A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para que nações latino-americanas vulneráveis recebam uma vacina contra a covid-19 “subsidiada” e a um preço “acessível”, assim que uma imunização estiver disponível, disse a diretora regional da entidade para as Américas, Carissa Etienne. A América Latina se tornou o epicentro mais recente da pandemia e, na segunda-feira (13), o número de mortes pelo novo coronavírus na região ultrapassou a soma de óbitos nos Estados Unidos (EUA) e no Canadá pela primeira vez desde o início do surto. Muitas nações latino-americanas têm enfrentado dificuldades em seus sistemas de saúde para lidar com os 3,4 milhões de casos confirmados e as 146 mil mortes por covid-19 na região. Em entrevista virtual, Carissa disse que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da OMS sediado em Washington, está trabalhando “para que os países latino-americanos mais vulneráveis da região recebam a vacina contra covid-19 de forma subsidiada e a um preço acessível”. A corrida global por uma vacina e tratamentos contra o novo coronavírus se transformou em uma batalha entre as nações mais ricas do mundo, algumas das quais estão comprando estoques de remédios ou encomendando suprimentos futuros das vacinas mais promissoras. Nações latino-americanas com orçamentos pequenos terão dificuldade para competir, disseram especialistas. “Para que serve uma vacina se as pessoas não têm acesso a ela?”, questionou Carissa Etienne. A Opas tem um mecanismo de cooperação chamado “Fundo Rotatório”, por meio do qual vacinas, seringas e suprimentos relacionados são comprados em nome de seus Estados-membros, independentemente de tamanho ou condições econômicas. Carissa disse que sua organização está negociando “ativamente” com o Fundo Global de Acesso a Vacinas contra Covid-19, conhecido como Covax, para “obter as melhores condições possíveis para os países da região”. Ela fez um apelo a essas nações para que participem dos testes clínicos a fim de “acelerar a criação de uma vacina”. Fonte: UOL
O Senado aprovou, nesta terça-feira (14), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 9/2020, que beneficia micro e pequenas empresas. O projeto facilita a renegociação de dívidas dessas empresas com a União nos termos da Lei do Contribuinte Legal (Lei 13.988, de 2020). A matéria já passou pela Câmara e agora vai à sanção presidencial. A Lei do Contribuinte Legal, sancionada em abril deste ano, permite ao governo fazer negociações chamadas de transações resolutivas de litígios quanto a dívidas com a União, seja em fase administrativa, judicial ou em fase de créditos inscritos em dívida ativa. Sede regional do banco dos Brics Os senadores também aprovaram hoje a criação de uma sede regional no Brasil do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). O NBD tem sede em Xangai, na China, e foi criado em 2014 durante a 6ª Cúpula dos Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — com o objetivo de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nesses países. O texto vai à promulgação. O relator do projeto, Antonio Anastasia (PSD-MG), afirmou que a criação de uma sede brasileira deverá aumentar a participação do país nas transações financeiras do bloco. De acordo com o senador, a criação do escritório regional no Brasil visa intensificar as atividades do NDB no país. “Devido à distância física com relação à sede do Banco, em Xangai, e à pouca familiaridade de seus funcionários com o arcabouço regulatório e federativo do Brasil, poucos têm sido os projetos do país aprovados, quando comparados aos demais membros”, disse Anastasia em seu parecer. De acordo com o senador, o Brasil foi contemplado com US$ 621 milhões em empréstimos, referentes a 4 projetos, desde 2015. Esse valor corresponde apenas a 10,8% da carteira do banco formado pelo bloco de cinco países. CNI A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nota nesta terça-feira comentando a aprovação da lei que facilita a renegociação de dívidas de micro e pequenas empresas. Segundo a nota, 1,3 milhão de micro e pequenas empresas vão se beneficiar diretamente com a alteração da Lei nº 13.988 e que deve permitir a renegociação imediata de R$ 13,46 bilhões. Para o gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, a lei valoriza o “bom contribuinte que, por circunstâncias adversas, encontra-se na condição de devedor e precisa encontrar amparo para a recuperação de sua capacidade produtiva sobretudo depois da crise econômica provocada pelo coronavírus”. Fonte: UOL
Um acórdão com o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) fez os subsídios da União subirem de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) em 2018 para 4,8% do PIB em 2019. Os números constam de balanço divulgado hoje (14) pelo Ministério da Economia. Em 2018, a União e o TCU concordaram em reconhecer, no patrimônio do FAT, R$ 27,3 bilhões em valores que o fundo tem direito a receber em dívidas tributárias e em débitos inscritos na Dívida Ativa da União. A medida reduziu o volume de subsídios em 2018, afetando a base de comparação com o resultado do ano passado, segundo o Ministério da Economia. O acórdão afetou os subsídios financeiros e creditícios, que incidem sobre linhas de crédito. Nos subsídios financeiros (ou explícitos), o Tesouro banca a diferença entre os juros mais baixos das linhas de crédito com taxas reduzidas e os juros de mercado. A diferença é coberta com recursos do Orçamento. Nos subsídios creditícios (ou implícitos), a União banca os juros baixos com títulos da dívida pública. Em 2018, os subsídios tributários – quando a União abre mão de receber tributos – tinham somado 4,3% do PIB, com os subsídios financeiros e creditícios caindo para 0,3% por causa do acórdão do TCU. No ano passado, os subsídios tributários somaram 4,2% do PIB. Os subsídios financeiros e creditícios corresponderam ao 0,6% restante. De acordo com o Ministério da Economia, o volume de subsídios creditícios e financeiros concedidos pela União em 2019 teria caído para 0,5% do PIB (em vez do 0,6% observado), caso não tivesse havido o acórdão com o TCU. Em valores absolutos, isso significaria redução de R$ 10,9 bilhões em gastos para subsidiar linhas de crédito. Conselho Segundo a Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia, o Conselho de Monitoramento de Avaliação de Políticas Públicas (Cmap), criado no ano passado, está encarregado de avaliar e de elaborar um plano de revisão dos subsídios concedidos pela União. A partir de 2021, o Cmap encaminhará ao Congresso Nacional – até o dia 31 de agosto de cada ano – relatório com os resultados e as recomendações das avaliações realizadas. O conselho poderá sugerir o corte de subsídios, que precisará ser aprovado pelos parlamentares. FONTE: EBC
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Amazonas e a mineradora Vale, por meio do Instituto Tecnológico Vale (ITV) de Belém, no Pará, estão desenvolvendo um projeto conjunto para o sequenciamento do genoma de amostras do novo coronavírus (Sars-CoV-2), chamado Projeto Genoma Covid-19. O pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leônidas & Maria Deane da Fiocruz Amazônia ILMD/Fiocruz Amazônia) Felipe Naveca conta que, bem antes da pandemia, as duas instituições já avaliavam a importância de juntar esforços na área de sequenciamento de genoma de doenças emergentes, especialmente as viroses, em alinhamento a uma tendência mundial: “A ferramenta mais importante para estudar e entender, principalmente, um vírus novo é a tecnologia de genoma. A gente está seguindo uma tendência mundial, colocando o Brasil nesse cenário juntamente a outras iniciativas que estão ocorrendo.” “Só na Inglaterra tem mais de 20 mil genomas só que o investimento é centenas de vezes maior”, disse Naveca, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com o pesquisador, o ITV tem um laboratório muito bom de biologia molecular e uma equipe na área de bioinformática voltada para ciência da vida: “O projeto tem o objetivo de fazer o sequenciamento de milhares de amostras de coronavírus para a gente entender melhor o comportamento desse vírus no Brasil, como ele se espalhou, quantas vezes foi introduzido, olhando não só no país como um todo, mas nos estados, com foco também na região norte, que historicamente tem um número menor de financiamento em todas as áreas de pesquisa”, contou. Naveca acrescentou que o projeto se soma ao estudo que já vinha realizando em Manaus com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Fiocruz. Agora, a parceria com a Vale vai permitir ampliar o trabalho para outros estados e fortalecer a pesquisa na região norte. Segundo o pesquisador já houve contatos com diversos pesquisadores de outros estados para que também participem do projeto. “[A forma] como se espalhou em São Paulo e Rio, no Sudeste de forma geral, pode ter sido diferente da região amazônica por conta de vários fatores. A gente, inclusive, viveu aqui no Amazonas, um pico da epidemia muito antes de outros estados. Isso mostra as diferenças que a gente tem como, por exemplo, uma população indígena muito grande, a fronteira com outros países como Colômbia e Peru. Então, a gente tem um retrato epidemiológico diferente que, acredito, também tem a ver com como isso se refletiu aqui na região norte”, observou. Mutação Naveca conta que o padrão ideal para diagnóstico do novo coronavírus é o teste PCR, feito nos primeiros dias dos sintomas. No entanto, os que estão sendo utilizados nos estudos no Amazonas foram desenvolvidos fora do país – nos Estados Unidos, na China e na Alemanha – e retratam a diversidade de vírus que tiveram naqueles lugares, e não necessariamente a encontrada no Brasil, uma vez que o vírus sofre mutações ao longo da contaminação da população. O pesquisador revelou que uma das avaliações que seré feita é verificar se essas mutações provocam impactos nos diagnósticos realizados em território …
No mês de junho, Pernambuco registrou 3.490 casos de roubo, número que representa o menor quantitativo de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) dos últimos 15 anos. Em relação a junho de 2019, quando houve 6.684 casos, Pernambuco apresentou uma redução de 47,79%. Com a diminuição, o Estado completou 34 meses consecutivos de diminuição dos CVPs, grupo de crimes que inclui assaltos, roubos e furtos de celulares, carros, a bancos, coletivos e outras modalidades. Considerando o 1º semestre de 2020 (28.087 queixas), a retração foi de 33,82% em comparação ao mesmo período do ano anterior (42.440). Foram os primeiros seis meses do ano com menor violência visando bens em seis anos, ficando acima apenas de 2013. Confira toda a linha do tempo, no mesmo recorte: 2019 (42.440), 2018 (50.680), 2017 (63.921), 2016 (54.786), 2015 (39.693), 2014 (32.169) e 2013 (26.129). “O planejamento operacional, sob coordenação do Pacto Pela Vida, evitou consequências negativas prováveis da pandemia e da crise econômica, a exemplo de arrastões, saques, vandalismos, aumento nos arrombamentos, furtos e assaltos. A população, nesse período, pôde ficar em casa e também se deslocar pelas ruas com tranquilidade.”, analisa o secretário Antonio de Pádua. A cidade do Recife, com 1.097 CVPs, também teve a menor incidência nessa década e meia. O segundo resultado mais baixo da capital foi em junho de 2013, com 1.758 boletins de ocorrência. Na capital pernambucana, as denúncias de crimes violentos contra o patrimônio caíram 55,37% no mês passado. Ao todo, foram 1.097 registros em junho , contra 2.458 no sexto mês do ano passado. Zona da MataA redução dos crimes contra o patrimônio em Pernambuco foi liderada percentualmente pela Zona da Mata. A região somou 372 ocorrências do tipo no período, o que representa um decréscimo de 46,63% em relação a 2019 (697 CVPs). Ainda no último mês, a retração no Sertão e Agreste seguiu a tendência do Estado. Enquanto o Sertão apresentou diminuição de 45,4% (1.936 para 1.143), o Agreste teve -44,76% (de 1.278 para 706 crimes). A Região Metropolitana (exceto a capital) também demonstrou um importante desempenho, saindo dos 1.936 registros no ano passado para 1.143 neste ano (-40,96%). Fonte: Folha-PE
Sarí Corte Real, primeira-dama de Tamandaré (PE), foi denunciada pelo Ministério Público do Estado (MPPE), nessa terça-feira (14). Ela responderá por abandono de incapaz com resultado de morte, com agravante por “ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública” no Caso Miguel. Com a apresentação da denúncia, o caso segue para a Justiça. Sari era patroa da mãe de Miguel, Mirtes Santana e era a responsável pelo garoto de apenas cinco anos no dia em que ele morreu ao cair do nono andar de um prédio na capital Recife. O MPPE mantém o entendimento do inquérito policial, que anteriormente já havia concluído que Sari abandonou o menor, resultado no óbito. O inquérito chegou ao órgão no dia 3 de julho, um mês após a morte de Miguel. A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Criminal Eduardo Tavares, à 1ª Vara de Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital. A defesa de Sari não comentou a decisão. Fonte: Waldiney Passos
A venda de armas de fogo controladas pela Polícia Federal (PF) subiu de 24.663 unidades, no primeiro semestre do ano passado, para 73.985, em igual período de 2020, um aumento de quase 200%. Os dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) não incluem nem os armamentos adquiridos por órgãos militares estaduais de segurança pública (polícias militares e corpos de bombeiros), nem pelas Forças Armadas e pelos chamados CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), cujo controle é da responsabilidade do Exército. Entram na conta da PF as armas compradas por cidadãos em geral, empresas de segurança privada, além das categorias profissionais previstas no Decreto nº 9.847, como servidores da área da segurança pública, magistrados e membros do Ministério Público. Para a PF, as flexibilizações das regras de posse e porte de arma de fogo a partir do início de 2019 contribuíram para o incremento das vendas. Além disso, mudanças no Sinarm, como a digitalização dos processos, facilitaram e agilizaram o trâmite dos pedidos. A PF também informou à Agência Brasil que há “outros fatores para o aumento de demanda, subjetivos e ainda não dimensionados pela instituição”. Os dados divulgados pela Polícia Federal mostram que, desde 2017, as vendas no primeiro semestre vêm superando as do mesmo período do ano anterior, mas não na proporção destes últimos seis meses. Comparando, por exemplo, o resultado dos seis primeiros meses de 2019 (24.663 armas compradas) com os do mesmo período de 2018 (23.564), constata-se uma diferença de 1.099 armas. Total geral de armas novas – 1º semestre 2020 73.985 2019 24.663 2018 23.564 2017 22.160 2016 22.689 2015 23.157 2014 15.581 2013 16.107 2012 13.222 2011 9.665 2010 9.541 2009 7.623 Das 73.985 armas comercializadas entre janeiro e junho deste ano, quase 62%, ou seja, 45.733, foram compradas por cidadãos. Órgãos públicos não militares compraram 17.111 armamentos (23% do total). Já servidores públicos autorizados a portar armas pessoais devido ao risco inerente ao exercício da função, como procuradores, promotores e juízes, adquiriram 8.707 do total (11%). Armas novas em 2020 por categoria Categoria jan fev mar abr mai jun TOTAL Caçadores de subsistência 37 32 12 8 14 23 126 Cidadãos 6.857 6.774 7.612 7.020 7.813 9.657 45.733 Servidores públicos 1.535 1.418 1.402 1.069 1.356 1.927 8.707 Empresa de segurança 0 2 2 5 10 0 19 Empresa comercial 6 4 40 15 22 86 173 Empresa de segurança privada 306 188 574 363 349 334 2.114 Fabricante/importador 0 0 0 0 0 0 0 Órgão público com taxa 46 111 47 210 5 96 515 Órgão público sem taxa 1.933 660 9.127 861 1.150 2.865 16.596 Outras categorias 2 0 0 0 0 0 2 Revendedores 0 0 0 0 0 0 0 Nº de armas novas 10.722 9.189 18.816 9.551 10.719 14.988 73.985 Em abril de 2019, a PF adotou uma nova forma de registrar os armamentos que pessoas físicas e jurídicas compram dos fabricantes, importadores e revendedores. Além de separar as vendas para caçadores de subsistência dos demais compradores antes incluídos em uma única categoria (“pessoa física”), a instituição …
O Ministério de Minas e Energia (MME) manteve a recomendação de não se adotar o horário de verão neste ano (período de 2020/2021). O horário foi extinto em abril do ano passado, com base em estudos da pasta, que apontaram a pouca efetividade na economia energética, e também em estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas. Em nota técnica publicada quinta-feira passada (9), a pasta avaliou o resultado regulatório da extinção do horário de verão e disse que a economia de energia com a medida diminuiu nos últimos anos e já estaria perto da neutralidade, em razão das mudanças no hábito de consumo de energia da população. Quando foi criado, o horário de verão tinha por objetivo aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18h, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. No entanto, nos últimos anos, o Ministério de Minas e Energia constatou uma alteração no horário de pico com maior consumo de energia no período da tarde, por causa da intensificação do uso do ar condicionado, quando o horário de verão não tinha influência. A nota acrescenta que a descontinuidade da aplicação do horário de verão 2019/2020 implicou também redução do custo de operação do sistema elétrico e que, com a revogação dele, continuou ocorrendo redução de demanda no período noturno, “provavelmente pela alteração natural da luminosidade”. “Este comportamento, provavelmente, está associado ao uso menor uso de equipamentos de climatização, em especial do ar condicionado, o que decorreu da melhoria das condições de conforto térmico aos consumidores de energia elétrica em seu período de descanso noturno, sem ter havido antecipação de uma hora”, diz a nota. A nota informa também que as avaliações de impacto do horário de verão nos ciclos anteriores a 2019 superestimaram a redução de demanda no período noturno e que o aumento na carga foi subestimado. Uma avaliação anterior do Ministério de Minas e Energia já havia apontado que, entre os efeitos do fim da medida no setor elétrico, evitaram-se custos ao consumidor brasileiro de energia elétrica de R$ 100 milhões. “Diante dos ganhos na otimização do uso dos recursos energéticos com a não adoção do horário de verão no ciclo 2019/2020, e na ausência de fatos novos que pudessem implicar a necessidade de avaliações adicionais às ora apresentadas, e também fundamentadas na Nota Técnica nº4/2019/CGDE/DMSE/SEE (SEI nº 0263485), recomendamos que se mantenha a suspensão dessa política pública também para o ciclo 2020/2021”, conclui a pasta. Fonte: AB
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta ao governo federal a prerrogativa de decidir o destino de valores recuperados em casos de corrupção, como os da Operação Lava Jato. O pedido foi feito nesta segunda-feira (13) em uma manifestação anexada ao processo em que é discutido se o Ministério Público (MP) pode vincular a devolução dos recursos para determinadas áreas do governo após recuperar o dinheiro desviado dos cofres públicos. Na petição, o advogado-geral da União, José Levi do Amaral, afirma que o Poder Judiciário não pode aceitar pedido do Ministério Público para determinar a destinação dos valores recuperados sem previsão em lei. Segundo Amaral, a decisão deve ter a participação da União. “A admissão de que membros do Poder Judiciário possam, a requerimento do Ministério Público e sem a participação dos órgãos competentes para a execução orçamentária, conferir destinação discricionária a verbas oriundas de avenças celebradas no microssistema de combate à corrupção tem potencial para abalar significativamente o equilíbrio entre os Poderes”, argumentou Amaral. A manifestação foi motivada por decisões proferidas pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba, que tem aceitado pedidos dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato para vincular verbas oriundas de acordos de delação premiada. Em oficio enviado à AGU, a Gabriela informou que estão disponíveis R$ 21 milhões depositados em juízo para serem aplicados no combate à pandemia da covid-19. Em março, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou que R$ 1,6 bilhão recuperados Lava Jato fossem destinados ao Ministério da Saúde para o combate ao novo coronavírus. De acordo com a AGU, nesse caso, não há irregularidade porque a houve participação do governo federal. Fonte: EBC
Desde 2000, mortes por malária e Aids foram significativamente reduzidas no mundo, destaca o artigo — mas o mesmo não pode ser dito sobre a tuberculose. A perspectiva que a covid-19 trouxe para todas elas é altamente preocupante. “A pandemia de covid-19 e as ações tomadas em resposta podem desfazer alguns dos avanços mais importantes contra estas doenças nas últimas duas décadas, reproduzindo o ônus causado pela própria pandemia diretamente”, disse em comunicado à imprensa o professor Timothy Hallett, do Imperial College Londres. “Em países com alto índice de malária e grandes epidemias de Aids e tuberculose, até mesmo interrupções de curto prazo podem ter consequências devastadoras para milhões de pessoas que dependem de programas para controlar e tratar essas doenças. Entretanto, este impacto indireto da pandemia pode ser amplamente evitado pela manutenção dos serviços principais e pela continuidade de medidas preventivas.” Em um comentário à parte da pesquisa, Peter Sands, diretor executivo do Fundo Global para a Luta contra Aids, Tuberculose e Malária, sediado na Suíça, afirmou: “O impacto indireto (da pandemia) na Aids, tuberculose e malária pode ser potencialmente ainda pior do que este estudo sugere e, em alguns países, pode ser ainda pior do que o impacto direto da covid-19.” “O Fundo Global realiza uma pesquisa qualitativa quinzenal nos mais de 100 países em que investe; os últimos resultados publicados sugerem que 85% dos programas contra o HIV, 78% contra a tuberculose e 73% contra a malária estão passando por interrupções. E 18% dos programas de HIV, 17% dos programas de tuberculose e 19% dos programas de malária estão passando especificamente por uma interrupção de alto ou muito alto impacto. “ O estudo publicado no Lancet foi financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, pelo instituto de apoio à pesquisa britânico Wellcome Trust, pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido e do Conselho de Pesquisa Médica. Como foi feita a pesquisa Apresentado com vários gráficos e metodologia detalhada, o trabalho considerou um número reprodutivo básico (R0; o número médio de pessoas que cada indivíduo com o vírus provavelmente infectaria) do novo coronavírus de 3. A partir daí, com modelos matemáticos, os cientistas simularam quatro cenários, de acordo com respostas políticas diferentes à pandemia: nenhuma ação; mitigação; supressão aumentada; e supressão (algo como um lockdown mais rigoroso). Em seguida, estes dados foram combinados com modelos de transmissão do HIV, tuberculose e malária. As piores perspectivas para a Aids foram observadas no cenário de nenhuma ação ou supressão aumentada; para tuberculose, no cenário de supressão; e para a malária, em todos cenário com exceção da supressão. Fonte: R7
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nessa terça-feira (14) que a discussão de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro no Congresso agravaria as atuais crises sanitária e econômica. Maia foi questionado, em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador (BA), porquê não coloca em votação um dos pedidos de impeachment contra o presidente. “Essa questão, nosso papel é exatamente papel dessa construção desse diálogo, junto com poder Executivo, com poder Judiciário. O tema do impeachment é uma decisão política. E a minha avaliação é que no meio de uma pandemia, nós tratarmos desse tema, nós iríamos aprofundar ainda mais uma crise que sabemos que não é pequena. Que o vírus de fato vai, infelizmente, tirar vidas. Como já tem tirado de milhares de brasileiros. Vai derrubar a economia, tirando empregos de milhões de brasileiros. Acho que uma crise política agora mais profunda só iria aprofundar ainda mais todas as dificuldades que passamos e que ainda vamos passar nos próximos meses”.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta terça-feira (14), 675 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados, 557 (83%) são casos leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 118 (17%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Agora, Pernambuco totaliza 73.576 casos já confirmados, sendo 21.321 graves e 52.255 leves. Também foram confirmados 63 óbitos, ocorridos desde o dia 07 de abril. Do total de mortes no informe de hoje, 38 (60%) ocorreram de 07/04 a 10/07. As outras 25 (40%) ocorreram nos últimos 3 dias. Com isso, o Estado totaliza 5.715 óbitos pela doença. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde. Fonte: UOL
O Indicador Antecedente Composto da Economia Brasileira (IACE), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 7% em junho deste ano e chegou a 107,2 pontos. O indicador busca antecipar tendências da economia e é composto por sete índices que medem a atividades econômica do país, dos quais sete apresentaram alta no mês. O IACE é composto por três índices de expectativas da própria FGV (indústria, serviços e consumidor), dois índices da Funcex (Termos de Troca e Quantum de Exportações), o Índice de Produção Física de Bens de Consumo do IBGE, o Ibovespa fechado do mês e a Taxa Referencial de swaps DI pré-fixada 360 dias do Banco Central. Já o Índice Coincidente Composto da Economia Brasileira, que mede as condições econômicas atuais, recuou 4,7% para 92,8 pontos no mês. “Os últimos resultados do ICCE ainda refletem os efeitos da recessão iniciada no primeiro trimestre do ano, principalmente sobre o mercado de trabalho. Por sua vez, o avanço do IACE sinaliza a recuperação esperada como resultado do início do relaxamento das medidas de distanciamento social, apesar de uma incerteza ainda elevada desse processo em relação às dinâmicas da pandemia e do próprio nível de atividade econômica.”, diz o pesquisador da FGV, segundo Paulo Picchetti. Fonte: AB
A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recomendou aos distribuidores que comercializam gasolina de aviação (GAV), combustível utilizado preferencialmente em aeronaves de pequeno porte, que, em substituição ao Registro de Análise estabelecido nos termos da Resolução ANP nº 5, de 2009, passem a emitir Boletim de Conformidade em todas as quantidades do produto. A orientação é resultado de uma investigação sobre possível contaminação da GAV distribuída no território nacional. A ANP informou, que, no dia 8 de julho, recebeu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a informação sobre uma ocorrência de possível alteração do produto. Três dias depois foi a vez da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (Aopa) formalizar uma ocorrência. Segundo a ANP, no mesmo dia, a Petrobras divulgou um comunicado no seu site informando que, após testes realizados em seu centro de pesquisas (Cenpes), decidiu interromper, preventivamente, o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada. A Petrobras informou ainda ter identificado que este lote apresentou um teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados, apesar de estar de acordo com os requisitos de qualidade exigidos pela ANP. Ainda no comunicado, a empresa afirmou que estuda a hipótese da variação da composição química ter impactado os materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte. Diagnóstico “A Petrobras reforça que ainda não há um diagnóstico completo que permita assegurar a relação de causa e efeito, o que requer um rastreamento em todo o território nacional. Mesmo assim, a companhia preventivamente decidiu interromper o fornecimento desse lote de combustível. Adicionalmente, a Petrobras informa que todos os lotes importados estão dentro dos parâmetros exigidos pela ANP e que dispõe de produto importado para comercialização imediata, mantendo-se, desta forma, o fornecimento de produto ao mercado”, afirmou a companhia. A petroleira reiterou que todos os produtos que comercializa seguem padrões internacionais. “A gasolina de aviação comercializada é previamente testada para garantir o atendimento às especificações do órgão regulador. A companhia seguirá cooperando com a Agência Nacional de Aviação Civil e ANP”, assegurou. Conforme a Petrobras, a gasolina de aviação é importada de grandes empresas norte-americanas, a partir do Golfo do México, desde 2018, quando a unidade que produzia o combustível, na Refinaria Presidente Bernardes em Cubatão (RPBC), foi paralisada. A Petrobras acrescentou que, por causa da pandemia de covid-19, a reforma da planta produtora sofreu atraso com a interrupção das obras, mas a previsão é de que a produção seja reiniciada em outubro de 2020. Também no sábado passado (11), a Anac emitiu o Boletim de Aeronavegabilidade BEA nº 2020-08R1 para informar aos operadores e proprietários de aeronaves que operam com gasolina de aviação, quanto aos riscos associados à operação utilizando combustível contaminado ou adulterado. A Anac ressaltou, no entanto, que as recomendações tinham caráter informativo e não eram mandatórias, por isso, na sua avaliação, até aquele momento, não se justificava a emissão de Diretriz de Aeronavegabilidade de acordo com os requisitos do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil – RBAC nº 39. …
O volume de petróleo obtido pela União com os contratos do regime de partilha cresceu 50% nos primeiros cinco meses de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. Segundo a estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que divulgou hoje (13) o Boletim Mensal de Contratos de Partilha de Produção, a parcela de petróleo da União nos três contratos que já estão em produção chegou a 1,5 milhão de barris entre janeiro e maio deste ano. Nos contratos do regime de partilha de produção, em vigor em campos do pré-sal, o óleo e o gás extraídos dos poços é dividido entre as empresas responsáveis pela produção e a União, cuja parte é comercializada pela PPSA. No mês de maio, a média diária produzida no regime de partilha no pré-sal caiu 25%, na comparação com abril de 2020. O motivo da queda foi o procedimento de troca da linha de produção de óleo de 8 polegadas para linha de serviço de 6 polegadas no fim de abril, além da interrupção da produção devido a ondas acima de 4 metros no fim de maio. Apesar da queda frente a abril, a produção dos três consórcios considerados no boletim cresceu 5% em relação a maio de 2019. Dos 17 contratos firmados no regime de partilha, três já estão na fase de produção: Libra, Entorno de Sapinhoá e Sudoeste de Tartaruga Verde. Desde o primeiro óleo, extraído no contrato de Libra em novembro de 2017, já foram produzidos no regime de partilha 39,3 milhões de barris de petróleo nos três contratos. A parcela da União acumulada neste período é de 6,3 milhões de barris de petróleo. No caso do gás natural, a produção em maio aumentou 2,5% frente a maio de 2019, e a participação da União chegou a 40 mil metros cúbicos (m³) por dia . Nesse caso, são consideradas as produções de Entorno de Sapinhoá e Sudoeste de Tartaruga Verde, já que o gás natural produzido em Mero, no contrato de Libra, não teve aproveitamento comercial até o momento. Segundo a PPSA, de janeiro a maio de 2020, a produção acumulada nos dois contratos somou 43 milhões m³ de gás natural disponíveis para comercialização, sendo a parcela da União 15,6 milhões de m³. Fonte: EBC
Com o surgimento da pandemia da Covid-19, da noite para o dia professores e alunos tiveram que se acostumar e se reinventar na forma de aprender e de ensinar: com aulas online e vídeoaulas, entre outras ferramentas, os educadores se viram diante de novos desafios, aos quais estavam pouco ou nada preparados. Embora o ensino a distância (EAD) já seja realidade para os adultos que fazem cursos técnicos, graduação e pós-graduação de forma online, para crianças e jovens a modalidade ainda está em crescimento, mesmo que não seja uma novidade, explica o professor e autor de livros didáticos Ismael Rocha. “Há muito tempo, diversas escolas praticam o ensino híbrido. A partir do momento em que utilizam diferente plataformas de ensino e aprendizagem, estão trabalhando com o ensino híbrido. Quando há uma excursão para visitar um museu, uma área de mata, essas visitas representam ensino híbrido, que é algo que acontece na sala de aula e fora dela”. O que não estava estruturado, diz Ismael, era o uso constante do online. “O que nós não tínhamos antes da pandemia era o uso das ferramentas virtuais para o trabalho do ensino híbrido, não tínhamos a construção do online, que era muito pouco utilizado. Algumas escolas já tinham uma plataforma onde os alunos podiam tirar exercícios, publicar alguma lista de coisas que tinham feito, mas da maneira sistemática como estamos começando a ver hoje e como teremos daqui para a frente é uma novidade – não o ensino hibrido, mas o ensino a partir do uso de plataformas digitais, o ensino online”, acrescenta. Considerada tendência na área da educação para o futuro, a mistura entre o ensino presencial e o online, que prevê um mix entre a sala de aula convencional e conteúdos produzidos com apoio de ferramentas de tecnologia, vai invadir mais fortemente a vida do estudante no mundo pós-pandemia. Mas o formato exige muito mais mudança dos professores do que dos estudantes, acredita Rocha, que também é diretor da Iteduc, organização pioneira em capacitar professores de educação básica para o ensino online. “É uma mudança de paradigma, que vai levar professores e alunos a acreditarem que a plataforma digital é uma ferramenta extremamente útil para o processo de ensino-aprendizagem, principalmente porque a grande maioria dos jovens, desde as crianças, utilizam as ferramentas digitais para o lazer. A relação com o digital para as crianças e os jovens não é uma relação nova, já é presente”. Nativos digitaisNa visão do especialista, o esforço está em transferir essa habilidade dos jovens para a área da educação. “O trabalho do professor vai ser fazer a transposição, acreditando que essas ferramentas podem trazer e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, vamos ter dados mais significativos, vamos saber quantos alunos estão entrando na plataforma para fazer a tarefa, para cumprir as atividades. Vamos gerar a possibilidade de trazer para esses alunos informações muito mais criativas e envolventes, ou seja, muda muito e muda para melhor”. A adoção do método exige uma reorganização do tempo de sala de …
Pesquisadores da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) vão começar a testar o uso do plasma do sangue de quem já teve a Covid-19 no tratamento de infectados pelo novo coronavírus. Os primeiros voluntários começaram a fazer as doações. Se o estudo der certo, a técnica vai poder ajudar na recuperação dos pacientes. Quando alguém entra em contato com um vírus, o corpo passa a produzir substâncias para tentar se defender. Algumas delas são os anticorpos neutralizantes. Eles impedem que o vírus se multiplique dentro do corpo e, assim, ajudam o organismo a controlar a infecção. O que a pesquisa quer saber é se esses anticorpos, produzidos por uma pessoa que teve a Covid-19, podem funcionar no corpo de outra que está enfrentando a doença. Guilherme teve a Covid-19 em abril, quando passou uma semana internado, dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e precisou ser entubado. Ele conseguiu ficar livre da doença depois de um mês inteiro com sintomas e, agora, quer usar a experiência nada boa para ajudar outras pessoas. Guilherme doou duas bolsas de plasma do sangue dele para um trabalho de pesquisa coordenado pela universidade de Pernambuco, com apoio do Hemope. Os pesquisadores querem saber se essa parte do sangue de quem já ficou doente pode ajudar outras pessoas a se curar, já que é no plasma que ficam as células de defesa do organismo. “Eu sei que sangue salva vidas e, assim como eu fui ajudado dentro de um hospital, eu queria ajudar as outras pessoas a se curarem. A partir do momento que eu podia, com meu sangue, meu plasma convalescente, ajudar as pessoas, eu decidi vir”, declarou. A pesquisa ainda está na fase inicial, recrutando os doadores. Antes de doar, eles têm que passar por exames para saber se tiveram mesmo a Covid-19 e se a quantidade de anticorpos que o corpo desenvolveu é suficiente para ajudar outras pessoas. A intenção dos pesquisadores é conseguir, nesta fase, pelo menos 350 voluntários. Para ser doador, é preciso ter tido os sintomas da Covid-19 e se recuperado da doença há, pelo menos, 30 dias. É preciso ser homem, ter entre 18 e 69 anos de idade e apresentar o resultado do exame que confirme a infecção pelo novo coronavírus. Depois da coleta do plasma, os pesquisadores vão testar a técnica em pacientes que estão com a doença. Segundo Demócrito Miranda Filho, coordenador da pesquisa, é preciso ter tido sintomas da doença porque, de acordo com a literatura médica, pessoas que tiveram quadros mais graves da doença aparentam produzir mais anticorpos, que são, por sua vez, mais eficientes no combate à Covid-19. “A gente tem relatos, até com o próprio coronavírus na epidemia de 2003, a Sars-Cov, ele foi usado também, em pequenas séries de casos. Na epidemia de Mers, do Mediterrâneo, também, e já com ebola, em outras doenças, sempre se recorreu a essa hipótese de que, se você tem um plasma rico em anticorpos, ele pode ser usado …
Depois de mais de 120 dias fechadas, as academias de ginástica e estabelecimentos similares estarão autorizadas a reabrirem em algumas regiões de Pernambuco a partir da próxima segunda-feira, 20 de julho. Para isso, o Governo de Pernambuco, juntamente com representantes do setor das academias, montaram um protocolo com regras a serem seguidas pelos estabelecimentos, alunos e professores neste retorno. Essa será a Etapa 6 do Plano de Convivência com a Covid-19, que reabre gradualmente as atividades econômicas no Estado. O setor de serviços de alimentação também reabrirá na segunda-feira. A Etapa 6 está autorizada pelo governo a retomarem em municípios que apresentaram melhor resultado na curva de contágio da Covid-19. Estarão na lista 72 cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), Zonas da Mata Sul e Mata Norte. Ontem, a região do Agreste passou da Etapa 2 para a Etapa 4. A região do Sertão se mantém na Etapa 4. Dividido em regras de distanciamento social, higiene e comunicação e monitoramento, o protocolo das academias estabelece a ocupação simultânea de um aluno a cada 10 metros quadrados nas áreas de treino, piscina e vestiário. O uso de máscara será obrigatório, inclusive durante as atividades. A academia deverá disponibilizar álcool a 70% para higienização das mãos dos alunos, além de ter que fechar cada área duas a três vezes ao dia, por pelo menos 30 minutos, para a limpeza geral e desinfecção dos ambientes durante seu funcionamento. De acordo com a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maíra Fischer, a expectativa é que todos cumpram os protocolos. “Vai ter fiscalização do Procon, da Vigilância Sanitária e de uma série de órgãos que vai estar atuando. Esperamos o cumprimento dessas medidas para não prejudicar o contágio e comprometer o avanço no plano de retomada as atividades”, comentou Maíra, ao complementar que o protocolo foi feito por um conjunto de representantes do segmento de forma fácil para que todos os estabelecimentos, independente do porte, possam cumprir. Um dos representantes do setor que participaram da construção dos protocolos foi o presidente do Conselho Regional de Educação Física em Pernambuco, Lúcio Beltrão. Segundo ele, o segmento teve prejuízo grande com os 125 dias que ficarão parados até a segunda-feira. “Foi um prejuízo grande, de maneira geral. Muitas academias em Pernambuco fecharam as portas ou negociaram com alunos a suspensão de algumas cobranças para não cancelarem os planos. Agora temos um protocolo para funcionamento em que as próprias academias já comentaram que irão fiscalizar o cumprimento dos alunos, sob pena de descumprimento de contrato ou cobrança de multa”, comentou Beltrão. Fonte: Folha-PE
A rotina de grande parte dos brasileiros, e nordestinos, tem passado pelo acesso diário ao aplicativo Caixa Tem, ferramenta por meio da qual a Caixa Econômica Federal disponibilizou os recursos do auxílio emergencial e, mais recentemente, do FGTS. Um em cada três pagamentos do benefício é feito na região Nordeste. Na semana passada, principalmente devido ao início do pagamento do FGTS, houve longas filas de espera e falha nas operações. Sobre este assunto, saque, além de calendários e manuseio da ferramenta, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, conversou na tarde de hoje, via plataforma do YouTube do Diario de Pernambuco, com a editora de política e economia do DP, Rochelli Dantas. O pagamento do auxílio emergencial teve um grande impacto no Brasil, mas especialmente na região Nordeste. Como foi o início desta operação? Um total de 122 milhões de brasileiros, oito em cada 10 adultos, receberão algum tipo de benefício do governo federal. Do ponto de vista do auxílio, são mais de 65 milhões de pessoas. A lei foi promulgada no dia 3 de abril e já no dia 7 lançamos o aplicativo com 42 milhões de cadastros no primeiro dia. Dois dias depois, já estávamos começando a pagar mais de 50 milhões. Lá atrás já havíamos percebido, entretanto, que pagar tantas pessoas tão rapidamente geraria filas. Por isso, equilibramos o pagamento via saque, em espécie, com o aplicativo. A exceção são os beneficiados do Bolsa Família, cerca de 19 milhões de pessoas, que continuarão a receber via saque porque a grande maioria não tem conta em banco e já recebe assim há 15 anos. Para os outros 45 milhões, o pagamento é pelo aplicativo com um mês para o saque. Um total de 37,5% do valor pago pelo auxílio emergencial vai para o Nordeste, algo em torno de R$ 10º bilhões, um em cada três reais. O Norte e o Nordeste é onde há pessoas mais carentes, então, é natural esta proporção. E como está sendo a utilização do aplicativo?O uso é muito superior do que imaginávamos. Ele tinha capacidade para um milhão de usuários e hoje possui 122 milhões. Não existe, até onde saibamos, nenhum outro banco digital com tantas pessoas no mundo. Na semana passada, tivemos uma intermitência no sistema porque começamos a pagar o FGTS para 60 milhões de pessoas. Isto acontece porque justamente são elas que fazem um uso mais intenso do aplicativo. Então, é o auxílio emergencial somado a 20 milhões de pessoas por mês do FGTS, da seguinte forma: a cada segunda-feira, é realizado o pagamento de um mês de aniversário a 5 milhões de pessoas, finalizando em 21 de setembro. No início, houve muitas filas nas agências para informações e saques. Ainda é preciso ir? Como mitigar estes problemas para quem não sabe acessar o aplicativo?Cerca de dois milhões de brasileiros o utilizam todo dia pagando contas, boletos, fazendo compras. E a cada dia isto aumenta, o que mostra que as pessoas estão aprendendo. Além disso, as próprias lojas, grandes atacadistas e …
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), José Ángel Gurría, afirmou nesta segunda-feira (13) que a crise causada pela covid-19 mostrou que os mecanismos de proteção social são insuficientes e que “saúde e economia não se contrapõem”. “É um falso dilema”, disse Gurría em Cúpula Ministerial Virtual da OCDE sobre Inclusão Social para a América Latina e o Caribe, que visa debater os impactos da pandemia na região. “É preciso um pacto entre Estado, mercado e sociedade até para avançar, por exemplo, em um sistema de proteção social que cubra todos os trabalhadores e mais vulneráveis”, destacou. Segundo ele, poderá haver neste ano um acréscimo de 28 milhões de latino-americanos vivendo na pobreza e de 16 milhões na pobreza extrema. Gurría frisou ainda que um a cada cinco jovens na região da América Latina e Caribe está desempregado, três vezes mais que o dos adultos. Gurría ressaltou que a pandemia leva os países à uma nova discussão sobre a discussão por informalidade e inclusão social na região. Para o secretário-geral da OCDE, antes mesmo da crise, os países latino-americanos já sofriam com desemprego, informalidade e com o aumento da pobreza extrema, o que só piorou com o distanciamento social. “Isso piorou com medidas de distanciamento, tensões comerciais e disrupção de cadeias de valor”, avalia Gurría. “O espaço fiscal é limitado para atuação na região. Nesse complexo panorama, a crise está afetando lugares mais pobres”, contou. Para o secretário-geral, os mais vulneráveis são os trabalhadores informais, e o alto nível de informalidade também limita a contenção do vírus. “Covid-19 pode afetar outros grupos mais vulneráveis, como mulheres e índios”, contou. “Espera-se que um em cada cinco esteja desempregado [na região] em 2020.” Ele ressaltou que essa é a oportunidade de promover reformas para um crescimento mais inclusivo. “Temos que repensar modelo atual, que por décadas gerou a atual desigualdade. É preciso novo pacto entre mercado, Estado e sociedade”, frisou. Segundo Gurría, com a crise, muitos países precisaram, mesmo com dificuldades, ampliar os gastos fiscais. Ele ressaltou que, no Brasil e na Argentina, o gasto está no mesmo patamar que o de países da OCDE, diferente de outros países da região, onde esse gasto ainda é baixo por essa comparação. Fonte: G1
O governo federal editou decreto que amplia o prazo do programa que permite a redução de jornada e de salário e a suspensão de contratos de trabalho, medidas que foram anunciadas em meio à pandemia do novo coronavírus como forma de evitar uma perda maior de empregos. O decreto foi publicado no “Diário Oficial da União” desta terça-feira (14), com assinatura do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. A medida provisória inicial, que foi sancionada no último dia 6 e transformada em lei, previa a suspensão dos contratos de trabalho por até dois meses e a redução da jornada e de salários em até 70% por até três meses. Com o decreto publicado nesta terça, fica permitida a redução da jornada e do salário por mais 30 dias, completando quatro meses (120 dias) desde que a medida foi anunciada. Para a suspensão dos contratos, o prazo foi ampliado em 60 dias, e também passa a completar quatro meses (120 dias). A suspensão do contrato de trabalho poderá ser efetuada de forma fracionada, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que esses períodos sejam iguais ou superiores a 10 dias e que não seja excedido o prazo de 120 dias. O empregado com contrato de trabalho intermitente terá direito ao valor de R$ 600 também pelo período adicional de um mês, contado da data de encerramento do período de três meses. As alterações nos prazos já vinham sendo anunciadas pelo governo nos últimos dias, mas não havia uma data definida. Fonte: G1
Ainda que discretamente, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva (UTI) da rede de Saúde Pública de Pernambuco voltou a subir nos últimos dias. Nesta segunda-feira (13), de acordo com boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), 73% dos 803 leitos de alta complexidade estão ocupados. Durante a última semana, esse índice vinha caindo, à medida em que novas vagas também eram criadas (foram cinco novos leitos abertos). No último dia 5, eram 796 leitos de UTI, e a ocupação estava em 74%. No dia 7, já com 801 vagas, esse índice baixou para 70% e depois caiu para 69%, ficando estacionado durante três dias. Foi a primeira vez que o Estado teve ocupação das UTIs direcionadas para os pacientes com quadros suspeitos ou confirmados da Covid-19 com menos de 70% de preenchimento desde o início de abril, quando teve início a fase de aceleração descontrolada da epidemia. No último sábado (11), porém, o movimento voltou a ser crescente, retornando para os 70%. Nesse domingo (12), a ocupação subiu para 72% e, agora, está em 73% (mesmo com o incremento de duas novas vagas à rede). Novos casos A SES-PE registrou, nesta segunda, 431 novos casos positivos da doença no Estado, sendo 315 (73%) casos considerados leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 116 (27%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Agora, Pernambuco totaliza 72.901 casos já confirmados, sendo 21.203 graves e 51.698 leves. Foram notificados ainda mais 57 óbitos com confirmação laboratorial. Outros 57 óbitos com quadros suspeitos de infecção pelo novo coronavírus aguardam investigação. GravesPernambuco tem, no momento, 16.154 casos ativos da Covid-19, sendo 4.890 pacientes diagnosticados com SRAG associada ao novo coronavírus. Desse grupo, 387 estão em isolamento domiciliar, enquanto 4.503 encontram-se internados – 4.160 em leitos de enfermaria e 343 em regime de terapia intensiva. Esses números correspondem aos pacientes com diagnóstico fechado, visto que há pessoas hospitalizadas com quadro suspeito e ainda aguardam exame. Até agora, 181 dos 185 municípios pernambucanos já registram pacientes graves da Covid-19, além do arquipélago de Fernando de Noronha. Há ainda ocorrências com pacientes de outros estados ou países. Distribuição por município dos pacientes internados na rede Pública de Saúde de Pernambuco nesta segunda-feira (13) CurasNesta segunda-feira, foram registrados mais 245 pacientes curados, subindo para 51.095 o total de recuperados da Covid-19 no Estado. Desse grupo, 10.661 foram pessoas que manifestaram sintomas graves da doença, necessitando de internação, enquanto 40.434 apresentaram quadros leves. Óbitos As 57 mortes notificadas nesta segunda ocorreram entre os dias 7 de abril e 12 de julho e estão distribuídas nos seguintes municípios: Abreu e Lima (1), Agrestina (3), Água Preta (1), Araripina (1), Barreiros (1), Bezerros (1), Bonito (1), Cabo de Santo Agostinho (3), Camaragibe (4), Caruaru (1), Gravatá (1), Igarassu (2), Ipubi (1), Jaboatão dos Guararapes (9), Macaparana (1), Olinda (6), Paudalho (2), Paulista (5), Recife (6), Santa Cruz do Capibaribe (3), São Lourenço da Mata (2), Surubim …
O Procon Pernambuco retornou com os atendimentos de forma presencial na sua sede, localizada na Rua Floriano Peixoto, 141, no bairro de São José, centro do Recife. Apesar do retorno, o atendimento será limitado. Por dia, serão distribuídas 100 fichas, sendo 80 para abertura de reclamação, 10 para atendimento na Gerência de Fiscalização e 10 para a Gerência Jurídica. O atendimento presencial retornou nesta segunda-feira. A quantidade limitada de fichas tem o objetivo de evitar aglomerações, oferecendo mais segurança aos consumidores e servidores, para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Os consumidores que optarem por serem atendidos na sede do órgão, terão que usar obrigatoriamente máscaras. No local, das 15 baias para os atendimentos de reclamação, sete estarão em funcionamento, e após cada atendimento realizado, uma equipe de limpeza irá realizar a higienização do local utilizado. Além disso, foram instaladas placas de acrílico para separar o servidor do consumidor, tapetes sanitizantes e disponibilização de álcool em gel para higienizar as mãos. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, o órgão foi totalmente adaptado para a assegurar o atendimento dos funcionários e consumidores. “Com toda cautela e higiene estaremos reabrindo o órgão. A determinação do governador Paulo Câmara é que voltemos às atividades, mas prezando, acima de tudo, pela saúde da população” disse. Apesar de retomar com o atendimento presencial, que estava suspenso desde o final de março, por conta da pandemia, o Procon Pernambuco vai permanecer com opções de atendimento remoto. Por meio do telefone 0800 282 1512, pelo WhastApp (81) 3181-7000 e pelo e-mail [email protected], os consumidores podem realizar denúncias e tirar dúvidas. Durante o período de atendimento remoto, o órgão de defesa do consumidor, recebeu desde março, quase 50 mil solicitações, entre denúncias, abertura de reclamações e fiscalizações. Fonte: Folha-PE
O ebola está se espalhando no oeste da República Democrática do Congo e já soma quase 50 casos conhecidos em uma vasta região que faz fronteira com a República do Congo e a República Centro-Africana, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (13). Desde que as autoridades anunciaram o surto no dia 1º de junho, 48 casos foram confirmados na província de Equateur e existem mais três casos prováveis, além de um total de 20 mortes, disse o maior especialistas em emergências da OMS, Mike Ryan. “Este ainda é um surto muito ativo, e eu diria que ainda é uma grande preocupação”, disse Ryan em entrevista coletiva. A província inclui parte do Rio Congo, disse ele, acrescentando que se trata de uma área geográfica ampla, onde as comunidades estão ligadas e as pessoas viajam grandes distâncias. “Eu alertaria qualquer um que, embora os números do ebola sejam baixos, na era da covid-19 é muito importante não desviarmos os olhos dessas doenças emergentes. Vimos no Kivu do Norte e em surtos anteriores de ebola que eles podem sair de controle muito facilmente.” Ryan se referia a outro surto de ebola nas províncias de Ituri e Kivu do Norte, no leste do Congo, que foi considerado encerrado no mês passado. Aquela epidemia, a segunda maior já registrada, provocou 3.463 casos confirmados e prováveis e 2.277 mortes ao longo de dois anos. Fonte: EBC
O Ministério da Educação (MEC) divulga hoje (14) o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2020. Para saber se conseguiu ou não a vaga desejada, o candidato deve acessar o site oficial do Sisu, informando o número de inscrição e a senha. O período para matrícula da chamada regular será de 16 a 21 de julho. Ao todo, mais de 814 mil inscrições foram feitas. Segundo o MEC, mais da metade desses estudantes – 424.991 mil – disputam 51.924 mil vagas ofertadas em 57 instituições públicas de educação superior do país. Pela primeira vez, o Sisu oferece vagas na modalidade ensino a distância (EaD). Além de ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, os candidatos não podem ter zerado a redação. Quem fez o exame na condição de treineiro não pode participar. De acordo com o edital do programa, a ordem dos critérios para a classificação de candidatos é a seguinte: maior nota na redação, maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias; maior nota na prova de matemática e suas tecnologias; maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias e maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias. Lista de espera Quem não for selecionado nesta primeira chamada, deverá manifestar o interesse em participar da lista de espera, por meio da página do Sisu na internet, entre hoje e 21 de julho. A partir daí, a convocação começa a ser feita no dia 24 de julho pelas instituições para preenchimento das vagas em lista de espera. Os selecionados devem observar prazos, procedimentos e documentos exigidos para matrícula ou para registro acadêmico, estabelecidos em edital próprio da instituição, inclusive horários e locais de atendimento por ela definidos. Fonte EBC
A pandemia de coronavírus pode piorar muito se os países não aderirem às precauções básicas de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (13). “Deixe-me ser franco, muitos países estão indo na direção errada, o vírus continua sendo o inimigo público número um”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em entrevista online da sede da organização, em Genebra. “Se o básico não for seguido, o único caminho dessa pandemia será ficar cada vez pior e pior e pior.” As infecções superaram a marca de 13 milhões em todo o mundo nessa segunda-feira, de acordo com contagem da Reuters, aumentando 1 milhão em apenas cinco dias, em uma pandemia que matou mais de meio milhão de pessoas. Tedros, cuja liderança tem sido criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que de 230 mil novos casos no domingo, 80% eram de dez países e 50% de apenas dois. “Não haverá retorno ao antigo normal no futuro próximo. Há muito com o que se preocupar”, acrescentou, em um de seus comentários mais fortes nas últimas semanas. Os Estados Unidos e o Brasil são os países mais afetados. Ele disse que a OMS ainda não recebeu uma notificação formal da saída dos EUA da organização, anunciada por Trump. O presidente norte-americano diz que a OMS se alinhou à China, onde a covid-19 foi detectada pela primeira vez, no início da crise. Trump, que usou uma máscara protetora em público pela primeira vez no fim de semana, foi acusado por adversários políticos de não levar o novo coronavírus a sério o suficiente, o que ele nega. Uma equipe da OMS foi à China para investigar as origens do novo coronavírus, descoberto pela primeira vez na cidade de Wuhan. Os membros da equipe ficaram em quarentena, de acordo com o procedimento padrão, antes de começar a trabalhar com cientistas chineses, disse Mike Ryan, chefe do Programa de Emergências da OMS. Fonte: AB
Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar aproximou-se de R$ 5,40 e fechou no maior valor em duas semanas. A bolsa de valores, que tinha encerrado a semana passada no maior nível em quatro meses, reverteu a alta dos últimos dias e voltou a fechar abaixo dos 100 mil pontos. O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (13) vendido a R$ 5,388, com alta de R$ 0,064 (+1,21%). A moeda operou em alta durante toda a sessão, mas acelerou nos minutos finais de negociação até fechar na máxima do dia. A divisa acumula alta de 34,27% em 2020. No mercado de ações, o dia também foi marcado pelas oscilações. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), subiu durante quase todo o dia, mas reverteu o movimento e passou a cair na hora final de negociação, fechando a segunda aos 98.697 pontos, recuo de 1,33%. O dólar e o câmbio passaram a registrar volatilidade após o governo da Califórnia anunciar o fechamento de diversos setores da economia decorrente da subida de casos de covid-19 no estado norte-americano. No início do dia, as bolsas na maior parte do planeta subiam refletindo a liberação de testes de duas vacinas pela agência reguladora de saúde nos Estados Unidos e um possível anúncio de nova rodada de estímulos pelo Banco Central Europeu. Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões dos Estados Unidos e contratempos no combate à doença. Fonte: AB
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou o Imposto de Importação de 34 medicamentos usados no combate à covid-19. A resolução foi publicada hoje (13) no Diário Oficial da União. Entre os medicamentos beneficiados pela medida, estão Ivermectina, Fondaparinux, Varfarina, Nitazoxanida, Edoxabana e Rivaroxabana. O órgão também zerou a tarifa de máquinas para produção e embalagem de máscaras descartáveis de proteção respiratória. As máquinas deverão fabricar pelo menos 400 máscaras triplas com orelhas elásticas de estrutura compacta por minuto. A resolução zerou o Imposto de Importação de bolsas para coleta de sangue com solução anticoagulante. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Camex, órgão composto de representantes de vários ministérios presidido pelo Ministério da Economia, reduziu a zero a tarifa de 549 produtos relacionados ao enfrentamento da doença. O benefício vale até 30 de setembro. Atrofia muscular Em outra resolução publicada hoje, a Camex zerou a tarifa de importação do medicamento Zolgensma, usada no combate à atrofia muscular espinhal (AME) em crianças de até dois anos. Cotada a R$ 12 milhões e sem fabricação no Brasil, a droga é considerada o medicamento mais caro do mundo, de acordo com o Ministério da Economia. A desoneração do medicamento havia sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro na noite de sexta-feira (10), mas a decisão só foi oficializada hoje. Segundo o Ministério da Saúde, a AME é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. Até o momento, não há cura para a doença. Fonte: EBC
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (13), novo recorde de produção do diesel S-10, que é menos poluente. As refinarias processaram 1,6 milhão de metros cúbicos (m3) do produto, que tem baixo teor de enxofre, o equivalente a 10,3 milhões de barris. A informação foi divulgada em nota pela companhia. “Iniciada em janeiro de 2013, a produção do diesel S-10 vem crescendo nos últimos anos atendendo à maior demanda do mercado nacional. Esse movimento acompanha a evolução dos motores de veículos pesados e utilitários movidos a diesel, responsáveis pela maior parte da circulação de mercadorias no território nacional”, informou a Petrobras. Segundo a companhia, atualmente existem no Brasil dois tipos de diesel rodoviário: o S-500 e o S-10. Além do menor teor de enxofre, os produtos têm características específicas, como a diferença no número de cetano, índice que mede a qualidade de ignição, ou seja, quanto maior melhor. No diesel S-10, o índice chega a 48 e, no S-500, a 42. A capacidade atual de produção de diesel S-10 do parque de refino da Petrobras é de 139,4 mil m3/dia e ocorre através de unidades de hidrotratamento. O menor teor de enxofre e a melhoria do desempenho do produto refletem-se em impactos positivos na redução de contaminantes para o meio ambiente. Fonte: Folha-PE
Produtores, empresários, setor público, confederações, sindicatos e demais entidades voltadas para o agronegócio discutem como ficará o setor após o final da pandemia do novo coronavírus. A constatação que se tem é que o mercado passará a exigir maior segurança alimentar, alimentos produzidos em meio a técnicas que levem em conta a preservação dos alimentos e maior rastreabilidade de produtos (com informações sobre origem, produção e processos utilizados até se chegar ao produtor final). Alguns produtores e muitas destas entidades contam com o fato de que, como o Brasil é considerado um país que já possui uma produção confiável, ficará mais fácil tal adaptação. Mas como as mudanças devem ocorrer em escala global, as exigências impostas hoje serão ainda maiores. Será preciso tanto a preparação por parte dos agricultores – dos grandes aos pequenos – como também da instituição de políticas públicas por parte do governo que ajudem os produtores nestas mudanças de regras. “A pandemia trouxe uma série de mudanças na questão dos consumos alimentares da população. Não somente por terem sido criadas normas mais exigentes, mas também em função da mudança dos hábitos alimentares dos consumidores, o que impacta na produção e no mercado”, afirmou o diretor de Política Profissional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antônio Andrade. Ele lembrou que depois da pandemia, os alimentos passaram a ter ainda mais relação com a saúde e a questão da qualidade em predominância à quantidade, tendência que já vinha sendo disseminada entre os consumidores, que passou a ganhar ainda mais força. O diretor da entidade acredita que pontos que agregam valor ao produto na hora da compra continuam sendo mantidos, mas os consumidores serão bem mais rigorosos para saber informações sobre a forma de manipulação dos produtos e se foram usadas substâncias que possam causar problemas à saúde. Conforme contou Andrade, desde o início da covid a China teve mais regras alteradas em ambientes de frigoríficos, já que há a suspeita de que a doença tenha surgido a partir de abates irregulares naquele país. E isso se reflete numa tendência de endurecimento de padrões sanitários para produtos vindos de lá. Na avaliação do técnico, como o Brasil tem uma defesa agropecuária boa, os resultados exitosos evitaram mudanças que poderiam ter sido impostas. Mesmo assim, a Anffa aposta que terá de haver maior transparência na questão ambiental e social do país, a partir de adequações a serem determinadas por acordos comerciais. Segundo ele, o setor que mais deve sentir os impactos da pandemia tende a ser o de produção de proteína animal. As auditorias nesta área já começam a ser mais rigorosas, com exigência de maior número de documentações referentes a todo o processo de produção. “Muitos debates estão acontecendo e ainda estão por vir. CNA tem orientado bem os produtores e feito a interlocução necessária com o setor”, destacou. Fonte: Magno Martins