Junho de 2013: cinco anos depois, parte das medidas para responder aos protestos não saiu do papel
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Segunda-feira, 17 de junho de 2013. Mais de 250 mil pessoas saem às ruas em dezenas de cidades de todo o país. Em Brasília, a marquise do Congresso Nacional é tomada por manifestantes, e a cena ilustra a escalada do movimento que nasceu em atos contra o reajuste de tarifas de transporte e revelou uma longa lista de insatisfações dos brasileiros.
“De fato, está difícil entender“, afirmou, na manhã seguinte, o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT).
“Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo”, acrescentou o ministro, à época responsável pela interlocução do governo com os movimentos sociais.
Cinco anos depois, parte das medidas anunciadas pelo governo e pelo Congresso segue no papel:
- “Ampla e profunda” reforma política;
- Pacto pela responsabilidade fiscal;
- Investimento de R$ 50 bilhões em mobilidade urbana;
- Tornar a corrupção crime hediondo.
Outras ações se concretizaram, entre as quais:
- Criação do programa Mais Médicos;
- Sanção da lei que destina 75% dos royalties do petróleo para educação e 25% para a saúde;
- Arquivamento da PEC 37, que retirava o poder de investigação do Ministério Público.
Para a classe política, o maior desafio à época foi tentar identificar o que desejavam aqueles grupos de pessoas que iam às ruas protestar. Governo e Congresso se viram em uma situação diferente da habitual. Isso porque as manifestações não tinham liderança nem pauta definidas. Foram, na ocasião, organizadas nas redes sociais e com vetos a bandeiras de partidos políticos ou sindicatos.
Redução de passagens no transporte público, combate à corrupção, mais segurança e serviços públicos no “Padrão Fifa” foram alguns dos temas que apareceram no mosaico de reivindicações e que ainda aguardam uma resposta contundente das autoridades.
O “padrão Fifa” foi usado em cartazes porque um ano depois o Brasil sediaria a Copa do Mundo de futebol da Fifa.