Apesar de não ser uma data tão relevante para o varejo brasileiro como o Dia das Mães ou o Dia dos Namorados, o Dia dos Pais deste ano promete se beneficiar por conta da flexibilização das atividades econômicas em Pernambuco. Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio-PE, 64% dos pernambucanos pretendem comemorar a data, porém o percentual é abaixo dos 76% de 2019. A expectativa, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife), a expectativa é que o fluxo de vendas tenha o mesmo aumento percentual apresentado no mesmo período do ano passado, entre 10% e 20%. Porém, o volume de vendas será menor, já que a base de comparação é em cima de uma semana normal e que está baixa durante a pandemia. O comércio de Pernambuco amargou as perdas nas vendas dos dias das mães e namorados, já que as medidas restritivas ao comércio ainda estavam válidas. Para o São João, a flexibilização estava em seu início de curso, porém o festejo não aconteceu. “Por isso o Dia dos Pais com as lojas funcionando é um fator de motivação. As vendas devem ser melhores na semana da data em relação a uma semana normal durante a pandemia. O aumento deve ser entre 10% e 20%, mas em cima de uma base baixa com vendas menores na pandemia”, afirma Cid Lobo, presidente da CDL-Recife. O Dia dos Pais não é uma data que remete a um investimento alto nos presentes, situação que se agrava pelas incertezas econômicas do momento e baixa intenção de consumo. “Esta data não é igual ao Dia dos Namorados ou das Mães. O foco do tíquete médio é baixo, mais voltado para lembrancinhas”, complementa. O levantamento da Fecomércio-PE mostrou que a maioria pretende comemorar de forma simples, sendo 67% em casa, com almoço ou jantar, e com 28% comprando presente, com tíquete médio de R$ 129,65. Apenas 2% responderam que devem comemorar em bares, restaurantes e lanchonetes. A flexibilização das atividades econômicas refletem na preferência dos canais de vendas, já que o comércio tradicional ficou em primeiro (39%), seguido de comércio eletrônico (27,3%) e shoppings (24,8%). Para Paulo Carneiro, presidente da Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), o clima é de otimismo para o crescimento das vendas, contemplando o período de Dia dos Pais. “O aumento da frequência dos clientes vem ocorrendo a cada dia e observa-se que as pessoas estão indo com maior objetivo de efetuar compras. Os shoppings e os seus lojistas estão preparados para o aumento da demanda, mantendo ativos alguns canais online de vendas implantados antes da reabertura. Os protocolos de segurança sanitária implantados vêm sendo cumpridos por clientes, lojistas e demais colaboradores, sendo muito bem aceitos, reforçando o conceito de que os shoppings são ambientes seguros”, informou, por meio de nota. Fonte: DP
A partir de agosto, algumas das 14 usinas pernambucanas, as da Mata Norte, já começam a moer. Até meados de setembro, com a inclusão das localizadas na Mata Sul, todas as operações já estarão iniciadas. Neste cenário de iminente volta à moagem, boa parte dos trabalhadores deparam-se com um problema: o aumento do custo da produção da cana devido às pragas e à alta do dólar. Com constantes variações mensais, em julho a tonelada alcançou seu maior valor este ano, chegando a R$ 103,57. Os custos da produção do período, entretanto, ficaram em R$ 131,93. Uma conta que fecha com déficit para o trabalhador. De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) Alexandre Andrade Lima, este valor da tonelada ainda é inferior ao de outubro de 2016, quando ele estava em R$ 103,74. “A comparação com este período atesta a problemática atual, pois os custos da produção aumentaram em 15,3% – na época eram de R$ 114,45 -, enquanto o preço do produto continua igual”, explica. O aumento destes custos vem das infestações de pragas nos canaviais – notadamente ferrugem, capim-colonião e cigarrinha – e da alta do dólar que influenciou no aumento dos preços dos químicos, ainda mais necessários agora. “O combate às pragas aumenta em cerca de 4% o custo do produtor. Em uma região com topografia mais acidentada, a pulverização ainda precisa ser feita por via aérea”, detalha Alexandre. Fertilizantes, herbicidas, fungicidas e defensivos agrícolas aumentaram em aproximadamente 10%, já que geralmente os preços são indexados ao dólar. A situação só não é pior, segundo Alexandre, porque o preço do dólar favorece a exportação de açúcar. “Como este ano, por causa da pandemia, o consumo de combustível diminuiu, a produção foi mais açucareira e com a valorização da moeda norte-americana há melhor remuneração do produto nacional”, conta. Além disso, a situação é minimizada nas usinas geridas por cooperativas ou quando as usinas oferecem bonificação extra. “O fornecedor independente que não tiver isto irá operar no vermelho”, pontua Alexandre, lembrando que Pernambuco é o estado que possui mais cana produzida por fornecedores independentes: 46% do total.O produtor Virgílio Pacífico, 63, é responsável pelo levantamento do Departamento Técnico da AFCP e possui uma propriedade com área em torno de 250 hectares em Itambé, divisa com a Paraíba. Fornece cana de açúcar para uma destilaria e uma usina. “Desde 2016, estamos sendo remunerados praticamente pelo mesmo valor e com custos maiores em função do reajuste da mão de obra, que gira, do salário do produtor rural que aumenta anualmente em torno de 4, 5%”, conta. Para aumentar a produtividade e baixar os custos da produção, a aposta tem sido em tecnologia, como irrigação e plantação com baixa densidade de mudas. “No plantio convencional, usamos 12 toneladas por hectares. Na baixa, são 5 a 6”, afirma complementando que o custo da de produção no Nordeste ainda é diverso do praticado no Centro-Sul devido à diferença da topografia entre as regiões. “A nossa é ondulada, exige mais …
Com a decisão de adiar para, ao menos, até o dia 15 de agosto as aulas presenciais em todo o estado, o governo de Pernambuco vai conceder mais uma parcela do cartão de alimentação pago aos alunos da rede estadual. A iniciativa, que prevê o repasse de R$ 50, foi adotada para tentar diminuir o impacto da suspensão das aulas na alimentação dos estudantes mais pobres. “Com a decisão do adiamento, está sendo paga mais uma parcela do cartão de alimentação escolar. A prioridade, desde o início, era o atendimento das famílias mais carentes. São as que fazem parte do Cadastro Único. Atualmente, temos 330 mil estudantes sendo beneficiados pelo cartão alimentação escolar”, afirmou o secretário de Educação e Esportes, Fred Amâncio. A entrega complementar beneficia, ao todo, 322 mil estudantes, em todas as regiões do estado. Para as famílias que têm mais de um filho matriculado na rede, foi entregue apenas um cartão, que é carregado com o valor equivalente a cada aluno. “Na nossa rede, são cerca de 560 mil estudantes e 330 mil que estão no CadÚnico. Muitos deles, que foram incluídos ao longo do tempo, atualizaram seus cadastros ou junto à Secretaria de Educação ou junto ao Cadastro Único, para que pudessem receber o benefício”, disse Fred Amâncio. Coronavírus em Pernambuco Pernambuco confirmou, nesta segunda-feira (3), 431 casos da Covid-19 e 35 óbitos de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Com isso, o estado passou a ter 98.401 confirmações de pessoas diagnosticadas com a doença, além de 6.669 mortes, números contabilizados desde março, no início da pandemia. Fonte: G1
Um novo programa para pagamento de dívidas ativas com a União foi criado para que os devedores impactados pela pandemia do novo coronavírus possam negociar os seus débitos com descontos. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ligada ao Ministério da Economia criou no começo de julho o regime chamado de Transação Excepcional, que terá vigor até o dia 31 de dezembro deste ano. Podem se inscrever na ação empresas e pessoas físicas cuja capacidade de pagamento tenha sido limitada por causa da pandemia da covid-19, que já provocou paralisia de alguns setores de atividade econômica e aumento do desemprego. Interessados deverão apresentar comprovação do faturamento em 2019 e nos seis primeiros meses de 2020. A PGFN estima negociar um volume total de dívida de até R$ 60 bilhões. O novo regime foi concebido para débitos considerados de difícil recuperação ou irrecuperáveis. Entre os tipos de empresas que podem ingressar no regime, contribuintes individuais e empresas inscritas na dívida ativa, inclusive microempresas, empresas de pequeno porte, Santas Casas, instituições de ensino e organizações da sociedade civil. Para aderir à Transação Excepcional, os contribuintes devedores de até R$ 150 milhões podem se inscrever no Portal Regularize (www.regularize.pgfn.gov.br). Caso a dívida seja superior ao valor, devem negociar pessoalmente em uma unidade da Procuradoria. Os pagamentos dos débitos acontecerão durante dois momentos: o período de estabilização fiscal, de 12 meses, e o período de retomada fiscal. No primeiro, será cobrado 4% da dívida em 12 parcelas de 0,33%. O restante será cobrado em parcelas posteriores. Segundo o consultor contábil e tributarista da AGE Consulting, Sérgio Costa, uma das vantagens da medida é de que ela será calculada de forma proporcional com o que a empresa ou pessoa física teve de redução financeira. “O governo de um ano pra cá ele tem permitido que a procuradoria determine alguns benefícios para as empresas e pessoas físicas pagarem os seus débitos. Com a Covid-19, essa portaria permite uma redução de multa e juros, isso faz ainda que o contribuinte faça um cálculo comparando a renda do ano passado com a renda atual, depois do mês de março, para que essa pendencia seja paga de acordo com a sua renda”, disse. No caso das pessoas físicas, microempresas, empresas de pequeno porte, Santas Casas, instituições de ensino e organizações da sociedade civil, são 133 meses adicionais para efetuar o pagamento restante, de acordo com o seu faturamento. Para esses contribuintes, há possibilidade de descontos de até 100% sobre multas, juros e encargos, desde que não ultrapassem 70% do valor total da dívida. Sérgio destaca que o parcelamento de 72 meses se dá para empresas de um modo geral, mas para as pessoas físicas, microempresas, empresas de pequeno porte, Santas Casas, instituições de ensino e organizações da sociedade civil, são 133 meses, já incluindo os 12 meses do pagamento de entrada do débito. “Os 12 meses dos 4% estão dentro desses meses totais, dos 133, que é mais direcionado para pessoas jurídicas como micro, pequenas, cooperativas, eles têm esse prazo …
O relaxamento da quarentena, sem uma estratégia para realização de testes em larga escala e outras medidas para controlar a transmissão do coronavírus, expõe a população brasileira a riscos muito elevados, diz um grupo de pesquisadores que monitora as ações de enfrentamento da pandemia. Ligado à Rede de Pesquisa Solidária, que reúne instituições públicas e privadas, o grupo considera prematura a decisão da maioria dos estados de afrouxar as medidas de distanciamento social e defende mudanças nas políticas adotadas. O país deve atingir em breve a marca de 100 mil mortes por Covid-19. “Será muito difícil retomar a economia se continuarmos com um número tão alto de mortes”, diz a cientista política Lorena Barberia, da USP, uma das coordenadoras do grupo. “Os riscos ainda são muito grandes para que as pessoas voltem às ruas e as empresas voltem a investir.” Dados compilados pelos pesquisadores, extraídos dos boletins dos estados, mostram que a maioria decidiu relaxar a quarentena quando as estatísticas ainda indicavam níveis de contágio elevados, conforme os critérios adotados pelo Instituto de Saúde Global da Universidade Harvard, dos Estados Unidos. Entre 19 e 25 de julho, 15 estados ainda apresentavam risco alto, com mais de 25 novas infecções por 100 mil habitantes por dia, segundo o levantamento. Outros 11 tinham risco moderado alto, com mais de 10 e menos de 25 novos casos por grupo de 100 mil, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro. Dados reunidos pelos pesquisadores sobre os testes realizados pelos estados indicam que eles estão longe de alcançar a escala que pode dar às autoridades segurança para a flexibilização das medidas de distanciamento social, se forem seguidas as recomendações da Organização Mundial da Saúde. De acordo com a OMS, só deveriam relaxar a quarentena os países em que os exames alcançarem uma taxa de positividade de 5%, e se ela for mantida nesse patamar durante pelo menos duas semanas –ou seja, países em que somente 5 de cada 100 testes realizados no período derem resultado positivo. Embora a maioria dos estados tenha aumentado os investimentos na realização de exames nos últimos meses, nenhum atingiu esse nível de segurança. A taxa de positividade dos testes realizados em São Paulo era de 14% em 22 de julho, segundo os pesquisadores. Em Goiás, era de 40%. “Os números indicam que só estamos testando para confirmar os casos mais graves, sem usar os exames para rastrear o contágio e identificar pessoas infectadas para isolá-las”, afirma Tatiane Moraes de Souza, da Fundação Oswaldo Cruz, ligada ao Ministério da Saúde, uma das pesquisadoras do grupo. Parte do problema é que os estados têm investido pouco em testes do tipo RT-PCR, que permitem identificar a presença do vírus nos estágios em que ele é mais ativo no organismo. Somente nove estados destinaram mais de metade dos recursos aplicados em testes a esse tipo de exame, diz o grupo. A maioria tem preferido testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos em pessoas que tiveram algum contato com o vírus, mas não …
Os funcionários dos Correios podem iniciar uma greve nacional a partir do dia 18 deste mês. Ao todo, 60 mil profissionais podem cruzar os braços, segundo dados da Fentect, uma das federações nacionais que representam a categoria. O motivo da paralisação é a falta de acordo entre os trabalhadores e a empresa pública. Segundo dirigentes sindicais, os Correios propuseram a exclusão de 70 das 79 cláusulas da convenção coletiva. Dentre as propostas estão o fim da licença-maternidade de 180 dias, a extinção de adicional de risco de 30%, além de diminuição do vale-alimentação. Douglas Melo, diretor de comunicação do Sintect (sindicato de São Paulo) e da Findect (federação estadual dos sindicatos da categoria), afirma que os trabalhadores não pediram reajuste e querem condições dignas de trabalho, principalmente diante da pandemia de Covid-19. “Fazemos serviço essencial. Desde o início da pandemia, a categoria trabalhou de domingo a domingo e, como prêmio, se propõe retirada de direitos”, diz o diretor. Ele critica ainda o fim da licença-maternidade de 180 dias. “Como pode uma empresa pública propor algo tão bizarro que fere a legislação brasileira?” Há ainda outra questão, a ser definida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que trata sobre a validade da convenção coletiva. No ano passado, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou que a convenção valeria por dois anos, mas os Correios recorreram e, por meio de liminar, conseguiram validade do documento por 12 meses e reajuste do plano de saúde no STF. De acordo com Melo, o aumento no valor do plano de saúde foi de quase 100% no valor da mensalidade, o que levou 34 mil funcionários a saírem do plano. “Já tinham tirado os pais [do convênio], mesmo a gente negociando e pedindo para que a gente pagasse”, explica. O sindicalista afirma que a liminar levada ao Supremo deve ser julgada entre os dias 14 e 21 deste mês. Em nota enviada à reportagem, os Correios afirmam que estão negociando com a categoria desde o início de julho e dizem que não pretendem acabar com direitos, apenas ajustar os “benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações”. A estatal informa ainda que “segue orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) e as diretrizes do Ministério da Economia, que estão atentos às necessidades de reequilíbrio do caixa financeiro da empresa e de ajustes na concessão de benefícios”. Segundo os Correios, somente com o ajuste no pagamento do tíquete-refeição, que seria pago apenas nos dias efetivamente trabalhados, haveria uma economia de R$ 20 milhões mensais. “A economia prevista com o ajuste dos benefícios hoje concedidos fora do que está estipulado na CLT será de mais de R$ 600 milhões ao ano”, diz a nota. Sobre a saúde financeira da empresa, o sindicato de SP rebate, afirmando que há três anos a estatal tem tido lucros e, na pandemia, os Correios têm se mostrado como essencial para a economia e para atender quem mora distante. Sobre a greve, os Correios afirmam que “já …
A Secretaria-Geral da Presidência da República informou nesta segunda-feira (3) que foi vetado integralmente o Projeto de Lei 1.826/2020, que obrigava o governo federal a pagar indenização a profissionais de saúde que ficassem permanentemente incapacitados para o trabalho devido à pandemia da covid-19. Segundo a presidência, apesar do “mérito da propositura e da boa intenção do Congresso”, a norma foi vetada por razões jurídicas. Segundo a secretaria, o projeto criava medidas proibidas por lei, como aprovação de despesa continuada durante a pandemia, falta de apresentação do impacto financeiro do benefício, além de ser inconstitucional pelo fato de o Congresso criar benefícios para outros agentes federais. “Cabe destacar que o veto presidencial não representa um ato de confronto do Poder Executivo ao Poder Legislativo. Caso o presidente da República considere um projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, deverá aplicar o veto jurídico para evitar uma possível acusação de crime de responsabilidade. Por outro lado, caso o presidente da República considere a proposta, ou parte dela, contrária ao interesse público, poderá aplicar o veto político. Entretanto, a decisão final sobre esses vetos cabe ao Parlamento”, informou a secretaria. O veto deve ser publicado na edição do Diário Oficial da União desta quarta (4). Fonte: Folha-PE
Em assembleia promovida nesta segunda-feira (3) pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o governador Paulo Câmara (PSB), o secretário de Saúde, André Longo e o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, apresentaram aos prefeitos pernambucanos o planejamento do Estado para a volta às aulas. Na ocasião, os gestores também foram informados dos dados preliminares sobre a proliferação do novo coronavírus em diferentes regiões do Estado. Segundo a Amupe, os prefeitos se mostraram preocupados com a retomada do ensino presencial.O governador Paulo Câmara apresentou um panorama da situação do coronavírus no Estado e concluiu que a região do Sertão do Araripe, por ora, é a que requer mais cuidados. O secretário de saúde, André Longo, afirmou: “Esperávamos que o avanço positivo ocorresse de forma uniforme em todo o Estado, mas, no Sertão do Araripe, os números não nos agradam. No entanto, nós temos investido muito na ampliação da testagem e agora estamos trabalhando para trazer ao Estado a testagem em massa”.O secretário de Educação, Fred Amancio, fez uma apresentação do plano de retomada das aulas presenciais aos prefeitos e afirmou que a ação só será possível caso os dados epidemiológicos do Estado continuem em queda. “A gente só vai retomar com as aulas se os números epidemiológicos continuarem evoluindo de maneira positiva. A educação tem um papel importante na sociedade, pois quanto mais tempo os alunos estão fora da escola, mais cresce a desigualdade. Estimamos um aumento da evasão escolar e será um desafio grande trazer os alunos de volta”, explicou.O prefeito de Carpina, Manoel Botafogo (PDT), afirmou que “um levantamento foi feito e constatamos que 80% dos pais não levarão as crianças para as escolas”. A mesma observação foi dita pela prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida (PSB), que também se mostrou preocupada com a queda de arrecadação do Fundeb. “O que estamos recebendo só dá pra pagar a folha de pagamento, tivemos uma queda aqui em São Bento de R$ 2,5 milhões”, enfatizou a gestora. Os prefeitos também concordaram com a não retomada das aulas ainda este ano, “um ano se perde e se recupera, a vida nós não podemos perder”, disse o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB).“A reunião foi muito válida. Tudo que ouvi dos prefeitos foi muito importante para construirmos uma agenda única”, destacou Paulo Câmara. O secretário de Educação, Fred Amancio, afirmou que “será necessária a ampliação do transporte escolar” e destacou que a perda de conteúdo vai gerar um “impacto negativo, a longo prazo, que os estudantes terão, devido a falta de aulas presenciais”.Para o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), essa é a primeira reunião de uma série de encontros que podem acontecer com a mesma temática. “Consideramos que essa primeira etapa é de escuta. Cada prefeito traz a preocupação da sua cidade, da sua região. É um assunto complexo que requer cuidado. A decisão desses pontos precisam ter um arranjo que envolve a todos.”, concluiu. Fonte: Waldiney Passos
A partir desta terça-feira (4), o Ministério da Educação (MEC) divulga o resultado dos candidatos pré-selecionados no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A complementação da inscrição desses estudantes começa hoje mesmo e segue até as 23h59 de quinta-feira (6). Nesta edição, 107.875 mil inscritos disputam 30 mil vagas, ofertadas em mais de 1,3 mil instituições de ensino superior. Lista de Espera Quem não foi selecionado na chamada única do Fies ainda pode disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera, em que a inclusão é automática. Nesse caso, o prazo de convocação segue até as 23h59 de 31 de agosto. Programa O Fies é um programa do MEC que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, em instituições particulares de educação superior. O fundo é um modelo de financiamento estudantil moderno, divido em diferentes modalidades, podendo conceder juro zero a quem mais precisa. A escala varia conforme a renda familiar do candidato. Fonte: EBC
Pesquisa de instituto americano projetou, em maio, cerca de 14 mil mortes no Estado até agosto O governador Paulo Câmara confirmou, nesta segunda-feira (03.08), a tendência de queda no número de vítimas da pandemia no Estado, e ressaltou que as medidas tomadas pelo Governo de Pernambuco no enfrentamento ao novo coronavírus conseguiram salvar mais de sete mil vidas. Em maio, o Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, projetou que no início de agosto, Pernambuco teria contabilizado aproximadamente 14 mil mortes provocadas pela Covid-19. Após a análise dos dados, foi constatado que o mês de julho registrou menos ocorrências que junho, maio e até mesmo abril, quando houve a aceleração do contágio em Pernambuco. “Essa curva descendente de mortes mostra que chegamos ao início de agosto com mais de sete mil vidas salvas aqui no Estado. Abertura de leitos, distribuição de máscaras, isolamento social, além de um plano de convivência feito com muita responsabilidade são exemplos do nosso esforço, que contribuiu para contrariar a previsão dos especialistas americanos”, afirmou o governador. Paulo Câmara observou que, mesmo diante desses números, Pernambuco tem um longo caminho pela frente no combate à disseminação do vírus. “Continuamos ampliando nossa capacidade de atendimento em todas as regiões do Estado. Não há vacina, nem medicamento de eficácia comprovada contra a Covid-19. Portanto, a prevenção permanece sendo a nossa melhor estratégia para reduzir a curva de contágio da doença”, concluiu o governador. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde é uma organização global de pesquisa que fornece medidas minuciosas dos problemas da saúde mais importantes do mundo e avalia as estratégias utilizadas pelos gestores para resolver tais questões. Dezenove estados brasileiros estavam na lista analisada pela instituição. Link com o pronunciamento do governador: https://we.tl/t-9dZCpveDG6Confira a previsão publicada em 25 de maio: http://www.healthdata.org/sites/default/files/files/Projects/COVID/PressRelease_Brasil-Portuguese-0525.pdf
Ao empossar Lucas Ramos na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, governador reforçou o compromisso de continuar impulsionando o desenvolvimento do setor em Pernambuco O governador Paulo Câmara empossou, na manhã desta segunda-feira (03.08), no Palácio do Campo das Princesas, o novo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos, que se licenciou do mandato de deputado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A cerimônia de posse foi transmitida online, e também contou com a participação do presidente da Alepe, Eriberto Medeiros. “Pernambuco vai continuar avançando, se nós tivermos definições muito claras de onde queremos chegar. Apostar em ciência, tecnologia e inovação é apostar no futuro, nas soluções e no enfrentamento às grandes questões nacionais, e isso nós sempre fizemos”, destacou Paulo Câmara.Lucas Ramos foi nomeado em substituição a Aluísio Lessa, que pediu exoneração do cargo de secretário para reassumir seu mandato de deputado estadual. Lessa fez um balanço das ações realizadas ao longo da sua gestão da pasta, e destacou a regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado pelo governador Paulo Câmara na última sexta-feira (31). “Pernambuco tem o primeiro marco legal organizado no Brasil. Um instrumento que facilita muito a política de ciência, tecnologia e inovação a partir desse decreto”, ressaltou o agora ex-secretário.Na solenidade, o secretário Lucas Ramos agradeceu a confiança de Paulo Câmara e enfatizou a importância da valorização da ciência. “A escolha do governador demonstra uma grande disposição de fomentar o desenvolvimento do nosso Estado por igual, do sertão ao cais. Através da ciência e tecnologia, encontraremos soluções inovadoras e criativas. Para tanto, é imprescindível o apoio da academia e a valorização do servidor público que se dedica à pesquisa científica, assim como aquele que, dentro ou fora da sala de aula, estimula mentes na busca por soluções”, disse. Lucas Ramos se licencia do mandato de deputado estadual, para o qual foi reeleito em 2018. Na Alepe, ele presidia a Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação. Com uma atividade política baseada na interiorização do desenvolvimento, algumas das discussões que levantou como parlamentar foram a melhoria do ensino superior em Pernambuco, a ampliação de vagas nos cursos de graduação e de programas que garantam a gratuidade do ensino, fortalecendo as parcerias com as autarquias municipais de educação, além do incremento da receita para pesquisa e inovação através da Universidade de Pernambuco (UPE). O novo secretário é formado em administração de empresas e pós-graduado em comunicação.
O Ministério da Economia avalia que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. Embora membros da pasta mencionem preocupação com o impacto fiscal da medida, há o entendimento que pressões políticas podem levar à prorrogação. O auxílio emergencial já demanda R$ 254,2 bilhões e representa a medida mais cara do pacote anticrise. O programa foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em abril, maio e junho. Depois, foi prorrogado por dois meses (até agosto). A equipe econômica sempre defendeu que a medida fosse temporária e não se prolongasse, mas a partir de maio amenizou o discurso e passou a admitir extensões (embora defendendo valores menores). O ministro Paulo Guedes (Economia) defende um valor de R$ 200. Ele entende que esse valor representa aproximadamente a média recebida no Bolsa Família, e que portanto o auxílio não poderia ser maior do que isso. No entanto, Guedes já defendia uma redução para R$ 200 em maio caso a medida fosse prorrogada, e o governo estendeu o auxílio por mais dois meses mantendo a quantia de R$ 600. A prorrogação do benefício pelo valor de R$ 600 dispensa um novo aval (e possível derrota) no Congresso. Isso porque o texto que o criou permite a extensão por ato do Executivo, mas mantendo os valores previstos na proposta (de R$ 600 ao mês). Desde que foi desenhado, para durar três meses, o auxílio emergencial é alvo de interesse no mundo político, principalmente em torno dos valores concedidos. O valor de R$ 600 só foi alcançado após embates entre Executivo e Legislativo durante a formatação da proposta. Guedes propôs inicialmente uma quantia de R$ 200 e o Congresso pressionou por uma elevação para R$ 500. Depois, o governo elevou para R$ 600 para ficar com a paternidade do valor concedido. Apesar disso, Guedes considera que a disputa prejudicou o formato do auxílio, porque a medida poderia durar mais se tivesse um valor mais baixo. Fonte: Folha-PE
Metade das mulheres brasileiras passou a cuidar de alguém na pandemia. A conclusão é de pesquisa que analisou os impactos da disseminação do novo coronavírus (covid-19) tendo como foco as mudanças no trabalho e na inserção econômica das brasileiras. Entre as mulheres do campo, o índice das que passaram a cuidar de alguém sobe para 62%. Entre as negras o percentual é de 52%, enquanto entre as brancas ficou em 46%. O estudo, realizado pelas organizações Gênero e Número e Sempreviva Organização Feminista (SOF), identificou variações nesse fenômeno. “O cuidado está no centro da sustentabilidade da vida. Não há a possibilidade de discutir o mundo pós-pandemia sem levar em consideração o quanto isso se tornou evidente nesse momento de crise global. Trata-se de uma dimensão da vida que não pode ser regida pelas dinâmicas sociais pautadas no acúmulo de renda e de privilégios”, defendem as autoras do estudo. Para 72% das ouvidas, aumentou a necessidade de monitoramento e companhia. É o caso de quem possui demanda de cuidar de crianças, idosos ou pessoas com deficiência. O texto alerta que essa é uma dimensão do cuidado que muitas vezes fica inviabilizada por não se tratar de uma atividade específica, mas ocorre em paralelo às outras ocupações das mulheres, como o trabalho. “Entre as ouvidas, 35% disseram serem as responsáveis exclusivas pelo trabalho de suas casas. A maioria diz que a divisão permaneceu a mesma ou foi reduzida. Para as mulheres, a sobreposição do cuidado, trabalho doméstico e atividade remunerada, bem como das preocupações associadas a esses, marca muito mais do que quem está trabalhando, mas se dedicando aos seus projetos”, disse Tica Moreno, socióloga da Sempreviva Organização Feminista. Sustentação A pesquisa revelou que para 40% das consultadas a pandemia colocou a sustentação da casa em risco, índice elevado para 63% no caso das mulheres em ambientes urbanos. Do universo pesquisado, 16% disseram estar em casa sem trabalho. A percepção alcançou patamar maior entre as negras (55%), que também conformam 58% das desempregadas (contra 39% das brancas). Em consequência, esse é o segmento com maior percentual de pessoas trabalhando por conta própria. “A redução do apoio externo para o cuidado é uma realidade para a maioria das mulheres, mas 42% disseram que já cuidavam de alguém e a maioria dessas mulheres são negras. Além da desigualdade entre a responsabilidade de homens e mulheres, também entre as mulheres a gente vê as diferenças marcadas pela renda e pela raça”, analisa Tica Moreno. Sobrecarga Entre as entrevistadas, 41% informaram ter continuado o trabalho durante a pandemia, com maior carga de tarefas. Entre brancas e negras, os percentuais foram, respectivamente, de 55% e 44%. “Além disso, as relações entre trabalho e atividades domésticas se imbricaram ainda mais, e se antes pagar por serviços era a solução possível para algumas, a pandemia mostrou a intensificação do trabalho das mulheres”, analisam as autoras. Violência O estudo apontou que 8,4% das ouvidas manifestaram ter sofrido alguma forma de violência durante a pandemia. Entre as que estão na faixa …
As mulheres empreendedoras negras são o segmento mais afetado pela pandemia do novo coronavírus entre todos os grupos de empreendedores brasileiros. Pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgada hoje (3) mostra que as empresas lideradas por mulheres negras têm maior dificuldade de funcionar de modo virtual e conseguir empréstimos bancários em razão do CPF negativado. O levantamento, feito em parceria com a Fundação Getulio Vargas, revela ainda que os pequenos negócios liderados por esse grupo representam a maior proporção entre as empresas que ainda permanecem com a atividade interrompida. A pesquisa ouviu 6.470 donos de pequenos negócios de todos os estados e do Distrito Federal, entre os dias 25 e 30 de junho. Os dados mostram que enquanto 36% das empreendedoras negras estão com a atividade interrompida temporariamente, essa proporção cai para 29% entre as empresárias brancas e 24% entre os homens brancos (entre os homens negros, a proporção é de 30%). De acordo com o Sebrae, a dificuldade enfrentada pelas mulheres negras para manter suas atividades é explicada, em parte, pelo fato de que os seus negócios só conseguem operar de forma presencial (27%). Entre as mulheres brancas, a proporção cai para 21% e entre os empreendedores brancos, o segmento representa 20% (entre os empresários negros, o percentual é de 25%). Crédito Considerando o acesso a crédito, segundo o levantamento, 58% daquelas que pediram empréstimo tiveram o crédito recusado. Ao analisar as razões apresentadas pelas instituições financeiras para a recusa, as mulheres negras apresentaram a maior proporção de CPF negativado (25%), contra 24% dos empresários negros, 17% de mulheres brancas e 15% de homens brancos. As mulheres empreendedoras negras também apresentam uma proporção mais elevada de dívidas em atraso que as mulheres brancas à frente de um negócio. Enquanto 45% das empresárias negras enfrentam tal situação, essa é a realidade de 36% das mulheres brancas. A pesquisa ainda revelou que as empresárias negras são as que menos têm negócios com empregados em regime de CLT (29%), elas são as que demitiram maior número médio de empregados (3 em média). O estudo também mostrou que as mulheres negras à frente de uma empresa têm a maior proporção de negócios que recorreram à redução de jornada e salários (29%). De acordo com o Sebrae, o levantamento mostrou que a proporção dos empresários que já tomaram a decisão definitiva de fechar ainda é baixa. Mas, pela amostra pesquisada, esta foi uma opção mais adotada entre as empreendedoras negras. Já desistiram de continuar em atividade 5% das mulheres negras donas de negócio, contra 4% no caso das mulheres brancas e homens brancos e 3% no caso dos homens negros. Fonte: EBC
Os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estão menores desde sábado (1º). A queda foi decidida pela Petrobras, para reafirmar os compromissos definidos para o novo mercado de gás natural do país. A companhia informou, hoje (3), que os contratos iniciados em janeiro de 2020 terão uma redução acumulada média de 48% em dólar por milhão de BTU (US$/MMBtu), se comparado a dezembro de 2019. O percentual considera ainda a cotação do dólar na data contratual de atualização do preço. O BTU é a unidade de medida de energia utilizada nos Estados Unidos e no Reino Unido. Quando medidos em real por metros cúbicos (R$/m³), os preços terão uma redução média acumulada de 35%, apesar da depreciação do real. “A Petrobras reafirma seu compromisso com o processo de abertura do mercado de gás natural, cujo Termo de Compromisso de Cessação foi assinado em julho de 2019 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A companhia tem atuado para acelerar as etapas sob sua responsabilidade na busca pelo desenvolvimento de um mercado competitivo e sustentável”, indicou. A companhia destacou que os contratos de venda para as distribuidoras são públicos e estão disponíveis para consulta no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mas pontuou que a variação segue o preço internacional. “A redução no preço reflete os novos contratos de venda com as distribuidoras, em que o preço da molécula de gás está atrelado à variação do preço do petróleo no mercado internacional, cuja revisão é realizada trimestralmente”. Conforme a estatal, o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo custo da molécula de gás e do transporte, mas inclui as margens das distribuidoras e os tributos federais e estaduais. “Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, completou. Fonte: Folha-PE
Após mais de quatro meses de proibição devido à pandemia do novo coronavírus, a energia elétrica dos consumidores inadimplentes pode voltar a ser cortada a partir desta segunda-feira (3). As interrupções estavam barradas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desde o dia 24 de março. Como o prazo final para a isenção ocorreu no último sábado (1º), os cortes só estão autorizados a acontecer a partir de hoje porque o desligamento de serviços públicos não pode acontecer nas sextas-feiras, sábados, domingos e feriados. A decisão da Aneel também autorizou que as distribuidoras cobrem uma taxa de religação após o pagamento das contas em atraso. (R7)
O mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida de 2,25% para 2% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco central (BC), marcada para esta terça e quarta-feira (4). Depois dessa redução, a expectativa é que não haja novas reduções da Selic neste ano. Para o final de 2021, a previsão é que a Selic esteja em 3% ao ano. No ano seguinte, a previsão é que a taxa chegue a 5% ao ano, e ao final de 2023, a 6% ao ano. Essas expectativas estão no boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com estimativas para os principais indicadores econômicos. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Queda do PIB A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano é de 5,66%. Essa foi a quinta revisão seguida para a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Na semana passada, a previsão de queda estava em 5,77%. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 10 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. Inflação A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no boletim desta semana, passou de 1,67% para 1,63%. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%. A previsão para os anos seguintes – 2022 e 2023 – também não teve alterações: 3,50% e 3,25%, respectivamente. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano. Dólar A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5. Fonte;UOL
O Ministério da Educação (MEC) divulgará nesta terça-feira (4) o resultado dos candidatos pré-selecionados para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Nesta edição, 107 mil 875 inscritos disputam 30 mil vagas ofertadas em mais de 1,3 mil instituições de ensino superior. Os interessados devem ficar atentos aos prazos porque a complementação da inscrição nessa chamada única começa amanhã e segue até as 23h59 de quinta-feira (6). Lista de espera Quem não for pré-selecionado nessa fase pode disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Diferentemente dos processos seletivos do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e do Prouni (Programa Universidade Para Todos), para participar da lista de espera do Fies não é necessário manifestar interesse porque a inclusão é feita automaticamente. A convocação da lista de espera vai do dia 4 até as 23h59 de 31 de agosto. Programa O Fies é um programa do MEC que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, em instituições particulares de educação superior. O fundo é um modelo de financiamento estudantil moderno, dividido em diferentes modalidades, podendo conceder juro zero a quem mais precisa. A escala varia conforme a renda familiar do candidato. Fonte: EBC
A nova gasolina que começa a ser vendida nos postos do Brasil a partir desta segunda-feira (3), terá um padrão de qualidade maior, se comparada com a comercializada atualmente. Além disso, será mais difícil de ser adulterada e pode proporcionar um ganho de desempenho e economia nos veículos em torno de 5%, mas apenas nos motores mais modernos. O novo combustível também pode custar um pouco mais caro. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) estipulou que as distribuidoras terão até 60 dias para esgotarem os estoques da gasolina antiga. O prazo para os postos é de 90 dias. A partir daí, começa a fiscalização da ANP, que vai cobrar os novos padrões de formulação do combustível. A nova gasolina será vendida nas mesmas versões da atual: comum, aditivada e Premium. Para o presidente do sindicato que reúne os donos de postos de combustíveis do Estado (Sindcombustíveis-PE) Alfredo Pinheiro Ramos, mesmo a nova gasolina não estando ainda em todos os postos na segunda-feira, por conta dos estoques, poderá haver aumento de preço nas distribuidoras, já que o mercado é livre para fixar valores. Mas Ramos também acredita que a concorrência entre os postos pode fazer com que muitos comerciantes absorvam o aumento e o preço não mude para o consumidor, pelo menos por enquanto. “A disputa pelo cliente é muito grande entre os postos e nós ainda não nos recuperamos da queda nas vendas com o isolamento social. Quem puder, não vai repassar o aumento”. O presidente do Sindcombustíveis-PE disse ainda que entre os meses de março e junho as vendas chegaram a cair 50% e agora o movimento médio nos postos está em 75% do que era antes da pandemia. O preço médio do litro da gasolina comum em Pernambuco, segundo a ANP, está em R$ 4,262. Vantagens Para o professor Florival Carvalho, coordenador do laboratório de combustíveis da UFPE, a nova gasolina trará benefícios para o consumidor. O professor explica que as mudanças na formulação do combustível se dão basicamente no aumento da densidade, ou “peso” do combustível, na octanagem, que tem a ver com a energia gerada na queima, e no índice de vaporização. “Com o aumento da densidade será possível obter mais energia com a mesma quantidade de combustível, consequentemente, o motorista vai conseguir rodar mais”, simplifica o professor. Haverá também uma melhoria na dirigibilidade, sem ‘engasgos’ do motor e maior dificuldade em adulterar o produto por conta de suas características físico químicas. (Fonte: JC Online)
O presidente Jair Bolsonaro esteve hoje na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul, para entregar 1.164 casas do programa Minha Casa Minha Vida. Vários apoiadores se reuniram para saudá-lo. O presidente esteve ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. “O que eu sempre falei com o ministro Marinho é não deixar obra parada. Temos problemas de orçamento? Temos. Estamos tentando arranjar recursos para que as obras sejam concluídas”, disse Bolsonaro, durante o evento. O presidente conheceu o espaço de uma das casas e a família que foi contemplada. Em seguida, inaugurou as placas dos conjuntos residenciais e falou com os jornalistas. Ele afirmou que está bem de saúde e deve retomar a agenda de viagens semanais. Presidente da República, Jair Bolsonaro entrega as chaves aos moradores de unidades do Condomínio Residencial em Bagé.- Alan Santos/PR Quatro conjuntos habitacionais foram entregues. Dois são de apartamentos e dois de casas geminadas. Em todos os conjuntos habitacionais, há áreas de lazer com quadras esportivas, playground para as crianças e salão de festas. O empreendimento, que teve investimento de R$ 87,3 milhões do Minha Casa Minha Vida, beneficiará mais de 4,6 mil pessoas com novas residências. “Temos 99% das construções do Minha Casa Minha Vida e batemos o recorde agora em junho e julho. Então, esses dois meses foram os com o maior financiamento de crédito imobiliário dos últimos cinco anos, o que demonstra que a gente está saindo da crise”, disse Pedro Guimarães à TV Brasil. Fonte: EBC
Nos últimos meses, o Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho (Fonset) pedia acesso aos dados do emprego no Brasil. De janeiro a abril, as tabelas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), principal medidor do mercado formal no país, ficaram em branco, voltando a ser atualizadas em maio, menos detalhadas que antes. Os dados mostram que as demissões caíram pelo quarto mês seguido, mas ainda se mantém em patamar altíssimo: o saldo que ficou negativo em 918.286 vagas em abril involuiu para -10.984 em junho. Segundo o presidente do Fonset e secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães, a ausência dos dados do Caged impedem o acompanhamento das vagas formais. “Os resultado da Pnad serão fundamentais porque, no caso do Nordeste, o trabalho informal supera, agora, o formal. Apenas com o Caged, não temos uma visão correta sobre as ocupações”, diz, se referindo à Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio, do IBGE.Economista da Fecomércio Pernambuco, Rafael Ramos lembra que os dados oficiais ficaram restritos apenas aos grandes setores econômicos – indústria, agropecuária, comércio e serviços -, limitando que levantamentos “manuais” que eram feitos antes com informações da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae). Para Ramos, a ausência de dados dificulta eficiência de políticas públicas de geração de emprego e renda. “Com análises específicas, conseguíamos acompanhar setores como turismo e cultura, que fazem parte do conjunto da Fecomércio. Antes, verificávamos se as vagas fechadas eram temporárias, como estoquistas, ou se eram mais específicas, como vendedores. Agora, não mais, porque eles informam apenas o geral”. O acesso a dados oficiais e a transparência desses são as melhores bases para a formatação de políticas públicas. Mas na ausência de informações é possível usar cenários anteriores para criar estimativas. Como explica o economista e professor da Unit-PE, Edgard Leonardo, as projeções usam parâmetros e requerem muito mais trabalho, mas podem ser referências. “Pode-se estudar o impacto do PIB (Produto Interno Bruto): se ele vinha caindo 3,5%, quanto seria o impacto de uma queda de 6%?”, exemplifica.Com o enfraquecimento do mercado de trabalho, cai a renda média do trabalhador. “Houve uma sinalização de que a renda média tinha crescido, mas isso aconteceu porque o número de pessoas que procuram emprego diminuiu e, no Brasil, se o trabalhador não procura emprego ele não entra na estatística. A massa de salários caiu. Principalmente as pessoas que ganham menos estão relacionadas a comércio, a serviços, aqui na BA representa 70% da geração de emprego e renda. E isso teve um baque muito grande na pandemia”, diz Magalhães. Interlocução Além do Trabalho ter perdido status de ministério na atual gestão, há dificuldade de interlocução com o Governo Federal. Na última semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) propôs um “pacto nacional pelo emprego”, publicou a Folhapress. A proposta uniria governos federal e estaduais, além de empresários e sindicatos, na busca por soluções para a retomada da economia no período pós-pandemia, e estancaria o crescente fechamento de vagas de trabalho. A apoiadores, na …
Cinco meses após confirmar o primeiro caso de um infectado pelo novo coronavírus, o Brasil tem 98% dos municípios com registros da doença. O número de cidades ainda sem casos diminui dia após dia. Dados do Ministério da Saúde, tabulados pela Folha de S.Paulo, apontam ao menos 5.442 cidades com casos confirmados de Covid-19. Em contrapartida, apenas 128 ainda não tinham registros até 30 de julho. Como comparação, três meses antes, no fim de abril, o total de cidades com ao menos um caso de Covid-19 era de 2.072. Em maio, o número passou a 4.074, ou 73%, e, no fim de junho, para 5.096, ou 91%. Agora, já se aproxima quase de 100%. Nesses municípios com casos confirmados, viviam ao 209 milhões de pessoas em 2019, segundo estimativas do ministério. As cidades sem caso tinham 599 mil habitantes. Segundo o IBGE, neste ano, a população do país chegou a 211,8 milhões de pessoas. A mudança nos números de cidades com registros do novo coronavírus evidencia um processo de interiorização da epidemia, o qual tem ficado mais visível nos últimos dois meses. Atualmente, a Covid concentra 58% dos casos mais recentes em cidades do interior, contra 42% em capitais e regiões metropolitanas. É o inverso do que ocorria até o fim de maio deste ano. O Brasil é o segundo país com mais mortes na pandemia, atrás dos Estados Unidos. Desde março, mais de 90 mil óbitos foram registrados em razão do novo coronavírus. O balanço mostra que, em 15 estados e no Distrito Federal, o novo coronavírus já atinge todas as cidades. Nos demais, a taxa de municípios atingidos fica acima de 94%. Pouco a pouco, a epidemia também já derruba novas fronteiras. Em comum, a maioria das cidades ainda sem registros da doença têm menos de 10 mil habitantes (das 128, são apenas 11 acima desse total, mas ainda com menos de 25 mil habitantes). “É a lógica dessa doença: ela chegou primeiro nas cidades maiores e depois vai para as cidades pequenas, que estão mais isoladas. São cidades onde a epidemia leva mais tempo para chegar, uma vez que não há um fluxo tão grande de pessoas e mercadorias”, afirma o epidemiologista Diego Xavier, da Fiocruz. Para ele, que faz parte do MonitoraCovid, os dados reforçam o caminho da epidemia nos últimos meses, a qual iniciou com mais força nas capitais do Sudeste, Norte e Nordeste, e agora acelera também nas demais regiões e municípios. O infectologista da Fiocruz chama a atenção para a velocidade de propagação do vírus. “Se for pensar na dimensão territorial do Brasil e onde esses municípios estão, atingir [quase 100%] em cinco meses é rápido. No Amazonas, o vírus chegou até de barco, ou a tribos indígenas”, diz Xavier. Cidades que tiveram maior adesão ao isolamento no início da epidemia conseguiram retardar o avanço, diz. “Belo Horizonte, por exemplo, fez um bloqueio rígido no início da epidemia e isso retardou a chegada em algumas cidades do interior”, avalia. “Já em Mato Grosso, …
A partir desse sábado (1º) o Congresso Nacional será iluminado de dourado para comemorar o Dia Mundial da Amamentação. A iluminação permanecerá até 31 de agosto. A iniciativa é da deputada Dulce Miranda (MDB-TO). A Lei 13.435/17 instituiu agosto como o Mês do Aleitamento Materno. De acordo com a diretora do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal, Andréa Jácomo, a escolha da cor dourada para a campanha se deu pelo fato de o leite materno ser considerado padrão ouro em termos de alimentação infantil. Instituída em 1992, a data coincide com o início da Semana Mundial do Aleitamento Materno — entre os dias 1° e 7 de agosto — e está contemplada pela campanha Agosto Dourado, um conjunto de ações coordenadas pelo Ministério da Saúde para conscientizar sobre a necessidade da amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. ProteçãoA Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) avaliam que o aleitamento materno exclusivo por esse período protege a criança contra desnutrição e infecções gastrointestinais. Andréa Jácomo menciona também outros benefícios, como estímulo e fortalecimento da musculatura da face, melhor respiração e alimentação no futuro, proteção contra doenças alérgicas e criação de melhor vínculo entre mãe e filho. O leite materno é tão importante, afirma a médica, que, mesmo em tempos de contaminação por Covid-19, a amamentação pode ter continuidade. “Os estudos recomendam a manutenção da amamentação porque o benefício supera o risco. É claro que a gente tem que respeitar a condição de saúde da mulher. Se ela está muito debilitada, não vai conseguir amamentar. Mas se a condição de saúde dela permitir a recomendação é que amamente, use máscara e reforce a higiene das mãos naquele período de transmissão, que são os 14 dias — orienta a pediatra. Fonte: Agência Câmara de Notícias
O ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, anunciou neste sábado (1º) que a Russia deve iniciar vacinação em massa contra o novo coronavírus em outubro. Murashko anunciou na última semana que profissionais da saúde serão vacinados ainda em agosto, antes dos resultados do ensaio clínico da vacina, segundo informações do Moscow Times. A rapidez com que a suposta vacina foi desenvolvida e a falta de transparência do governo russo sobre os resultados dos ensaios clínicos levantam suspeita da comunidade internacional. O estudo que levou ao fármaco acompanhou por seis meses apenas 38 voluntários remunerados com idade entre 18 e 65 anos. Os resultados são fruto de um ensaio clínico de fase 1. A Russia é o quarto país do mundo em total de casos confirmados e o 11º no total de mortes causadas pela Covid-19. No Brasil, a Fiocruz, do Ministério da Saúde, e a empresa britânica AstraZeneca assinaram nesta sexta-feira (31) o documento que dará base para o acordo entre os laboratórios para a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. Mas não há data definida ainda para iniciar a vacinação em massa no país. Fonte: Waldiney Passos
A lei que determina o uso obrigatório de máscaras em Pernambuco, durante a pandemia, foi regulamentada na sexta-feira (31). O decreto, assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB), prevê multa de R$ 1 mil a R$ 100 mil para a empresa que permitir a entrada de pessoas sem a proteção, dependendo do tamanho do estabelecimento. Segundo o governo, as fiscalizações serão realizadas por órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária, defesa do consumidor, defesa social, trabalho e transporte. Segundo Paulo Câmara, o uso de máscaras passa a ser obrigatório em áreas públicas, como ruas, parques e praças. As pessoas também são obrigadas a usar a proteção em pontos de ônibus, terminais de transporte coletivo, rodoviárias e aeroporto, veículos de transporte coletivo, táxis e transporte por aplicativos. Confira os valores das multas: Microempreendedor individual (MEI): R$ 1.000 e R$ 5.000 Microempresa: R$ 5.000 e R$ 10.000 Empresa de pequenos porte: R$ 10.000 e R$ 50.000 Demais empresas: R$ 50.000 e R$ 100.000 Também devem exigir as máscaras repartições públicas, estabelecimentos comerciais, industriais, bancários, empresas prestadoras de serviço e outros locais em que possa haver aglomeração de pessoas. De acordo com o decreto, os órgãos públicos e estabelecimentos privados devem proibir a entrada, em seu recinto, de pessoas que não estiverem utilizando máscaras. Caso sejam identificadas pessoas sem o equipamento de proteção, os responsáveis pelos órgãos ou estabelecimentos deverão orientar sobre a necessidade do uso. Em caso de recusa, deverão determinar a retirada do infrator, inclusive com o acionamento de força policial, se for necessário. Fonte: Edenevaldo Alves
Há exatos dois meses, completados neste domingo (2), o sofrimento de um mãe comovia Pernambuco. O fato, que depois emocionou o Brasil e, finalmente, chegou ao conhecimento da imprensa internacional foi o falecimento do garoto Miguel, 5, que, no dia 2 de junho, não resistiu ao cair de uma altura de 35 metros do 9º andar do edifício Pier Maurício de Nassau, bairro de São José, após ser deixado sozinho no elevador pela patroa da sua mãe, a primeira-dama do município de Tamandaré, Sarí Corte Real. Sessenta dias depois do ocorrido, a mãe de Miguel, Mirtes Renata de Souza, conversou com o Diario sobre como está sua rotina, as homenagens recebidas que mais a emocionaram e o que espera da Justiça depois que o Ministério Público de Pernambuco denunciou Sarí por abandono de incapaz com resultado de morte. * Como você está se sentindo hoje, dois meses depois de tudo o que aconteceu?Estou bem, na medida do possível. Hoje (domingo) pela manhã fui treinar com o pessoal do grupo de corrida Os Coiotes, do qual participo. Estou recomeçando aos poucos, caminhando antes de correr. Eles fizeram uma homenagem a Miguel e a mim lembrando estes dois meses com cartazes, rezas. Foi simples e bem emocionante. Agora, estamos esperando o juiz marcar as audiências após Sarí apresentar sua defesa, mas não sei quando e se ela recebeu a notificação. *Como está sua rotina? Voltei a caminhar. Fora isso, fico em casa, assisto filme, ligo para os meus advogados para tirar dúvidas.. vou levando. Tenho procurado, entretanto, sair para resolver uma coisa ou outra, sempre buscando fazer algo porque ficar em casa é pesado. Está muito difícil o silêncio na minha casa. Miguel era a alegria daqui, a luz e agora estamos só eu e minha mãe. Eu pretendo trabalhar, até já recebi propostas. Agora, entretanto, não posso me comprometer porque estou precisando resolver coisas com os advogados, em breve ir às audiências. Então, não posso segurar nenhuma oportunidade de emprego. *E a sua situação financeira. De que forma se encontra, então?Estou recebendo doações. Não sou mais funcionária dos meus antigos patrões, mas eles ainda não pagaram nossas contas (minha e de minha mãe). O advogado está tentando resolver esta questão o mais rápido possível porque não quero ficar mais tempo dependendo das pessoas. Quero receber o que tenho direito. Aceito os auxílios que chegam até a minha casa, mas continuo não autorizando vaquinhas, depósitos nem nada semelhante. *Quando você sai às ruas, como as pessoas têm te abordado?Elas me trazem palavras de conforto, dizem que estão junto conosco, rezando, e me dão muita força. Esta semana encontrei uma mulher que chorou dizendo que sente minha dor como se fosse a dela. Muita gente se apegou a Miguel como se fosse um filho, um parente e também querem justiça, que o caso não fique impune. * Houve várias homenagens a Miguel e gestos de solidariedade a você. Qual deles mais te emocionou?Todos me tocaram muito. Me emocionei muito com as grafitagens, caricaturas. Dentre …
O boletim epidemiológico divulgado neste domingo (2) da Secretaria Estadual de Saúde (Ses-PE) registrou 1.224 novos casos da Covid-19 em Pernambuco. A secretaria também confirmou laboratorialmente 37 óbitos, sendo 15 do sexo feminino e 22 do sexo masculino. Com isso, o Estado totaliza 6.634 mortes pela doença. Dentre os casos de Covid-19 confirmados hoje, 61 (5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os outros 1.163 casos (95%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que já estavam curados, ou na fase final da doença. Com isso, o Estado totaliza 97.970 casos já confirmados, sendo 23.731 graves e 74.239 leves. As mortes por Covid-19 registradas hoje ocorreram entre 6 de maio e 1º de agosto. Do total de mortes do informe de hoje, 13 (35%) ocorreram nos últimos três dias, sendo 5 mortes registradas no dia de ontem (1º), 7 mortes em 31/07 e uma em 30/07. Os outros 24 óbitos (65%) ocorrem entre os dias 06/05 e 29/07. Os pacientes tinham idades entre 36 e 94 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 50 a 59 (2), 60 a 69 (10), 70 a 79 (12), 80 anos ou mais (11). Dos 37 pacientes que vieram a óbito, 25 apresentavam comorbidades confirmadas, sendo elas: diabetes (9), doença cardiovascular (9), hipertensão (13), obesidade (2), doença renal (5), tabagismo/histórico de tabagismo (2), doença respiratória (1), doença neurológica (2),neoplasia (2), imunossupressão (1) e etilismo (2) – um paciente pode ter mais de umacomorbidade. Os demais estão em investigação. Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Abreu e Lima (1), Belo Jardim (1), Bom Conselho (2), Cabo de Santo Agostinho (2), Caruaru (7), Goiana (1), Itambé (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Jupi (1), Jurema (1), Lajedo (1), Limoeiro (1), Olinda (1), Panelas (1), Paulista (1), Petrolina (1), Recife (3), Santa Cruz do Capibaribe (2), São José do Egito (1), Serra Talhada (1), Sirinhaém (1), Timbaúba (2), Vitória de Santo Antão (2). Só duas cidades sem casos gravesOs casos graves confirmados da doença estão distribuídos por 182 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha e da ocorrênciade pacientes e outros Estados e países. Apenas as cidades de Granito e Santa Filomena, ambas no Sertão do Araripe, ainda não registraram casos graves da doença. A Ses-pe também registra 73.370 pacientes recuperados da doença. O número representa74,8% do total de infectados pela Covid-19 em Pernambuco. Destes, 12.899 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 60.471 eram casos leves. Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 19.188 casos foram confirmados e 26.347 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais. Fonte: DP
Um relatório divulgado pela organização não governamental (ONG) Traffic mostrou que o Brasil ainda precisa melhorar no combate ao tráfico de animais silvestres. De acordo com o documento Wildlife Trafficking in Brazil (Tráfico de Vida Selvagem no Brasil, em tradução livre), o país precisa desenvolver uma estratégia de combate a esse crime. O relatório, de autoria de Juliana Machado e Sandra Charity, também fez críticas sobre a coleta e o compartilhamento de dados a respeito do tráfico de animais silvestres. Ainda segundo o estudo, essa modalidade de crime tem influência em vários setores, desde ambientais até econômicos. “Especialistas em vida selvagem são unânimes em afirmar que a captura descontrolada de animais e plantas para o tráfico tem sérias consequências na biodiversidade do Brasil, na economia nacional, no Estado de Direito e na boa governança. No entanto, os dados existentes raramente são consolidados e, portanto, incapazes de confirmar ou contestar essa percepção”, relata o documento. Entre as principais recomendações das autoras às autoridades brasileiras estão o desenvolvimento de uma estratégia de combate ao tráfico de animais silvestres e a melhora na qualidade de coleta de dados, gestão e compartilhamento dessas informações entre as instituições. Para elas, a má gestão de dados compromete os esforços existentes das já sobrecarregadas forças policiais, além de subestimar o impacto do tráfico de animais. “Um círculo vicioso esconde o tráfico ilegal de animais silvestres no Brasil – a falta de dados faz com que as ações de fiscalização e combate sejam relegadas, resultando em menos dados a serem coletados. Em última análise, é um ciclo vicioso que tem impactos graves e duradouros nos esforços locais de conservação, na economia e para o Estado de Direito”, disse Juliana Machado. O Brasil abriga 60% do bioma Amazônia e tem grande parte da riqueza da biodiversidade do planeta, com mais de 13% da vida animal e vegetal do mundo. Os animais mais retirados ilegalmente de seu habitat são as tartarugas fluviais, peixes (ornamentais e frutos do mar) e aves. Existe ainda um forte mercado interessado nas onças-pintadas e suas partes, como patas, crânio, presas e pele. É frequente também o comércio ilegal de carne de animais como capivara, paca, anta, veado e porco-queixada. A carne selvagem ilegal também é vendida nacionalmente e por meio das fronteiras locais, especialmente na tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia. Fonte: EBC
Cerca de 5 milhões de trabalhadores nascidos em junho começam a receber hoje (3) o crédito do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 1.045. Serão liberados R$ 3,2 bilhões nas contas poupança digitais abertas pela Caixa Econômica Federal em nome dos beneficiários. Instituído pela Medida Provisória 946 , o saque emergencial do FGTS pretende ajudar os trabalhadores afetados pela pandemia do novo coronavírus. Ao todo, o governo pretende injetar R$ 37,8 bilhões na economia, beneficiando cerca de 60 milhões de trabalhadores. O valor do saque é de até R$ 1.045, considerando a soma dos valores de todas contas ativas ou inativas com saldo no FGTS. Cada trabalhador tem direito a receber até um salário mínimo (R$ 1.045) de todas as contas ativas e inativas do fundo. Nesta fase, o dinheiro poderá ser movimentado apenas por meio do aplicativo Caixa Tem. A ferramenta permite o pagamento de boletos (água, luz, telefone), compras com cartão de débito virtual em sites e compras com código QR (versão avançada de código de barras) em maquininhas de cartão de lojas parceiras com débito instantâneo do saldo da poupança digital. Liberação para saque O dinheiro só será liberado para saque ou transferência para outra conta bancária a partir de 3 de outubro, para os trabalhadores nascidos em junho. O calendário de crédito na conta poupança digital e de saques foi estabelecido com base no mês de nascimento do trabalhador. Até agora, a Caixa creditou o saque emergencial do FGTS para os trabalhadores nascidos de janeiro a maio. O pagamento está sendo realizado conforme calendário a seguir: Mês de nascimento Dia do crédito na conta poupança social digital data para saque em espécie janeiro 29 de junho 25 de julho fevereiro 06 de julho 08 de agosto março 13 de julho 22 de agosto abril 20 de julho 05 de setembro maio 27 de julho 19 de setembro junho 03 de agosto 03 de outubro julho 10 de agosto 17 de outubro agosto 24 de agosto 17 de outubro setembro 31 de agosto 31 de outubro outubro 08 de setembro 31 de outubro novembro 14 de setembro 14 de novembro dezembro 21 de setembro 14 de novembro Orientações A Caixa orienta os trabalhadores a verificar o valor do saque e a data do crédito nos canais de atendimento eletrônico do banco: aplicativo FGTS, site e telefone 111 (opção 2). Caso o trabalhador tenha direito ao saque emergencial, mas não teve a conta poupança digital aberta automaticamente, deverá acessar o aplicativo FGTS para complementar os dados ereceber o dinheiro. O banco alerta que não envia mensagens com pedido de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links nem pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp. Cancelamento do crédito automático O trabalhador poderá indicar que não deseja receber o saque emergencial do FGTS até dez dias antes do início do seu calendário de crédito na conta poupança social digital, para que sua conta do FGTS não seja debitada. Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital …
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a farmacêutica britânica AstraZeneca assinaram ontem (31) um termo que dará base para o acordo de transferência de tecnologia entre os laboratórios e a produção de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. O medicamento está sendo desenvolvido pela empresa do Reino Unidos em conjunto com a Universidade de Oxford e já está em fase de testes clínicos no Brasil e em outros países. O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre os governos brasileiro e britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. A assinatura do acordo de encomenda tecnológica está prevista para a segunda semana de agosto e deve garantir o acesso a 30 milhões de doses da vacina entre dezembro e janeiro de 2021 e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres do próximo ano. Em nota, o Ministério da Saúde informou que prevê um repasse de R$ 522,1 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. Outros R$ 1,3 bilhão são despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina. O memorando de entendimento assinado nesta sexta-feira (31) define os parâmetros econômicos e tecnológicos para a produção da vacina da covid-19 e, de acordo com o ministério, garante a incorporação da tecnologia em Bio-Manguinhos para que o Brasil tenha condições de produzir a vacina de forma independente. A Fiocruz recebeu informações técnicas fornecidas pela AstraZeneca necessárias para a definição dos principais equipamentos para o início da produção industrial. A instituição brasileira também colocará à disposição sua capacidade técnica para a aceleração do escalonamento industrial da vacina junto a outros parceiros. De acordo com o Ministério da Saúde, ao mesmo tempo a Fiocruz constituiu um comitê de acompanhamento técnico-científico das iniciativas associadas às vacinas para a covid-19, com a participação de especialistas da Fiocruz e de instituições como as universidades de São Paulo (USP) e as federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e de Goiás (UFG). A vacina produzida por Bio-Manguinhos será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização, que atende o Sistema Único de Saúde (SUS). O acordo com a AstraZeneca permitirá, além da incorporação tecnológica desta vacina, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de vacinas para prevenção de outras enfermidades, como a malária. (EBC)