Investimentos fraudulentos já fizeram 11% dos brasileiros perderem dinheiro, diz pesquisa
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) aponta que 11% dos brasileiros já perderam dinheiro com algum esquema de investimentos fraudulentos. Entre eles, mais da metade (62%) contam que não conseguiram recuperar o valor perdido.
Entre os golpes, o mais comum é o esquema de pirâmide, citado por 55% dos consumidores que dizem já ter sido vítimas de algum tipo de fraude em investimentos.Principais esquemas de investimentos fraudulentosPrincipais ocorrências citadas por brasileiros que caíram em golpesem %555519191616PirâmideGolpe de “segurado…Ações/fundos antig…0204060Fonte: CNDL, SPC Brasil e Sebrae
O levantamento foi feito com mais de 900 pessoas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Outra fraude que os consumidores também relataram à pesquisa foi golpe de seguradora, em que supostamente o investidor receberia uma determinada quantia mediante pagamento de taxas e/ou despesas. Esse problema atingiu 19% dos entrevistados.
Além disso, 16% contam que foram vítimas de golpe das ações ou fundos antigos de aposentadoria esquecidos, com exigência de pagamento antecipado de supostas taxas e/ou despesas.
Mulher é vítima de golpe ao acreditar que teria lucro fácil — Foto: Reprodução/ TV Gazeta
No Espírito Santo, uma mulher foi vítima de um golpe ao acreditar que teria lucro fácil em pouco tempo. Segundo ela, um pastor prometeu transformar R$ 10 mil em R$ 60 mil em seis meses. No entanto, ela não teve nenhum rendimento e, quando pediu seu dinheiro de volta, não recebeu nada. O caso está sob investigação da polícia de Cariacica.
“Pirâmide financeira, falsos fundos e fraudes envolvendo investimentos sempre começam com a promessa de altos ganhos de dinheiro rápido e fácil. E esses ganhos costumam ser bem acima da média das aplicações e investimentos tradicionais”, disse em nota o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.
Por que as pessoas caem em golpes?
Costa aponta alguns fatores que podem levar o investidor a cair em esquemas de fraudes:
- excesso de confiança
- ganância
- ingenuidade
- negligência para checar a veracidade das informações
Por que as pessoas caem em golpes?Respostas mais citadas pelas vítimasem %444436363232Promessa de rendi…Garantia de que nã…Garantia de risco ba…01020304050Fonte: CNDL, SPC Brasil e Sebrae
A pesquisa perguntou aos entrevistados que foram vítimas de golpe o que os levou a aceitar o investimento. A maior parte das vítimas, com 44% das respostas, contou que se sentiu atraída por promessas de rendimento alto. Outra resposta frequente, com 36%, foi a promessa de que não seria necessário entender de investimento. Já a promessa de baixo risco foi citada por 32%.
O levantamento perguntou também às vítimas de golpe como elas perderam dinheiro. Entre as principais ocorrências, 29% disseram que tiveram prejuízo logo no início. Outros 24% afirmaram que o responsável desapareceu com o dinheiro investido, e 19%, que na data pré-determinada o dinheiro não estava disponível para saque.
Como evitar ciladas
Vinicius Maeda, diretor da consultoria de investimentos Magnetis, aponta que “não é de hoje que o ser humano tem a vontade do enriquecimento rápido, e isso acaba sendo uma grande armadilha na hora em que muitos recebem esse tipo de oferta”.
Maeda recomenda alguns cuidados para evitar cair em fraudes. O primeiro deles é, ao receber uma oferta de investimento, pesquisar sobre a empresa em órgãos reguladores e até mesmo sites de reclamações na internet. O especialista indica que as pessoas se informem antes de investir – em vez de cair em promessas de investimento que não requer conhecimento sobre o tema.
“O conhecimento é o melhor ativo. Isso não quer dizer que a pessoa precisa se tornar um especialista para fazer bons investimentos. Mas ela pode começar a se educar, fazer pesquisas, estudos e comparações de alternativas mesmo que em nível iniciante”, diz Maeda.
Fonte: G1