Tragédia de Mariana: estudo aponta impactos na saúde de 74% dos atingidos

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Aumento de ansiedade, surgimento de depressão, pessoas que passaram a tomar remédios controlados. Relatos assim são comuns entre pessoas que tiveram a vida revirada pela enxurrada de lama que jorrou da barragem da Samarco, em 2015, em Mariana (MG).

Um estudo realizado com os atingidos pelo rompimento mensurou esses impactos, e os resultados têm magnitude que pode ser considerada “catastrófica”, segundo responsáveis pela pesquisa. O estudo aponta que 74% das pessoas tiveram perdas de qualidade de vida em saúde.

A pesquisa, que foi recentemente publicada na revista interacional “Science Direct”, é parte de um projeto para realizar a valoração dos danos materiais e imateriais decorrentes do desastre.

O estudo foi contratado pela Cáritas, entidade que atua no assessoramento dos atingidos, e coordenado pelas professoras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mônica Viegas e Kenya Noronha, da Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar).

“Um dos resultados principais do estudo foi a magnitude da perda em qualidade de vida relacionada à saúde, sendo inclusive considerada catastrófica. Entre os indivíduos atingidos, 74% relataram perdas de saúde após o rompimento da barragem, com cada indivíduo tendo em média uma deterioração de 27% em sua saúde, sendo comparável à de pacientes com Parkinson, diabetes mellitus ou HIV⁠”, dizem as professoras.

Esses números impactam o cotidiano de muitas famílias, como a de um comerciante que perdeu a casa em 2015 e até hoje segue sem previsão de quando receberá um novo imóvel.

Ele conta que sua mulher enfrentava um quadro de depressão profunda, mas, antes da tragédia, o casal comprou uma casa em uma das comunidades atingidas. Aos poucos, o quadro de saúde dela foi melhorando. No entanto, após a tragédia, ela voltou a ter crises de ansiedade e segue em acompanhamento até hoje. O comerciante diz que ele também chegou a precisar de atendimento psicológico, com indicação de encaminhamento para psiquiatra.

O estudo, que ouviu 459 adultos e 52 crianças, aponta que, antes do rompimento da barragem, a proporção de indivíduos sofrendo de ansiedade e depressão severa era igual a 1%.

“Esse percentual sobe para 23% após o rompimento da barragem. No caso de dor/mal-estar, essa proporção aumenta de 1% para 11%”, dizem as pesquisadoras.

Com a destruição de comunidades, como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, moradores acostumados com a vida pacata na zona rural se viram obrigados a viver na sede de Mariana, deixando para trás plantações, criações e a convivência diária com parentes e amigos.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“Os efeitos do rompimento da barragem foram ainda mais graves para os idosos devido à baixa capacidade de adaptação e recuperação de traumas comumente observada nesse subgrupo populacional. As perdas estimadas para os idosos são comparáveis a pacientes com condições crônicas graves”, afirmam as pesquisadoras.

Impactos persistem com demora

Moradores relatam que os impactos à saúde mental não cessaram na época do rompimento. Pelo contrário, eles afirmam que a falta de uma data definitiva para entrega do reassentamento das comunidades, a judicialização das indenizações e o preconceito que sofrem de outros moradores de Mariana contribuem para agravar a situação.

“É um processo de violação de direitos que se dá cotidianamente, de forma continuada”, diz o coordenador da assessoria técnica aos atingidos em Mariana, Gladston Figueiredo, da Cáritas.

Quase seis anos após a tragédia, nem mesmo as obras de infraestrutura dos reassentamentos em Mariana estão prontas. A entrega deveria ter sido feita em fevereiro deste ano, mas segue sem prazo.

No novo Bento Rodrigues, segundo dados da Fundação Renova, apenas dez casas estão concluídas. Em Paracatu de Baixo, a situação é ainda pior. Só seis residências tiveram a construção iniciada.

De acordo com as pesquisadoras, o estudo não avaliou de que forma os danos se estenderiam ao longo do tempo, mas elas afirmam que há evidências da persistência das doenças comportamentais e psicológicas.

“Como nosso estudo foi realizado após três anos do rompimento da barragem, o estado de saúde aferido já se refere ao período de recuperação ou agravamento das perdas de saúde. A perda em saúde pode tanto se dissipar como também se acentuar ao longo do tempo dependendo da capacidade de resiliência e adaptação dos indivíduos a essa nova realidade imposta pela tragédia”, afirmam.

Mas elas destacam que, em Mariana, a população atingida está exposta a vários fatores que são considerados agravantes do estado de saúde de vítimas de eventos desse tipo. “Tais como população vulnerável, deslocada de seu habitat original determinando ruptura de identidade individual e social, perda de estilo de vida, dificuldade de manutenção de atividades produtivas, e desgaste crônico com o processo jurídico para compensação das perdas”, dizem.

O que diz a Fundação Renova

A Fundação Renova afirmou que vem cumprindo todas as ações previstas e destinadas a prestar apoio para o atendimento à Prefeitura de Mariana na execução dos planos de ação de saúde e de assistência social para atenção às famílias atingidas.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“A Fundação Renova informa que, atualmente, 44 profissionais – entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, sendo 24 para o Programa de Saúde e 20 para a Proteção Social – contratados pela Fundação Renova atuam em Mariana. As atividades desses profissionais estão sob a gestão da Secretaria Municipal de Saúde. A Fundação também será responsável pelo apoio à capacitação de profissionais do SUS do município, que está prevista para o início do próximo ano”, disse em nota.

A entidade informou também que que entregou, em maio de 2020, o novo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil, espaço que foi reformado e ampliado. “Em 2020, R$ 19 milhões foram desembolsados para apoio a políticas públicas entrega do Centro de Atenção psicossocial para Infância e Juventude (CAPSIJ) de Mariana. Em 2021, até o momento, o desembolso foi de R$ 5,16 milhões”, afirmou.

Em relação aos reassentamentos, a fundação diz que os prazos estão sendo discutidos na Justiça. “Foram expostos os protocolos sanitários aplicáveis em razão da Covid-19, que obrigaram a Fundação a trabalhar com equipes reduzidas e a reprogramar as atividades. Também foram expostos todos os desafios que envolvem particularidade das modalidades e etapas das obras, aprovação de leis, emissão de alvarás e aprovação dos projetos pelas famílias”, pontuou a Renova.

Já sobre as indenizações, a fundação disse que já foram pagos R$ 256,4 milhões em em Mariana.

Fonte: G1

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

Gonzaga Patriota, acompanhado da esposa, Rocksana Príncipe e da netinha Selena, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 07 (Sete de Setembro), no Palanque da Presidência da República, onde foram abraçados por Lula, sua esposa Janja e por todos os Ministros de Estado, que estavam presentes, nos Desfiles da Independência da República. Gonzaga Patriota que já participou de muitos outros desfiles, na Esplanada dos Ministérios, disse ter sido o deste ano, o maior e o mais organizado de todos. “Há quatro décadas, como Patriota até no nome, participo anualmente dos desfiles de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Este ano, o governo preparou espaços com cadeiras e coberturas, para 30.000 pessoas, só que o número de Patriotas Brasileiros Independentes, dobrou na Esplanada. Eu, Lula e os presentes, ficamos muito felizes com isto”, disse Gonzaga Patriota.

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Gonzaga Patriota participa de evento em prol do desenvolvimento do Nordeste

Hoje, participei de uma reunião no Palácio do Planalto, no evento “Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste”, promovido em parceria com o Consórcio Nordeste. Na pauta do encontro, está o plano estratégico de desenvolvimento sustentável da região, e os desafios para a elaboração de políticas públicas, que possam solucionar problemas estruturais nesses estados. O evento contou com a presença do Vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex governador de Pernambuco, agora Presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o ex Deputado Federal, e atualmente Superintendente da SUDENE, Danilo Cabral, da Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras diversas autoridades de todo Nordeste que também ajudam a fomentar o progresso da região.

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GONZAGA PATRIOTA comemora o retorno da FUNASA

Gonzaga Patriota comemorou a recriação da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Instituição federal vinculada ao Ministério da Saúde, que havia sido extinta no início do terceiro governo do Presidente Lula, por meio da Medida Provisória alterada e aprovada nesta quinta-feira, pelo Congresso Nacional.  Gonzaga Patriota disse hoje em entrevistas, que durante esses 40 anos, como parlamentar, sempre contou com o apoio da FUNASA, para o desenvolvimento dos seus municípios e, somente o ano passado, essa Fundação distribuiu mais de três bilhões de reais, com suas maravilhosas ações, dentre alas, mais de 500 milhões, foram aplicados em serviços de melhoria do saneamento básico, em pequenas comunidades rurais. Patriota disse ainda que, mesmo sem mandato, contribuiu muito na Câmara dos Deputados, para a retirada da extinção da FUNASA, nessa Medida Provisória do Executivo, aprovada ontem.