Ligações camufladas desafiam 190 no socorro à violência doméstica

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Os recentes episódios de mulheres que precisaram camuflar pedidos de socorro para escapar de agressões dentro das suas casas, registrados em várias cidades e diferentes regiões do Brasil, jogou luz sob a atuação dos atendentes dos serviços de emergência, em especial o 190 da Polícia Militar. A avaliação daquilo que é uma emergência real, um trote ou até mesmo uma emboscada sempre é feita com pouquíssimo tempo e informações.

No dia 26 de maio, uma moradora de Andradina (SP) fingiu pedir uma pizza para alertar sobre as agressões do marido. O policial militar que estava do outro lado da linha percebeu a real intenção da chamada e enviou uma viatura para o local — o homem conseguiu escapar, mas antes teria feito várias ameaças à vítima e aos filhos dela.

Ao ouvir o pedido estranho, o soldado informou que aquele era um telefone de emergência policial. Mas, ao invés de definir a chamada como um trote, o agente cumpriu um procedimento ensinado em cursos preparatórios para os atendentes que trabalham no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo).

O coronel da reserva Marcello Streifinger, que comandou o Copom-SP (capital e Grande São Paulo) entre maio de 2017 e janeiro de 2020, explicou que os homens e mulheres destacados para a função devem estar em alerta para interpretar situações de risco — e até armadilhas — ocultas durante um atendimento.

“Pode ser trote com um fim ‘sarrista’ ou interesse real de marginais que acionam a polícia para saber quanto tempo leva [uma viatura] para chegar naquele ponto. Pode ser tocaia ou um pedido de socorro camuflado”, ponderou o coronel aposentado, que também comandou o 3º Batalhão de Policiamento de Choque e o CPAM-9 (9º Comando de Policiamento de Área Metropolitano) durante os 34 anos de carreira na PM.

“Com 30 mil ligações diárias, em média, acontece de tudo. Lá, a gente conhece um universo novo. Porque conhecemos a ocorrência do lado de lá, no atendimento. É muito gratificante. Fiquei algumas vezes sentado do lado do atendente, simplesmente ouvindo. Amadureci como profissional e ser humano”, avaliou Streifinger.

Características dos atendentes

O coronel da reserva Marcello Streifinger enfatiza que os agentes precisam desenvolver algumas habilidades específicas para ter condições de assumir o posto. Inteligência, sensibilidade, versatilidade e resiliência são alguns dos elementos fundamentais para exercer o ofício.

“Ele atende mais que do ‘8 ao 80’, mas o ‘8 e o 800’. Tem que ter o mesmo atendimento. Percepção comportamental para avaliar a pessoa que está do outro lado, e saber se é encenação ou verdadeiro. E não pode desconsiderar que a pessoa do lado de lá esteja com a tecla do som ambiente acionada e precise proteger a pessoa com quem está falando”.

Treinamento

Streifinger conta que os atendentes da central 190 responsável por São Paulo e as cidades da região metropolitana são profissionais mesclados entre policiais militares e funcionários civis — que anteriormente atuavam em telemarketing—, contratados por licitação.

Todos são submetidos a cursos preparatórios que duram entre quatro a seis semanas antes de iniciar o contato com a população. “Esse curso basicamente cuida da parte técnica e operacional. A parte operacional é calcada nisso. Todas as ligações [do Copom] são gravadas. Tudo o que foge da normalidade temos registro”, completou.

Programas de apoio à vítima de violência doméstica

O ex-comandante do Copom-SP avalia que as ligações camufladas não representam uma parcela grande dos atendimentos, mas frisa que os casos de violência doméstica tiveram um tratamento especial por parte da segurança pública do estado, especialmente nos últimos anos, com a criação do SOS Mulher — plataforma, disponível em aplicativo, que permite às vítimas de violência doméstica pedir ajuda por meio de um botão do celular.

No entanto, Streifinger demonstrou certa frustração pela baixa adesão ao programa, lançado inicialmente pelo governo do estado, em 2019, e aprimorado pela Polícia Militar, pelo qual a mulher aciona a viatura mais próxima de onde estiver com o uso de um dispositivo de pânico.

“Achamos que seria um sucesso. No fim das contas, menos de 10% das mulheres com medidas protetivas baixaram o aplicativo. Foi uma decepção. É um trabalho grande, projeto custo zero, porque foi feito pelos próprios PMs, e de alcance grande para pessoas em situação de risco”, finalizou o coronel da reserva, que também ressaltou a credibilidade da instituição com a população. “Na necessidade, ela lembra da PM”.

Simplicidade é fundamental

A jornalista Marília Taufic, idealizadora do aplicativo PenhaS, lançado em março de 2019 e que, atualmente, possui mais de 2 mil mulheres cadastradas, entende que as vítimas têm receio de buscar auxílio de órgãos oficiais de acolhimento.

A constatação é baseada em pesquisa que ouviu cerca de 400 mulheres e homens de todo o Brasil, realizada no ano passado pelo aplicativo, segundo a qual nove em cada dez mulheres revelaram não confiar plenamente nos canais disponibilizados pelas autoridades do estado.

“É muito representativo [o resultado da enquete] sobre essa real dificuldade de acionar a polícia e o sistema de justiça, e não ser bem atendida. Além do fato de muitas não quererem que o agressor vá preso, mas apenas que a violência cesse. A gente fez o PenhaS dentro dessa abordagens”, afirmou.

No DF, mulher pede socorro no extrato bancário

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PMDF / REPRODUÇÃO

O resultado da pesquisa também estimulou os responsáveis pelo app a atualizá-lo com ferramentas que facilitem o acesso e garantam o anonimato das vítimas, reforçou a jornalista e idealizadora do PenhaS.

“Todas essas conversas que acontecem ali dentro [ocorrem] de maneira sigilosa e direta. Existe um mural onde [as mulheres] podem contar o caso delas e as pessoas comentam. [Foi criado em] formato de grupo fechado de Facebook. E elas também podem falar com a nossa equipe. Isso é sempre [feito] de maneira anônima”.

Marília Taufic acrescenta que outro fator responsável por desestimular a procura por ajuda em plataformas digitais — caso do SOS Mulher — é a questão tecnológica. Para ela, a ferramenta disponibilizada para socorrer mulheres em situação de perigo dentro do lar deve oferecer dispositivos de manejo mais simples.

“Não vou avaliar se o app é bom ou não. É preciso entender que necessitamos de ferramentas extremamente simples e seguras para essas mulheres pedirem ajuda. Como é o ícone do app no celular dela? Qual é o nome que aparece ali? Se é um ícone muito claro para a mulher pedir ajuda. Talvez, aquilo não faça com que ela se sinta segura para instalar no celular”, pontuou.

Para exemplificar, a jornalista cita algumas situações corriqueiras que as mulheres enfrentam em casa. Nem sempre é possível manter a discrição no manuseio do próprio celular no convívio diário com a família, lembra Marília Taufic.

Fonte: R7

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.