento de propina pedindo que ele programe o pagamento: “Aeroportos/Angora/R$3.000 000/Praça: São Paulo”.