Um ano depois, preço do diesel ultrapassa patamar da greve e variação entre estados aumenta; valor vai de R$ 3,52 a R$ 4,68 no país

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Um ano depois da paralisação dos caminhoneiros, que teve início em 21 de maio e terminou em 31 de maio de 2018, a categoria desembolsa valores ainda mais variados para abastecer o caminhão e percorrer as estradas do Brasil. O preço médio nacional do diesel S10 é de R$ 3,73, enquanto o do diesel S500 fica a R$ 3,65.

Esse valor é o maior registrado em 2019 e já ultrapassa o patamar alcançado na segunda semana de maio de 2018, antes da greve de caminhoneiros, quando o S10 estava a R$ 3,64 e o S500, a R$ 3,55.

O caminhoneiro que dirige de Norte a Sul se depara também com uma diferença de preços que pode chegar a R$ 1,16 no diesel S10. Para abastecer com esse combustível, o valor médio varia de R$ 3,52 (no Paraná) a R$ 4,68 (no Amapá). Os estados do Sul registram os menores preços, enquanto a Região Norte apresenta os maiores.

Há um ano, em 2018, essa diferença de valores no diesel S10 era menor: R$ 1,09. Há cinco anos, essa diferença de valores era de R$ 0,59. Na época, o preço médio mais baixo era R$ 2,84 (no Paraná) e o mais alto, R$ 3,43 (no Acre).

Os dados são do relatório da segunda semana deste mês (12 a 18 de maio) da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), com pesquisa feita em postos de combustíveis.

Preço médio do diesel nos estados: valor é mais caro no Norte e mais barato no Sul — Foto: Rodrigo Sanches e Guilherme Gomes / G1

Preço médio do diesel nos estados: valor é mais caro no Norte e mais barato no Sul — Foto: Rodrigo Sanches e Guilherme Gomes / G1

Já a diferença de preços para o diesel S500, usado em caminhões fabricados antes de 2012, é ainda maior: R$ 1,29. O Paraná registra o preço médio mais barato (R$ 3,44); o Acre tem o preço médio mais caro do Brasil (R$ 4,73).

Esse valor é maior que há um ano, quando a diferença era de R$ 0,97. Há cinco anos, quando os preços do diesel S500 oscilavam de R$ 2,71 (São Paulo) a R$ 3,37 (Acre), a diferença registrada era de R$ 0,66.

Para Gustavo Gama, professor da pós-graduação de Direito e Contabilidade Tributária do Ibmec-RJ, isso se deve principalmente à situação fiscal dos estados, que piorou nos últimos anos. Como consequência, diz o professor, os estados elevaram o ICMS em busca de aumentar a arrecadação.

Ainda segundo ele, os estados com uma economia menos desenvolvida tendem a subir o ICMS de produtos essenciais, como os combustíveis, também para elevar a arrecadação do estado.

“As pessoas não deixam de consumir [combustível] porque é um bem essencial. Realmente isso explica um pouco por que a carga tributária de combustíveis em alguns estados é muito alta. E ela costuma ser especialmente mais alta em estados com dificuldade financeira, porque o estado sabe que pode aumentar a carga tributária naquele produto já que as pessoas não podem deixar de consumir”, diz Gama.

Para ele, a questão do preço do diesel ainda não foi resolvida. Uma possibilidade, segundo Gama, é que o governo federal dê algum tipo de ajuda aos estados para que haja uma redução do ICMS. Segundo ele, “não é possível pensar que estados nas atuais situações financeiras possam reduzir os impostos sem nenhum tipo de compensação”.

Procurado, o Ministério da Infraestrutura não comenta o preço médio do diesel nem a variação entre estados. A pasta afirma, porém, que o atual governo criou um novo modelo de diálogo com os caminhoneiros e que o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas passou a se reunir a cada dois meses, com mais entidades representadas. O ministério diz ainda que fez uma série de compromissos com a categoria em 22 de março deste ano, como o novo cálculo para o piso mínimo do frete.

Tributação do diesel

Os especialistas ouvidos pelo G1 apontam que a carga tributária é o principal motivo para a variação do preço médio entre estados. Enquanto os impostos federais (Cide, PIS e Cofins) são fixos e têm o mesmo percentual a todos os estados, o ICMS é o principal tributo nos combustíveis e a alíquota é definida por cada estado.

No Amapá, por exemplo, o consumidor paga R$ 1,05 de ICMS a cada litro de diesel S10. É o maior valor do Brasil, seguido pelo Acre (R$ 0,75). Já no Paraná é cobrado o menor valor: R$ 0,40 de ICMS a cada litro do combustível. O número é próximo ao ICMS de Santa Catarina (R$ 0,41).

O advogado Rafael Pandolfo, professor do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), lembra que o combustível é um item “essencial ao desenvolvimento”, já que o país depende do transporte rodoviário. Pandolfo destaca ainda que cerca de 1/4 do preço do combustível é composto por impostos.

Segundo dados da ANP e da Fecombustíveis, o percentual maior de impostos ocorre no Amapá. Os tributos são 32,4% do preço médio do diesel S500 e 29,2% do diesel S10. Em outros estados, como Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, esse percentual fica próximo a 20%.

Pandolfo acrescenta que o aumento no combustível tem impacto na cadeia econômica e também gera encarecimento em tudo que depende de transporte. Para ele, o governo federal deve se reunir com os estados para propor “desoneração de elementos que são estratégicos para o crescimento do país, como os combustíveis”.

Para ele, porém, o Brasil também precisa discutir a tributação após a aprovação da Reforma da Previdência. Pandolfo diz que já será um “grande avanço” se o governo federal unificar tributos como IPI, PIS e Cofins.

“Porque, se você for mexer em ICMS e ISS, você está mexendo no bolso e na competência tributária de outros entes, de estados e municípios, e a negociação é mais difícil. O governo federal pode dar ainda o exemplo ao reduzir o número de tributos que incidem hoje sobre o consumo, grande gargalo do Brasil”, diz.

Mudanças no ICMS

Já o advogado tributarista Janssen Murayama afirma que, para melhorar o comércio de combustíveis, o país deve adotar uma simplificação do ICMS, em que todos os estados cobrem a mesma alíquota. Segundo ele, isso também pode contribuir para “diminuir a sonegação e a guerra fiscal entre estados”.

Ele diz que, assim como São Paulo e os estados do Sul, os demais estados também devem reduzir o ICMS. Para Murayama, essa redução terá um reflexo positivo ao estado no médio prazo.

“Uma pessoa que faz a rota de São Paulo ao Rio prefere abastecer em SP. E aumenta a arrecadação em SP, ainda que com uma alíquota reduzida. Ele faz com que as mercadorias cheguem às mesas ao consumidor mais baratas, porque o ICMS do diesel é mais baixo, o frete é mais barato e, consequentemente, o consumidor vai ter acesso mais barato a esse produto. E aumenta a arrecadação também do ICMS desses produtos”, diz Murayama.

Da mesma forma, acrescenta, com a diferença crescente entre estados do preço do combustível, as empresas aéreas também consideram o valor do querosene de aviação em cada estado para definir onde devem abastecer as aeronaves. Segundo ele, a cobrança mais baixa do ICMS no Sul e em São Paulo também provocou governadores de outros estados a repensar a tributação.

“Todo mundo tem medo de reduzir a alíquota com medo de perder a arrecadação. Só que você tem que pensar um pouco no médio prazo. Quando você reduz, o setor se adapta à sua tributação. São Paulo foi na frente e gerou toda essa tributação. E o Rio de Janeiro, por exemplo, agora está tentando ir atrás”, diz Murayama.

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.