Informalidade do mercado de trabalho limita avanço da produtividade no Brasil

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A informalidade do mercado de trabalho está limitando o avanço da produtividade brasileira. O indicador é considerado fundamental para a melhora da atividade econômica e da renda da população, mas está estagnado nos últimos anos, o que contribui ainda mais para o quadro atual de marasmo da economia.

  • Caminho do Brasil para se tornar desenvolvido passa por aumento da produtividade, diz economista do Banco Mundial

A produtividade é um item que mede quanto uma economia pode criar de valor com base em vários fatores, como emprego e estoque de capital – uso de máquinas e equipamentos. E é um indicador importante porque, quanto mais cresce, mais rápido um país enriquece.

Com a recessão e a lenta retomada econômica dos últimos anos, milhões de brasileiros tiveram de recorrer a bicos e a trabalhos por conta própria para conseguir alguma renda. E o impacto dessa piora do mercado de trabalho na produtividade é fácil de ser entendido. Um engenheiro que foi demitido durante a crise e teve de se tornar um motorista passou a exercer uma atividade que agrega menos valor para a economia.

“A economia brasileira vem crescendo pouco nos últimos dois anos. Não é um ciclo de expansão que faz as empresas voltarem a gerar empregos formais”, afirma Luka Barbosa, economista do banco Itaú. “E essa geração de empregos informais vai adicionar menos atividade econômica (para o país).”

Produtividade estaganada — Foto: Guilherme Pinheiro/Arte G1

Produtividade estaganada — Foto: Guilherme Pinheiro/Arte G1

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) deixam essa deterioração do mercado de trabalho evidente. No trimestre encerrado em junho, o Brasil tinha 11,5 milhões de trabalhadores ocupados no setor privado sem carteira de trabalho e 24,1 milhões de profissionais na categoria de conta própria. No mesmo período do ano passado, eram 10,9 milhões e 22,9 milhões, respectivamente.

Não há um indicador oficial que apure o nível de produtividade do país, mas o exercício realizado pelo Itaú mostrou que o quadro poderia ser ainda pior. A questão levantada pelo banco é que, embora a informalidade não ajude o quadro como um todo, ela evitou uma queda maior do indicador.

“Quando não se faz a separação entre empregos formais e informais, fica-se com a percepção de que a produtividade caiu muito”, afirma Barbosa. “A produtividade está ruim porque foram gerados empregos menos produtivos. No momento em que o Brasil tiver uma expansão mais forte, provavelmente o país vai voltar a gerar empregos formais e a gente vai ver a produtividade subir novamente.”

Com aumento do desemprego, país viu aumento da informalidade nos últimos anos — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Com aumento do desemprego, país viu aumento da informalidade nos últimos anos — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Formado em contabilidade, Thiago Henrique Belmonte, de 34 anos, foi um dos milhões de brasileiros que deixaram um trabalho formal e partiram para uma atividade informal. Em 2015, no auge da crise econômica, ele foi demitido de uma rede de lojas de perfumes importados. “Passei a trabalhar na feira com o meu pai logo que perdi o emprego”, diz. “Fiquei quase um ano na feira até que uma amiga falou sobre a possibilidade de virar motorista de aplicativo.”

Como motorista, além de trabalhar para aplicativos, Thiago passou a fazer viagens particulares. Com o tempo, o negócio foi crescendo, até que ele decidiu apostar em viagens executivas e criar a própria empresa. “Fiz alguns cartões de visitas e entregava para os clientes, aí comecei a ter corridas particulares.”

Hoje, ao menos para Thiago, o pior da crise econômica parece ter ficado para trás. Ele teve de se tornar um microempresário por causa do crescimento do seu negócio e já tem contratos acertados com algumas empresas para fazer o serviço de motorista. “Já estou fora do mercado de trabalho há quatro anos e o meu negócio passou a tomar corpo”, diz.

Contexto internacional

O quadro da produtividade do Brasil fica ainda mais grave quando se olha para o contexto internacional. Muitas economias, antes consideradas emergentes, conseguiram dar um salto de qualidade com a melhora do indicador.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) evidencia como a produtividade brasileira tem ficado para trás. Na década atual, entre 2011 e 2018, 78% dos países tiveram um crescimento médio da produtividade superior ao do Brasil. Desde os anos 1950, esse é segundo pior resultado já colhido pela economia brasileira. Só fica atrás do registrado nos anos 1980, quando 83% dos países tiveram um avanço mais acelerado da produtividade.

Hoje, por exemplo, um trabalhador do Brasil produz apenas 25% do que um norte-americano. Ou seja, são necessários quatro brasileiros para produzir o mesmo que um trabalhador dos Estados Unidos.

“E essa relação foi piorando recentemente. Antes da crise, um trabalhador norte-americano equivalia a 3,6 trabalhadores brasileiros, mostrando, então, que a gente foi piorando em termos relativos”, afirma Marcel Balassiano, pesquisador do Ibre. “E isso ocorreu porque o nível de produtividade dos Estados Unidos foi aumentando e o nosso ficou estagnado.”


Tradicionalmente, o desempenho da produtividade brasileira costuma ser comparado com o da Coreia do Sul. Na década de 1980, os dois países tinham uma renda per capita parecida, mas, ao longo dos últimos anos, os sul-coreanos conseguiram dar um salto na riqueza produzida pelo país e se distanciaram do Brasil.
Pelo levantamento do Ibre/FGV, entre 1951 e 2008, a produtividade da Coreia do Sul cresceu 4,3% ao ano em média. No Brasil, o avanço foi de 1,7% ao ano.
“A Coreia do Sul apresentou um aumento de produtividade muito grande ao longo dos anos. O investimento maciço em educação foi um dos principais vetores que levaram a isso”, afirma Balassiano, um dos autores do estudo do Ibre. O levantamento também contou com a parceria do economista Paulo Peruchetti. “Por isso, para aumentar a produtividade do Brasil, o investimento em educação é de fundamental importância”, diz Balassiano.

Como melhorar a produtividade

Além do foco em educação, os países que melhoram a produtividade adotaram caminhos parecidos: melhoraram o ambiente de negócios e o setor de infraestrutura e abriram a economia para a competição internacional.
O relatório deste ano do Banco Mundial mostrou que o Brasil ocupa apenas a 109.ª posição num ranking que compara o ambiente para se fazer negócios, dentre 190 países. Em 2018, o Brasil estava na 125.ª colocação.
“Quando o ambiente de negócios é muito complexo, a produtividade não vai aumentar. As empresas ficam mais tempo preenchendo formulários para pagar impostos e não fazem pesquisa de desenvolvimento e inovação, porque os custos e os processos são complexos demais”, diz Xavier Cirera, economista sênior do Banco Mundial.

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.