Volta às aulas da rede privada de ensino durante a pandemia requer protocolos de higiene rigorosos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Com data marcada para iniciar o período letivo de 2022 nesta terça-feira (1), as escolas da rede privada de ensino devem seguir os protocolos sanitários a fim de serem locais seguros de convivência para as crianças e adolescentes. Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde, 69,17% da população entre 12 e 17 anos está imunizada com a primeira dose, enquanto 42,74% conta com a segunda aplicação vacinal.
De acordo com o secretário de saúde André Longo: “Dentro do contexto pandêmico hoje, nós não temos um lugar que seja 100% seguro e é por isso que nós, junto com a Secretaria de Educação resolvemos intensificar a fiscalização do protocolo e passar a grande mensagem de que a escola deve ser um local seguro e promotor do processo de vacinação”.
O secretário destacou que a maior recomendação é a de responsabilidade para que as crianças não sejam agentes transmissores da doença. Isto é, se o pequeno tiver contato com alguém que apresenta sintomas da doença, ainda que leves, é imprescindível que ele não vá para as aulas com o intuito de preservar a si mesmo e todos os outros colegas.
Recomendações sanitárias
O médico infectologista Raphael dos Anjos adverte para a necessidade de seguir com todas as recomendações que vêm sendo feitas desde o início da pandemia. “É importante frisar que não existe nada de novo, o que precisamos fazer é reforçar as medidas preventivas que vemos falando desde o começo: A higienização das mãos, o distanciamento adequado e a utilização das mascaras”, relatou.
Sobre o que as escolas devem fazer para serem locais de maior segurança, Raphael completa: “O que temos falado para os colégios é que é necessário uma estrutura adequada. Na sala de aula é necessário cada um ter sua própria carteira fixa, a utilização das máscaras o tempo todo e a disponibilização sempre, de maneira facilitada, água e sabão para as crianças poderem higienizar as mãos.”
Outro ponto destacado pelo infectologista é o da necessidade dos funcionários, professores e colaboradores das escolas possuírem os calendários vacinais atualizados com os imunizantes contra gripe e coronavírus, assim como o incentivo aos pais a vacinarem seus filhos com o intuito de preservar a saúde das próprias crianças e de toda a família.
Cenário epidemiológico
Grande parte das escolas particulares de Pernambuco disponibilizaram as aulas, pelo menos durante o segundo semestre, de forma híbrida em 2021, permitindo assim que as famílias optassem por classes virtuais ou presenciais.
Em 2022, esse esquema continua sendo possível em algumas instituições, mas a volta presencial também foi amplamente adotada e por isso, o cenário epidemiológico atual deve ser observado.
De acordo com o infectologista, Raphael, o aumento de casos neste ano não deve ser ignorado. “Temos a vantagem do aumento da vacinação, mas a forma da ômicron é uma variante com níveis de contágio mais altos e a gente associa isso à questão da população começar a afrouxar nas medidas de segurança. Muitas pessoas estão deixando de usar máscaras, parando de higienizar as mãos e frequentando locais com aglomerações, então temos um pico de transmissão elevado”, pontuou ele.
Fiscalização e orientação do Sindicato
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (SINEPE-PE), José Ricardo Diniz, afirmou à Folha de Pernambuco que as escolas da rede privada são ambientes que contam com uma ampla fiscalização por parte do Sindicato e que precisam voltar ao presencial para garantir o melhor ensino.
“A volta ao presencial é um desejo de todos, da educação infantil ao Ensino Médio. Então todo esse processo vem sendo preparado por todas as escolas e fiscalizado por nós”, afirmou José Ricardo.
“A preocupação existe. A escola não é um lugar onde nada pode acontecer, mas dizemos que é um lugar bem mais seguro do que outros espaços que as crianças e adolescentes frequentam, sem dúvida alguma. É o espaço mais seguro, diante de todo o contexto, que existe para o desenvolvimento nesse período. As lacunas que ficaram ao longo desses dois anos são muito grandes e nós não podemos ampliá-las, não podemos deixar um fosso maior em relação ao desenvolvimento na escolaridade desses jovens”, acrescentou.
Ainda de acordo com o presidente, as escolas não são obrigadas a exigir comprovantes de vacinação porque, para o sindicato, uma ação como essa compete aos órgãos públicos, mas destaca: “As escolas vão iniciar suas atividades sem a exigência de carteira de vacinação, mas vamos continuar promovendo e comunicando a importância da vacina. A escola não abre mão disso porque ser favorável à vacina é ser a favor da ciência e do conhecimento e a escola é isso”.
Fonte: Folha-PE