Com ceia natalina mais cara, é necessário pesquisar para evitar dor de cabeça
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Todo fim de ano chega recheado de expectativas para as tradicionais festas do período. Confraternizações, celebrações, ceia de Natal e Ano Novo reúnem familiares e amigos em um momento de fraternidade. Porém, essa época de festividade vem acompanhada de vários gastos adicionais que as pessoas sempre fazem e é preciso ter cuidado para não começar o novo ano já com problemas financeiros. Para não transformar sua noite de Natal em uma dor de cabeça em 2020, é preciso se organizar com antecedência e ficar atento ao aumento dos preços.
A pesquisa do Procon-PE, divulgada na última semana, estima que a ceia natalina ficará mais cara este ano em relação ao ano passado. Dos 34 produtos mais procurados, 30 subiram de preço. O produto que mais aumentou foi o pernil suíno com osso, um aumento de 73,43%: o quilo passou de R$ 7,49 para R$ 12,99. A ave tipo chester foi o segundo alimento com maior reajuste de preço, 42,92%,- passando de R$ 13,28 para R$ 18,98 o quilo.
Esses aumentos indicam uma ceia de Natal que pode pesar no bolso de quem não tomar certos cuidados na hora das compras. Por isso, educadores financeiros e economistas passam dicas e observações para todo mundo aproveitar o fim de ano e começar 2020 em boa situação financeira, sem se preocupar com saldo negativo pós-festa.
De acordo com a gerente de Fiscalização do Procon-PE, Danyelle Sena, é sempre importante verificar a diferença de preços nos estabelecimentos. “A orientação é pesquisar. O consumidor pode pegar a nossa tabela de pesquisa para conseguir visualizar, se orientar em relação aos preços, e assim, variar o local de compra dos produtos. Além disso, pensar na possibilidade de substituir itens e marcas. Por exemplo, o bacalhau está caro? Então pode comprar um peixe similar”, orientou Danyelle.
A pesquisa do Procon é divulgada com o nome dos estabelecimentos e os preços dos produtos. Para ter acesso, o consumidor pode enviar um e-mail para [email protected] ou pedir a lista na sede do Procon-PE (Rua Floriano Peixoto, número 141 – Bairro de São José). O horário de funcionamento da sede é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A consultora financeira Melissa Belmiro explica que as dicas para economizar na ceia de Natal são simples e aplicáveis. Um dos primeiros passos é se organizar. “Fazer uma lista das pessoas que vão participar, se for uma ceia coletiva, e também do cardápio que você vai querer fazer. Assim você vai saber a quantidade que vai ser necessária de itens, principalmente se for cozinhar em casa, que sai mais barato do que comprar a ceia. Evitar o desperdício também é uma forma de economizar na hora das compras”, orienta Melissa.
Saber quanto você pode gastar antes de fazer as compras faz parte do planejamento. Se for uma ceia coletiva, os itens podem ser divididos por mais de uma família, por exemplo. Quem for participar pode colaborar ou com um prato da ceia ou com os materiais para fazer os pratos.
Melissa também destaca que a hora de fazer as compras também interfere no preço: “O ideal é fazer a compra o quanto antes, principalmente da parte não perecível. Se puder buscar promoções e atacados também, você consegue encontrar preços melhores do que deixar de última hora no meio da oferta e demanda. Quanto mais gente procurando em cima da hora, mais caros esses produtos ficam”, complementou a consultora financeira.
Melissa incentiva também algumas substituições. “Como tivemos alta em alguns insumos da ceia de Natal, a dica pode ser substituir. Por exemplo, as frutas da época podem sair mais baratas que as frutas que não estão neste momento. Você pode também substituir alguns itens que estão mais caros por marcas nacionais e mais baratas que você pode economizar bem”, indicou. Abacaxi, ameixa, banana-prata, cereja, coco verde, limão, maçã, manga, maracujá, melancia, melão, pêssego e uva, são algumas das frutas de época em dezembro para quem pretende investir nessa ideia.
O professor do Departamento de Ciências do Consumo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Éder Leão, ressalta que o pagamento das compras é outra dica para se organizar financeiramente na ceia e no ano que vem. “Hoje a gente tem uma facilidade muito grande nas formas de pagamento. O cartão de crédito ajuda, mas ele aumenta seu salário de forma ilusória. As parcelas da compra da ceia, dos presentes de Natal e de outros gastos de fim de ano vão diminuindo sua renda por você estar comprometido a pagar nos outros meses. As pessoas pensam no imediato, pensam em dezembro, mas esquecem que têm janeiro, fevereiro e o resto do ano todo seguinte. Não pode pensar só no agora, tem que pensar no ano inteiro”, explica Éder.
Apostar em pratos regionais pode economizar e trazer mais originalidade e variedades para a mesa da ceia. “Existem outras opções de carne além do chester e do pernil, e de outros pratos muito mais criativos. A culinária pernambucana é uma das mais ricas do Nordeste. Nós temos uma culinária que usa praticamente todos os produtos, com receitas baseadas em peixes, em diversas carnes, coco, legumes, que às vezes as pessoas não resgatam”, disse Éder.
É isso que Maria José da Conceição, 63 anos, vai fazer na mesa de Natal. “Eu só compro aqui no Mercado de Casa Amarela. Minha ceia não é aquela coisa que as pessoas se acabam fazendo, é uma ceia com comida regional. Compro o que o dinheiro dá, se não dá a gente não faz o que não pode. Dá para comprar verdura, fruta, legumes, macaxeira, entra de tudo um pouquinho na ceia”, conta a aposentada.
Éder Leão também destaca a variedade que podemos encontrar comprando direto de produtores locais: “Nas feiras, os itens são mais baratos, diferente de buscar na prateleira dos mercados. O próprio produtor está vendendo e eles fazem promoções. Têm muitos produtores de itens a base de leite, mel, doces, compotas, bolos e outros produtos com valor mais em conta”, acrescentou.
No Mercado de Casa Amarela, a comerciante Lilian Fernanda de Lima conta que a demanda aumenta alguns dias antes da ceia natalina. “As vendas de frutas e de verduras aumentam muito. Vendo muita uva e maçã nesse período. Geralmente o movimento aumenta na semana que antecede o Natal, uns três ou quatro dias antes da ceia, todo mundo quer ter uma frutinha em casa para fazer sua ceia”, disse Lilian. Também comerciante de frutas no Mercado, Diego Araújo nota que existe uma preferência por frutas vermelhas nas suas vendas: “O que mais vende no Natal é morango, cereja, ameixa, as frutas vermelhas. O movimento perto do dia não para um instante, é o dia todo”, contou Araújo.