CPI de Brumadinho na ALMG convoca funcionários de empresas terceirizadas da Vale
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinhoda Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) convocou para depoimento nesta segunda-feira (15) funcionários de empresas terceirizadas que prestavam serviço para a mineradora Vale na mina Córrego do Feijão. A reunião está marcada para as 14h30.
No dia 25 de janeiro deste ano, a barragem B1 da mina se rompeu e causou um dos maiores desastres socioambientais do país. Até o momento, 248 pessoas já tiveram os corpos resgatados e identificados e o Corpo de Bombeiros ainda procura 22 vítimas que estão desaparecidas ou ainda não foram identificadas.
A comissão foi instaurada para apurar o rompimento da barragem. Nesta segunda-feira (15), será realizada a 13ª reunião extraordinária da CPI, presidida pelo deputado Gustavo Valadares (PSDB) e relatada pelo deputado André Quintão (PT).
Foram convocados Antônio França Filho e Romero Xavier, funcionários da Reframax, Laís Antonelli, geóloga da Fugro In Situ Geotecnia, e Ruy Thales Baillot e Marcelo dos Santos, vice-presidente e diretor de operações da Alphageos Tecnologia Aplicada.
Segundo a CPI, a Alphageos foi contratada pela Vale para instalar drenos horizontais para a retirada de água acumulada na barragem. A Fugro In Situ era responsável pela análise do solo da estrutura. E a Reframax fazia a manutenção e obras na mina.
As três empresas tinham funcionários trabalhando na mina no dia do rompimento de B1, alguns inclusive entre os mortos.
A comissão pretende entender se os funcionários das três empresas conheciam ou tinham notado anormalidades na barragem antes do rompimento. Todos eles foram convocados na condição de testemunhas, ou seja, eles não podem se recusar a responder a nenhuma pergunta e têm o compromisso de dizer a verdade, sob risco de responderem ao crime de falso testemunho.
A Vale tem falado que a barragem que se rompeu tinha todas as declarações de estabilidade e passava por constantes auditorias externas e independentes. Ainda segundo a mineradora, nenhuma das inspeções anteriores ao rompimento indicaram anomalias que colocassem a segurança da barragem em risco.