Planeta perdeu 68% dos animais selvagens em 46 anos, diz estudo
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Populações de animais selvagens estão em “queda livre” desde 1970 anos, apontou um novo relatório da WWF (Fundo Mundial para a Natureza), divulgado na quinta-feira (10). Segundo a ONG, as populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes sofreram uma taxa de declínio de dois terços nos números de indivíduos.
O Living Planet Report 2020 apontou ainda que mudanças no uso do solo e tráfico de animais selvagens, podem deixar o planeta mais vulnerável à novas pandemias. Na América Latina a situação é apontada como especialmente crítica, com perdas de mais de 90% das populações de peixes, anfíbios e répteis.
O relatório, produzido em parceria com a Sociedade de Zoologia de Londres, apontou ainda que cerca de 75% do solo e 40% dos oceanos foram degradados pela ação humana.
Os principais vilões apontados pelo estudo foram a expansão da produção de carne bovina, e monoculturas, como soja e óleo de palma. “O estudo destaca como a crescente destruição da natureza pela humanidade gera impactos catastróficos não apenas nas populações de vida selvagem, mas também na saúde humana e em todos os aspectos de nossas vidas”, disse Marco Lambertini, diretor-geral da WWF.
O estudo também apontou declínios alarmantes de algumas espécies. Populações de elefantes africanos diminuíram 98% entre 1985 e 2010, muito por causa do crescimento da caça em regiões do continente africano. A caça ilegal também vitimou 87% da população de gorilas em reservas orientais da República Democrática do Congo, entre 1994 e 2015.
Para chegar aos números, o relatório rastreou 21.000 populações de 4.000 espécies de vertebrados. Foi levado em conta a diminuição da quantidade de indivíduos dessas populações, e não a extinção de espécies.
As crescentes mudanças climáticas e o despejo indiscriminado de lixo em locais de natureza também acentuam a queda de populações selvagens.
A WWF sugeriu a tomada de ações urgentes e ousadas para reverter esse quadro global até 2030, embora reconheça que não será fácil. “Nossa própria sobrevivência depende cada vez mais disso”, completou Lambertini.
Fonte: R7