Lula recebeu dinheiro em espécie de propina da Odebrecht, diz Palocci em delação

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O ex-ministro Antonio Palocci, delator da Operação Lava Jato, relatou entregas de dinheiro em espécie, de propina paga pela Odebrecht, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações estão em um termo da primeira delação fechada por Palocci com a Polícia Federal de Curitiba.

Palocci prestou o depoimento em 13 de abril de 2018, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba – a delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em junho do ano passado. Nesta quinta-feira (17), o depoimento foi anexado ao inquérito da PF sobre a Usina de Belo Monte, que tramita em sigilo.

No depoimento, Palocci diz que:

  • Entregou a Lula, “em oportunidades diversas”, dinheiro vivo, em remessas que chegaram a até R$ 80 mil. De acordo com ele, o ex-presidente lhe pedia que não comentasse com ninguém a respeito do assunto.
  • Lula recebeu propina pela obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará. A Odebrecht destinou R$ 15 milhões a Lula, segundo Palocci. A Andrade Gutierrez também é citada.
  • Dilma Rousseff, quando ainda era candidata, soube dos pagamentos da Andrade Gutierrez ao PMDB e autorizou que continuassem.
  • Em encontro com Dilma no Palácio do Planalto no início de 2011, ela, que já era presidente, não autorizou pagamentos da Andrade Gutierrez ao PT. Palocci afirmou que, na ocasião, perguntou a Dilma se havia necessidade de autorizar que a empreiteira fizesse pagamentos específicos vinculados à participação em Belo Monte.

G1 procurou a defesa do ex-presidente Lula e aguarda um posicionamento. Em outras ocasiões, a defesa de Lula disse que o ex-presidente nunca cometeu atos ilícitos.

G1 também tenta contato com as defesas de Branislav Kontic e com a empreiteira Odebrecht.

Dinheiro em espécie

Um trecho da primeira delação do ex-ministro diz: “[Palocci] Também se recorda que, dos recursos em espécie recebidos da ODEBRECHT e retirados por Branislav Kontic, levou em oportunidades diversas cerca de trinta, quarenta, cinqüenta e oitenta mil reais em espécie para o próprio Lula”.

O ex-ministro afirmou ter entregue R$ 50 mil ao ex-presidente, dentro de uma caixa de celular, no Terminal da Aeronáutica em Brasília (DF), durante a campanha de 2010. Um ex-motorista de Palocci chamado Claudio Souza Gouveia, que foi ouvido pela PF em agosto do ano passado no inquérito sobre a Usina de Belo Monte, diz ter testemunhado o encontro.

Outro trecho da delação de Palocci diz: “Em São Paulo, recorda-se de episódio de quando levou dinheiro em espécie a Lula dentro de caixa de whisky até o Aeroporto de Congonhas, sendo que no caminho até o local recebeu constantes chamadas telefônicas de Lula cobrando a entrega”.

De acordo com Palocci, essa cobrança do ex-presidente a caminho do aeroporto foi presenciada por outro motorista, chamado Carlos Pocente, que inclusive brincou perguntando se toda aquela cobrança de Lula era apenas por causa da garrafa de uísque.

Em resposta, Palocci disse que “era óbvio que a insistência de Lula não era por bebida, e sim pelo dinheiro; que o motorista afirmou ao colaborador que estava brincando e que sabia que se tratava de dinheiro em espécie”. Pocente também foi ouvido pela PF no inquérito e confirmou ter presenciado o encontro.

Propina pela obra de Belo Monte

Com relação à propina que Lula teria recebido pela obra de Belo Monte, Palocci disse que a empreiteira a Andrade Gutierrez pagou despesas ao Vox Populi e que, em benefício do ex-presidente, fez doações ao Instituto Lula e pagou palestras ao ex-presidente.

Já a empreiteira Odebrecht destinou R$ 15 milhões a Lula, de acordo com Palocci.

O pagamento foi feito a pedido de Emílio Odebrecht, com operacionalização feita por Palocci e por Marcelo Odebrecht. Desse total, Palocci soube que R$ 4 milhões foram pagos por meio de doação oficial. O restante, disse, foi sacado em diversas oportunidades por Branislav.

Dilma Rousseff

No depoimento, Palocci diz ter informado Dilma Rousseff, na época em que era candidata à presidência, quanto aos “vultosos pagamentos que a Andrade Gutierrez estava fazendo ao PMDB em razão da obra da Usina Hidrelétrica Belo Monte”.

De acordo com o ex-ministro, “a então candidata tomou ciência e efetivamente autorizaou que se continuasse a agir daquela forma”.

O texto prossegue:

“em relação a pagamentos ao Partido dos Trabalhadores, esclarece que a Andrade Gutierrez, na pessoa de Otávio de Azevedo [ex-presidente da empreiteira], continuava a manifestar explicitamente ao colaborador a vontade de colaborar financeiramente com sua agremiação política [PT]; que, em razão disso, em encontro que teve com Dilma Rousseff posteriormente, o colaborador a indagou se havia necessidade de autorizar que a Andrade Gutierrez fizesse pagamentos específicos e atrelados a sua participação na Usina de Belo Monte; que o encontro ocorreu no início de 2011 no Palácio do Planalto; que, segundo o colaborador, Dilma Rousseff não autorizou os pagamentos pela Andrade Gutierrez”.

O que disseram os motoristas à PF

Em seus depoimentos à PF em agosto passado, os ex-motoristas citados por Palocci disseram ter testemunhado as entregas do ex-ministro a Lula.

Claudio Souza Gouveia disse que por diversas vezes levou Palocci até o Terminal da Aeronáutica em Brasília para levar a Lula presentes e outros objetos.

Gouveia recordou que, entre os presentes, estavam caixas de uísque, celulares e canetas. Elas eram entregues por Palocci, que voltava minutos depois ao carro. O motorista, no entanto, declarou que nunca soube se as caixas continham efetivamente os produtos.

Ele também disse ter visto o ex-ministro carregando grandes quantidades de dinheiro em espécie. Em algumas oportunidades, Palocci teria dito se tratar de documentos, mas fazia um gesto com os dedos que indicavam ser dinheiro.

De acordo com Gouveia, o ex-ministro tinha pressa ao fazer esses deslocamentos.

Já Carlos Alberto Pocente, que foi motorista do ex-ministro por 30 anos, afirmou se recordar de um episódio, entre aqueles que envolviam dinheiro, no qual Palocci estava com muita pressa para levar uma caixa de uísque até Lula, no Aeroporto de Congonhas.

Também afirmou que houve um episódio em que ele levou o ex-ministro, que estava com uma maleta vazia, a um banco. Na volta, segundo o motorista, a maleta estava visivelmente cheia. Em seguida, conforme o depoimento de Pocente, eles foram para a sede do Instituto Lula.

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.