Farmácias de Petrolina aderem à campanha sinal vermelho para denúncia da violência doméstica
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Mulheres vítimas de violência doméstica podem denunciar agressores quando forem a uma farmácia. Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, alguns estabelecimentos já aderiram à campanha sinal vermelho.As vítimas podem pedir socorro através de um sinal na mão ou feito em um pedaço de papel com batom vermelho.
A mulher que mostrar o sinal vermelho a um funcionário da farmácia, ela deve ser acolhida e o funcionário da farmácia aciona a Polícia Militar. Mesmo que ela esteja ao lado do agressor, a equipe pega os dados pessoais e endereço, e encaminha para os órgãos de proteção às vítimas de violência doméstica.
A campanha sinal vermelho é uma iniciativa da associação brasileira de redes de farmácias e drogarias em parceria com a Anvisa, Associação dos magistrados do Brasil e o Conselho Nacional de Justiça. Uma rede de farmácias aderiu à campanha. Cerca de seis mil funcionários de 411 lojas espalhadas pelo país já passaram por um treinamento.
“O nosso funcionário, ele já foi orientado e treinado para que ao ver esse sinal, ele possa direcionar essa mulher para retaguarda da loja, um lugar mais calmo, para ela não ficar exposta, junto, no meio da loja. Se ela não puder aguardar na loja pelos policiais, o nosso funcionário já está preparado para fazer uma pergunta. Se a cliente quer receber promoções exclusivas para ela, para isso precisa fazer um cadastro rápido, com nome, endereço e telefone, porque possivelmente ela esteja acompanhada do agressor, para que ela não seja exposta, os nosso funcionário vai acionar os policiais e passar essa informação para que eles possam devidamente fazer a visita para ela”, explicou a diretora de Recursos Humanos da Rede de Farmácias, Janaína Maia.
As denúncias de violência contra mulher no disque denúncia do governo federal aumentaram 35% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mas a subnotificação ainda assusta. Muitas mulheres se calam e não denunciam o agressor, na maioria das vezes por medo. Para essa representante do conselho regional de farmácia, a campanha deve ajudar a combater esse tipo de violência.
“A farmácia é um lugar que todo mundo vem, com uma certa facilidade. Até mesmo você que sofre uma violência, uma hora você vai precisar comprar uma medicação, uma coisa, e fica mais fácil. Então o CFF, junto com os órgãos, acharam uma estratégia, que colocaram agora como ponto de acolhimento”, disse a farmacêutica do Conselho Regional de Farmácia, Dáfine Alves.
A secretária-executiva da mulher de Petrolina diz que a campanha é positiva e deve estimular as vítimas a romperem o silêncio. Ela reforça que a sociedade pode e deve denunciar qualquer tipo de violência doméstica. “É sempre importante a gente lembrar que isso é um dever de toda a população, de todos e todas, que compõem a nossa sociedade e fazer com que a proteção a mulher esteja cada vez mais presente para que a gente possa estar resguardando o direito deles irem e vir. Delas simplesmente existir no mundo e isso é muito importante, reforçar, que toda e qualquer possa pode fazer essa denúncia”, destacou a secretária-executiva da mulher, Bruna Ruana.
Fonte: G1