Júri da boate Kiss: ‘a última vez que eu corri foi para tentar me salvar da morte’, diz sobrevivente que teve parte da perna amputada
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Começou às 20h17 da quarta-feira (1º) a oitiva da segunda sobrevivente do incêndio da boate Kiss durante júri do caso em Porto Alegre. Kelen Giovana Leite Ferreira foi à festa no dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, e teve parte de uma perna amputada em razão dos ferimentos sofridos.
A mulher, de 28 anos, falou sobre as lesões que sofreu no incêndio. Emocionada, Kelen relatou que caiu na tentativa de fugir e que sua sandália ficou presa no tornozelo, cortando a circulação sanguínea.
“A última vez que eu corri foi para tentar me salvar da morte”, disse.
Kelen teve 18% do corpo queimado. A jovem relatou ao juiz Orlando Faccini Neto que passou pelo processo de aceitação desde o ano passado, em razão das cicatrizes.
“Eu queimei 18% do corpo e eu perdi meu pé. Uso uma prótese em decorrência de tudo o que aconteceu”, disse.
Mais cedo, uma ex-funcionária da boate foi ouvida pelo juiz, representantes do Ministério Público e advogados dos réus. Kátia Giane Pacheco Siqueira recordou o momento do incêndio e as queimaduras que sofreu em 40% do corpo.
Conforme o juiz Orlando Faccini Neto, ao menos três sobreviventes devem ser ouvidos neste primeiro dia de júri. Além de Kátia Giane e Kelen Giovana, deve acontecer a oitiva de Emanuel de Almeida Pastl, sobrevivente que se especializou em prevenção de incêndio e casou com enfermeira que cuidou dele.
Fonte: G1