O Brasil é referência mundial em imunização para o controle de doenças. Porém, nos últimos dez anos, o país tem registrado índices insatisfatórios de vacinação. Segundo a pesquisa do DATASUS, uma plataforma do Ministério da Saúde, o índice mais baixo de vacinação desde 2012 foi registrado em 2016: 50,4%.

Em 2021, a porcentagem foi de 60,7%, que apesar de ter aumentado, ainda está longe da taxa ideal, que varia de 90% a 95%. Com a baixa cobertura nacional, a população está mais vulnerável a doenças infecciosas, que já tinham sido erradicadas, podendo apresentar quadros graves, sequelas e até a morte.

O país erradicou o sarampo em 2016 e recebeu o certificado de eliminação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Porém, dois anos depois, foram notificados mais de 9 mil casos da doença em território brasileiro. Em 2022, já foram identificados 1.637 casos suspeitos, com 41 confirmados, 1.143 casos descartados e 453 ainda em investigação. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, também é uma preocupação dos órgãos públicos devido ao baixo número de vacinação contra a doença, apesar de não apresentar nenhum caso confirmado desde 1994.

A meningite meningocócica merece uma atenção especial devido ao surto em São Paulo. Foram registrados 69 casos e 12 mortes na cidade de janeiro a outubro deste ano, segundo a Prefeitura de São Paulo. A doença é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis e pode atingir pessoas de qualquer idade. A evolução da doença é baixa e a melhor forma de prevenir o contágio é com a vacinação. Em Pernambuco, até 20 de novembro, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou 11 casos e nenhuma morte.

“É muito importante que as pessoas cuidem da saúde como um todo. Muitas das doenças hoje possuem vacinas eficazes para a prevenção delas e, por isso, é importante seguir o calendário vacinal desde a infância, mas também durante a vida adulta, com o reforço das doses imunizantes. É hora de voltar a se imunizar porque as vacinas salvam vidas e apresentam poucos efeitos colaterais”, explica Dra. Sylvia Lemos, infectologista do Cerpe, laboratório de medicina diagnóstica da Dasa, maior rede de saúde integral do Brasil.

Com 51 unidades em Pernambuco, o Cerpe disponibiliza os principais imunizantes do Calendário Vacinal Brasileiro, como dengue, febre amarela, hepatite A + B, meningite, sarampo, entre outros. O serviço é oferecido de forma presencial nos laboratórios e em qualquer ambiente de escolha do paciente por meio do atendimento móvel. 

EXAMES LABORATORIAIS

Para a Dra. Sylvia Lemos, a análise clínica e laboratorial é essencial para a manutenção da saúde do paciente e na prevenção de doenças. “Sabemos que as pessoas, à medida que elas envelhecem, estão mais propensas a desenvolverem problemas coronarianos, neurológicos e diabéticos. É importante monitorar desde cedo porque muitas dessas doenças são hereditárias e podem ser prevenidas com medicamentos, alimentação saudável e prática de exercícios”, conta.