Setor de serviços cresce 1% em abril, primeira alta em 2018
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O setor de serviços iniciou o segundo trimestre crescendo pela primeira vez no ano e acima do esperado, impulsionado principalmente pelos transportes e atividades profissionais. O resultado, contudo, tende a perder força devido à greve dos caminhoneiros em maio, que impactou negativamente a economia.
Em abril, o volume de serviços avançou 1% na comparação com março, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (14).
O resultado ficou acima do restante do ano, após queda de 1,8% em janeiro, estabilidade em fevereiro e recuo de 0,2% em março.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,2% em abril, em linha com a expectativa de avanço 2,1%.
“O setor de transportes tem mostrado crescimento nos últimos meses e vai ser impactado em maio (pela greve dos caminhoneiros). Se esse impacto for mais forte, o crescimento desse mês pode ser anulado”, afirmou gerente de pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, acrescentando que transporte reponde por 30% do setor de serviços, o segundo mais pesado, atrás apenas de comunicação.
Em abril, quatro das cinco atividades pesquisadas mostraram crescimento. Os destaques ficaram para a alta de 1,2% em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, impulsionada principalmente pelo transporte aéreo, e para o avanço de 1,7% em serviços profissionais, administrativos e complementares.
Por 11 dias em maio, os caminhoneiros fizeram uma greve contra os elevados preços do diesel, causando desabastecimento em todo o país.
Somente serviços de informação e comunicação apresentou retração no mês de abril, de 1,1%. Já as atividades turísticas mostraram aumento de 3,3%.
O setor de serviços foi um dos mais afetados pela recessão enfrentada pelo país e vem mostrando dificuldades de recuperação mesmo com a inflação e os juros baixos. No primeiro trimestre, o crescimento dos serviços foi de apenas 0,1% sobre os três meses anteriores, segundo dados do Produto Interno Bruto, limitado pelo desemprego ainda elevado.
O cenário no Brasil é de confiança abalada, em um ano de eleição para presidente marcada por incertezas, economia instável, desemprego elevado e, mais recentemente, a greve de caminhoneiros que trouxe desabastecimento de forma generalizada.
As projeções para o crescimento da economia deste ano vêm sendo reduzidas por analistas e a pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central aponta agora expectativa de 1,94% de expansão do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas de um país).