Uma em cada quatro mulheres não tem acesso à água tratada, diz estudo
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Uma pesquisa revelou que o número de brasileiras que vivem em áreas sem coleta de esgoto subiu quase 54% entre 2016 e 2019 e o de mulheres que moram em casas sem banheiro cresceu 56%. O estudo foi realizado pelo Instituto Trata Brasil.
Uma em cada quatro mulheres brasileiras tem pouco ou nenhum acesso a água tratada em casa. O impacto mais imediato é para a saúde, mas está longe de ser o único. Segundo o estudo feito pelo Instituto Trata Brasil, mostra que o acesso a água e esgoto tiraria imediatamente 635 mil de mulheres da pobreza, sendo maior parte delas negras e jovens.
Ainda de acordo com o estudo, no Brasil, 27 milhões de mulheres, uma em cada quatro, não têm acesso adequado aos serviços de saneamento básico, o que afeta e muito no dia a dia e na qualidade de vida dessas brasileiras.
Em relação a educação, quando falamos em idade escolar, as meninas sem acesso a banheiro têm desempenho escolar pior, com 46 pontos a menos na média no ENEM quando comparadas à média geral dos estudantes brasileiros.
Entretanto, o que é mais afetado com a falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário pelas mulheres é a saúde. A falta de saneamento básico é uma das principais causas de incidência de doenças por veiculação hídrica nas mulheres. De acordo com o Painel Saneamento Brasil, portal de informações sobre saneamento do Instituto Trata Brasil, 120,4 mil mulheres foram internadas no ano de 2018 por consequência de doenças associadas ao saneamento, cerca de 10 mil casos a mais ao compararmos com os homens.
Dentre as doenças, a diarreia foi a que mais levou as mulheres a se afastarem do trabalho, cerca de 3,5 dias por ano, em média. E meninas de até 14 anos são as maiores vítimas quando falamos em afastamento escolar, com índice de afastamento por diarreia 76% maior que a média em outras idades. Já no caso da mortalidade, o déficit de saneamento é mais perigoso para a mulher idosa, que corresponderam a 73,7% das mortes entre as mulheres sem acesso ao saneamento.
Fonte: Edenevaldo Alves