Em PE, agressores de mulheres são monitorados por tornozeleiras
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O uso de tornozeleiras eletrônicas é um dos recursos adotados em Pernambuco para proteger mulheres vítimas de violência. Em cinco anos, mais de 700 agressores passaram a ser monitorados.
Durante dois anos uma mulher foi vítima da violência doméstica. Apanhava do companheiro, pai do filho dela.
“Na quarta vez que isso aconteceu aí eu vi que aquilo ali ia ser para sempre”, conta.
Ela fugiu de casa, mas as ameaças continuavam. “Ele se aproximava, ele me ameaçava, ele me xingava”.
Quando teve coragem para registrar o boletim de ocorrência contra o agressor, descobriu um aliado que cabe na palma da mão.
“Representou segurança, representou força. Que a gente não está sozinha, que tem alguém que pode ajudar”, disse.
O rastreador de tornozeleira eletrônica sinaliza se o agressor está por perto, violando as medidas protetivas, 24 horas por dia. São 146 equipamentos funcionando em Pernambuco para dar proteção às mulheres que correm mais risco.
“São as mulheres vítimas de violência doméstica familiar que estão correndo risco de morte. Sua integridade física e psicológica está comprometida por conta das agressões e aqueles casos onde há o descumprimento das medidas protetivas, nos casos onde esse agressor é reincidente e contumaz”, disse Michele Couto, coordenadora da Secretaria da Mulher de Pernambuco.
A tornozeleira é como a que é usada pelo sistema penitenciário em todo o país. A diferença no monitoramento eletrônico dos agressores de mulheres é que a tornozeleira é conectada ao rastreador. Quando o agressor invade a área estabelecida pela Justiça, que é de dois quilômetros de distância da mulher, os dois aparelhos começam a vibrar e as luzes mudam de cor.
“Ambos equipamentos recebem essa mensagem e a orientação dada ao agressor é que imediatamente após recebimento do sinal ele saia daquela área”, disse Renato Pinto, coordenador da Central de Monitoramento Eletrônico.
O aviso é por telefone: “Saia imediatamente deste local porque senão a polícia será acionada e o senhor será preso”.
O monitoramento eletrônico tem que ser concedido pela Justiça. A requisição é feita através das delegacias e Secretarias da Mulher ou pela Defensoria Pública. Em cinco anos, o monitoramento eletrônico conseguiu proteger mais de 700 mulheres que estavam ameaçadas.
“Eu acho que a maior força de vontade para uma mulher poder fazer a denúncia contra um agressor é querer viver. É querer dar um passo em diante e seguir a vida e ser feliz”.