Artigo: COMENTÁRIO SOBRE A AMPLIAÇÃO DO FUNDO ELEITORAL, NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, APROVADA NO DIA 15 DE JULHO DE 2021.
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Queridos amigos e leitores que me acompanham, hoje venho falar sobre a votação do fundo eleitoral na Câmara dos Deputados. Começo citando a frase do filósofo inglês Herbert Spencer: “dentro de todo mal há um bem e dentro de todo bem há um mal”.
A Câmara dos deputados aprovou no dia 15 de julho, a Lei de diretrizes orçamentarias a LDO, que determina as prioridades e metas de gastos do governo para o ano de 2022.
O texto aprovado prevê a ampliação do fundo eleitoral de R$ 2 Bilhões para R$ 5,7 bilhões, dinheiro esse que é enviado para os partidos e o líder do partido faz a distribuição do dinheiro, conforme o seu bel prazer, para os candidatos que lhe apraz, sem ter um valor igualitário para cada um, fazendo com que as oligarquias se mantenham no poder; pois o político jovem que está começando, recebe um valor ínfimo, e o veterano, recebe bem mais, pois menos de 1% dos candidatos concentra 80% dos fundos públicos de campanha.
Na votação de hoje, eu fiquei surpreendido, pois pelo que já li e ouvi sobre o pensamento conservador liberal, o financiamento de campanha com dinheiro público, não é uma das suas pautas, pelo contrário, a Direita não apoia isso, essa é uma verdade insofismável. Só que na votação, parlamentares de Esquerda se tornaram de Direita e de Direita se tornaram de Esquerda, falo isso, porque os que se dizem de direita, deveriam ser contra tal ampliação do fundo, sendo que alguém que se considera de Direita nem se quer é a favor de ter fundo eleitoral, quem dirá sua ampliação; e a Esquerda, que sempre é tratada como oportunista e isso falo sem querer ser defensor dos crimes cometidos por governos de Esquerda, eles que deveriam votar a favor e, aconteceu exatamente o inverso.
Pois Orientaram “sim” à proposta: PSL, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, DEM, Solidariedade, Pros, PSC, PTB e Cidadania. Ao “não” orientaram os seguintes partidos: PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV, Rede, e a liderança da Oposição. Os Partidos que os seus deputados tiveram grande maioria de votos nas eleições passadas orientam, sim, e partidos que muitos dos candidatos não obtiveram expressiva votação, não.
Deputados que se dizem de Direita, que na verdade não coadunam, não desejam ou não sabem de que trata a sua bandeira política, a não ser no que lhes convém, fazendo proselitismo chulo e se aproveitando da ingenuidade de alguns. Deputado Eduardo Bolsonaro PSL, por
quem tenho expressivo respeito, filho do nosso presidente, votou a favor do aumento, Eduardo, tu tivestes 1. 843,735 votos, fostes o deputado mais votado da história do Brasil. Tu eras para se posicionar contra e honrar os conservadores e liberais que rechaçam campanhas bilionárias arcadas com impostos; é o dinheiro do vendedor de bala no sinal, do vigilante que sai de manhã de casa, quando os seus filhos ainda estão dormindo e só volta na noite. Carla Zambelli, Bia Kicis, ambas do PSL, também foram a favor, da ampliação.
Está tudo invertido, quem se diz de Direita, apoia pautas que deveriam ser apoiadas por partidos de Esquerda, é claro sem generalizar, pois o partido NOVO, orientou não, e seus deputados votaram não, a ampliação. Parabéns, Marcel Van Hattem, de fato votou como um defensor da Direita Liberal, Kim Kataguiri e demais que não consentiram com esse aviltamento aplicado a população. E os de esquerda? Votaram a favor? Não! Marcelo Freixo PSB-RJ, de quem discordo peremptoriamente, mas deixo aqui meus parabéns, pela forma que votou, Gleice Hoffmann PT, entre outros, saliento aqui meu mentor e conselheiro, Gonzaga Patriota PSB – PE, que não decepciona seus eleitores e seus admiradores, sempre votando a favor do povo, com coragem e gozo, buscando sempre o melhor, para o sertanejo.
Chegou a hora da gente parar de ter político de estimação, partido de estimação, tem que ter coerência e votar em pessoas que lutam pelo que de fato se interliga aos bons costumes, a moralidade e ao bem comum.
Em um país que a desigualdade é gritante, a disparidade social é ingente, onde 80% da população depende do SUS, o que equivale a 150 milhões de pessoas, e esse sistema é precário, defasado, os Parlamentares deveriam ter mais equanimidade. Pois as pessoas do nosso país, sentem uma dor e não vão ao hospital, vão na farmácia, compra um remédio para a dor que estão sentindo e, as vezes o remédio nada tinha a ver com o problema e acaba prejudicando ainda mais a saúde, podendo essa pessoa ir a óbito, por não tratar o problema ou por tomar, medicamento inapropriado. Essa pessoa, não vai ao hospital, porque sabe que o hospital não presta assistência, só atende com mau-vontade quem chega morrendo; como se fosse um favor do Estado o amparo da saúde ao cidadão, quando na verdade é um dever, preconizado na Constituição, no seu art. 196. Esses Parlamentares agem como se estivessem possuídos de um espírito de oportunismo, como bem falou Caio Coppola, ao se referir a políticos que apoiam o fundo eleitoral, não agora, mas em debate com Guilherme Bollus, os chamando de “oportunistas”. Tais parlamentares, zombam do povo, fazem eclodir a sua falta de amor, de zelo pelo povo que representa, quando aprovam para o fundo
eleitoral, quase o quádruplo do valor que já era imoral para as suas campanhas.
A cada dia que passa, nota-se que os termos Direita e Esquerda não mudaram, mas as definições do que é ser de Direita e Esquerda mudaram. Esquerda sempre prioriza o estado em tudo, o Estado deve combater desigualdades e criar pleno emprego; Direita vê no estado uma força negativa e aposta na iniciativa privada, para o crescimento sustentável e geração de emprego.
Eu tenho convicção, que o nosso país nunca irá progredir de fato, enquanto não votarmos em pessoas humanas, que sabem o que o povo passa, ou porque já passaram ou porque possuem sensibilidade para com situação degradante do próximo, pessoas que visem o bem comum acima dos seus interesses políticos. Volto a lembrar a frase que falei no início, em todo mal há um bem e em todo bem há um mal. A Esquerda tem pautas que sou aderente, como valorizar o pobre e investir nele, idealizando políticas públicas, por meio do Estado, para que o seu crescimento e desenvolvimento social e cultural aconteça; a Direita por sua vez, apoia e enxerga as leis naturais como fator estabilizador e criador de harmonia, apoia o livre comercio, a iniciativa privada como geradora de emprego e renda; eu sou adepto também dessa posição.
A questão em voga mostra, que ser contra o aumento do fundo eleitoral, é ser brasileiro; não que eu não reconheça, que é importante fundo, para tornar a disputa mais justa. Contudo o que acontece hoje, nada tem a ver com igualdade na disputa, o fundo só serve para políticos enricarem ainda mais e se manterem no poder. Enquanto o cidadão trabalhador não tem nem sequer saúde, o político tem dinheiro para ser eleito. É um dos pontos que um liberal, deve defender, a não ampliação do fundo eleitoral, mas sendo justo, quem deve defender isso, é quem tem consciência e reconhece a precariedade dos setores do Estado. Os de Esquerda que votaram contra a ampliação, mostram que acima das diferenças políticas, acima do lado partidário, está o povo; os que se dizem de Direita e votaram a favor, só provam que na política ainda há pessoas que falam algo e fazem ao contrário, mostram que pelo interesse pessoal o que eu falei não importa, o que importa é, o meu bolso está cheio e eu não perder o poder.
Te pergunto: qual o problema de termos um pouco de Direita e de Esquerda e pararmos de polarizar e de sermos revolucionários políticos, extremistas? a Política não é a McDonald, para pedir combo, para dizer sou de Direita e quero tudo da Direita, ou da Esquerda e quero tudo da Esquerda. Tem coisas boas na Direita e na Esquerda, assim como ruins. Tenhamos coerência, para agirmos pela razão e não pela emoção.
Deus esteja à frente da nossa nação, varrendo os políticos que demostram impiedade e demagogia, para com a pátria; dizem lutar pelo povo, mas estão cheios de si, visando os seus interesses. Essa não é a política do povo e para o povo, é sim, a plutocracia, que nada mais é, do que o “governo dos ricos”.
Lucas Príncipe, tem 21 anos, Acadêmico de Direito, IESB/DF; Bacharel em Teologia, Fatadeb/DF e Palestrante motivacional