Pernambuco libera aulas presenciais para o ensino médio a partir de 6 de outubro e anuncia centro de testagem ‘drive-thru’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O governo de Pernambuco autorizou, nesta segunda-feira (21), a retomada das aulas presenciais para alunos do ensino médio, a partir do dia 6 de outubro. A volta ocorre em três etapas, começando pelas turmas do 3º ano. A decisão é válida para as redes pública e privada do estado. Em Fernando de Noronha, as aulas já voltam a acontecer de forma presencial na terça-feira (22) (veja vídeo acima).
Também foram anunciados, em entrevista coletiva transmitida pela internet, nesta segunda-feira (21), um centro de testagem no formato “drive-thru” e outro específico para profissionais da educação.
No dia 13 de outubro, poderão retomar às aulas os estudantes do 2º ano e, no dia 20 de outubro, está autorizado o retorno dos estudantes do 1º ano, do ensino técnico concomitante (cursado em conjunto com o ensino médio) e subsequente (após a conclusão do ensino médio) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Cursinhos e do ensino superior já tinham sido liberados pelo governo.
Cabe às escolas particulares a decisão sobre o retorno, ou não, do processo de retomada das aulas presenciais, desde que observem as regras estabelecidas pelo governo. Para os estudantes, o retorno é opcional e, no caso dos menores de idade, a decisão deverá ser tomada pelos pais ou responsáveis. Na rede estadual, há 1.060 escolas.
“A escola vai voltar, mas de uma forma diferente, com uma série de medidas a serem adotadas e é muito importante que todos participem”, disse Fred Amancio, secretário de Educação e Esportes de Pernambuco.
No entanto, as escolas deverão manter as atividades não presenciais e poderão optar por manter as aulas apenas de forma online ou pela retomada das aulas presenciais com ensino híbrido, combinando atividades presenciais e não presenciais.
O protocolo de retomada tem mais de 60 regras de segurança. Entre elas estão o uso obrigatório de máscaras, distanciamento de 1,5 metro de todos os ambientes das escolas (incluindo dos estudantes em sala de aula), lavagem das mãos e uso do álcool gel, orientações para todos nas escolas, organização de grupos fixos de estudantes e monitoramento e testagem dos casos suspeitos e de seus contactantes.
Na rede estadual, segundo Fred Amancio, todos os estudantes e profissionais receberão máscaras e, no caso dos trabalhadores, também serão distribuídos protetores faciais. Termômetros de medição de temperatura por infravermelho, sem necessidade de contato físico, foram distribuídos para todas as unidades de ensino.
“Também estamos trabalhando na redução da capacidade de estudantes nas salas de aula. Nossas salas têm, em média, entre 40 e 60 estudantes e, agora, terão 20. Também instalamos totens e dispensores de álcool em gel nas escolas e estamos instalando novos lavatórios em espaços abertos”, afirmou o secretário.
Trabalhadores e alunos que com fatores de risco de agravamento da Covid-19 (idade, doenças crônicas ou gestação) não devem retornar caso não tenham se infectado anteriormente. A retomada prevê, ainda, que o plano da escola deve ser informado aos pais ou responsáveis, professores e demais colaboradores para que todos compreendam o processo de retorno.
“Nos primeiros dias nas escolas a prioridade não é a aula, mas é de acolhimento e uma construção feita de forma coletiva, no ambiente da escola, porque sabemos que esse distanciamento tem implicações emocionais. Poderemos ter os estudantes em situação de rodízio, com uma parte em casa e outra na escola. E, por isso, as escolas precisarão ter o ensino remoto”, explicou Fred Amancio.
O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou que, entre maio e agosto, houve um aumento de 50% nos números de atendimento pediátrico na rede estadual de saúde, mas os casos graves da Covid-19, nesse período, diminuíram 90% entre os menores de idade. André Longo afirmou, ainda, que a retomada foi autorizada após ser observada uma situação de “achatamento sustentado da curva epidêmica”, desde julho.
“Esperar a pandemia passar para retomar o ensino seria negar a necessidade de se conviver com a doença. Com a retomada de diversas atividades, muitas crianças e adolescentes já passaram a sair de casa. O impacto dessa maior circulação é observado na rede hospitalar, mas não necessariamente devido à Covid-19”, afirmou o secretário.
Fonte: G1