Bolsonaro sobre veto a absorventes: ‘Não posso fazer o que quero com a minha caneta’
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a justificar o veto a gratuidade de absorventes nesta segunda-feira (11). Ele afirmou que “não pode fazer o que quer com a caneta presidencial” e voltou a dizer que a decisão ocorreu por falta da indicação da fonte de recursos para custear a proposta. O chefe do Executivo chamou o projeto de “auxílio modess” ao falar sobre o assunto a jornalistas e apoiadores no Guarujá, local onde passa o feriado prolongado.
“Você sancionaria o ‘auxílio modess’? Responde, você sancionaria ou vetaria? Eu sou escravo das leis, eu não posso sancionar uma coisa se não tiver fonte de recursos. Recairia em crime de responsabilidade, estaria respondendo um impeachment agora”, disse.
O projeto é de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE). O chefe do Executivo ainda ironizou: “Essa deputada federal podia apresentar um projeto para passar o (salário) mínimo para R$ 10 mil por mês”.
“Você não pode apresentar um projeto sem dizer de onde vem o dinheiro. E, se eu sancionar, estou incurso em crime de responsabilidade. Eu não posso fazer o que eu quero com a minha caneta. Um vereador ou deputado pode votar sim ou não no que bem entender, mas se eu sancionar ou vetar o que bem entender, eu respondo. Tem um passagem bíblica que diz: ‘Por falta de conhecimento, meu povo pereceu'”, acrescentou.
O texto retorna ao Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o veto é “candidatíssimo a ser derrubado”. A bancada feminina na Casa também já afirmou que batalhará pela derrubada da decisão do presidente.
Ontem, Bolsonaro afirmou a jornalistas que, caso o Congresso derrube o veto sobre a distribuição gratuita de absorventes, deverá tirar verbas da saúde ou da educação.
Fonte: DP