Impeachment de Bolsonaro divide bancada de deputados de Pernambuco
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Odebate em torno da possibilidade de abertura de um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recuperou protagonismo, sobretudo por conta de eventos como o colapso sanitário de Manaus (AM). No entanto, até o momento, os parlamentares que expõem suas posições estão divididos, o que favorece o presidente, já que são necessários dois terços da Câmara para que o impedimento prospere.
No entendimento do deputado Tadeu Alencar (PSB), apesar do impeachment necessitar de ponderação e ter “um custo social elevado”, “esse custo é muito maior se deixarmos Bolsonaro conduzir o Brasil”. “A atitude hostil reiterada, a costumas violação dos deveres que lhe cabem como presidente, que claramente indicam a prática de vários crimes, impõem a todos nós o dever de mostrar a Bolsonaro que ele não é o dono do Brasil, por isso, acho que é hora desse debate ser feito”, avalia.
O posicionamento é corroborado por outros parlamentares de oposição, como Marília Arraes (PT), Carlos Veras (PT) e Túlio Gadelha (PDT), que já se manifestaram via redes sociais. Também por rede social, o deputado Felipe Carreras (PSB), apesar de ser de oposição a Bolsonaro, afirmou que tratar de impeachment nesse momento é um “desserviço”.
O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos) destaca que no atual cenário, “não temos nenhum fato determinado para a instalação de uma CPI”. Já Augusto Coutinho (SD) segue pensamento semelhante, considera que o processo precisa ser “muito consistente”.
Um deputado, sob reserva, avalia que o impedimento passa por uma série de questões. “O que vai trazer a pauta ao Congresso é a pressão externa das ruas. É preciso que o presidente perca 20% da sua aprovação. Para queimar esses 20%, vai depender do enfrentamento aos problemas postos. Se a vacina não avançar, ele vai queimar mais rápido essa gordura”, prevê.
Ricardo Teobaldo (Podemos), por sua vez, diz que não cabe trazer o impedimento de Bolsonaro ao debate. “Estamos no meio de uma pandemia em que está matando pessoas e agora que recebemos a vacina. Então, este não é o momento de fazer essa discussão, mas todos os esforços têm que ser concentrados para a vacinação e no auxílio aos estados e municípios”, afirma. Raul Henry (MDB), pondera sobre a popularidade do gestor.
“O impeachment não depende de mim e nem dos deputados, mas sim da sociedade. Apesar de toda calamidade no País, ele tem 30% de aprovação bom/ótimo. É preciso ver se esse cenário vai evoluir.”
Fonte: Folha-PE