Endividamento dos pernambucanos recua em julho
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O percentual de famílias pernambucanas endividadas em julho atingiu os 73,9%, recuando em relação a junho, quando foi registrado 75,2%. Essa é a maior taxa de endividados para os meses de julho desde 2011, quando o resultado atingiu os 81,3%. A proporção de endividados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) pernambucano mostra movimento na direção oposta à do nacional e recua após duas altas consecutivas.
De acordo com o economista da Fecomércio, Rafael Ramos, o comportamento pode estar sendo influenciado pelo número de demissões, que no mercado de trabalho formal continua intenso e faz com que muitos utilizem as verbas indenizatórias para a quitação de dívidas.
A marca de 73,9% equivale a 379.737 famílias endividadas, uma queda de 6.772 lares em um mês. Em relação ao mesmo período de 2019 houve uma alta de 27.496 famílias endividadas. As famílias que possuem contas em atraso atingiram os 30,4%, uma queda em relação a junho deste ano e crescimento quando comparado a julho do ano anterior, que registraram 31,4% e 28,9%, respectivamente.
“É importante lembrar que estas famílias já apresentavam maior dificuldade no pagamento de suas dívidas, com orçamento mais apertado, aumentando as dificuldades de honrar todos os pagamentos em um período de maior restrição devido a epidemia de Covid-19 e principalmente com um mercado ainda apresentando deterioração”, comenta Rafael. Atualmente no estado 156.080 famílias estão com alguma conta em atraso.
A parcela da população em situação mais crítica, aquelas que informam não ter mais condições de pagar as suas dívidas, registrou um percentual de 12,0%, o que corresponde a 61.790 mil famílias inadimplentes. Diferente dos dois primeiros, este grupo apresentou queda no número de famílias pelo segundo mês consecutivo.
O tipo principal de dívida continua sendo o cartão de crédito, atingindo 92,8%, seguindo pelo carnê (23,3%). Rafael diz que a maioria das família informam que as dívidas comprometem entre 11% e 50% da renda, limitando a capacidade do crescimento familiar.
Segundo Rafael, para agosto é esperado um retorno da elevação no endividamento das famílias. “O próximo mês possui data importante como o dia dos pais que mesmo não apresentando comemoração a nível de anos anteriores, tende a apresentar um consumo mais elevados das famílias, visto que nas datas anteriores não tiveram consumo em nível considerado normal devido a quarentena”, avalia.
Fonte: Folha-PE