Nos últimos dez anos, as pessoas de menor renda da região metropolitana de São Paulo passaram a andar mais de carro e moto em suas viagens diárias, enquanto as de renda mais alta estão usando mais metrô. As viagens feitas de carro entre famílias de rendimento mensal médio entre R$ 2 mil e R$ 3,8 mil tiveram um crescimento de 82% entre 2007 e 2017 e as de moto, de 77%. Já entre aquelas com renda média mensal superior a R$ 11,4 mil, o total de viagens feitas de carro caiu 49%; e as de metrô subiram 5,7%. Os dados são da Pesquisa Origem e Destino (OD), da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), e refletem segundo especialistas políticas descoordenadas dos governos municipal, estadual e federal, que terminaram por massificar o uso de meios de transporte individuais — tidos como as principais causas de congestionamentos, acidentes e poluição — e reduzir o uso do ônibus. Leia mais: Pelo 2º dia seguido, linha 5-Lilás do Metrô de SP tem falha elétrica A pesquisa, feita a cada dez anos desde 1967, usa 156 mil entrevistas para mapear o comportamento das viagens na região metropolitana e faz um detalhado retrato da situação socioeconômica dos 39 municípios. Uma das conclusões é de que a Grande São Paulo empobreceu. Após anos de estagnação econômica, a renda média mensal das famílias foi para R$ 3.607, 11,5% menor do que em 2007 (R$ 4.075, em valores corrigidos). Olhando para o transporte, mesmo na crise, o número de viagens aumentou 10,3% (de 38 milhões para 42 milhões por dia), proporção maior do que o crescimento da população (6,9%, de 19,5 milhões para 20,8 milhões de pessoas). Mas essa alta varia de acordo com o meio de transporte e a faixa de renda, e considera uma série de fatores, como a redução do trabalho formal e o aumento, de 4% para 12%, da proporção de trabalhos que não têm um local fixo. “De um lado, você teve um abandono nos investimentos para os ônibus, sem obras para novos corredores, e uma política de reajuste das tarifas (acima da inflação) por parte da Prefeitura. De outro, houve uma política de facilitar a aquisição de carros (feita pelo governo federal). E o investimento em metrô (feito pelo Estado) foi em uma região que já era rica, o que facilitou o acesso da população de maior renda”, afirma o geógrafo Rafael Calabria, pesquisador de mobilidade urbana do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). É um quadro que acentuou as desigualdades no desenvolvimento urbano da região, segundo ele. Veja também: 26 pessoas passam mal todos os dias no Metrô de São Paulo Mudanças Em Pinheiros, o novo ramal de metrô serviu para deixar a cidade mais acessível. Moradora do bairro há 15 anos, a professora de Mídias Sociais Márcia Marques, de 60 anos, incorporou os trilhos à rotina e usa a linha para ir ao trabalho e também para o lazer. “Aos fins de semana, vou ao cinema, na Paulista, de metrô”, conta. …
a Em mais um esforço para demonstrar afinidade com o governo de Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro confirmou presença na noite desta quarta-feira (3) em coquetel pelo aniversário da independência dos Estados Unidos, ocorrida em 4 de julho de 1776. A comemoração é realizada todos os anos na embaixada do país norte-americano, em Brasília, mas o comparecimento de um presidente brasileiro ao evento é um gesto raro. A expectativa é de que o presidente seja acompanhado no evento por uma comitiva de ministros, formada por Sergio Moro (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). Desde antes de ser eleito à Presidência, Bolsonaro já citava os Estados Unidos como um parceiro preferencial. O país foi escolhido como destino de uma de suas primeiras viagens internacionais como presidente. Lá, teve um encontro bilateral com Trump na Casa Branca, em Washington. Na reunião do G20, no Japão, realizada na semana passada, Bolsonaro e Trump tiveram nova reunião, e o presidente norte-americano fez elogios públicos ao brasileiro. “Ele é um homem especial que está indo muito bem e é muito amado pelas pessoas do Brasil”, disse. Apesar dos afagos de Trump, Bolsonaro não é unanimidade nos Estados Unidos. Em abril, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse que o brasileiro é um “ser humano perigoso” e pediu ao Museu de História Natural da cidade que deixasse de sediar evento em homenagem ao presidente. Com receio de protestos, a cerimônia foi transferida para Dallas, no Texas.
O medo do desemprego cresceu, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 23 de junho. O índice subiu 2,3 pontos em relação a abril – quando a confederação fez a última pesquisa do tipo – e chegou a 59,3 pontos. O índice de junho está acima da média histórica, que é de 49,9 pontos, mas está melhor do que a situação registrada há um ano. Em junho de 2018, o índice chegou a 67,9 pontos – mesmo nível de 1996, quando começou a série histórica. Segundo o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, para reverter essa situação, é preciso que o Brasil volte a criar empregos. “Com a economia crescendo e as empresas empregando mais, a população encontrará emprego mais facilmente e a confiança aumentará”, afirmou. Idade e escolaridade De acordo com a pesquisa, o medo é maior entre as pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor grau de instrução. Entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos, o índice do medo do desemprego subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1 pontos em junho. Entre as pessoas que fizeram até quarta série do ensino fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1 pontos na comparação com abril e atingiu 65,1 pontos em junho. Regiões Entre as regiões, a pesquisa mostrou que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde ficou em 66 pontos, e menor na região Sul, onde ficou em 47,9 pontos. Satisfação com a vida A pesquisa também verificou o índice de satisfação com a vida dos brasileiros. Segundo a CNI, os brasileiros estão mais insatisfeitos em junho do que na pesquisa feita em abril. O indicador que mede o grau de satisfação com a vida caiu 0,5 ponto com relação a abril e ficou em 67,4 pontos. O valor é menor do que a média história do indicador, mas maior do que o verificado em junho de 2018. Ao contrário do medo do desemprego, a queda na satisfação com a vida foi maior entre os brasileiros que têm curso superior.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (3) substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) ao projeto (PLS 312/2016), que torna irregularidades cometidas por entidades de previdência passíveis de punição pela Lei do Colarinho Branco. Entre as novidades do texto está o enquadramento criminal da facilitação à prática de gestão fraudulenta ou temerária. Quem se envolver nesses desvios está sujeito a pena de dois a seis anos de reclusão, além de multa. Como foi votado em caráter terminativo, senão houver recurso ao plenário da Casa, o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. Pelo texto aprovado, gestores e dirigentes podem ser responsabilizados penalmente por desvios praticados na administração de planos de previdência privada, fundos de pensão públicos, dos Regimes Próprios da Previdência Social (RPPS) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep).Caberá à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), às unidades gestoras do RPPS e à Susep notificar o Ministério Público Federal caso identifiquem algum indício de crime na área. Hoje, apenas o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm essa obrigação legal. Anastasia, relator da proposta, também acolheu sugestão do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para aperfeiçoar as definições dos crimes de gestão fraudulenta e temerária na Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional. “Hoje os termos utilizados são excessivamente abertos e genéricos, por isso, dependem da doutrina e da jurisprudência para a sua conformação”. Servidores públicos Outro ajuste no texto, feito pelo relator, estendeu a responsabilização penal inserida na chamada Lei do Colarinho Branco a atos de gestão fraudulenta e temerária cometidos no regime previdenciário aplicado aos servidores públicos efetivos( RPPS), mantido pela União, por estados, Distrito Federal e municípios em suas respectivas esferas. Segundo o texto, responderão por desvios em entidades de previdência complementar pública, como a Funpresp – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federa l- gestores, dirigentes e membros de seus conselhos e órgãos deliberativos; gestores e representantes legais dos entes federativos responsáveis pelo regime; e seus prestadores de serviço.
A versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai possibilitar novos tipos de questão na prova, utilizando vídeos, infográficos e até mesmo poderá seguir a lógica dos games. O anúncio da prova por computador foi feito hoje (3) pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O exame terá uma versão piloto optativa em 2020, para 50 mil candidatos. A partir de 2026, todos os estudantes farão a prova exclusivamente por meios digitais. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a digitalização vai ao encontro do que está sendo feito no restante do mundo, além de possibilitar economia com a impressão de provas. A digitalização do Enem não é ideia nova, mas esta é a primeira vez que o exame feito por computador valerá pontos e poderá ser usado para acesso ao ensino superior. Outra vantagem, de acordo com o MEC, é a rapidez na correção. “Objetivamente, a pessoa pode receber a prova dela no celular já corrigida e verificar se concorda ou se teve algum erro de registro. Vai ter o comprovante em arquivo, tudo certinho”, disse hoje Weintraub. A redação também será feita pelo computador, digitada. Acesso a computadores Um desafio será o acesso a computadores e outros meios digitais em um país onde muitas escolas não possuem os equipamentos. De acordo com o Censo Escolar 2018, 38% das escolas públicas têm laboratório de informática e 67%, acesso à internet. O ministro acredita que até 2026, quando a versão em papel deixará de ser aplicada e a versão digital será a única disponível, a realidade brasileira terá mudado. Para a aplicação e realização do exame, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irá contratar um consórcio aplicador e caberá a essa organização providenciar os equipamentos para que os estudantes possam realizar as provas. Poderão ser usadas as instalações de universidades e de outros locais. O MEC não irá comprar computadores, vai usar a capacidade instalada, de acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes. “Isso já acontece hoje. O Enem é aplicado por parcerias que assinamos. A rede municipal e estadual não é suficiente para aplicação em papel. Usamos as universidades e já alugamos espaços. O consórcio será responsável pelas salas com estrutura de aplicação digital”, explicou Lopes. Novo ensino médio O formato digital também possibilitará, segundo o Ministério da Educação, a adequação, sem custos adicionais, ao novo ensino médio. Pelo novo modelo, que ainda está em fase de implementação, os estudantes terão uma formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular, e poderão, no restante da formação, escolher uma especialização por itinerários formativos. Os itinerários são: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico. A intenção é que, quando o modelo estiver em prática, o que deverá ocorrer em 2021, o Enem também se adeque, passando a oferecer várias opções de prova para cada itinerário escolhido pelo estudante, além de avaliar a parte comum. A prova digital vai evitar que várias versões diferentes tenham que ser impressas. Enem 2020 …
Esta quarta-feira faz um ano que Pernambuco recebeu o primeiro grupo de imigrantes venezuelanos através da interiorização de refugiados realizada pelo Governo Federal devido à crise que atinge a Venezuela desde 2015. Desde então, 317 pessoas daquele País foram trazidas para o Estado, além de outros que chegaram por conta própria (mas não há números certos), segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ). O grupo está distribuído nas cidades de Igarassu (148), Recife (116) e Carpina (53). Além da barreira do idioma e a falta de documentos, a escassez de trabalho é uma das principais reclamações de quase todos eles. Em dezembro do ano passado, Jordis Antonni Caraballo, de 25 anos, e a mulher dele Roseli Gonzales, 25, chegaram em Recife com a filha Angelys, 4. Na época, Roseli estava grávida do pequeno Antonni Abdiel, que nasceu há dois meses. A família chegou ao Brasil em maio de 2018, quando cruzou a fronteira por Roraima e passou sete meses na Capital Boa Vista. Para traz eles deixaram parentes e amigos, mas para o novo lar trouxeram sonhos e a esperança de uma vida melhor. Atualmente, eles moram em uma casa de cinco cômodos, na região central do Recife, junto com outros quatro conterrâneos, sendo dois homens, uma mulher e uma criança. Na Venezuela, Jordis trabalhava como mecânico industrial, mas diante da dificuldade em conseguir emprego na mesma área aqui no Brasil ele resolveu abraçar as oportunidades que foram surgindo. Em Roraima, ele trabalhou em lava-jatos. Já no Recife, há cerca de dois meses, passou a fazer parte da equipe de um restaurante no Bairro do Recife. Neste estabelecimento ele atuou como garçom, auxiliar de serviços gerais, churrasqueiro e agora está como ajudante de cozinha. Adaptando-se bem à capital pernambucana, eles contam que a maior dificuldade é ter que conviver longe dos parentes e amigos. “Nosso desejo é trabalhar e se organizar para trazer o restante da nossa família para o Recife”, confessa Jordis. Diferentemente dele, outros venezuelanos continuam na luta para conseguir um emprego e vencer esta etapa do processo migratório, como é o caso de Miguel Ramon Ortiz Velasquez, de 42 anos. Em seu País de origem ele trabalhava como analista de comunicação. Para poder procurar trabalho no Brasil ele aguarda a validação do diploma emitido na Venezuela. “Apesar da crise, o Brasil é muito mais organizado do que no meu País. Aqui a qualidade de vida e segurança são bem melhores”, compara. O imigrante conta que deixou a mulher e dois filhos no Venezuela, mas espera poder trazê-los pouco a pouco para Pernambuco. Em nota, a SDSCJ explicou que os venezuelanos refugiados são tratados como brasileiros, de acordo com a lei 13.455/2017. A função do Estado é garantir direitos através dos seus serviços e apoio. A secretaria afirma que está alinhada com o Ministério da Cidadania; a ONU, através da ACNUR; organizações não governamentais, como OIM, Cáritas/Pana, Aldeias Infantis, AMAI; os municípios de Recife, Igarassu e Carpina e também com empresas e pessoas que se …
O depoimento de uma testemunha levantou a possibilidade de que a arma usada para matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes teria sido jogada ao mar na Barra da Tijuca. A testemunha seria um barqueiro, contratado por um cúmplice de Ronnie Lessa para ajudar a se desfazer de diversos armamentos, entre eles a arma que matou a vereadora e o motorista. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (2) pela Polícia Civil. A testemunha depôs na Delegacia de Homicídios, na presença de integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público. Segundo as informações prestadas, as armas foram jogadas ao mar, no arquipélago das Tijucas, logo após a prisão de Ronnie Lessa, acusado de ter atirado contra Marielle e Anderson. Em nota, a Polícia Civil informou que quatro suspeitos e testemunhas foram ouvidos nesta semana, na Delegacia de Homicídios sobre o descarte das armas. Em março e abril, equipes da Marinha e do Corpos de Bombeiros realizaram buscas com auxílio de sonar no mar onde o armamento teria sido jogado, mas nada foi encontrado. Marielle e Anderson foram mortos na noite de 14 de março de 2018. Estão presos no Presídio Federal de Mossoró (RN), o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz, acusados de matar a vereadora e o motorista.
A reunião conjunta de três comissões da Câmara – em que parlamentares ouviram explicações do ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre mensagens atribuídas a ele e divulgadas pelo site The Intercept – foi encerrada na noite desta terça-feira (2) depois de uma confusão entre deputados. O tumulto aconteceu após cerca de oito horas de reunião, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ofendeu Moro. A fala de Braga gerou revolta de deputados que apoiam Sergio Moro. Parlamentares e assessores, então, cercaram a mesa da presidência da reunião. Muitos deputados ainda estavam inscritos para fazer perguntas ao ministro da Justiça. Moro deixou o colegiado e se dirigiu a uma sala destinada à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos. Com a confusão em andamento, Marcivania ainda tentou retomar os trabalhos e recomeçar o interrogatório de Moro. No entanto, a deputada disse ter sido informada de que o ministro havia deixado o prédio do Congresso e desistiu da retomada dos trabalhos. O deputado Filipe Barros (PSL-PR) disse que Marcivania não tinha “pulso” para presidir a reunião. Antes de encerrar a reunião, Marcivania pediu que as ofensas a Moro fossem retiradas dos registros da reunião. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), disse que Moro só deixou o Congresso depois que Marcivania declarou os trabalhos encerrados. Segundo Francischini, uma reunião não pode ser retomada depois de encerrada. Na avaliação do presidente da CCJ, a reunião foi encerrada porque Moro “foi desrespeitado por alguns poucos parlamentares”. (G1).
A Mega-Sena, que está acumulada pela 3ª vez consecutiva, sorteia nesta quarta-feira (3) o prêmio de R$ 34,4 milhões. As seis dezenas do concurso 2.165 serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tiête, na cidade de São Paulo, sendo aberto ao público.
O fim da isenção da contribuição previdenciária a exportadores rurais permitirá manter a economia com a reforma da Previdência acima de R$ 1 trilhão em dez anos. Segundo o relator da proposta na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o impacto fiscal corresponderá a R$ 1,074 trilhão no período. A estimativa inclui a redução de despesas de R$ 933,9 bilhões e aumento de receitas (por meio de alta de tributos e fim de isenções) de R$ 137,4 bilhões. A proposta original, enviada pelo governo em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,236 trilhão em uma década, mas não incluía elevação de receitas. A primeira versão do relatório tinha reduzido a economia de R$ 1,13 trilhão com o remanejamento para a Previdência Social de R$ 214 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O relator, no entanto, desistiu da ideia após críticas da equipe econômica e do Congresso. Do lado das despesas, o novo relatório projeta economia de R$ 688 bilhões com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que paga as aposentadorias da iniciativa privada e das estatais; R$ 136 bilhões no Regime Próprio dos Servidores Federais; R$ 74 bilhões com a redução da faixa de renda para receber o abono salarial e R$ 33 bilhões com uma medida para combater fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), também incluída hoje no relatório. Do lado da arrecadação, Moreira incluiu na proposta o fim da isenção das contribuições dos exportadores rurais para a Previdência Social, que deverá reforçar o caixa do governo em R$ 83,9 bilhões em uma década. A elevação de 15% para 20% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos deverá gerar R$ 53,5 bilhões em receitas.
O líder de oposição venezuelana Juan Guaidó disse nessa terça-feira (2) que “nunca” haverá um bom momento para negociar com a “ditadura” do presidente Nicolás Maduro, descartando uma nova rodada de conversas para pôr fim à crise política que o país vive. Guaidó e Maduro haviam enviado representantes a Oslo em maio, para discussões incentivadas pelo governo da Noruega, mas as partes não conseguiram chegar a qualquer tipo de acordo. No sábado, pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que as negociações seriam reiniciadas nesta semana. Guaidó afirmou que não havia “anúncio oficial de que ele compareceria a uma nova rodada” de diálogo. “Nunca será um bom momento para a mediação… com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura”, disse Guaidó a jornalistas na Assembleia Nacional, controlada pela oposição e dirigida por ele. Poucos detalhes foram revelados sobre as negociações de Oslo entre os representantes de Maduro e Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e denuncia Maduro como um usurpador ilegítimo que provocou recessão nos últimos cinco anos. Os comentários de Guaidó ocorrem quando a oposição expressa indignação diante da morte, na semana passada, do capitão da Marinha Rafael Acosta, enquanto estava detido em custódia militar. A esposa do capitão e grupos de direitos humanos acusam o governo Maduro de torturar Acosta e de se recusar a esclarecer as circunstâncias da morte. O procurador-chefe da Venezuela acusou, na segunda-feira (1º), dois oficiais de Inteligência de homicídio em conexão com a morte de Acosta, sem explicar como ele teria sido morto.
Em uma sessão marcada por tumultos e bate-bocas entre os deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a questionar nesta terça-feira (2) a autenticidade das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil. Moro reiterou, em audiência na Câmara dos Deputados, que o conteúdo publicado pode ter sido editado. “O que existe é um escândalo fake já afundando. Meu depoimento é igual ao do Senado porque reflete a verdade”, disse Moro. “Não reconheço, mais uma vez, a autenticidade de um material que não tenho. O que se tem presente é que não tem nada ali de conteúdo ilícito”, completou Moro.
A atleta Camila Cavalheiro, 30 anos, é a primeira mulher brasileira a disputar a olimpíada do esporte sobre rodas, o World Roller Games (WRG 2019), em Barcelona (Espanha), na modalidade inline downhill, a mais rápida e radical da patinação, que pode alcançar velocidades acima de 100 quilômetros por hora (km/h). Os jogos ocorrerão no período de 4 a 14 deste mês. Antes de viajar hoje (2), Camila falou com a Agência Brasil. O fato de ser a primeira mulher brasileira a participar do torneio a deixou bastante lisonjeada. “É um marco histórico para a patinação, principalmente na modalidade downhill, e estou muito feliz em poder representar o meu país”. Camila vai disputar com as melhores mulheres do mundo em uma modalidade que não tem muitas representantes do sexo feminino. Enquanto a downhill terá 20 mulheres concorrendo, na ala masculina serão 50 atletas. A World Roller Games será disputada por mais de 100 países. Por acaso A paixão de Camila pela patinação surgiu em 2013, após entrar em uma loja de artigos esportivos e assistir a um vídeo sobre o esporte. No ano seguinte, ela participou do primeiro campeonato nacional, em Curitiba, e obteve seu primeiro pódio. Ela foi primeira colocada no jump (salto em altura) e terceira no slide (técnica de freios para mostrar habilidades). No total, a atleta já participou de sete competições de freestyle slide (modalidade de derrapagem). Natural de Maringá (PR), Camila mora atualmente na região da Penha (SP). Pelo seu elevado rendimento no esporte, ela foi convocada pela Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) para participar da competição internacional. Mas até que isso se tornasse realidade levou um bom tempo. A atleta teve, inclusive, que fazer uma ‘vaquinha’ online para conseguir viajar para Barcelona. Alta velocidade A competição terá início no dia 4, quando as atletas farão o reconhecimento da pista, conhecido como treino livre. No dia 5, elas descem sozinhas “e vão contra o relógio”, ressalta Camila Cavalheiro. “Tem que fazer uma descida o mais rápido possível. O resultado permite que as melhores consigam se classificar para as oitavas de final. Aí, eu já posso ganhar uma medalha como melhor descida”, salienta Camila. Dependendo da classificação, vão sendo montadas as baterias de atletas para as finais. No dia 6, as desportistas disputam entre si até chegar à final. “Aí, decide. Vai ver quem será a campeã, quem desce primeiro”, afirma Camila. Nessa modalidade do ‘downhill‘, as atletas podem pegar duas medalhas: pela descida e na competição de baterias. O retorno da atleta ao Brasil está programado para o próximo dia 10. Avaliação Para o diretor técnico do Comitê de Patinação Inline Downhill da CBHP, Dennis Henrique dos Santos Tavares, o fato de Camila ser a primeira atleta do Brasil nessa modalidade a representar o país em um campeonato de nível mundial “é um marco histórico para a modalidade. E ela tem um nível técnico muito bom, tem chance de trazer medalhas para o Brasil, o que é difícil nessa modalidade. Mas a gente está …
Depois de participar do Encontro Nacional de Legislativos Municipais e Fórum da Mulher Vereadora em Caruaru e aproveitar a ocasião para lançar o livro “Reforma da Previdência Social Não”, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) passou por mais sete municípios pernambucanos neste final de semana: Serra Talhada; Afogados da Ingazeira; Itapetim; Brejinho; São José do Egito; Tuparetama e Arcoverde. Em Serra Talhada, Patriota foi se despedir do amigo e ex-vereador Edmundo Gaia que faleceu aos 85 anos, ele era um defensor do distrito de São João dos Gaia, onde nasceu e atualmente era o primeiro suplente da casa Legislativa. Após, seguiu para Afogados da Ingazeira onde concedeu entrevista à TV Samburá e falou sobre sua atuação no Congresso Nacional. Patriota também marcou presença na 15ª Expoagro que acontece no período da emancipação política do município. Já em Itapetim, participou da festa de São Pedro. Uma multidão compareceu para prestigiar o evento. O palco principal do evento recebeu o nome do Poeta Rogaciano Leite, uma homenagem aos cem anos do ícone da poesia itapetinenses. “Essa é a sexta vez que venho em Brejinho depois das eleições, assim como os demais municípios, sempre faço questão de estar presente, perto do povo, me colocando à disposição”, disse o socialista. Em Brejinho, Patriota se reuniu com a prefeita Tânia Maria; o vice Manoel da Carne, o ex-prefeito José Vanderley e os vereadores para discutirem algumas necessidades do município. A agenda continuou em São José do Egito, onde participou de uma audiência sobre segurança pública, na Câmara de Vereadores. Em Tuparetama, o deputado, através da articulação do vereador Diógenes Patriota, conseguiu o apoio de mais uma vereadora: Vandinha. Agora, além desses dois vereadores citados, o parlamentar conta com mais dois vereadores o apoiando no município, são eles: vereador Valmir Tunu e o vereador Hidelbrando. Ele ainda concedeu entrevista a rádio Tupã FM e falou sobre a Reforma da Previdência. Para encerrar os compromissos, Gonzaga esteve em Arcoverde e visitou o Padre Airton, responsável pela Fundação Terra. Através da Fundação, o padre mantém o Centro de Reabilitação Mens Sana que atende pacientes de Arcoverde e mais 38 municípios da região. O local recebe pacientes de baixa renda, com lesões psicomotoras, neurológicas e outras paralisias. Além disso, ainda desenvolve outros trabalhos sociais. À noite, o socialista sertanejo participou do encerramento do São João de Arcoverde, ao lado da prefeita Madalena Brito. Com o tema ‘Os Mestres da Sanfona na Capital do São João’, o evento aconteceu de 21 a 29 de junho e contou com grandes atrações musicais do cenário nacional.
O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), recuou na ideia de destinar recursos do PIS/Pasep, que hoje são usados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para reduzir o rombo da Previdência Social. A medida, que estava prevista na primeira versão do relatório de Moreira, apresentada em 13 de junho, gerou críticas na equipe econômica e no Congresso. Mesmo sem esses recursos, o novo parecer, apresentado nesta terça-feira (2), se aproxima da meta do ministro Paulo Guedes (Economia) de uma economia superior a R$ 1 trilhão em dez anos. No entanto, o cálculo usado no voto do relator considera, por exemplo, o fim da isenção de contribuição previdenciária sobre exportações, o que gera um ganho de aproximadamente R$ 80 bilhões em uma década. Quando o presidente Jair Bolsonaro enviou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de reestruturação do sistema de aposentadorias, técnicos do Ministério da Economia afirmaram que essa medida não estava considerada na estimativa de R$ 1,236 trilhão. Moreira, no texto apresentado nesta terça, manteve a proposta de elevar, de 15% para 20%, a alíquota de CSLL (contribuição social sobre lucro líquido) para bancos. Isso representa uma elevação de quase R$ 50 bilhões em dez anos na arrecadação federal. Integrantes da equipe econômica também foram contra essa ideia, pois não queriam medidas tributárias na reforma da Previdência. Conforme antecipou a Folha de S.Paulo, Moreira fez uma alteração no relatório para poupar a B3, bolsa de valores de São Paulo, do aumento de tributação. Apesar de mais uma tentativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em costurar um acordo entre governadores e líderes partidários, a nova versão da reforma da Previdência não prevê efeito para estados e municípios. Líderes que representam a maioria da Câmara não querem aprovar medidas que ajudariam no ajuste de contas públicas de governadores e prefeitos que fazem campanha contra a reforma. Por isso, exigem que deputados da oposição também votem a favor da proposta de endurecimento das regras de aposentadorias para trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos. Apesar de forte lobby contrário à medida no Congresso, a reforma da Previdência, apresentada nesta terça, voltou a prever que servidores públicos possam ser obrigados a pagar uma contribuição extra para solucionar o déficit do sistema, conforme informou a Folha de S.Paulo em junho. Além de propor um aumento da alíquota normal de contribuição previdenciária para funcionários públicos com altos salários, o governo quer permitir a criação de uma taxa extra diante de elevados rombos do regime. Essa possibilidade acabou sendo retirada no primeiro relatório do deputado, o que desagradou a equipe econômica. A nova versão da reforma da Previdência, apresentada nesta terça-feira (2), prevê uma economia R$ 1,071 trilhão em dez anos.
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já estão prontas e se encontram na gráfica para diagramação e impressão. Segundo o presidente substituto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Camilo Mussi, a autarquia entregou a mídia com as questões na última sexta-feira (28), antecipando o cronograma, que previa o envio apenas ontem (1º). “Estamos três dias antecipados e estamos mantendo o cronograma”, afirmou hoje (2) a parlamentares em audiência pública na Comissão Externa – Ministério da Educação na Câmara dos Deputados. “O cronograma está mantido e a prova está mantida”, assegurou. Mussi foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o andamento e a segurança do exame deste ano. Segundo ele, toda a segurança está garantida. Substituições no Inep e a decretação de falência da empresa RR Donnelley, que era detentora do contrato para a impressão do Enem, causaram insegurança sobre a realização do exame. A gráfica foi substituída pela Valid S.A., a segunda colocada na licitação realizada em 2016, garantindo a impressão das provas. “Na semana passada, a Polícia Federal esteve na gráfica, como faz todos os anos, na quinta e na sexta”, diz. “A PF verificou a área de diagramação e impressão e deu o ok. Na sexta, fizemos outra visita, e a segurança da gráfica foi confirmada.” De acordo com Mussi, todos que têm algum contato com as questões da prova, desde servidores do Inep até funcionários da gráfica, assinam um termo de sigilo que tem cláusulas penais, o que permite “que o Inep, ocorrendo um vazamento, possa puni-los de acordo com o Código Penal”. Mussi ressaltou ainda que nos dia da aplicação do exame a segurança será reforçada. Todos os banheiros terão detectores de metal, o que antes ocorria apenas em alguns locais. Além disso, serão eliminados os candidatos cujos celulares tocarem durante a aplicação do exame, até mesmo aqueles cujos aparelhos tocarem o alarme. “O celular que tocar eliminará o candidato, até mesmo o alarme, o que é novidade este ano. Antes, tocava o alarme e não eliminava, neste ano, começa a eliminação por qualquer que seja o toque”, alerta. Pelo cronograma, as provas serão impressas até o dia 17 deste mês. A partir do dia 24, começarão a ser expedidas e armazenadas para, a partir do dia 3 de outubro, serem distribuídas. Novo Enem Outro assunto abordado na audiência pública foram as mudanças que terão que ser feitas no exame para adequá-lo ao Novo Ensino Médio, sancionado em 2017. Parte do currículo da etapa de ensino deverá ser destinada a uma formação comum a todos os estudantes do Brasil, definido pela chamada Base Nacional Comum Curricular, e parte deverá ser destinada a uma formação específica que poderá ser escolhida pelo estudante. O Enem terá, portanto, que avaliar essa nova formação, que ainda está em fase de implementação. Segundo Mussi, as mudanças deverão ocorrer no exame de 2021. “Já estamos adaptando as matrizes de referência do Enem. Isso está sendo estudado pelo Inep para 2021. Em 2019 e 2020, [o Enem] ainda continuará …
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta terça-feira (2) que a suposta “invasão” de celulares de autoridades para obter mensagens faz parte de uma “tentativa criminosa de invalidar condenações” da Operação Lava Jato. Moro deu a declaração ao participar de audiência na Câmara solicitada por parlamentares de três comissões. Nas últimas semanas, o site The Intercept publicou uma série de reportagens que revela supostas mensagens trocadas entre Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Segundo o site, o ministro orientou a atuação de procuradores da República na época em que era o responsável pelos processos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná. O ministro e os integrantes do Ministério Público não reconhecem o conteúdo das mensagens. “A meu ver, o que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações, e o que é pior: a minha principal suspeita é de que [o objetivo] seja evitar o prosseguimento das investigações. Criminosos que receiam que as investigações possam chegar até eles e estão querendo se servir desses expedientes [as invasões e as mensagens] para impedir que as investigações prossigam”, afirmou o ministro. Na primeira fala aos deputados, Moro afirmou, mais de uma vez, que agiu “com correção e com base na lei” durante a condução dos processos da Lava Jato na primeira instância. O ex-juiz também disse que tomou as decisões como magistrado “sem qualquer espécie de desvio”. “Minha opinião é de que alguém com muitos recursos está por trás dessas invasões e o objetivo principal seria invalidar condenações da Lava Jato”, voltou a sugerir Moro, a exemplo do que já havia afirmado quando, há duas semanas, prestou esclarecimentos no Senado sobre as mensagens divulgadas pelo The Intercept. O ministro da Justiça também reafirmou aos deputados que as supostas “invasões a celulares” não devem ter sido feitas por um “adolescente com espinhas”, mas por várias pessoas. Ele também já havia usado a mesma metáfora no Senado. Sérgio Moro saiu em defesa da Lava Jato diante dos deputados. Para ele, “é inegável que a operação mudou a impunidade no Brasil.
Ao apresentar parecer final da CPI criada no Senado para investigar as causas e os responsáveis pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), o senador Carlos Viana (PSD-MG) pediu nesta terça-feira (2) o indiciamento de 14 funcionários da Vale e da empresa de auditoria alemã TÜV SÜD e também o das duas empresas. Em relação aos 14 funcionários apontados como responsáveis pela tragédia (veja mais abaixo a lista completa), Carlos Viana sugeriu à CPI que eles respondam por homicídio culposo (sem intenção de matar, com culpa inconsciente), lesão corporal, destruição de flora e poluição. Viana recomendou ainda no relatório que a Vale e a TÜV SÜD respondam judicialmente pelos crimes de destruição de florestas, incluindo a Mata Atlântica, além de poluição com morte dos animais e da vegetação. De acordo com o relator, a onda de rejeitos de mineração inviabilizou a área afetada para ocupação humana. A tragédia na barragem da mineradora Vale, que ocorreu em janeiro, deixou, pelo menos, 246 mortos e 24 desaparecidos. Veja quem são as vítimas identificadas da tragédia de Brumadinho Os integrantes da CPI podem votar ainda nesta terça o relatório do senador de Minas Gerais. Se o parecer for aprovado, as recomendações dos parlamentares serão encaminhadas ao Ministério Público, para que seja avaliada a possibilidade de denunciar os investigados à Justiça. Entre os funcionários alvo do pedido de indiciamento está o presidente afastado da Vale Fábio Schvartsman. Ele deixou o comando da mineradora em março, após a força-tarefa de promotores, procuradores e policiais que investiga o rompimento da barragem ter recomendado o afastamento do executivo e de outros 13 empregados da mineradora. Oito funcionários da Vale diretamente envolvidos nos procedimentos de segurança e estabilidade da barragem que se rompeu em Brumadinho chegaram a ser presos, mas depois foram libertados. Contratada pela Vale para fazer auditoria em áreas de barragens, a TÜV SÜD passou a ser investigada porque emitiu laudo garantindo a estabilidade da estrutura de depósito de rejeitos de mineração. Veja abaixo quem são os 14 funcionários alvo do pedido de indiciamento: >>> Vale Fábio Schvartsman, presidente afastado da Vale Gerd Peter Poppinga Luciano Siani Lúcio Flavo Gallon Cavalli Silmar Magalhães Silva Alexandre de Paula Campanha Rodrigo Artur Gomes de Melo Joaquim Pedro de Toledo Renzo Albieri Guimarães Carvalho Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo César Augusto Paulino Grandchamp Cristina Heloiza da Silva Malheiros >>> TÜV SUD Makoto Namba André Jum Yassuda O que diz o relatório O parecer do senador Carlos Viana afirma que, no ano passado, a barragem de Brumadinho sofreu “grave fraturamento hidráulico” durante a instalação de um dreno. Segundo o relatório, o incidente foi relatado à Agência Nacional de Mineração (ANM), mas com menor ênfase de risco do que a que havia sido reportada no relatório interno da Vale. O relator afirmou ainda que deveriam ter sido realizadas obras na barragem com o objetivo de reduzir o nível de água. Carlos Viana destacou no documento que, no dia do rompimento, um forte fluxo de água …
As vendas de carros, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus subiram 12% no 1º semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2018, informou a federação dos concessionários (Fenabrave) nesta terça-feira (2). Foram emplacados 1,3 milhão de veículos entre janeiro e junho, contra 1,16 milhão há 1 ano. A entidade revisou para baixo a projeção de vendas para o ano. Agora, espera uma alta menor do que estimava no começo do ano. Para a Fenabrave, os emplacamentos serão 8,37% maiores do que em 2018, quando foram vendidos 2,56 milhões de veículos. A expectativa é de que 2019 se encerre com 2,78 milhões de unidades emplacadas. Em janeiro, a previsão era de alta de 11,15% (2,85 milhões). No balanço mensal, as vendas de junho foram 10,5% maiores em relação ao mesmo período do ano anterior, com 2 dias a úteis a menos, nesta comparação. Sobre maio, houve queda de 9%: o mês anterior teve 3 dias úteis a mais do que junho. A Fenabrave destacou o crescimento de 23% nas vendas diretas, como as que são feitas para locadoras de veículos. O estoque de veículos também aumentou, refletindo, inclusive a crise na Argentina, que está afetando as exportações. Carros A venda de automóveis e comerciais leves cresceu 10,8% no semestre em relação ao 1º semestre de 2018. Foram emplacadas 1,24 milhão de unidades. Em junho, a alta foi de 9,4%, com 234 mil carros vendidos. Caminhões e ônibus se destacam As vendas de caminhões e ônibus foram o destaque positivo no balanço semestral, com altas de 45% e 71%, respectivamente, também na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram comercializados 46,8 mil caminhões entre janeiro e junho. Os emplacamentos de ônibus somaram 12,4 mil. Em junho, as vendas de caminhões subiram 36,2%, com 7,8 mil unidades, e as de ônibus, 63,5%, com 1,97 mil. Motos na ‘contramão’ Contado à parte, o segmento de motos teve alta de 16% nos emplacamentos no 1º semestre, comparado a 1 ano antes. Foram vendidas 530 mil unidades. Em junho, houve alta de 8%, com 80 mil motos vendidas. Ao contrário de outros segmentos, a previsão da Fenabrave para 2019 em motos foi revisada para cima. A expectativa agora é de que seja 10,6% maior do que no ano passado, totalizando 1,04 milhão de unidades. Em janeiro, era esperado um crescimento de 7,3% no ano (1 milhão de motos vendidas).
A comissão especial da reforma da Previdência (PEC 6/19) na Câmara dos Deputados volta a se reunir na tarde de hoje (2) para a apresentação do voto complementar do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), com algumas modificações no seu relatório. A possível reinclusão de estados e municípios na proposta ainda está em negociação. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estão reunidos com líderes partidários e governadores na residência oficial da Câmara desde a manhã para negociar que as novas regras valham também para servidores estaduais e municipais. De acordo com o projeto enviado pelo governo federal, a proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do deputado Samuel Moreira. O líder da maioria, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), defende a inclusão dos governos locais na PEC se os governadores conseguirem agregar votos das bancadas estaduais para a aprovação da reforma. “É preciso uma adesão muito clara dos governadores em torno da previdência. Eu defendo a entrada [dos estados e municípios na reforma] desde que haja o compromisso do voto. É muito cômodo você torcer para que se aprove uma reforma em seu benefício mas você se posicionando contra”. Durante as conversas com os parlamentares na semana passada, os governadores afirmaram que a reforma como está não resolve o problema de caixa dos estados. Eles reivindicaram a aprovação de projetos que aumentem os recursos dos governos locais.
O Ministério da Educação autorizou a abertura de novas inscrições no Programa de Bolsa Permanência (PBP) deste ano, para estudantes indígenas e quilombolas, matriculados em cursos de graduação presencial ofertados por instituições federais de ensino superior. De acordo com a portaria publicada na edição desta terça-feira (2) do Diário Oficial da União, as inscrições deverão ser realizadas por meio do Sistema de Gestão da Bolsa Permanência (SISBP), até 30 de agosto de 2019. Até a mesma data, será feita, também, a análise da documentação comprobatória de elegibilidade do estudante ao PBP e a aprovação do respectivo cadastro no SISBP pelas instituições federais de ensino superior. De acordo com o MEC, o PBP foi instituído pela Portaria 389, de 9 de maio de 2013, e “tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para permanência e diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica das instituições federais de ensino superior”. Já o SISBP objetiva gerenciar as ações relacionadas ao PBP, sobretudo, o ingresso de estudantes no programa e o pagamento de bolsas.
O Gabinete da Intervenção Federal (GIF) investiu R$ 437 milhões na segurança do Rio de Janeiro até junho deste ano. O dinheiro foi usado na compra de equipamentos para as polícias, bombeiros e agentes penitenciários do estado, áreas sob intervenção da União de fevereiro a dezembro do ano passado. Apesar da intervenção já ter terminado há seis meses, as entregas de equipamentos vão continuar nos próximos meses, uma vez que cerca de R$ 1,2 bilhão foram empenhados nos gastos. De acordo com informações repassadas pelo gabinete, entre os R$ 437 milhões já investidos, R$ 198 milhões foram utilizados em peças para veículos e R$ 96 milhões em equipamentos de proteção como coletes; R$ 24 milhões em armas e munições; e R$ 13 milhões em equipamentos de perícia.
A produção nacional de petróleo no país em maio deste ano chegou a 2,731 milhões de barris por dia e superou o recorde anterior, de dezembro de 2016 (2,73 milhões). O dado foi divulgado hoje (2) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O resultado é 4,9% a produção de abril e em 4,7% a produção de maio do ano passado. Segundo a ANP, outra marca superada em maio deste ano foi a da produção nacional de gás natural, que chegou a 118 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) . O recorde anterior era de outubro de 2018 (117 milhões). O aproveitamento do gás natural de 95,8% do total produzido. Com os resultados, a produção total de petróleo e gás natural atingiu 3,473 milhões de barris de óleo equivalente por dia (medida que junta óleo e gás). A produção da camada pré-sal também superou o recorde anterior, tanto em volume quanto em percentual de participação no total nacional. Foram produzidos 2,106 milhões de barris de petróleo por dia, ou seja, 60,7% do total da produção nacional. Foram 1,674 milhão de barris de petróleo e 68,7 milhões m³/d, de gás natural.
A produção industrial brasileira recuou 0,2% na passagem de abril para maio deste ano. O dado, da Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), foi divulgado hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda veio depois de uma alta de 0,3% em abril, na comparação com março. Por outro lado, a produção industrial teve alta de 7,1% na comparação com maio de 2018, depois das quedas de 3,9% em abril e de 6,2% em março. No acumulado do ano, houve queda de 0,7% no acumulado do ano. Já no acumulado de 12 meses, a produção não apresenta variação. De abril para maio, a queda foi puxada pelos bens de consumo. Os bens duráveis apresentaram um recuo de 1,4% e os semi e não duráveis caíram 1,6%. Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos do setor produtivo, tiveram alta de 0,5%, enquanto os bens intermediários – os insumos industrializados usados no setor produtivo -, avançaram 1,3%. Dezoito dos 26 ramos industriais tiveram queda na produção de abril para maio, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), bebidas (3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (7,1%), outros produtos químicos (2%), produtos de metal (2,3%), produtos de minerais não-metálicos (2,1%) e produtos diversos (5,8%). Entre os oito ramos com alta na produção, o melhor desempenho foi apresentado pelas indústrias extrativas, que avançaram 9,2% e eliminaram parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019. Também teve alta importante o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%).
O governador Paulo Câmara (PSB) esteve em Afogados da Ingazeira (PE), no Sertão do Pajeú, ontem (1º), onde participou da inauguração do Centro Especializado em Reabilitação Física, Auditiva e Visual – Governador Eduardo Campos. Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual falou sobre o Hospital do Sertão, equipamento que está sendo construído em Serra talhada, cidade da mesma região. “A saúde tem sido um grande desafio. Em 2020 esperamos inaugurar o Hospital do Sertão, inauguramos hoje este belíssimo espaço que é uma referência no Brasil”, afirmou o governador, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Afogados. No portal da Secretaria Estadual de Saúde (SES) consta que o Hospital do Sertão, que receberá um investimento total de R$ 60 milhões, irá beneficiar mais de 236 mil habitantes de dez cidades da região. Com capacidade para realizar, em média, 500 internamentos por mês, serão disponibilizados, entre outros serviços, atendimento ambulatorial nas especialidades de traumato-ortopedia, clínicas geral, cardiológica e neurológica. Vale frisar que esse hospital era para ter sido entregue no início de 2019, mas houve um alongamento de 24 meses no prazo de netrega.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reunirá com governadores do Nordeste nesta terça-feira (2) para tratar da reinclusão de Estados e municípios no texto da reforma da Previdência. Os chefes dos executivos locais, no entanto, também apresentarão uma agenda de projetos que podem levar mais recursos aos entes federativos no curto prazo. A reunião foi confirmada por assessorias de governadores que estarão presentes ao encontro. A negociação está travada e a avaliação é de que será muito difícil viabilizar o acordo. Parlamentares já consideram tratar do assunto em um segundo momento, com a apresentação de um projeto de lei complementar ou outra medida após a aprovação da reforma pela Câmara. A percepção é que os governadores do Nordeste não serão capazes de convencer suas bancadas e garantir a entrega dos votos para a aprovação da reforma. Os gestores estaduais estão mais empenhados no encaminhamento de um pacote de projetos que pode gerar receita às suas regiões no curto e no médio prazos do que na reforma da Previdência. Alguns avaliam que, além de gerar recursos apenas a longo prazo, a proposta tem caráter impopular e pode trazer consequências para o debate eleitoral do ano que vem. Os governadores querem que o Congresso aprove o projeto do bônus de assinatura do pré-sal e o da securitização. Na semana passada a Câmara já aprovou a proposta que trata da distribuição de recursos do fundo social do pré-sal. (AE).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (1º) detalhes sobre o Censo Demográfico 2020. O questionário básico, a ser aplicado em cerca de 71 milhões de domicílios, conta com nove blocos, subdivididos em 26 questões. Já o questionário da amostra, mais detalhado, tem 17 blocos, subdivididos em 76 questões. Por ser mais extenso, ele será aplicado em cerca de 7,1 milhões domicílios particulares permanentes do país. Para o diretor de pesquisas do IBGE, Eduardo Rios Neto, o questionário básico contempla aspectos centrais, como a contagem de domicílios e da população, incluindo análises por idade e sexo. “Além disso, a gente manteve a pergunta sobre mortalidade, uma pergunta que havia dúvidas no debate [durante a preparação dos questionários] e, por causa da centralidade do envelhecimento populacional, preservou-se”, disse, em entrevista à Agência Brasil. Rios Neto comentou que ficou fora do questionário a pergunta sobre emigração. Houve mudanças também no que se refere à renda. “Em 2010, ela foi colocada para todos os indivíduos da população e, em 2000, era só para a pessoa responsável pelo domicílio. Então, isso faz uma diferença – coletar de três a quatro pessoas para uma pessoa. Agora, em 2020, optou-se por coletar pela pessoa responsável”, observou. O diretor negou que a redução tenha sido por questão econômica. “A razão disso foi para encurtar o tempo de entrevista do questionário básico. Se comentou que a razão seria econômica, mas a razão principal é para facilitar coletas alternativas, principalmente em domicílios de difícil contato”, pontuou. De acordo com Rios Neto, houve cortes também no questionário da amostra. “Em 2010, ele sofreu algumas alterações que prejudicaram. Por exemplo: o cálculo dos anos de estudo. Não era possível calcular os anos de estudo das pessoas. Em 2010, se calculava as faixas, mas não se conseguia saber, por pessoa, os anos concluídos. Parece uma bobagem, mas acabou prejudicando um número grande de análises que deveriam ter sido feitas. Então, em 2020 a educação permite fazer o cálculo de anos de estudos”, comparou. Com relação a retirada de quesitos relacionados a bens duráveis, como televisão, geladeira e automóveis, o argumento, de acordo com o diretor, é que outras pesquisas do IBGE já fornecem esse tipo de informação. “Elas [as informações] são obtidas trimestralmente nas PNAD [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios]. Toda a bateria de bens de consumo é pesquisada pelo IBGE”. O diretor admitiu que houve uma grande controvérsia sobre a retirada do item valor de aluguel do censo. “Esse item não foi coletado também sob o mesmo argumento – de que é coletado trimestralmente na PNAD contínua. Nada que uma boa análise técnica não possa resolver”, concluiu. Temas O Censo 2020 vai pesquisar, entre outros, temas como características dos domicílios, identificação étnico-racial, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento. O diretor elogiou a versão final dos questionários no que se refere à renda dos brasileiros. “A gente conseguiu manter a renda de trabalho, a de não trabalho e a de todos os trabalhos para quem tem mais de uma …
O Ministério da Educação (MEC) divulga hoje (2) o resultado da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) na página do programa. Para assegurar a bolsa de estudos, os estudantes que foram selecionados devem, a partir desta terça-feira, ir às instituições de ensino e comprovar as informações fornecidas na hora da inscrição. No site do ProUni está disponível a lista da documentação necessária. Cabe aos estudantes verificar, nas instituições de ensino para as quais foram selecionados, os horários e o local de comparecimento para a aferição das informações. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 8 deste mês. Aqueles que não foram selecionados podem ainda participar da lista de espera nos dias 15 e 16 de julho. ProUni Ao todo, serão ofertadas para o segundo semestre deste ano 169.226 bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior, sendo 68.087 bolsas integrais, de 100% do valor da mensalidade, e 101.139 parciais, que cobrem 50% do valor. As bolsas integrais são destinadas a estudantes com renda familiar bruta per capita de até 1,5 salário mínimo. As bolsas parciais contemplam os candidatos que têm renda familiar bruta per capita de até 3 salários mínimos. Quem pode participar Podem participar do ProUni candidatos que não tenham diploma de curso superior e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018. Além disso, os estudantes precisam ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em instituição privada como bolsista integral. É preciso ter obtido no mínimo 450 pontos na média aritmética das notas obtidas nas provas do Enem. O cálculo é feito a partir da soma das notas das cinco provas, dividida por cinco. Outra exigência é de que o aluno não tenha tirado zero na redação. Também podem se inscrever no programa estudantes com deficiência e professores da rede pública.
A prática de exercícios físicos intensos sem o tempo de recuperação adequado provoca alterações negativas em estruturas vitais do organismo, como coração, fígado e sistema nervoso central, revela pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Antes, já era sabido que esse tipo de treinamento intenso sem intervalos necessários levava à síndrome do overtraining, desencadeando sintomas como depressão, insônia, irritabilidade, queda na imunidade, perda de apetite e de peso. O trabalho mostra que os prejuízos vão além da queda do rendimento. O professor Adelino Sanchez Ramos da Silva, da Escola de Educação Física e Esporte, disse que a síndrome de overtraioning era explicada, até então, pelo fato de que lesões no tecido musculoesquelético causadas pelo exercício excessivo induziriam à liberação na corrente sanguínea de substâncias pró-inflamatórias (proteínas produzidas por células de defesa e conhecidas como citocinas), que desencadeariam os efeitos sistêmicos. A pesquisa, coordenada por ele, comprovou essa hipótese, formulada há 20 anos, e mostrou que há outras alterações negativas em órgãos vitais. “O diferencial dos nossos estudos, que vêm sendo desenvolvidos há 10 anos, é que, além dessas alterações, nós verificamos, em estudos com camundongos, que o desequilíbrio entre o excesso de exercício físico e o período destinado à recuperação está associado a uma inflamação em músculos esqueléticos, sangue, hipotálamo, coração e fígado”, explicou Silva. Foram feitos testes com camundongos, submetidos a diferentes práticas de overtraining, como corrida no plano, na subida e na descida, durante oito semanas. Todos os protocolos de exercícios em excesso provocaram prejuízo na sinalização da insulina no tecido musculoesquelético, ou seja, as células musculares ficaram com mais dificuldade de captar a glicose que circula no sangue. “Essa dificuldade foi compensada tanto pelo coração quanto pelo fígado, que aumentaram os estoques de glicogênio”, disse Silva. Ele acrescentou que o coração apresentou sinais de fibrose e também sinais moleculares de hipertrofia patológica. O fígado teve aumento da gordura que ocorre, por exemplo, em doenças como diabetes e obesidade. A inflamação no hipotálamo foi associada à diminuição do apetite e do peso corporal dos camundongos. “É importante frisar que, após duas semanas de recuperação total, em que os animais não foram submetidos a nenhuma sessão de treinamento, as alterações inflamatórias no músculo esquelético, no soro e no hipotálamo retornaram aos valores normais, no entanto, o desempenho dos animais continuou diminuído”, afirmou. Segundo o pesquisador, esse resultado sugere que outros mecanismos, além da citocinas pró-inflamatórias, estejam envolvidos na diminuição do desempenho em resposta ao desequilíbrio entre o excesso de exercício físico e o período destinado à recuperação. “Os próximos passos da nossa pesquisa serão avaliar animais que apresentam deficiência dessa citocinas, que são conhecidos como animais nocaute, para que possamos averiguar qual o real papel dessas citocinas”, afirmou. Silva destacou que o exercício físico – feito de forma regular e moderada e sob orientação de um profissional de educação física – é uma estratégia “não farmacológica extremamente eficiente para a prevenção e tratamento de diversas patologias”. “Os nossos resultados servem como alerta para os indivíduos que …
A Mega-Sena, que está acumulada pela 3ª vez consecutiva, sorteia nesta quarta-feira (3) o prêmio de R$ 34,4 milhões. As seis dezenas do concurso 2.165 serão sorteadas a partir das 20h (horário de Brasília) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tiête, na cidade de São Paulo, sendo aberto ao público. De acordo com a Caixa, o valor do prêmio, caso aplicado na poupança, poderia render aproximadamente R$ 127 mil por mês. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer loja lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. O bilhete simples, com seis dezenas, custa R% 3,50.