Lucro do Banco do Brasil cresce 41% em 2019 e chega a R$ 18,16 bilhões
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 18,16 bilhões em 2019. O resultado representa um aumento de 41,2% na comparação com 2018, quando a instituição lucrou R$ 12,86 bilhões.
Já o lucro líquido ajustado do banco, que exclui itens extraordinários, somou R$ 17,84 bilhões no ano passado, valor 32,1% maior se comparado ao mesmo período de 2018.
Segundo o banco, o resultado foi impulsionado pelo aumento da margem financeira bruta, associado à redução da despesa com provisões para calotes e pelo crescimento das receitas com prestação de serviços acima das despesas administrativas.
Somente no 4º trimestre, o lucro líquido foi de R$ 5,69 bilhões, com crescimento de 49,7% na comparação com os últimos 3 meses de 2018 e alta de 33,8% na ante o 3º trimestre, quando o lucro foi de R$ 4,25 bilhões.
Já o lucro líquido ajustado somou R$ 4,62 bilhões no 4º trimestre, alta de 20,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.Últimos resultados do Banco do BrasilEm R$ bilhões2,4432,4432,6182,6182,842,843,1083,1082,7492,7493,1353,1353,1753,1753,8033,8034,0054,0054,2074,2074,2564,2565,6945,6941º tri/172º tri/173º tri/174º tri/171º tri/182º tri/183º tri/184º tri/181º tri/192º tri/193º tri/194º tri/1901234562º tri/19
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Fonte: Economatica e BB
O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), que mede como o banco remunera o capital de seus acionistas, cresceu para 17,3% em 2019, frente a 13,9% em 2018. Segundo o BB, o resultado reforça “o compromisso de aumento da rentabilidade de forma sustentável”.
As receitas com prestação de serviços e tarifas cresceram 6,4% no comparativo anual e 0,6% em relação ao trimestre anterior.
A percentual de operações de crédito com atraso de mais de 90 dias no pagamento recuou para 3,27% em dezembro, ante 3,47% no final do 3º trimestre. No final de 2018, estava em 2,53%.
Carteira de crédito cai 2,6%
A carteira de crédito ampliada do banco finalizou o ano a R$ 680,7 bilhões, o que representa uma queda de 2,6% na comparação com 2018.
“A redução pode ser explicada principalmente pela dinâmica da carteira atacado, onde tem se observado uma migração para mercado de capitais”, avaliou o banco.
A carteira de crédito das pessoas físicas, porém, cresceu 8,9% na comparação anual (aumento de R$ 17,4 bilhões), impulsionada pelo desempenho do crédito consignado (aumento de R$ 10,2 bilhões) e do empréstimo pessoal (mais R$ 3,3 bilhões).
Já a carteira de crédito de pessoas jurídicas retraiu 10,9% (-R$ 24,1 bilhões) na comparação com o final de 2018, pressionada pelo volume de amortizações no segmento de grandes empresas (-R$ 28,9 bilhões).
Previsões
O banco espera que seu lucro líquido recorrente em 2020 fique entre R$ 18,5 bilhões e R$ 20,5 bilhões, o que implica um aumento potencial de 15% em relação aos resultados do ano passado.
O Banco do Brasil prevê que sua carteira de empréstimos retome o crescimento em todas as linhas em 2020, com os empréstimos ao consumidor continuando a liderar a expansão. A expectativa é que o crescimento total da carteira de empréstimos fique entre 5,5% e 8,5% em 2020, destaca a Reuters.
Em novembro, o vice-presidente financeiro, Carlos Hamilton Araújo, disse a analistas que os resultados de 2020 seriam impulsionados por empréstimos ao consumidor e menores despesas com provisão para perdas com empréstimos.
No comando do Banco do Brasil desde janeiro de 2019, o presidente Rubem Novaes vem tentando encontrar maneiras de tornar a instituição financeira controlada pelo governo mais competitivo para enfrentar rivais privados.
O banco tem vendido alguns ativos considerados não essenciais e também formou joint ventures para expandir alguns negócios, como a joint venture para o banco de investimento anunciada em novembro com o UBS Group AG.
Distribuição de lucros para acionistas
O BB também informou que Conselho de Administração do banco aprovou para o exercício de 2020 a manutenção do intervalo de 30% a 40% do lucro líquido a ser distribuído (payout), via dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP).
Resultados da concorrência
O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 26,583 bilhões, um crescimento de 6,4% sobre 2018. Foi o maior resultado anual nominal (não ajustado pela inflação) já registrado por bancos brasileiros de capital aberto, segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica.
O Bradesco registrou um lucro líquido R$ 22,6 bilhões no ano passado, uma alta de 18,32% na comparação com 2018 (R$ 19,085 bilhões). Já o Santander reportou um lucro de R$ 14,181 bilhões em 2019, alta de 16,6% frente o ano anterior.
Fonte: G1