Em baixa para 2022 e acuado por CPI, Bolsonaro adota ‘vacina retórica’ para eventual derrota

Clipping

Acuado por pesquisas de opinião que apontam picos de rejeição e amplo favoritismo de seu provável adversário em 2022, Jair Bolsonaro (sem partido) intensificou nos últimos dias declarações que questionam o sistema eleitoral brasileiro e traçam o roteiro de como o presidente deve se comportar numa eventual derrota nas urnas.

Sempre sem apresentar provas, Bolsonaro insiste que haverá fraude no ano que vem e que o resultado já estaria definido. Subindo o tom nas ameaças, ele também afirmou que as eleições podem simplesmente não ocorrer caso não haja um sistema confiável –segundo ele, o voto impresso.

Interlocutores afirmam que Bolsonaro se vê pressionado a reforçar os laços com sua base mais fiel e ideológica.

Num momento de profundo desgaste, é prioridade para o mandatário evitar um derretimento em sua avaliação positiva para níveis inferiores aos atuais, considerados um colchão seguro contra a possibilidade de um impeachment.

O problema, dizem aliados, é que o repertório até então usado por Bolsonaro tem se esgotado. A discussão sobre a cloroquina, por exemplo, perdeu força e sumiu dos debates com o avanço da vacinação e as novas revelações na CPI.

Com isso, as declarações sobre possíveis fraudes nas eleições, embora sem embasamento, converteram-se no novo mantra para mobilizar a militância mais aguerrida.

Outro lado da estratégia é tentar desviar o foco do debate público da CPI da Covid, hoje o principal fator de desgaste para o Planalto.

“A fraude está no TSE, para não ter dúvida. Isso foi feito em 2014”, declarou Bolsonaro nesta sexta-feira (9), repetindo a acusação infundada de que o então candidato Aécio Neves (PSDB) teria vencido o pleito contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A afirmação de Bolsonaro foi contestada pelo próprio Aécio, que disse não acreditar que tenha existido fraude naquela eleição.

Bolsonaro aproveitou também para investir contra Lula e Renan Calheiros, relator da CPI da Covid.

“Então isso é fraude, é fraude, é roubalheira. Vocês acham que o Renan Calheiros, por exemplo, se pudesse fraudar a votação ele fraudaria pelo caráter que ele tem? A única forma de bandidos com Renan Calheiros se perpetuarem na política, entre outros que estão do lado dele, o “nove dedos”, é na fraude”, afirmou, referindo-se mais uma vez de forma pejorativa a Lula.

“Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma [atual], corremos o risco de não termos eleição no ano que vem”, acrescentou.

Em conversa com apoiadores, ele sugeriu ainda que o resultado das eleições do ano que vem já estaria decidido. “Já está certo quem vai ser [presidente], como está aí. A gente vai deixar entregar isso?”

Para completar o cenário de dificuldades para Bolsonaro, o presidente viu o Congresso –inclusive partidos aliados– juntar-se a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso.

Diante disso, ele passou a atacar de maneira mais grosseira integrantes da Suprema Corte, em especial o ministro Luís Roberto Barroso, que preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesta sexta, por exemplo, ele chamou Barroso de “imbecil” e “idiota”.

Ao longo da última semana, ele destilou em diferentes ocasiões ameaças ao processo eleitoral brasileiro.

“Eles vão arranjar problemas para o ano que vem. Se este método continuar aí, sem, inclusive, a contagem pública, eles vão ter problemas. Porque algum lado pode não aceitar o resultado. Este lado, obviamente, é o nosso lado, pode não aceitar o resultado”, disse Bolsonaro na quarta-feira (7) em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

No dia seguinte, Bolsonaro dobrou a aposta e pôs em dúvida a realização das eleições. “Eleições no ano que vem serão limpas. Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, disse a um grupo de apoiadores em uma interação de quase uma hora, na porta do Palácio da Alvorada.

Não é de agora que o presidente eleito em 2018 vem alegando fraudes na própria eleição e na disputa de 2014. Ele, porém, nunca apresentou nenhuma prova.
 
A principal estratégia do presidente para questionar as eleições é colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas, sistema usado desde 1996 e considerado eficiente e confiável por autoridades e especialistas no país.
 
O próprio Bolsonaro foi eleito para o Legislativo usando o sistema em diferentes ocasiões, assim como venceu o pleito para o Palácio do Planalto em 2018 da mesma forma.
 
Bolsonaro defende a adoção do voto impresso –segundo ele, auditável. Tramita no Congresso uma proposta nesse sentido, mas a ideia conta com oposição de uma coalizão de partidos, alguns deles da própria base de Bolsonaro.
 
Após reunião ministerial no início da semana, o staff palaciano saiu às redes sociais para fazer coro discurso do chefe pró-voto impresso.
 
“Por que tanta luta para impedir a melhoria da urna eletrônica? Por que quem era a favor da mudança agora ficou contra? Vale até mentir falando na volta do voto de papel”, escreveu o chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos.
 
Na sexta (9), Barroso e o presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiram às ameaças golpistas de Bolsonaro.
 
Pacheco disse que “todo aquele que pretender algum retrocesso ao estado democrático de direito esteja certo que será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da nação”. Barroso afirmou, em nota, que qualquer tentativa de impedir a realização de eleições em 2022 “configura crime de responsabilidade”.
 
A sequência de declarações que constroem a retórica de uma eventual derrota ocorre em meio à divulgação de levantamentos eleitorais que apontam ampla vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
Nesta sexta (9), pesquisa Datafolha mostrou que Lula ampliou sua liderança em relação a Bolsonaro em citações espontâneas.
 
O petista também aparece na frente nos dois cenários apresentados para o eleitor e em todas as simulações de disputa de segundo turno –naquela em que enfrenta Bolsonaro, tem 58% contra 31%.
 
Pouco antes, o Datafolha mostrou que, além de a maioria dos entrevistados avaliar o presidente como desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário e pouco inteligente, sua reprovação atingiu novo recorde –51%.
 
Somado aos números negativos para o Planalto está o avanço da CPI da Covid, que deixou para trás temas como cloroquina, gabinete paralelo e recusas de ofertas da Pfizer para focar em denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas.
 
Os dois episódios revelados pela Folha atingiram a imagem de Bolsonaro, manchando a bandeira de honestidade da qual o presidente se gabava e que ele tentava preservar para a disputa de 2022.
 
Além disso, novas dores de cabeça rondam Bolsonaro, como o aumento dos preços dos combustíveis e a sombra de uma crise energética.
 
“Bolsonaro sabe que está perdendo e está adotando a estratégia trumpista de mentir diante da derrota. Essa estratégia tem precedentes fascistas ao colocar o culto a si mesmo sobre o país”, disse à Folha Federico Finchelstein, professor de história da New School for Social Research, em Nova York.
 
“Bolsonaro representa um grave perigo para o futuro da democracia brasileira”, afirmou o historiador, autor de livros como “Uma breve história das mentiras fascistas” e “Do fascismo ao populismo na história”.
 
ALGUNS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA DAS URNAS ELETRÔNICAS
 
– Dispositivos de segurança
– Uso de criptografia
– Código certifica que o sistema da urna é o gerado pelo TSE e não foi modificado
– Somente o sistema do TSE pode funcionar na urna
– O sistema da urna fica disponível para consulta pública por seis meses
– Em Testes Públicos de Segurança, especialistas tentam hackear o equipamento e apresentam as falhas encontradas para o TSE corrigir
– Urnas selecionadas por sorteio são retiradas do local de votação e participam de uma votação paralela, para fins de validação
– Sistema biométrico ajuda a confirmar identidade do eleitor
– “Log”, espécie de caixa-preta, registra tudo o que acontece na urna
– Impressão da zerésima e boletim de urna
– Processo não é conectado à internet
– Lacres são colocados na urna para impedir que dispositivos externos (como um pendrive) sejam inseridos

Fonte: Folha-PE

Clipping
GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

Clipping
Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

Clipping
GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.