Vacinas contra Covid-19: médica explica quais são e o que fazer em caso de reações adversas
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A pandemia de Covid-19 lançou olhares de todo o planeta na produção e desenvolvimento de vacinas como nunca visto antes. Enquanto pesquisadores e cientistas empreendiam esforços incansáveis em laboratórios numa corrida para produzir os imunizantes contra o vírus que colocou o mundo de joelhos, a população acompanhava cada passo desse processo: dos primeiros testes clínicos ao início da aplicação das doses.
No meio dessa busca, notícias falsas alardeadas em torno da segurança e da eficácia dos imunizantes atrapalharam a confiança de parte da população. Uma das principais bandeiras levantadas foi a questão das reações adversas, que são, em geral, leves e não despertam tanta preocupação, mas devem ser observadas com atenção.
A pesquisadora do Departamento de Imunologia do Instituto Aggeu Magalhães, ligado à Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz-PE), a médica pediatra Haiana Charifker Schindler, cita e explica quais são as principais reações adversas das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em uso no Brasil: CoronaVac, do Instituto Butantan, e Oxford/AstraZeneca, da Fiocruz.
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“As mais comuns são dor no local da aplicação, cansaço e dor de cabeça. Outras complicações podem aparecer, como inchaço, coceira, endurecimento no local, náusea, diarreia, dor muscular, tosse, dor nas articulações, coriza, dor de garganta e nariz entupido. Geralmente ocorre por mais ou menos três a cinco dias e passa”, diz a médica.
Na grande maioria dos casos, as complicações são consideradas leves e o monitoramento deve ser feito em casa. “Já as mais raras são hematoma, vômito, sono, febre, manchas na pele, espirros, tontura, dor de barriga e diminuição de apetite”, completa Haiana.
Segundo a médica, nos casos mais leves, é recomendável tomar medicamentos antitérmicos e analgésicos, em caso de dores no corpo, como paracetamol e dipirona. Ela ainda lembra que não há nenhum trabalho científico pronto, mas se sabe que há esses relatos de sintomas após a inoculação das doses do imunizante.
“São sintomas de uma vacina como outra, como a de gripe, que você pode sentir uma gripe, dor de garganta, moleza, não é nada que chame atenção”, continua Haiana, acrescentando que o local da aplicação pode apresentar um incômodo e ficar um pouco inchado. Caso apareça esse efeito, o ideal é colocar compressas de gelo.
Nos testes clínicos das vacinas em uso no Brasil, a maioria das reações adversas foi de leves a moderadas e se resolve dentro de poucos dias após a vacinação.
O que fazer em caso de efeitos adversos
Como os efeitos após a imunização geralmente são leves, o recomendável é seguir monitorando em casa. No entanto o limite para ir ao médico é caso surjam efeitos colaterais pouco frequentes, como febre alta, vômitos e dores abdominais.
“Quando aparece algo que fuja dos sintomas específicos, realmente deve procurar o médico. Febre é uma coisa que não é frequente nessa vacina, já é algo que você tem que acompanhar e ficar de alerta”, acrescenta Haiana lembrando que o corpo se defende da substância “estranha” que foi inoculada – o imunizante, que produz anticorpos contra o vírus da Covid-19.
“Pode ser uma febre de 38º C, 38,5º C que passa, mas se intensificar de forma muito rápida, tem que pelo menos procurar o médico para acompanhar”, pondera.
Haiana ainda ressalta que quem apresenta algum tipo de reação não está “mais protegido” ou “mais imune” em comparação a quem não apresenta. “É uma reação de cada organismo, tem organismo que não apresenta nenhum efeito colateral, mas outro apresenta. Isso não quer dizer que está mais imune que a outra”, continua a pesquisadora.
A médica diz ainda que não há um padrão de surgimento de complicações na primeira e segunda doses. “Não tem padrão relacionado que a primeira dose tem mais efeitos colaterais que a segunda ou que aquelas pessoas que não apresentam na primeira dose também não vão apresentar na segunda dose”, explica.
A médica reforça que é fundamental tomar a vacina. “É preciso conscientizar que se deve tomar a vacina, que não tem efeitos colaterais, mas quando tem são semelhantes a qualquer vacina e são muito leves. Todos devem tomar. Melhor ter sintomas leves pós-vacina do que contrair a doença e ter que ser hospitalizado”, finaliza Haiana.
Fonte: Edenevaldo Alves