Setembro vermelho: alimentação de cães e gatos cardiopatas exige cuidados especiais
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Mês de conscientização sobre a saúde do coração, setembro abriga a campanha “Setembro Vermelho”, em prol do estímulo à realização de exames periódicos para prevenção e diagnóstico precoce de doenças cardíacas.
O mês foi escolhido por abrigar o Dia Mundial do Coração, celebrado no próximo dia 29.
Assim como os humanos, os pets também podem desenvolver cardiopatias.
E, também igual aos humanos, os cães e gatos cardiopatas precisam de cuidados especiais.
No topo da lista de cuidados, coladinho com as visitas ao médico veterinário e a realização periódica de exames, está a alimentação.
Na verdade, alimentos de alta qualidade devem sempre fazer parte da vida do pet, justamente para preservar uma boa condição de saúde e aumentar a expectativa de vida.
Quando a enfermidade já está instalada, a alimentação adequada é ainda mais importante.
É necessário que, além do tratamento prescrito pelo médico-veterinário, o pet receba uma alimentação específica para as suas necessidades.
O médico-veterinário deve indicar as opções adequadas, bem como as porções a serem servidas de acordo com o porte do animal. Vale lembrar que o sobrepeso é, por si só, uma enfermidade.
E, no caso dos cardiopatas, o excesso de peso pode prejudicar ainda mais os prognósticos. Da mesma forma que a subnutrição também não ajuda em nada.
“A nutrição clínica do cão cardiopata deve fornecer quantidades adequadas de proteínas para preservar a massa muscular, além de manter o sódio em níveis moderados para evitar que, em uma tentativa de compensar o problema cardíaco, o organismo comece a reter sódio e tentar aumentar a pressão sanguínea”, diz o médico-veterinário e supervisor de capacitação técnico-científica da empresa de nutrição animal PremieRpet, Flavio Silva.
Segundo ele, é importante, ainda, que o cão tenha acesso a ingredientes como ômega 3, para modular a resposta inflamatória; taurina, que tem poder antioxidante e colabora com os músculos cardíacos; e l-carnitina, para aumentar a produção de energia para o coração.
No caso das rações, há opções no mercado pet que são voltadas justamente para animais cardiopatas.
Já na alimentação natural (AN), o complemento diário com suplementação é regra mesmo se o pet não tiver nenhuma patologia. As porções, tanto para ração quanto para a AN, devem ser determinadas pelo veterinário.
“Em gatos, as evidências científicas ainda são escassas sobre quais nutrientes específicos devem ser oferecidos. Entende-se, todavia, que devemos oferecer um alimento que garanta a ingestão calórica adequada, independentemente da quantidade de sódio, e que garanta que seu peso não tenha oscilação.”
De olho nos sintomas
Alguns sinais do dia a dia devem ser levados em consideração para identificar cardiopatias, principalmente se eles forem frequentes.
“Em cães, são comuns a tosse seca, dificuldade para respirar, cansaço, falta de apetite e perda de peso. São as manifestações clínicas mais alarmantes e exigem avaliação do médico-veterinário. Em gatos, são comuns a respiração ofegante com a boca aberta, fraqueza, desmaios e emagrecimento”, afirma o profissional.
“A Insuficiência Cardíaca Congestiva, ou ICC, é a principal consequência das doenças cardíacas em cães e gatos, e ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do organismo. Como resultado, pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões, abdômen e em outros tecidos por todo o corpo. Nos gatos, há também a chance de ocorrer tromboembolismo arterial em consequência de doenças cardíacas”, aponta Flávio Silva.
Há raças caninas, inclusive, que possuem maior predisposição genética a desenvolver cardiopatias, como poodle, cocker spaniel, schnauzer e cavalier king, além de cães grandes, como o boxer, doberman e são bernardo.
Nesses casos específicos, os check ups devem ser seguidos à risca desde cedo, no intervalo de tempo proposto pelo médico que acompanha o animal. Cães e gatos mais velhos também não podem relaxar nesse protocolo.
Ao seguir o tratamento adequado, sempre com o acompanhamento do médico-veterinário, o tutor poderá manter o bem-estar do cão cardiopata.
Doenças do coração nos pets, na maioria das vezes, chegam de forma silenciosa. Portanto, a prevenção e a atenção aos sintomas devem ser constantes. A detecção precoce e um tratamento adequado podem garantir uma vida mais longa, saudável e feliz ao pet.
Fonte: Folha-PE