Desde o início da crise, em fevereiro, a base monetária, que é a quantidade de dinheiro na economia, cresceu 39,7% e atingiu o maior patamar da série histórica (em 1991), com R$ 423,6 bilhões em julho.A base é formada pelo papel-moeda em circulação ou depositado nas instituições financeiras, além das reservas bancárias. Ela tem flutuação diária. No período da pandemia, o volume de dinheiro vivo nas mãos dos brasileiros aumentou 29,8% e chegou a R$ 272,9 bilhões.Para tentar suprir o aumento da demanda por cédulas, a autoridade monetária imprimiu 33% a mais no período. Atualmente, são R$ 345,7 bilhões entre notas e moedas em circulação.A cédula de R$ 200 deverá entrar em circulação no fim de agosto. A previsão é que sejam impressos 450 milhões das novas notas, o equivalente a R$ 90 bilhões. As reservas bancárias -recursos das instituições depositados na autoridade monetária- também cresceram de lá para cá. Atualmente, são R$ 77,9 bilhões, 77% a mais que em fevereiro. Historicamente, em momentos de crise, as pessoas preferem guardar dinheiro vivo. “Elas ficam com medo e sacam recursos para guardar. Já tivemos episódios, no passado, de confisco da poupança e quebradeira de bancos, por exemplo, o que gera essa memória de receio”, explicou o economista Paulo Feldmann, professor da USP (Universidade de São Paulo).Para ele, entretanto, o principal motivo para a expansão da base monetária é o auxílio emergencial. “O pagamento do benefício fez com que a demanda por cédulas aumentasse muito. Muitos não têm conta em banco, então preferem sacar o dinheiro em espécie”, avaliou. Para contabilizar o dinheiro em posse do público, o BC subtrai da quantidade de papel-moeda emitido o caixa do sistema bancário.“O comportamento da base se dá em ciclos. Quando olhamos os dados, vemos que no primeiro dia do mês, por exemplo, há aumento da demanda por papel-moeda por causa dos pagamentos dos salários, mas esse dinheiro retorna aos bancos e ao BC com o consumo e quando as pessoas pagam suas contas. O auxílio emergencial quebrou esse ciclo porque não tem dia certo de pagamento”, justificou o economista-chefe da consultoria Análise Econômica, André Galhardo. Segundo ele, o entesouramento (quando o dinheiro fica parado nas mãos das pessoas e não circula), também forçou o BC a imprimir mais dinheiro.“Não sabemos quanto tempo vai durar a pandemia. Na tentativa de se resguardar, muitos ficam com os recursos em casa. Investimentos de renda fixa, como poupança, não rendem quase nada mais, o que incentiva esse comportamento também”, analisou. O entesouramento já era uma preocupação da autoridade monetária antes da crise. Estudos da autarquia mostravam que cerca de 35% do dinheiro disponível na economia estava parado nas mãos dos brasileiros. O fenômeno gerou, em muitas ocasiões, falta de troco no comércio.Com a pandemia, esse percentual aumentou. No início dos pagamentos do auxílio emergencial, a escassez de papel-moeda travou o benefício e o BC pediu que a Casa da Moeda adiantasse toda a produção contratada para o ano até julho. A Caixa Econômica limitou os saques para incentivar …
De maio para cá, cerca de 10,4 milhões de pessoas, que estavam temporariamente afastadas em consequência da pandemia pelo coronavírus, retornaram ao trabalho. De 12 a 18 de julho, estavam nessa condição 6,2 milhões (7,5% da população ocupada). O número de afastados caiu pela oitava semana seguida. Tanto em relação à semana anterior, quando 7 milhões estavam afastados (8,6%), e também no confronto com a semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados), quando a Pnad Covid-19 semanal, uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), começou a ser apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Como o total de pessoas não afastadas do trabalho aumentou na terceira semana de julho, isso indica que a maioria das pessoas que estavam afastadas pelo distanciamento voltaram para o trabalho que tinham antes da pandemia”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira. A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 72,5 milhões, com aumento em relação à semana anterior (71 milhões) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões). “Esses trabalhadores podem estar afastados por outros motivos, como licença para tratamento de doença e licença maternidade, por exemplo”, disse Maria Lúcia. Entre essas pessoas, 8,2 milhões (ou 11,3%) trabalhavam remotamente – estável frente à semana anterior (8,2 milhões ou 11,6%) – e, em números absolutos, também estável em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões), porém com queda percentual (13,4%) nessa comparação. O que significa, segundo o IBGE, que esse grupo diminuiu, pela primeira vez. No início de maio, 8,7 milhões estavam trabalhando de casa. O grupo de pessoas que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive ficou em 18,6 milhões. A taxa de desocupação ficou em 13,1%, atingindo 12,3 milhões de pessoas sem trabalho. A ocupação pouco variou na terceira semana de julho, em relação à anterior (81,8 milhões de pessoas), mas esse número é menor que o da primeira semana de maio (83,9 milhões). Menos da metade da população (48%) estava trabalhando na terceira semana de julho. Saúde De acordo com o estudo, Cerca de 13,8 milhões de pessoas se queixaram de algum dos sintomas de síndrome gripal, mas somente 3,3 milhões buscaram atendimento médico, a maioria (2,8 milhões) em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) na terceira semana de julho. Desse total, 135 mil ficaram internados em algum hospital. No início de maio, quando a Pnad Covid19 começou, 26,8 milhões relataram algum sintoma. Dor de cabeça foi a principal queixa (6,3 milhões) na terceira semana de julho, seguida por nariz entupido ou escorrendo (5,2 milhões), tosse (4,5 milhões), dor muscular (3,8 milhões), dor de garganta (3,8 milhões), fadiga (2,5 milhões), perda de cheiro ou de sabor (1,7 milhão), dificuldade de respirar (1,7 milhão) e dor nos olhos (1,4 milhão). Entre as 3,3 milhões de pessoas que tiveram algum desses sintomas, 44,6% disseram ter …
A produção de veículos no país caiu 36,2% em julho na comparação com o mesmo mês de 2019, ao passar de 267 mil unidades para 170,3 mil. Comparada à produção de junho, quando foram produzidos 98,4 mil, houve aumento de 73%. No acumulado do ano a produção de novos veículos registrou queda de 48,3%, com 899,6 mil unidades ante as 1.741,3 mil do mesmo período do ano anterior. De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luis Carlos Moraes, que divulgou os dados hoje (7), a produção das fábricas que estavam paradas devido à pandemia de covid-19 voltaram no mês de julho e praticamente todas as montadoras voltaram a produzir, mesmo que em um ritmo diferente. “No acumulado do ano a queda na produção foi significativa comparado com mesmo período de 2009 por conta da paralisação em março e abril e o retorno gradativo das fábricas em maio, junho e julho. Porém o ritmo está mais baixo por conta dos cuidados com a saúde. Muitas voltaram em um turno só e outras voltaram em dois, mas com menos pessoas na linha de produção”, disse Moraes. Segundo a Anfavea, as vendas em julho chegaram a 174,5 mil veículos, um aumento de 31,4% na comparação com junho. Na comparação com julho de 2019 quando as vendas atingiram as 243,6 mil unidades, houve queda de 28,4%. No acumulado do ano também houve queda (-36,6%) ao passar dos 1.551,8 mil carros vendidos para os 983,3 mil. “As vendas foram as piores desde julho de 2006, mas foram o melhor resultado desde o início da pandemia de covid-19”, ressaltou Moraes. As exportações de veículos montados cresceram 49,7% em julho ante junho, ao atingir as 29,1 mil unidades. Em relação a julho do ano passado, as vendas para o exterior caíram 30,8%% e no acumulado do ano a queda foi de 43,7%, já que foram comercializadas 149,7 mil ante 264,1 mil. “Foi um mês bom, porque como as empresas ficaram paralisadas durante abril e maio parte desses embarques foram feitos em julho. Havia ainda um represamento de embarques de meses anteriores por conta da liberação de importação do governo argentino e isso foi regularizado parte em julho. O número baixo no acumulado do ano se deve ao fato de que os principais mercados também estão sofrendo pela crise causada pela pandemia”, explicou. De acordo com a associação, o emprego no setor sofreu variação negativa de 1,2% ao reduzir em julho o número de postos de trabalho de 124.001 (em junho) para 112.517. Na comparação com julho do ano passado a redução foi de 4,8%. “Já foram 3,5 mil demissões desde o início da pandemia. Houve também casos de PDV (Programa de Demissão Voluntária) e não renovação dos contratos com prazo determinado. A redução dos empregos na indústria automobilística só não é pior porque as empresas estão usando os mecanismos da Medida 936”. A Lei nº 14.020/2020, aprovada a partir da Medida Provisória 936, citada por Moraes, instituiu o Programa Emergencial de Manutenção …
A Índia, país mais atingido pela pandemia do novo coronavírus na Ásia, relatou nesta sexta-feira (7) um salto diário recorde de infecções, que levou o total de casos a mais 2 milhões. O aumento ocorre em meio a uma greve de profissionais de saúde. Mais de 3,5 milhões de profissionais, na linha de frente dos esforços para combater a covid-19, entraram em greve de dois dias, a partir de hoje, em busca de melhores salários e equipamentos de proteção adequados. “Pelo menos 100 profissionais de saúde morreram de covid-19 no país até agora, mas nenhum seguro lhes foi dado pelo governo”, disse a secretária do Centro de Sindicatos, A. R. Sindhu, que participa da paralisação. Ativistas de Saúde Social Credenciados, ou ASHA’s, são os profissionais de saúde reconhecidos pelo governo e que geralmente são os primeiros pontos de contato em locais economicamente desfavorecidos, onde há acesso limitado ou indireto a instituições de saúde. Eles têm conduzido checagens de porta a porta para rastrear pacientes de covid-19. Um total de dez sindicatos, representando os profissionais, que também incluem motoristas de ambulância e cozinheiros em centros comunitários, se juntaram à greve. A maioria deles trabalha sob contratos com os governos estaduais, com salário mensal de 3 mil rúpias indianas (US$ 40,02). “Em alguns lugares, tivemos muita dificuldade para chegar às casas, especialmente nas regiões montanhosas. As casas ficam muito afastadas umas das outras e precisamos chegar a elas a pé”, disse Nagalakshmi.D, uma líder sindical dos trabalhadores em Karnataka, estado do sul do país, à Reuters. “Quando chove, temos que cruzar os rios de barco e também usar cordas nas pontes”, disse ela. Com infecções se espalhando cada vez mais em pequenas cidades e áreas rurais, especialistas dizem que a epidemia na Índia deve estar a meses de atingir o pico, colocando mais pressão em um sistema de saúde já sobrecarregado na nação de 1,3 bilhão de pessoas. A Índia é o terceiro país a ultrapassar a marca de 2 milhões de casos de covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil. A Índia tem registrado uma média de aproximadamente 50 mil novos casos por dia desde meados de junho, mas especialistas dizem que sua taxa de testes, de 16,03 a cada milhão de pessoas, é muito baixa. “Um país do tamanho e diversidade da Índia tem múltiplas epidemias em fases diferentes”, disse Rajib Dasgupta, chefe do Centro de Medicina Social e Saúde Comunitária da Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Delhi. Fonte: AB
Nesta sexta-feira (7), a Lei nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, completa 14 anos e, para marcar a data, a jornalista Isabela Pontes entrevistou a própria Maria da Penha. O nome da lei se deve ao fato da ativista ter sofrido um grande caso de violência doméstica, em 1983, sendo o retrato do que acontecia no Brasil, quando as mulheres eram violentadas pelos seus companheiros e os agressores não eram punidos. Graças à repercussão do caso Maria da Penha, foi aberto um debate entre o Legislativo, o Executivo e a sociedade. O resultado desse diálogo foi o Projeto de Lei n.º 4.559/2004 da Câmara dos Deputados, que chegou ao Senado Federal. O projeto foi aprovado por unanimidade nas duas casas. Durante a entrevista, a ativista relata como podemos mudar essa cultura machista e promover a defesa da mulher. Na entrevista, Maria da Penha dá conselho às mulheres que estão inseridas no ciclo da violência, sob o medo e a opressão, e que, neste momento, estão em isolamento social com seus agressores. A ativista fala, ainda, sobre a necessidade do compromisso dos gestores para criação de políticas públicas que abranjam todos os eixos necessários para que a mulher possa ter uma vida digna. Confira a entrevista: Como cultivar e ensinar às crianças a ter respeito pelas mulheres desde cedo e não seguir no caminho de uma cultura machista? A mudança cultural precisa de tempo para acontecer e precisa passar, impreterivelmente, pela educação. No relatório do meu caso, emitido pela OEA (Caso 12.051 – Maria da Penha x Brasil), existe uma Recomendação (4E) que diz que deve ser adotado nos currículos escolares, de todos os níveis de ensino, uma disciplina que trate dos direitos das mulheres e dos conflitos intrafamiliares. Esta mesma recomendação encontra-se no Art. 8º da Lei Maria da Penha. Mas precisamos da vontade e do compromisso dos gestores públicos para transformar essa recomendação em uma política de Estado. O que existe hoje, são projetos pontuais. Precisamos investir na educação se quisermos desconstruir a cultura machista e patriarcal e construirmos uma sociedade de paz. Como as mulheres chefes de família podem encontrar auxílio do Governo para viver numa sociedade mais justa e equitativa? De cada 10 lares brasileiros, quatro são chefiados por mulheres (Pnad 2015). É preciso existir políticas públicas que abranjam todos os eixos necessários para que a mulher possa ter uma vida digna. Essas políticas públicas devem ser na área da saúde, saúde mental, programas de autonomia financeira, inserção no mundo do trabalho, enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, dentre outras. Qual deve ser o real papel da sociedade em prol da proteção contra as mulheres? É necessário entendermos que todos e todas podemos cumprir nosso papel de transformadores sociais e podemos fazer parte da rede de apoio da mulher em situação de violência. A frase “Em briga de marido e mulher não se mete a colher” não pode ser mais utilizada e nem aceita nos dias de hoje. Hoje nós temos uma Lei, …
A gasolina, com uma alta de preços de 3,42% em julho, foi o item que mais impactou a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês. Os combustíveis, de uma forma geral, subiram 3,12%, devido a aumentos de preços no óleo diesel (4,21%), etanol (0,72%) e gás veicular (0,56%). “A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho”, disse o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Pedro Kislanov. Os transportes foram o grupo de despesas que teve maior influência no IPCA de julho, com alta de 0,78%. O IPCA fechou o mês em 0,36%, influenciado também pelo aumento do custo com habitação (0,80%), puxado pela alta de preços da energia elétrica (2,59%). Outros grupos que tiveram impacto importante na inflação foram saúde e cuidados pessoais (0,44%), artigos de residência (0,90%) e comunicação (0,51%). Os alimentos subiram apenas 0,01% e tiveram pouco impacto na inflação de julho. Três grupos registraram deflação (queda de preços): vestuário (-0,52%), despesas pessoais (-0,11%) e educação (-0,12%). Fonte: EBC
O Senado aprovou, nesta quinta-feira (6/8), o projeto de lei 1.166/2020, que limita a 30% ao ano a taxa de juros de cartão de crédito e cheque especial até o fim do período de calamidade pública, previsto para acabar em 31 de dezembro deste ano. Dos senadores presentes na sessão remota, 56 votaram a favor e 14 foram contra. A matéria ainda precisa ser avaliada pela Câmara e, em seguida, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. O objetivo do projeto, apresentado pelo senador Alvaro Dias (Podemos-PR), é aliviar as contas dos brasileiros com capacidade de pagamento prejudicada durante a pandemia do novo coronavírus. Passado o período de emergência, as taxas poderão voltar aos patamares anteriores. Além de segurar o aumento, o texto, relatado por Lasier Martins (Podemos-RS), impede que os limites de crédito disponíveis em 19 de março deste ano sejam reduzidos até dezembro. O projeto prevê, ainda, que os empréstimos dessas linhas de crédito estarão isentos do pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o fim do ano. O relator incluiu um dispositivo para garantir um limite maior para a taxa anual, de 35%, para as chamadas fintechs — startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros oferecidos de forma completamente digital, como cartões, contas, empréstimos e seguros. Lasier lembrou que muitas pessoas estão perdendo renda e recorrendo a cartões de crédito para cobrir gastos correntes na crise. “Mas, continuando sem renda nesses meses de paralisação e no início da retomada da economia, muitos não conseguirão pagar a totalidade da fatura dos cartões e entrarão no parcelamento rotativo, onde os juros superam 300% ao ano, chegando a até 600%”, alertou. A cobrança vai para o rotativo quando o cliente não consegue pagar a fatura do cartão. Nesse caso, a dívida é parcelada pelo banco, com juros, e os valores são pagos nas faturas seguintes. De acordo com o Banco Central (BC), os juros anuais do rotativo chegaram a 300,3% em junho. Do cheque especial, a 110,2%. São as duas modalidades mais caras do mercado. O projeto também determina que o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleça um teto de juros para todas as modalidades de crédito ofertadas por meio do cartão de crédito, inclusive o rotativo, depois que acabar o estado de calamidade pública. A medida foi incluída por destaque, apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). Resistência O banco que não cumprir o limite previsto no projeto cometerá crime de usura, para o qual a pena é de seis meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa. Para o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), o projeto terá consequências negativas. Contrário à limitação, ele argumenta que o resultado será aumento de juros em outras modalidades de crédito. “Ao estabelecer um limite, a instituição financeira não poderá precificar corretamente o risco do crédito e tenderá a não conceder para tomadores com elevado risco”, explicou Bezerra. “Os cartões de crédito hoje são importantíssimos para o comércio varejista. Tenho absoluta certeza que isso vai representar uma restrição a …
Na RMR e Zona da Mata, os horários de serviços de alimentação e shoppings centers serão ampliados. Igrejas e templos também terão novos protocolos para o atendimento dos fiéis Uma recente análise dos números da saúde em Pernambuco, feita pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, revelou que os índices de contágio da doença permanecem em queda, indicando que o Estado tem capacidade para avançar ainda mais no Plano de Convivência com o novo coronavírus. A partir da próxima segunda-feira (10.08), a Macrorregião 1, que compreende os municípios da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata (Norte e Sul), avançará para a Etapa 7 do plano. Igrejas e templos também podem aumentar a capacidade de funcionamento. Aquelas que possuem espaço para até 999 fiéis poderão receber 30% da sua capacidade total. Já as instituições com área para mais de mil fiéis poderão funcionar com 20% da capacidade. Com o avanço na redução dos índices de contágio, nas cidades da Macrorregião 1 os serviços de alimentação e os shoppings centers poderão estender seu funcionamento até as 22h. Já a Macrorregião 2 – que compreende os municípios de Caruaru, Garanhuns e seus entornos, no Agreste – permanecerá na Etapa 6 do plano, mas serão liberadas as atividades das feiras nos polos de confecções, obedecendo a novos protocolos de segurança. No município de Toritama, a feira pode voltar a funcionar no domingo, dia 09. A Macrorregião 3, no Sertão – que tem Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada como principais polos – avançará para a Etapa 6 do Plano de Convivência com a Covid-19. Os serviços de alimentação e shoppings centers poderão funcionar das 6h às 20h, com 50% da capacidade de clientes, assim como as academias de ginástica e polos de confecção, ambos com novos protocolos de segurança. O comércio varejista permanecerá aberto, atendendo à exigência de um cliente para cada 10 metros quadrados da loja. Na Macrorregião 4, também no Sertão, os municípios da 7ª Gerência Regional de Saúde, com sede em Salgueiro, e da 8ª Gerência Regional de Saúde, sediada em Petrolina, avançarão para a Etapa 5 do plano. Será liberado o funcionamento de escritórios com 50% da carga e concessionárias de veículos com 100% da carga. Ficam mantidos os demais serviços essenciais que já vinham funcionando, a exemplo do comércio atacadista, além do sistema de delivery e coleta em lojas de material de construção, serviços de alimentação, feiras e polos de confecções. FECHAMENTO A situação da pandemia ainda divide o cenário na Macrorregião 4. As cidades pertencentes à 9ª Gerência Regional de Saúde, com sede em Araripina, permanecerão na Etapa 4. A exceção fica para Araripina e Ouricuri, onde a redução do número de casos da Covid-19 ficou aquém do desejado. A partir desta sexta-feira (07.08), os dois municípios terão que retroceder à Etapa 2 do plano, ficando permitido apenas o funcionamento de serviços essenciais durante os próximos dez dias.
O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, divulgou, nesta quinta-feira (06.08), as datas para retomada gradual das aulas presenciais de cursos livres (cursos de línguas, cursos técnicos, qualificação profissional e outros) e da liberação de competições esportivas individuais, desde que sem público. Os cursos técnicos de nível médio, que compõem a educação básica, não estão contemplados nesta fase de reabertura. A retomada das competições esportivas individuais acontece a partir desta segunda-feira (10/08). A vaquejada, embora seja uma atividade cultural, no plano de convivência está equiparada aos esportes individuais e poderá também ser praticada a partir desta data. No entanto, a entrada do público permanece suspensa por tempo indeterminado. O retorno das aulas presenciais dos cursos livres acontecerá de forma escalonada, com a primeira etapa no dia 17 de agosto. Nessa fase, estão autorizados apenas estudantes a partir de 18 anos de idade e as instituições de ensino só poderão receber até 25% da capacidade. Não estão autorizados os cursos preparatórios para o ENEM, SSA e outros vestibulares ou disciplinas específicas. No próximo dia 24 de agosto, as instituições ofertantes de cursos livres poderão receber até 50% dos seus estudantes, com idade mínima de 15 anos. No dia 31, a rede poderá contar com 75% do corpo discente, com alunos a partir de 11 anos de idade. No dia 8 de setembro, passarão a ser atendidos 100% dos estudantes. “A decisão foi tomada após criteriosa análise dos números da pandemia no Estado, e as instituições de ensino deverão obedecer ao protocolo setorial de segurança, respeitando as orientações sobre distanciamento social e as medidas de proteção e prevenção. É importante ressaltar que o gabinete de enfrentamento à Covid-19 está monitorando o número de casos e, se necessário, a evolução das etapas de retomada pode ser reconsiderada”, disse o secretário de Educação e Esportes, Fred Amancio. As aulas da educação básica e do ensino superior seguem suspensas até o dia 15 de agosto, e ainda não há uma definição sobre a data de retorno. Um plano de retomada está em fase final de elaboração e será divulgado em breve. Fonte: Waldiney Passos
O governador do Pernambuco, Paulo Câmara, rechaçou a ideia de realizar grandes festas enquanto a situação da pandemia no estado não estiver controlada. A declaração foi feita um dia após o estado atingir a marca de 100 mil casos do novo coronavírus. “Enquanto o isolamento social for necessário, não podemos falar de grandes festas. Vamos ter que esperar momento mais adequado. Por enquanto tudo está suspenso.” Ele diz que o monitoramento da doença é feito de maneira diária pelo comitê de crise do estado e que a confirmação da festa ou seu cancelamento terá que esperar. Situação no interior Apesar de o Pernambuco ter atingido a triste marca de seis dígitos de casos de Covid-19, Câmara diz que a situação no estado está “administrada”. “Aproveitamos que o vírus demorou para chegar no interior e montamos leitos em Caruaru, Petrolina e outras cidades do interior. Quando o vírus começou a crescer no sertão e agreste, as estruturas de saúde estavam reforçadas,” disse o governador. “Pacientes do interior, hoje, conseguem ser atendidos sem precisar realizar grandes deslocamento.” Julho foi o mês com menos óbitos no estado desde maio. A ocupação de leitos de UTI em Pernambuco atualmente é de 64%. Fonte: Waldiney Passos
A retomada das aulas presenciais em Pernambuco será optativa por parte dos pais e estudantes e mesclada com atividades à distância. Foi o que o secretário de Educação do Estado, Fred Amâncio, comentou em uma audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCU-PE) sobre o tema na manhã desta quinta-feira, quando explicava o que o protocolo sanitário de reabertura das escolas – que será divulgado nos próximos dias – deve apresentar. “O protocolo que vamos encontrar aqui em Pernambuco é muito parecido com o de outros estados e países. Já foram criados alguns consensos sobre as medidas que devem ser adotadas nos níveis da escola, mas ele trata sobre distanciamento social, proteção e prevenção, e monitoramento e comunicação. Ele foi colocado em audiência pública para receber sugestões e contribuições de diversas instituições, nossa equipe tem estudado e a gente espera, em breve, estar divulgando a versão final desse protocolo”, afirmou. Ainda não foi batido o martelo sobre a data definitiva para a volta. Para amenizar o impacto da suspensão das aulas presenciais, a secretaria de Educação implementou uma série de medidas visando professores e estudantes, incluindo àqueles de pouca renda, apontados como os mais afetados pela pandemia no sistema educacional. Essas ações devem ser estendidas até depois da rebertura das escolas, levando em conta que um sistema de rodízio será implantado. O EducaPE, acesso ao Google Classroom, podcasts educativos e disponibilização de materiais no Escola Conectada foram algumas ações para manter os estudantes ativos, além de materiais impressos e iniciativas das próprias escolas. “(As medidas) vão apoiar muito nossos professores e estudantes, não apenas nesse momento de suspensão das aulas na escola, mas mesmo na retomada das aulas presenciais – como os protocolos vão determinar que não tenha a mesma quantidade de crianças na escola – em que vai ser uma volta optativa para os pais e estudantes, esse sistema de rodízio nos obriga a implantar um sistema híbrido, em que ele vai ter atividades presenciais e não presenciais”, explicou. André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco, também esteve presente na audiência e apontou que não é saudável rivalizar setores da sociedade. “Não podemos trabalhar pra ter saúde versus educação. O Brasil pagou um preço pela descoordenação nacional por criar um falso dilema entre saúde versus economia. Não é trabalhando essa economia ou exaltando qualquer dicotomia entre saúde e educação que a gente vai conseguir algo positivo. Precisamos trabalhar com evidências, dentro do padrão estético-científicos, para a tomada das melhores decisões”, disse. Fonte: Edenevaldo Alves
A recuperação econômica em todo o mundo pode vir mais rápido se uma vacina contra a covid-19 for disponibilizada a todos como um bem público, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nessa quinta-feira (6). “O compartilhamento de vacinas ou o compartilhamento de outras ferramentas efetivamente ajuda o mundo a se recuperar junto. A recuperação econômica pode ser mais rápida e os danos da covid-19 podem ser menores”, disse Tedros, que participou de um painel de discussão online com membros do Fórum Aspen Security, dos Estados Unidos, moderado pela rede NBC. “O nacionalismo com vacinas não é bom, não vai nos ajudar”, acrescentou Tedros, em alusão à disputa competitiva entre diversas nações e seus laboratórios para criar uma vacina eficaz e pedir o máximo de doses possível com antecedência. Na segunda-feira (3), Tedros disse que o coronavírus é a maior emergência de saúde desde o início do século 20, e que a corrida internacional por uma vacina também é “sem precedentes”. “Precisamos aproveitar este momento para nos juntarmos em unidade nacional e solidariedade global para controlar a covid-19”, afirmou ele no fórum. “Nenhum país estará seguro até todos estarmos seguros.” O diretor de Emergências da OMS, Michael Ryan, questionado sobre a proposta da vacina russa, disse ao painel que são necessários dados de estudo para garantir que os produtos sejam seguros e eficazes. Ryan disse também que as autoridades devem ser capazes de demonstrar a eficácia de uma vacina contra o novo coronavírus por meio de ensaios clínicos tradicionais, em vez de estudos de “desafio humano”. Ele se referiu à exposição intencional de voluntários para verificar se o produto funciona. O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse ontem que é possível que o país tenha uma vacina contra o novo coronavírus antes das eleições de 3 de novembro – uma previsão mais otimista do que o tempo apresentado pelos próprios especialistas em saúde da Casa Branca. Trump acusou a OMS de se tornar um fantoche da China – onde o surto do novo coronavírus surgiu pela primeira vez no ano passado, e avisou que os Estados Unidos sairão da agência dentro de um ano. Os EUA são o maior doador geral da OMS e contribuíram com mais de US$ 800 milhões até o fim de 2019 para o biênio 2018-19. Tedros Adhanom, que negou que a OMS responda à China ou a qualquer outro país, disse ao painel que o principal dano da iniciativa do governo Trump, de sair da agência, não será a perda de financiamento. “O problema não é o dinheiro, não é o financiamento, é realmente o relacionamento com os EUA. Isso é mais importante para a OMS – o vácuo, não o financeiro. E esperamos que os EUA reconsiderem sua posição”, declarou. Fonte: AB
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (6) que os estados estão mais preparados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Ele participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro, transmitida pelas redes sociais. “A gente não tem uma solução imediata para o aumento [de casos], mas para o tratamento dos doentes, sim. Eu posso afiançar que o Sul do país está seguindo claramente essas posições que eu coloquei aqui quanto ao tratamento”, disse, em referência à mudança na diretriz do Ministério da Saúde, anunciadas no início de julho. Na ocasião, a pasta alterou o protocolo médico para pessoas que sentirem sintomas leves da doença, passando a solicitar que tais pacientes passem a procurar um médico. Antes, a diretriz indicava a busca por ajuda profissional apenas em caso de sintomas mais graves. “O que pode mudar a curva de óbito é você aplicar o aprendizado o mais rápido possível. E o aprendizado que nós mudamos foi: procure um médico imediatamente. O médico, de forma soberana, fará seu diagnóstico e vai prescrever os seus medicamentos. Se você piorar, deverá ir para uma estrutura de suporte ambulatório, não necessariamente será intubado. Para que você cumpra o ciclo viral sem a necessidade de respiradores”, disse o ministro. Segunda fase O ministro disse, durante a live, que o país enfrenta uma segunda fase da pandemia do novo coronavírus, que agora atinge com mais força os estados do centro-sul do país. “São duas etapas bem distintas. O Norte e o Nordeste do país foram impactados no começo do ano, de março até junho, e agora o impacto do centro-sul: Sudeste, Sul e Centro-Oeste, em alguns casos, em que nós vamos ter o recrudescimento, o aumento dos casos, e com isso necessidade de tratamento maior nesses estados, por causa do inverno. Tem a ver com o inverno no Sul, que aumenta os casos”, disse. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem (5), mostra um aumento da média diária de infecções, principalmente nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), cuja média diária de novos casos e óbitos pela doença cresceu 11%. Na Região Sudeste, o número de novos casos permaneceu estável na última semana, enquanto o de óbitos chegou a cair. No caso do Centro-Oeste, a média diária de óbitos subiu 8%. O mesmo balanço também mostrou que houve uma redução de 7% na média nacional do número de novos óbitos na comparação com os dados da semana anterior. A 31ª semana epidemiológica (última semana de julho) teve 7.114 mortes e a semana anterior teve 7.677. Foi a primeira vez desde o final de junho que o número semanal de óbitos caiu no país. Vacina Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição da vacina contra a covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford []. Se a vacina for considerada eficaz, o governo brasileiro vai obter 100 …
Conforme noticiado pela Agência Brasil, o país está sem reserva de grãos por causa da destruição do silo de armazenamento no Porto de Beirute. Assim, a Embaixada do Líbano pede ainda a doação de trigo e farinha, entre outros gêneros alimentícios como comida enlatada. Destruição, trabalho e solidariedade Por WhatsApp, a reportagem entrevistou dois brasileiros que moram no Líbano, na região metropolitana de Beirute, e estiveram nesta quarta-feira (5) na área onde ocorreu a explosão. A professora universitária e tradutora Renata Vieira, 50 anos, que esteve na Síria no começo da guerra civil, iniciada em 2011, ficou impactada com o nível de destruição do local. Também causou forte impressão a mobilização espontânea que viu. Segundo ela, a população da cidade, com máscaras, luvas e vassouras, começou a limpar as ruas. Algumas pessoas se encarregaram de fornecer alimento e água para quem estava trabalhando. “Isso foi sem nenhuma organização prévia. Não foi nenhum grupo que planejou essa ação. As pessoas foram para as ruas e começaram a limpeza”, descreveu. As imagens de solidariedade também comoveram o fotógrafo e documentarista Mauricio Yazbek, 52 anos. “As pessoas se uniram muito rápido. A cidade está começando a ficar limpa”, disse ao comentar que já havia destroços separados para facilitar a circulação. Segundo Yasbek, que é brasileiro e libanês (dupla nacionalidade), apesar de ter sido assolada com a explosão, Beirute mantinha sinais vitais de urbanidade e vida coletiva. “O Líbano é muito diferente. Não teve nenhum caso de vandalismo. Você não vê as pessoas, ao avistarem um carro arrombado [por causa da explosão}, tentando ver o que tem dentro (…) Tinha lojas abertas com equipamento lá dentro e não tinha ninguém invadindo”, comentou. Pessoas correm após explosão – REUTERS/Mohamed Azakir/Direitos reservados Brasileiros no Líbano De acordo com o portal consular do Ministério das Relações Exteriores, “estima-se que haja mais de 16 mil brasileiros residentes no Líbano”. Alguns brasileiros têm função destacada na manutenção da paz na região. Desde 2011, a Marinha do Brasil lidera a Força-Tarefa Marítima (FTM), com mais de 700 militares de navios da Alemanha, Bangladesh, Grécia, Indonésia, Turquia e Brasil, e que compõe a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). Segundo as Nações Unidas, Após as explosões, 23 soldados da força interina tiveram que ser atendidos em hospital, 18 foram liberados. Dos restantes, dois capacetes azuis continuam em condições críticas, mas estáveis.” Nenhum deles é brasileiro. A Embaixada do Brasil em Beirute se colocou disponível para informações sobre a situação dos brasileiros no Líbano pelo número +961 70108374. O núcleo de assistência a brasileiros do Ministério das Relações Exteriores em Brasília também foi posto à disposição para informações, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, pelos telefones +55 61 2030 8820/6756/6753 e pelo e-mail [email protected]. Nos demais horários, poderá ser contatado o telefone do plantão consular da Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania do Itamaraty pelo número +55 61 98197-2284.” Um comitê instituído pelo governo do Líbano investiga as causas da explosão, inclusive se estaria relacionado ao armazenamento de 2.750 toneladas de nitrato de amônio no Porto de Beirute. A carga explosiva, utilizada para produzir fertilizantes, estava …
No mês de julho, o custo da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nas outras quatro capitais, o custo subiu. Entre as capitais analisadas, a cesta básica mais cara encontrada foi a de Curitiba, onde o preço médio estava em torno de R$ 526,14; seguida por São Paulo, com custo médio de R$ 524,74. A cesta mais barata era a de Aracaju, com preço médio de R$ 392,75. Em Curitiba, o preço da cesta cresceu 3,97%, o que também ocorreu em Florianópolis, com crescimento de 0,98%, Campo Grande, 1.01%, e Recife crescimento de 0,18%. Coleta Por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Dieese suspendeu a coleta presencial de preços e começou a coletar os preços por meio de telefone, aplicativos de entrega, e-mail e consultas na internet. Com a dificuldade para coletar esses dados, a amostra teve que ser reduzida. Somente na capital paulista a coleta continua sendo feita de forma presencial. “Entretanto, é importante levar em consideração que as variações devem ser relativizadas, uma vez que os preços médios observados são resultado não só da atual conjuntura, mas do fato de não ter sido possível seguir à risca a metodologia da pesquisa. Sem a coleta presencial, os preços podem estar subestimados ou superestimados”, explicou a entidade, ressaltando que os dados captados pela internet referem-se em geral às grandes redes varejistas com lojas online. Outro problema que pode interferir no preço é o fato de que os produtos podem ser de marcas diferentes das que eram habitualmente coletadas na pesquisa presencial. Salário mínimo Com base na cesta mais cara do país, o valor do salário mínimo em dezembro, necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, teria que ser de R$ 4.420,11, o que corresponde a 4,23 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 1.045. Fonte: AB
Referência internacional na produtividade de cana-de-açúcar em área irrigada, a Agrovale, em Juazeiro, foi visitada, nesta quinta-feira (06), pela comitiva técnica do Governo do Estado da Bahia que está no Vale do São Francisco para potencializar o Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco baiano. Considerada a maior produtora de açúcar, etanol e bioeletricidade da Bahia, com mais de 5 mil funcionários, a empresa vai integrar o projeto da Fazenda Escola Modelo, no município de Barra. Chefiada pelo vice-governador da Bahia, João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico, a delegação está na região desde a última quarta-feira (05) e é composta pelas secretarias estaduais da Agricultura (Seagri) e do Desenvolvimento Rural (SDR), por membros do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). “A Agrovale é um exemplo de sucesso para o desenvolvimento desta região que tem enorme potencial. Com o Polo Agroindustrial pretendemos trazer no mínimo cinco novas usinas e gerar mais de 21 mil empregos no Vale e Médio São Francisco. E a parceria da Agrovale com a Fazenda Escola Modelo, que é o embrião, o ‘apartamento decorado’ deste grande projeto, vai torná-lo ainda mais viável”, destaca Leão. A Fazenda Escola Modelo vai desenvolver técnicas agrícolas dentro do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Águas, no município de Barra, numa área de 140 hectares. Está prevista a implantação de um complexo de agroindústrias, projetos de irrigação de frutas e grãos, além de pecuária. O objetivo é que a escola seja um referencial na formação agrotécnica e agroindustrial. A Agrovale vai implantar um sistema de irrigação por gotejamento em 10 hectares de cana no projeto. De acordo com o diretor Financeiro e TI da Agrovale, Guilherme Colaço Filho, que recepcionou a comitiva, o Polo Agroindustrial será um novo vetor de crescimento e promete mudanças significativas em vários segmentos produtivos regionais. “Contribuiremos com o desenvolvimento de técnicas agrícolas e a formação de novos quadros profissionais com a implantação de um sistema de irrigação por gotejamento na Fazenda Escola Modelo”, ressaltou. Com uma área cultivada de 17.700 mil hectares, a Agrovale produziu na última safra (2019), 2,8 milhões de sacos de açúcar com 50 quilos cada, 67 milhões de litros de etanol e gerou 20.000 MW de energia a partir do bagaço da cana.
As solicitações de seguro-desemprego chegaram a 570.543 em julho. O número representa uma redução de 8,8% na comparação com julho do ano passado, de 625.605 pedidos. Na comparação com junho deste ano (653.174), houve retração de 12,7%. Os dados foram divulgados hoje (6) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Do total de pedidos feitos em julho, 377.864 (66,2%) foram realizados pela internet, seja por meio do portal gov.br ou por meio da Carteira de Trabalho Digital. Os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (177.305), Minas Gerais (62.274) e Rio de Janeiro (47.075). Sobre o perfil dos solicitantes, 39,3% eram mulheres e 60,7% homens. A faixa etária que concentra a maior proporção de requerentes é de 30 a 39 anos, com 32,8%. Em termos de escolaridade, 59,6% têm ensino médio completo. Em relação aos setores econômicos, os pedidos são distribuídos entre serviços (43,3%), comércio (25,7%), indústria (16,1%), construção (10,5%) e agropecuária (4,3%). No acumulado de janeiro a julho, foram contabilizados 4.521.163 pedidos de seguro-desemprego. O número representa um aumento de 11,1% em comparação com o acumulado no mesmo período de 2019, de 4.068.385. Do total de requerimentos este ano, 54,7% (2.474.396) foram realizados pela internet, seja por meio do portal gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital. Atendimento O atendimento nas superintendências regionais do Trabalho do Governo Federal pode ser feito pela internet. Para dúvidas e esclarecimentos, o empregado pode acionar as superintendências por meio de formulário online ou ainda pelos telefones que podem ser verificados na página. Fonte: AB
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (6) que , dentro de 30 a 60 dias, anunciará três ou quatro privatizações de grandes empresas. Ele participou de evento transmitido pela internet organizado pela Fundación Internacional para la Libertad (Fundação Internacional pela Liberdade), presidida pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. “Vamos anunciar três ou quatro privatizações de grandes companhias”, disse o ministro, que não anunciará os nomes das empresas neste momento, Ele disse acreditar no apoio do Congresso Nacional. Guedes afirmou que o presidente Jair Bolsonaro dá suporte para que o governo siga com as privatizações e com as reformas. O ministro disse ainda que, após os gastos extraordinários necessários para o enfrentamento da crise gerada pela pandemia de covid-19, o governo retomará em 2021 a trajetória fiscal, com redução de despesas. Ele citou que, se não fosse a crise gerada pela pandemia, o déficit primário (receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros) ficaria em 1% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Com as despesas extraordinárias necessárias para o enfrentamento da crise, esse percentual deve ficar em 11%. “No próximo ano, vamos reduzir dramaticamente os gastos”, afirmou. Para o ministro, as medidas adotadas pelo governo para o enfrentamento da crise surtiram efeito, uma vez que as previsões de analistas econômicos para a queda da economia neste ano, que inicialmente superavam 10%, agora estão um pouco abaixo de 4%. “Perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas nós ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados. Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. Surpreendeu no ano passado, quando nós fizemos uma reforma difícil [da Previdência] e vamos surpreender de novo deste ano, porque estamos votando propostas”, disse. Fonte: EBC
Em luto, um dia após a grande explosão que já deixou 135 mortos e mais de 5.000 feridos, a cidade de Beirute está bem longe de voltar à normalidade. Além dos que não sobreviveram à tragédia, dos que seguem internados em hospitais lotados e das possíveis vítimas ainda presas em escombros, a capital libanesa vai precisar lidar com mais de 300 mil desabrigados. “Mais da metade de Beirute está destruída ou danificada”, disse o governador Marwan Abboud.Autoridades libanesas ainda aguardam uma avaliação mais precisa feita por especialistas e engenheiros, mas o governador estima que os danos podem chegar a valores entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (entre R$ 15 bilhões e R$ 23 bilhões). Chorando, Abboud comparou a destruição à causada pelas explosões nucleares em Hiroshima, 75 anos atrás. “A situação é apocalíptica. Beirute nunca viveu isso em sua história.” A mesma comparação foi evocada por outros sobreviventes que falaram à agência de notícias AFP.“Parecia um tsunami, ou Hiroshima. Foi um verdadeiro inferno. Algo me atingiu na cabeça, e todos os objetos começaram a voar ao meu redor”, conta Elie Zakari, morador do bairro de Mar Mikhael, famoso por seus bares noturnos e que se encontra voltado para o porto. “É um massacre. Fui para a varanda e vi gente gritando, ensanguentada. Estava tudo destruído”. A intensidade das explosões chegou a ser detectada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora atividades sísmicas em todo o mundo. O impacto em Beirute foi registrado como equivalente a um terremoto de magnitude 3.3. Segundo testemunhas, o estampido da explosão foi ouvido até na cidade costeira de Larnaca, no Chipre, a cerca de 200 km da costa libanesa. Outra vítima, Arora Haradjian, disse que mal consegue expressar o que sentiu durante a explisão. “Eu tenho que consertar tudo isso e levar minha mãe para o hospital novamente”, diz a mulher, responsável pela mãe, uma idosa acamada. “Não dá tempo de pensar.” Eli Erani, outro morador de Beirute, conta que estava na estrada, dirigindo, quando seu carro foi arremessado a uma distância de cinco metros pela força da explosão. “As janelas explodiram. Nós ouvimos aviões e pensamos que eles estavam atirando em nós. Eles estavam bem acima de nós. Depois veio a explosão e tudo saiu voando.” De acordo com o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, o incidente foi causado por 2.750 toneladas de nitrato de amônio estocadas na região portuária há seis anos “sem medidas preventivas”. A substância é comumente usada como fertilizante, mas também na confecção de artefatos explosivos e pirotécnicos. De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, há risco de explosão se a substância entrar em contato com altas temperaturas, fogo, combustível ou alguma fonte de ignição, por exemplo. No epicentro da tragédia, o panorama é desolador: carros foram incinerados e lixeiras parecem latas de conserva retorcidas. Nas ruas de Beirute, soldados ainda retiram moradores atordoados, muitos ensanguentados, com camisas amarradas ao redor da cabeça para conter os ferimentos. Paredes de prédios foram destruídas, janelas quebraram, carros foram …
O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultado 23,7% menor do que em igual período de 2019 (R$ 4,2 bilhões). Os números foram divulgados hoje (6), em Brasília. No primeiro semestre, o lucro líquido somou R$ 6,413 bilhões, queda de 21,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, que não considera eventos extraordinários, chegou a R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre de 2020, redução de 22,7% em relação a igual período de 2019. No primeiro semestre, o BB informou que realizou antecipação prudencial em suas provisões de crédito, que resultou em reforço de R$ 4 bilhões. No segundo trimestre, o lucro líquido ajustado chegou a R$ 3,3 bilhões, com recuo de 25,3% em relação ao mesmo período de 2019, quando foi registrado resultado de R$ 4,4 bilhões. Segundo o BB, apesar da queda do lucro, a geração de negócios permaneceu forte devido ao “crescimento da carteira de crédito com um mix adequado, o controle de gastos e a redução de despesas com risco legal”. O banco disse que os efeitos da pandemia sobre a economia implicaram na redução da demanda por produtos e serviços, o que impactou as receitas com prestação de serviços, tanto na comparação trimestral quanto na semestral. “Mesmo diante desse cenário, na comparação semestral [primeiro semestre deste ano contra igual período de 2019], os segmentos de administração de fundos, seguros, previdência e capitalização e consórcios apresentaram bom desempenho, fruto da oferta qualificada de produtos e serviços, inclusive nos meios digitais. Na comparação trimestral (segundo trimestre contra o primeiro deste ano), destaque para as receitas com mercado de capitais, que tiveram crescimento de 49,9%, explicado pela retomada gradual desse mercado onde a estratégia de atuação do BB permanece forte”, diz o banco. Crédito A carteira de crédito ampliada (empréstimos mais as operações com títulos, valores mobiliários privados e garantias) totalizou R$ 721,6 bilhões, crescimento de 5,1% em 12 meses. A carteira para pessoas físicas cresceu 5,3% na comparação com junho. “Destaque para o desempenho positivo em crédito consignado, que evoluiu 14,6% em 12 meses, e da linha empréstimo pessoal, que cresceu 15,9% no mesmo período e alcançou R$ 11,3 bilhões”, disse o banco. A carteira de crédito ampliada para pessoas jurídicas cresceu 5,3% na comparação anual e totalizou R$ 271,4 bilhões. A carteira para micro, pequenas e médias empresas cresceu 10,3% em 12 meses, puxada pelo aumento de 27,7% no capital de giro. A carteira rural ampliada apresentou desempenho positivo de 2,4% na comparação anual, totalizando R$ 174,4 bilhões. “Destaque para a carteira para produtores pessoas físicas que cresceu 5,4%. O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) completou dez anos em 2020 com desembolso superior a R$ 15,4 bilhões. O programa financia projetos de investimento que contribuam para a redução da emissão dos gases de efeito estufa”, ressaltou o BB. Prorrogações e renegociação Entre 16 de março e 30 de junho, foram prorrogadas mais de 1,7 milhão de operações, com saldo de R$ …
Uma pesquisa realizada pelo PoderData, do jornal digital Poder360, mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem 45% de aprovação e 45% de desaprovação. Segundo o levantamento, a tendência é crescimento da avaliação positiva do trabalho do presidente. No levantamento realizado há 2 meses, a administração federal era rejeitada por 50% e aprovada por 41%. A diferença era de 9 pontos. Agora há empate, com 45% de cada lado. O aumento coincide com o período em que Bolsonaro passou a evitar falar com a imprensa ou fazer ataques a adversários, além da ampliação para cinco meses do auxílio emergencial. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 5 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Fonte: R7.com
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (5) o regime de urgência para o Projeto de Lei 1665/20, do deputado Ivan Valente (Psol-SP) e de outros seis parlamentares, que define direitos dos entregadores de aplicativos diante da Covid-19. A urgência acelera a análise da proposta, que será incluída na pauta de votações. O projeto exige que esses profissionais recebam orientações adequadas sobre a doença e tenham direito a equipamentos de proteção individual. O texto também prevê proteção financeira caso venham a contrair o vírus e sejam obrigados a se afastar do trabalho em razão da necessidade de isolamento social. Segundo a proposta, o descumprimento das regras pela empresa de aplicativo ou daquela que utiliza os serviços de entrega implica o pagamento de indenização de R$ 10 mil em favor de cada trabalhador atingido, além de multa administrativa de R$ 10 mil por entregador contratado. Fonte: Agência Câmara de Notícias
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinará nesta quinta-feira (06) uma MP (medida provisória) que prevê a liberação de quase R$ 2 bilhões para investimento na produção da vacina contra o novo coronavírus. Marcado para as 18h, o evento para a assinatura da medida já consta na agenda presidencial. Esse valor será destinado à (Fiocruz) Fundação Oswaldo Cruz, que fechou acordo com a farmacêutica AstraZeneca para compra de lotes e transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Mais cedo, o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, já havia adiantado que a estimativa de entrega da vacina de Oxford seria em dezembro deste ano. Ele citou um contrato para que o Brasil adquirisse parte da tecnologia e pudesse produzir a imunização em solo nacional, criando independência em relação a outros países. Medeiros também não descartou o interesse do ministério em adquirir outras vacinas que estão sendo testadas no combate à covid-19. “O Ministério da Saúde terá interesse em adquirir a primeira vacina que ficar disponível para a população, desde que essa vacina tenha a eficácia comprovada”, disse ele durante coletiva. Eduardo Macário, Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, pontuou que a distribuição seria similar à que ocorre no caso da campanha de vacinação para a gripe. “Estamos nos preparando da melhor forma possível”, afirmou, acrescentando ser necessário entender o público-alvo mais adequado e se a imunidade é permanente. Fonte: Waldiney Passos
O Senado aprovou nesta quarta (5) o Projeto de Lei 735/2020, que estabelece medidas de socorro financeiro aos agricultores familiares. O projeto passou primeiro pela Câmara e foi aprovado pelo Senado sem alterações. Ele segue para sanção do presidente da República, que pode sancionar o projeto ou vetá-lo, todo ou em parte. O projeto traz, entre seus principais dispositivos, a previsão do pagamento de cinco parcelas de R$ 600 a título de auxílio aos agricultores familiares. Além disso, o projeto também prevê um fomento emergencial de inclusão produtiva rural, um pagamento de R$ 2,5 mil, em parcela única, por unidade familiar. Para a mulher agricultora familiar, a transferência será de R$ 3 mil. O auxílio de R$ 600 só será pago àqueles que não tenham sido beneficiados pelo auxílio emergencial do governo. O agricultor familiar não pode ter emprego formal, nem receber outro benefício previdenciário, exceto Bolsa Família ou seguro-defeso, e deve ter renda familiar de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar total de até três salários mínimos. Outro ponto do projeto concede o auxílio Garantia-Safra, automaticamente, a todos os agricultores familiares aptos a receber o benefício durante o período de calamidade pública, condicionado à apresentação de laudo técnico de vistoria municipal comprovando a perda de safra. O Garantia-Safra assegura ao agricultor familiar o recebimento de um auxílio pecuniário, por tempo determinado, caso perca sua safra em razão de seca ou excesso de chuvas. O texto também institui linhas de crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Podem se beneficiar das medidas agricultores com renda familiar mensal de até três salários mínimos. Fonte: Edenevaldo Alves
Em menos de dois meses, quase triplicou o número de profissionais de saúde com Covid-19 no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (5). Atualmente, são 233.912 casos confirmados e 169 mortes entre os trabalhadores dessa categoria. No dia 12 de junho, o Brasil havia registrado 83.118 profissionais infectados e 169 óbitos. Técnicos e auxiliares de enfermagem lideram a lista, com 80.287 casos. Em seguida estão os enfermeiros, com 34.196 casos, médicos, com 24.402 confirmações, agentes comunitários de saúde, com 11.346 casos, e recepcionistas de unidades de saúde, com 10.110 casos. “Nós queremos, na data do dia 5 de agosto, lembrar que hoje é o Dia da Saúde e parabenizar todos os profissionais que lutam, labutam dão a sua vida e se esforçam para produzir e gerar saúde e qualidade de vida para os brasileiros”, afirmou Arnaldo Correa de Medeiros, secretário nacional de Vigilância em Saúde. Além dos dados divulgados sobre profissionais de saúde, Medeiros afirmou ainda que a pasta terá interesse em adquirir a primeira vacina que ficar disponível para a população, desde que tenha a eficácia comprovada. A Fiocruz e a AstraZeneca assinaram no dia 31 de julho o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. O secretário ressaltou que, se a eficácia for comprovada, o primeiro lote com 15 milhões de doses pode estar disponível ainda em dezembro. “Nós estamos falando do SUS, [o Brasil] é reconhecido como um país de excelência no programa de vacinação, todos nós já fomos vacinados um dia pelo programa de imunização. Assim que tiver eficácia comprovada, vamos distribuir para os estados, e os estados vão distribuir para os municípios”, afirmou. O secretário apresentou ainda dados sobre casos e mortes de Covid-19 em todo o país. Houve redução de 2% do número de casos da doença no país e queda de 7% também do número de mortes da 30ª para a 31ª semana epidemiológica. Nesta quarta, o Brasil atingiu 97.256 mortes e 2.859.073 casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo dados da pasta. Cada região, entretanto, se comportou de uma forma. Na região Sul houve aumento de 11% tanto no número de casos quanto de mortes. No Norte houve redução de 16% no número de casos e de 39% do número de mortes. Já no Centro-Oeste houve estabilização do número de casos, pois o acréscimo foi de apenas 2%, e aumento no número de óbitos de 8%. Assim como no Centro-Oeste, houve estabilização no número de casos no Nordeste, com a diminuição de apenas 3% de casos confirmados e queda de 11% no número de mortes. Houve estabilização também no Sudeste em razão da redução de apenas 3% do número de casos e queda de 8% no número de óbitos. Fonte: Folha-PE
Mais uma comunidade de Sertânia vai ganhar um equipamento de esporte e lazer. Foi assinada nesta quarta-feira (5) a ordem de serviço para construção de uma quadra poliesportiva na Escola Municipal Maria Verônica da Soledade, localizada no sítio Caianas. A obra será feita com recursos próprios. Um investimento de R$ 290.678,80. “Será muito bom para nós e, principalmente, para as crianças da escola, que precisam de um local adequado para fazer as atividades físicas. Eles não tinham esse espaço, utilizavam um campo de terra. A quadra será um incentivo, inclusive, impedindo eles de irem para caminhos errados, porque o esporte é maravilhoso”, disse o morador do sítio Caianas, Elielson. A quadra vai contar com arquibancadas, alambrado, iluminação led, pintura completa e marcação para vários esportes, como vôlei, futsal e basquete. A Escola Municipal Maria Verônica da Soledade, fundada em 1991, atende hoje 100 alunos, da Educação Infantil ao 9° ano. Para a diretora Robervânia este é o sonho de gerações de estudantes, “agora os professores terão um espaço para trabalhar e os meninos e meninas para se exercitarem. Toda a comunidade estará ganhando. Os alunos, quando puderem retonar às aulas, vão celebrar muito, pois eles sempre cobravam uma quadra e agora vão ganhar”, destacou a gestora. A Prefeitura de Sertânia já entregou seis equipamentos esportivos, entre quadras e ginásios em diversas localidades do município. Na sede receberam esse tipo de ação a Escola Etelvino Lins de Albuquerque e a Escola Presidente Vargas. Foram contempladas, ainda, as comunidades de Cruzeiro do Nordeste, Moderna, Albuquerque Né, sítio Caroá e Henrique Dias. Outras regiões também serão beneficiadas com essa iniciativa, as obras estão em andamento em Algodões, Várzea Velha, Rio da Barra, Caroalina e sítio Bom Nome.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei de conversão que prevê providências e medidas emergenciais para o setor da aviação civil devido à crise resultante da pandemia da Covid-19. O projeto de lei é originário da Medida Provisória nº 925/2020, que permitiu às empresas aéreas terem mais tempo para reembolsarem passageiros que cancelarem seus voos devido à pandemia, ampliando este prazo para 12 meses. Segundo a justificativa apresentada pelo governo, houve uma queda brusca na demanda do setor e as empresas aéreas tem enfrentado dificuldades para honrar seus compromissos. Durante a tramitação no Congresso, os parlamentares incluíram no projeto outras medidas de amparo às companhias aéreas, às concessionárias de aeroportos durante a pandemia e fez mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica. Em sua sanção, o presidente vetou três dispositivos do projeto de lei para adequação à constitucionalidade e ao interesse público. Foram vetados o Artigo 5 e os Parágrafos 2 e 3 do Artigo 9. Vetos Foi vetado o artigo que estabelecia aos aeronautas e aeroviários titulares de conta vinculada ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ficaria disponível o saque mensal de recursos, por trabalhador e até o limite do saldo existente na conta vinculada. O artigo que previa uma compensação ao setor para suavizar os efeitos da crise também foi vetado. Fonte: DP
Os incêndios florestais que atingem algumas regiões do estado de Mato Grosso do Sul levam a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão do Ministério do Desenvolvimento Regional, a reconhecer situação de emergência nos municípios de Corumbá e Ladário. A medida consta da Portaria nº 2.127, de 5 de agosto de 2020, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (6). Equipes do Ministério do Meio Ambiente e das Forças Armadas já atuam na região desde o fim de julho a pedido do governador do estado, Reinaldo Azambuja, que declarou estado de emergência ambiental por 180 dias. O governador determinou também a suspensão de autorizações para queimadas controladas no estado. Segundo o governo estadual, os maiores focos de calor são ao longo do Rio Pantanal, próximo às cidades de Corumbá e Ladário. As equipes federais trabalham em conjunto com o Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental. A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro). Fonte: EBC
O presidente Jair Bolsonaro sancionou hoje (5) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 9/2020, que autoriza a extinção de créditos tributários devidos pelas micro e pequenas empresas integrantes do Simples Nacional. O anúncio foi feito durante transmissão pelas redes sociais. Ao lado dele estavam os deputados federais Marco Bertaiolli (PSD-SP) e Gutinho Ribeiro (Solidariedade-SE), além do senador Jorginho Mello (PL-SC), que relatou a matéria no Senado. Segundo o presidente, a medida visa garantir a preservação de empregos durante a pandemia do novo coronavírus. O projeto havia sido aprovado em julho e aguardava sanção presidencial. “Estamos fechando basicamente o leque para manutenção de empregos no Brasil”, disse Bolsonaro durante a live. O senador Jorginho Mello disse que o projeto vai garantir a sobrevivência dos pequenos negócios. “Isso vai de encontro a tudo aquilo que o micro e pequeno empresário sempre sonhou.” Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirma que “a iniciativa tem o objetivo de autorizar a extinção de créditos tributários devidos pelas microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs), que participam do Simples Nacional, por meio de transação resolutiva de litígio. Com isso, os créditos da Fazenda Pública, em fase de contencioso administrativo ou judicial ou inscritos em dívida ativa poderão ser extintos mediante transação.” O projeto facilita a renegociação de dívidas dessas empresas com a União nos termos da Lei do Contribuinte Legal (Lei 13.988, de 2020). A lei, sancionada em abril deste ano, permite ao governo fazer negociações chamadas de transações resolutivas de litígios quanto a dívidas com a União, seja em fase administrativa, judicial ou em fase de créditos inscritos em dívida ativa O PLP prevê também a prorrogação do prazo para enquadramento no Simples Nacional para as micro e pequenas empresas. Essa prorrogação ainda será regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. Dívidas com a União O presidente Jair Bolsonaro assinou em outubro de 2019 a Medida Provisória (MP) do Contribuinte Legal, que visa a regularização e resolução de conflitos fiscais entre a administração federal e os contribuintes devedores da União. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que, além de “dar uma segunda chance a quem não deu certo no passado e tem uma dívida grande” e tornando o ambiente de negócios mais leve e mais empreendedor no país. Fonte: EBC
Grande parte das companhias aéreas quer reduzir seu quadro de funcionários nos próximos 12 meses, devido à incerteza sobre a recuperação do tráfego – informa uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (5) pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata). “A maioria (55%) dos responsáveis pelas companhias aéreas consultadas espera reduzir seus funcionários nos próximos 12 meses”, em função do tráfego que continuará fraco pela pandemia de coronavírus, relatou a Iata em um comunicado. A pesquisa se baseia em um questionário sobre a confiança dos dirigentes das empresas enviado para 300 companhias aéreas do mundo. De acordo com a sondagem, 45% dos executivos indicaram que já reduziram suas equipes, devido ao impacto da crise da COVID-19 no setor de transporte aéreo. Além disso, 57% esperam uma queda da receita nos próximos 12 meses e acham que os preços das passagens poderão cair, em função da lenta recuperação. Outros 19% apontam para um aumento progressivo das tarifas, quando o equilíbrio entre oferta e demanda for alcançado. A Iata, que agrupa 290 companhias aéreas, espera um retorno ao nível do tráfego aéreo antes da crise em 2024 e estima em 63% a queda do tráfego em 2020, na comparação com 2019 As perdas para o setor estão estimadas em US$ 419 bilhões. Ásia-Pacífico e Europa devem ser as primeiras regiões a recuperarem o nível de tráfego de 2019, enquanto na América do Norte e na América Latina isso acontecerá depois, segundo a Iata. Fonte: G1