O turismo nas ilhas do Caribe registrou quase 1 milhão de visitantes a menos e perdeu cerca de 700 milhões de dólares após ser atingido pelos furacões Irma e María no ano passado, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira por especialistas do setor.
“A temporada de furacões resultou em um prejuízo estimado de 826.100 visitantes ao Caribe em 2017, em comparação com as previsões realizadas antes dos furacões”, detalhou o World Travel & Tourism Council, uma organização com sede em Londres que monitora o estado econômico do turismo mundial.
Os visitantes poderiam ter gerado 741 milhões de dólares e criado 11.005 empregos, acrescentou a organização.
Com suas águas turquesa e os recifes de corais, as ilhas do Caribe dependem do turismo, que proporciona 15,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da região e sustenta 14% de sua força de trabalho. Mundialmente, a média do aporte do turismo ao PIB é de 10,4%.
Como referência, 46,7 milhões de turistas internacionais visitaram o Caribe em 2016 e gastaram cerca de 31,4 bilhões de dólares, acrescentou o estudo do WTTC. Mas, em agosto e setembro de 2017, o Caribe foi arrasado por dois dos mais fortes furacões já registrados nas ilhas.
Irma e María destruíram partes de Barbuda, San Martín, San Bartolomeo, Anguila, Cuba, Dominica e os territórios americanos de Porto Rico e Ilhas Virgens.
A retração do turismo no Caribe também se espalhou para as ilhas que não foram atingidas diretamente pelos furacões. Isso ocorre porque há “um equívoco por parte do público de que todo o Caribe foi atingido por tempestades”, disse o relatório. Mas “mais de dois terços dos destinos no Caribe não foram afetados fisicamente”.
Segundo os pesquisadores, a recuperação do setor de turismo para níveis pré-furacões pode levar quatro anos. Até lá, as ilhas do Caribe terão perdido 3 bilhões de dólares.