As inscrições para o Prêmio Brasil Mais Inclusão 2019 terminam hoje (28) e podem ser feitas até o final do dia no site da Câmara dos Deputados. O projeto é destinado a entidades que tenham realizado ações para a inclusão de pessoas com deficiência ou que tenham elas próprias exemplos de vida e superação. As indicações podem ser feitas por deputados e senadores e pela sociedade civil. Empresas, ONGs e Oscips concorrem na categoria Mérito João Ribas. Já os indicados por parlamentares concorrem também na categoria Mérito Darci Barbosa. Segundo os organizadores, os 10 vencedores serão contemplados com diplomas de menção honrosa. A escolha vai ocorrer no dia 7 de agosto e a solenidade de entrega dos prêmios está marcada para 18 de setembro. Inclusão Em 2014, o Plenário da Câmara dos Deputados foi adaptado para receber pessoas com dificuldades de locomoção e neste ano a Casa adaptou sua estrutura para atender às necessidades de acessibilidade do primeiro deputado cego, Felipe Rigoni (PSB-ES). Em 2015, foi aprovado o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15). Também foram criadas a Comissão Permanente sobre Direitos da Pessoas com Deficiência e a Coordenação de Acessibilidade, esta última com o objetivo de estimular a acessibilidade no país. O Prêmio Brasil mais Inclusão é uma homenagem ao Dia Nacional da Luta de pessoas com deficiência, comemorado no dia 21 de setembro.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, confirmou a participação em audiência pública, na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira (2), para dar explicações sobre o material publicado pelo portal The Intercept Brasil. A ida de Moro à Câmara foi anunciada pelo presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR). A audiência está marcada para as duas horas da tarde e será em conjunto com as comissões de Trabalho; de Direitos Humanos; e de Fiscalização Financeira. O motivo do ministro ir à Câmara dos Deputados para dar explicações deve-se ao fato de o portal The Intercept Brasil ter publicado, desde o início do mês, trechos de supostas conversas que Moro teria mantido com integrantes da força-tarefa da Lava Jato quando ainda era juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. Moro e os procuradores negam qualquer irregularidade nas conversas. No dia 19 de junho, o ministro prestou esclarecimentos no Senado Federal por oito horas e meia. Ele disse não ter cometido desvios, contestou a autenticidade das mensagens e afirmou que há um grupo criminoso interessado em invalidar a Lava Jato. “Tem por objetivo ou invalidar condenações por corrupção e lavagem de dinheiro ou obstaculizar investigações que ainda estão em andamento. A tradição jurídica brasileira não é incomum que juiz converse com advogado, que juiz converse com promotor”, disse. Mesmo alegando que as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil podem ter sido alteradas, o ministro Sergio Moro defende sua atuação como juiz e afirma que não há infrações ou desvios de conduta nas conversas com procuradores da Lava Jato reveladas. Ele afirma ainda que foi alvo de um ataque hacker e que o conteúdo explorado pelo portal tem origem ilícita.
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editou nova resolução, número 780, de 26 de junho deste ano, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (28), que barateia os custos com emplacamento dos veículos e aumenta a segurança das placas, dificultando a clonagem e falsificação. De acordo o documento, o novo modelo de Placas de Identificação Veicular (PIV) é exigido para veículos novos ou, no caso dos veículos em circulação, quando houver mudança de município, ou ainda se a placa for furtada ou danificada. Na última quarta-feira (26), o Contran revogou a resolução, a 729/2018, que havia estabelecida a implantação de placas no padrão Mercosul em todo o território nacional até o dia 30 deste mês. Placa Mercosul – Divulgação/Mercosul “Nenhum cidadão que tem um veículo com a placa cinza terá a obrigação de trocar para a nova placa. Isso trará menos transtornos para a sociedade, que não vai precisar arcar com novas despesas, a não ser em casos específicos, conforme decidido pelo Contran”, disse o ministro substituto da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que presidiu a reunião do conselho. Pela resolução publicada hoje, a produção da nova placa passa a ser controlada por um sistema informatizado nacional, criado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em parceria com o Serpro, e terá um QR Code, que possibilitará a sua rastreabilidade. “ “É uma placa inteligente, que permite que os agentes de trânsito, por meio de aplicativo de fiscalização do Denatran, verifiquem a regularidade da placa e identifiquem outras importantes informações do veículo”, informou Sampaio. Segundo ele, o QR Code vai, inclusive, dificultar a clonagem e falsificação das placas. O diretor do Departamento Nacional de Trânsito, Jerry Dias, explicou que a retirada da exigência de implantação da nova placa implica em economia para quem já utiliza a placa atual. “Hoje, são realizadas cerca de 17 milhões de transferências de propriedade por ano sem mudança de município, que a regra anterior exigia que o cidadão obrigatoriamente substituísse as placas. Com a alteração aprovada pelo Contran, estima-se uma economia de aproximadamente R$ 3,4 bilhões ao consumidor final”. De acordo Dias, o novo modelo da placa resolve, gradualmente, o problema da falta de combinação de caracteres para as placas do país, que está no seu limite. Ele permitirá mais de 450 milhões de combinações. Segundo o ministério, hoje, a nova placa está presente em sete estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. São mais de 2 milhões de veículos circulando com o novo modelo das placas veiculares. Os demais estados estavam aguardando as definições do Contran para iniciar a implantação. Agora, eles terão até o dia 31 de janeiro de 2020 para se adaptarem ao novo padrão.
O brasileiro está menos confiante em relação à expectativa de emprego e endividamento, revela o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado hoje (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento, que é trimestral, mostra que o índice recuou para 47 pontos em junho, número 1,4 ponto abaixo do registrado em abril. De acordo com a CNI, é a segunda queda consecutiva do indicador que, no entanto, continua acima da média histórica (46,1 pontos). Variando de 0 a 100 pontos, o Inec, quando abaixo de 50 pontos, mostra que consumidores estão sem confiança. “A queda da confiança em junho é resultado, especialmente, da piora da percepção dos brasileiros sobre o emprego e o aumento do endividamento das famílias”, informou, por meio de nota a CNI. Segundo o levantamento, o índice de expectativas em relação ao desemprego registrou variação de 54,7 pontos para 56,4 pontos; e o índice de endividamento passou de 49 para 51 pontos. Nesses casos, valores acima de 50 pontos indicam que maior é a expectativa de aumento do desemprego nos próximos seis meses e maior o nível de endividamento das famílias. A Região Nordeste foi a que apresentou o mais baixo índice: 45,3 pontos. No Norte/Centro-Oeste, o índice ficou em 47,7 pontos; no Sudeste, em 47; e no Sul, em 49,3. Na faixa de população com idade entre 35 e 44 anos, o Inec caiu 2,7 pontos entre abril e junho, ficando em 45,9 pontos. O índice também recuou em todos os graus de instrução, principalmente entre as pessoas com ensino médio e superior. Se o recorte focar nos que têm ensino superior, o Inec caiu 2,1 pontos, baixando para 47,5 pontos. Entre as pessoas com ensino médio, houve retração de 1,9 pontos, ficando em 47 pontos. Feita em parceria com o Ibope, esta edição do Inec ouviu, entre os dias 20 e 23 de junho, cerca de 2 mil pessoas em todo o país.
Com a expectativa de produzir a maior safrinha de milho de sua história, 10,1 milhões de toneladas, segundo as previsões mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS), o governo de Mato Grosso do Sul implementou uma medida para estimular a comercialização do produto, modificando a paridade entre vendas internas e externas do cereal. O antes, a legislação que instituiu o regime especial de controle e fiscalização das exportações de Mato Grosso do Sul estabelecia uma equivalência entre o volume de milho exportado pelo estado e as vendas internas, determinado que para cada tonelada do cereal embarcada para o exterior, o exportador deveria comercializar a mesma quantidade no mercado local. Com a mudança determinada por decreto publicado nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial do Estado, essa paridade cai para 80%, ou seja, para cada tonelada exportada, 800 quilos devem ser vendidos em âmbito interno. O decreto também fixou um limite total para as exportações do cereal do estado, 4,9 milhões de toneladas, tetos globais para quatro grupos da cadeia da atividade: produtores, cooperativas, estabelecimentos comerciais e industriais e ainda limites individuais para a comercialização no mercado internacional. Os tetos dos grupos foram definidos conforme o percentual da média das exportações dos últimos dois anos. Já os limites individuais foram estipulados de duas formas. Para quem exportou até 10 mil toneladas no último biênio fixou a cota em 10 mil toneladas para produtores e cooperativas e 5 mil para estabelecimentos comerciais e industriais. Para quem vendeu para o mercado internacional nos últimos dois anos um volume acima de 10 mil toneladas de milho, a cota foi definida com base da divisão do teto global do grupo a qual pertence, pelo número de integrantes desse grupo. O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, destacou que a mudança no critério de paridade para o milho ocorre como um resultado de uma demanda apresentada pela entidade e a Aprosoja/MS em maio deste ano, quando os primeiros levantamentos de campo já indicavam a possibilidade de uma safra recorde. Ele aponta que a iniciativa deve proporcionar aos produtores uma possibilidade de incremento na comercialização.“Com 39% da safra negociada, a medida do Governo permite que o mercado possa ajustar os estoques e remanejar a produção tanto para o mercado interno quanto externo, garantindo melhores preços e maior rentabilidade ao produtor. É uma conquista para o setor que, consequentemente, irá alavancar a economia estadual”. Para o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke, a medida anunciada hoje atende os anseios dos agricultores sul-mato-grossenses, especialmente, diante da supersafra brasileira de milho. “Os principais produtores brasileiros deste cereal terão volumes de produção excedentes e o anúncio do governo aumenta o poder de decisão do agricultor em relação ao que é mais interessante no momento da negociação do seu produto. Essa flexibilização permite maior comercialização internacional, em um momento no qual os preços estão atrativos”. Nos primeiros cinco meses de 2019, Mato Grosso do Sul exportou 341,728 mil toneladas de milho, com uma receita de …
Os trabalhadores por conta própria no país chegaram a 24 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio deste ano. O número é 1,4% superior ao registrado no trimestre encerrado em fevereiro deste ano (mais 322 mil pessoas) e 5,1% maior do que o observado no trimestre finalizado em maio de 2018 (mais 1,17 milhão de pessoas). O contingente de trabalhadores autônomos no Brasil é recorde da série histórica, iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento desses trabalhadores contribuiu para o aumento da população ocupada como um todo, que ficou em 92,9 milhões de pessoas, 1,2% superior (mais 1,07 milhões de pessoas) ao trimestre anterior e 2,6% a mais (2,36 milhões de pessoas a mais) do que no trimestre encerrado em maio do ano passado. A taxa de desemprego ficou em 12,3%, abaixo dos 12,4% de fevereiro e dos 12,7% de maio de 2018. Outro segmento que puxou o crescimento da população ocupada foi o de empregados sem carteira assinada. No trimestre encerrado em maio deste ano, eles somaram 11,4 milhões de pessoas, crescendo em ambas comparações temporais: 2,8% (mais 309 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 3,4% (mais 372 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018. O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi 33,2 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre anterior e subindo 1,6% (mais 521 mil pessoas) frente a maio de 2018. O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.289, uma queda de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano, mas estável na comparação com maio de 2018. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 207,5 bilhões, estável em relação a fevereiro, mas 2,4% superior a maio do ano passado. Subutilização A população fora da força de trabalho (64,7 milhões de pessoas) caiu 1,2% em relação a fevereiro, mas permaneceu estável em relação a maio de 2018. A população subutilizada, isto é, aquelas pessoas que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego mas não estavam disponíveis para a vaga, mais uma vez é recorde para a série histórica. O contingente dessa população chegou a 28,5 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio deste ano, 2,7% a mais do que em fevereiro deste ano e 3,9% a mais do que em maio do ano passado. “As pessoas estão trabalhando, mas mais de 60% manifestam uma vontade de trabalhar mais e essa vontade não está sendo atendida. O mercado não absorve essa pressão”, disse a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy. A taxa de subutilização ficou em 25%, superior aos 24,6% de fevereiro e de maio do ano passado. O número de pessoas desalentadas, isto é, aquelas que que desistiram de procurar emprego, ficou estável (em ambas comparações temporais) em 4,9 milhões, também um patamar recorde …
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (28), ao abrir a reunião informal do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul, no Centro de Convenções Intex, em Osaka, no Japão, que o seu governo trabalhará ativamente para o fortalecimento do Brics. “Contem com o empenho de nosso governo para que a cooperação entre nós se fortaleça sempre mais”. Bolsonaro destacou, como exemplo desse cooperação, a criação do Novo Banco de Desenvolvimento. “Menciono, como exemplo bem-sucedido da cooperação no Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento. Aproximá-lo do setor privado e garantir que atenda às necessidades de financiamento em infraestrutura é prioridade para nosso governo”. Presidentes da China, Xi Jinping; da Rússia, Vladimir Putin,; do Brasil, Jair Bolsonaro; primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi; e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa – Alan Santos – Presidência da República O presidente brasileiro disse ainda que a união dos líderes do grupo é importante para colaborar na busca de soluções de conflitos internacionais. Segundo ele, desde a crise financeira de 2008, o Brics tem apontado o papel relevante das grandes potências emergentes para a estabilidade e a prosperidade da economia mundial. Bolsonaro ressaltou que, no seu governo, o Brasil reafirmou o apoio ao sistema multilateral de comércio por entender que ele é importante para o desenvolvimento da economia mundial. “A persistência de correntes protecionistas e de práticas econômicas desleais é fonte de tensões comerciais e põe em risco a estabilidade das regras internacionais de comércio. Em meu governo, o Brasil reafirmou seu apoio ao sistema multilateral de comércio, por ter certeza de que o dinamismo da economia mundial depende dele”. Em seu discurso, o presidente brasileiro destacou o posicionamento do Brasil de continuar colaborando para a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Estamos plenamente dispostos a seguir colaborando para a reforma da Organização Mundial do Comércio e para a construção de uma agenda negociadora equilibrada. A redução das medidas distorcivas do comércio agrícola segue sendo uma prioridade e uma tarefa de grande urgência para os países em desenvolvimento”. Declaração conjunta Após a reunião, os líderes do Brics divulgaram uma declaração conjunta, na qual manifestaram o posicionamento do grupo em que reconhece, entre outros temas, que a inovação é uma força motriz essencial do desenvolvimento e reafirmaram comprometimento em maximizar os benefícios da digitalização e das tecnologias emergentes, inclusive para as populações de áreas rurais e remotas. “Encorajamos esforços conjuntos para compartilhar boas práticas de redução da pobreza por meio da internet, bem como de transformação digital do setor industrial”, diz o comunicado. O Brics ressalta também a importância de uma reforma da OMC para enfrentar os desafios que a entidade terá pela frente. “Trabalharemos de forma construtiva com todos os membros da OMC sobre a necessária reforma da organização, com vistas a melhor enfrentar os desafios atuais e futuros no comércio internacional, aumentando assim sua relevância e eficácia. A reforma deve, inter alia, preservar a centralidade, os valores centrais e os princípios fundamentais …
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Dias Toffoli, considerou hoje (28) “inaceitável” a falta de informações que deem conta do andamento de processos que acompanham a execução de pena por pessoas condenadas na Justiça. O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Dias Toffoli – Antonio Cruz/ Arquivo/Agência Brasil “É inaceitável que, em 2019, não exista ainda um conhecimento nacional de quantos processos de execução penal estão tramitando no Brasil, ou em que fase se encontram”, afirmou Toffoli. O ministro, também presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou ainda de inaceitável a inexistência de informações em tempo real sobre o perfil da população carcerária, hoje de 797 mil pessoas, de acordo com dados do CNJ. Ontem (27), o CNJ assinou cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem expertise no assunto, uma parceria para colher dados biométricos – como a impressão digital – de toda a população carcerária. O objetivo é “[ter] informações seguras e confiáveis, de natureza quantitativa e qualitativa, sobre quem estamos privando de liberdade”, disse Toffoli na ocasião. Sistema eletrônico Nesta sexta-feira (28), Toffoli discursou em um encontro que reúne, em Brasília, magistrados para debater o alcance do Sistema Eletrônico de Execução Unificado (Seeu), que encontra-se em fase de implantação e deve congregar em uma única plataforma todos os processos de todas as varas de execução penal do país. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) são parceiros na iniciativa. Até o momento, foram cadastrados no sistema cerca de 900 mil processos, mas estima-se que haja no país mais 1,6 milhões. Isso porque uma pessoa pode ser alvo de mais de um processo de execução penal, correspondente a mais de uma condenação. Com o Seeu, o CNJ visa a evitar, por exemplo, que pessoas fiquem presas além do tempo a que foram condenadas, situação ainda recorrente no sistema carcerário. “Na verdade, quando implementado, será um verdadeiro mutirão carcerário online a todo tempo”, disse Toffoli.
Encerra hoje (28) o prazo para que os profissionais do Programa Mais Médicos se apresentem nos municípios para os quais foram selecionados, dando início às atividades nas unidades de saúde de mais de mil locais brasileiros e em dez Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Ao todo serão 1.975 profissionais selecionados durante o 18º ciclo do programa. Segundo o Ministério da Saúde, o reforço beneficiará mais de 6 milhões de pessoas que vivem nas áreas mais vulneráveis do Brasil. Algumas delas com histórica dificuldade de acesso, caso de localidades ribeirinhas, fluviais, quilombolas e indígenas. Nesta primeira fase do 18º ciclo do programa, a seleção priorizou a participação de profissionais “formados e habilitados com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM)”, preferencialmente “com perfil de atendimento para a Atenção Primária”. Para tanto, o Ministério da Saúde estabeleceu “critérios de classificação, como títulos de Especialista e/ou Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade”. Para acessar a lista dos municípios contemplados pelo programa Mais Médicos, clique aqui.
Uma praga digital capaz de destruir dispositivos da chamada “Internet das Coisas” foi desativada por seu criador, que utilizava o apelido “Light” na internet. Chamado de Silex, o vírus realizava ataques invadindo aparelhos que não tiveram a senha de acesso configurada corretamente. Após entrar em um equipamento, o código executava uma série de rotinas que destruíam o sistema operacional, deixando o dispositivo inoperante. Dispositivos da “internet das coisas” incluem câmeras de segurança, aparelhos de gravação de imagens (DVR), televisores, geladeiras e outros aparelhos que tradicionalmente não possuem conexão com a rede. Apesar dos produtos serem variados, eles tendem a funcionar de maneira semelhante, tendo processadores baseados em ARM (o mesmo tipo que é usado em celulares) e uma versão compacta do sistema operacional Linux. Essa semelhança acaba facilitando a criação de uma praga digital capaz de funcionar em grande parte desses eletrônicos “inteligentes”. Em especial, muitos deles possuem um canal para receber comandos chamado de “telnet”. Essa era a porta de entrada para o Silex. A praga foi estudada por dois pesquisadores de segurança, Larry Cashdollar, da Akamai, e Ankit Anubhav, da NewSky. Anubhav afirmou que o código foi criado por um trio, sendo o principal programador um adolescente, o “Light The Leafon”, com quem ele conseguiu se comunicar. A Akamai, por sua vez, publicou um alerta escrito por Cashdollar. O criador do vírus explicou que o objetivo era eliminar sistemas cujos donos negligenciaram as devidas proteções de segurança. Isso seria feito para que hackers, especialmente os “script kiddies” ou “skids” (termo pejorativo criminosos digitais com baixo conhecimento técnico), não pudessem se aproveitar desses sistemas para lançar ataques cibernéticos. Dispositivos da internet das coisas têm participado involuntariamente de ataques após serem contaminados com vírus. Eles foram utilizados pelo vírus Mirai em 2016 para derrubar vários serviços e sites na web, por exemplo. O Mirai se aproveitava de erros de configuração em senhas para entrar nos dispositivos. Um hacker criou em 2017 um vírus chamado BrickBot para destruir esses sistemas usando as mesmas brechas que o Mirai e suas variações usavam para contaminá-los. Remover esses equipamentos da rede acabava reduzindo a eficácia de outras pragas, que não encontravam mais esses sistemas no ar para se disseminarem. O BrickBot teria sido a inspiração para o Silex. Após entrar em um dispositivo, o Silex – que também guarda semelhanças com o Mirai – dava comandos para desativar a conexão de rede do aparelho e apagar todos os arquivos possíveis, danificando o sistema. Com esse estrago, é possível que a vítima não consiga fazer o aparelho voltar a ligar sem uma nova gravação do chamado “firmware” (o conjunto de software embarcado pelo fabricante). Porém, os pesquisadores conseguiram identificar a atuação do vírus após apenas algumas centenas de sistemas serem atacados. O comportamento do código chamou atenção e o caso logo foi parar na mídia – e isso aparentemente assustou o autor do Silex. “Eu vou continuar programando, mas não vou mais longe que isso na comunidade da internet das coisas”, disse Light ao pesquisador …
O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2022 em 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (27). As metas de inflação para 2020 e 2021 foram mantidas, respectivamente, em e 4% e 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Esse é o valor que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá alcançar nos próximos anos. Em 2019, a meta para a inflação também segue a mesma: 4,25%. Até 2016, a meta de inflação era fixada com dois anos de antecedência, mas um decreto publicado no Diário Oficial da União em junho de 2017 determinou que a definição passasse a ser feita três anos antes. De acordo com o Banco Central (BC), a mudança teve como objetivo reduzir as incertezas e melhorar a capacidade de planejamento das famílias, das empresas e do governo. Desde 2005, o centro da meta de inflação estava em 4,5%, com 2,5 pontos de margem de tolerância. Em 2006, esse intervalo caiu para 2 pontos e permaneceu assim nos anos seguintes até ser reduzido para 1,5 ponto para 2017 e 2018, banda que será mantida agora até 2022. A meta de inflação deve ser perseguida pelo BC ao definir a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, pretende conter a demanda aquecida e segurar os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Ao diminuir os juros básicos, o Copom barateia o crédito, incentivando a produção e o consumo. De acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, o fato do governo ter reduzido a meta de inflação para 2022 não sinaliza aumento na taxa básica de juros, atualmente em 6,5% ao ano. “Alguns críticos costumam dizer que quando você abaixa a meta de inflação, o governo é obrigado a aumentar juros. Uma meta de inflação mais baixa não é correlacionada com juros mais altos. o fato de você abaixar a meta de inflação não implica que o governo vai ter que subir juros”, afirmou em coletiva de imprensa para apresentar a decisão do CMN. Para o subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, a credibilidade da política monetária do país dá tranqulidade aos agentes econômicos para confiar nas metas do governo. “Os agentes determinam o preço com relação ao futuro a partir de suas expectativas. A partir de um momento que você define uma meta, você não vai precisar aumentar juros para baixar preços. Tudo depende da credibilidade do Banco Central”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (28), em Osaka no Japão, três meses após visita oficial aos EUA. Os chefes de governo discutiram mais sanções econômicas tanto para Venezuela como para Cuba, de acordo com declaração à TV Globo de Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Trump voltou a dizer “que todas as opções estão na mesa” quando discutiu a situação venezuelana. “Sempre o admirei desde antes das eleições. Temos muita coisa em comum. Somos dois líderes de países que, juntos, podemos fazer muito por seus pobres. Estamos à disposição para conversar com Trump, de modo que possamos fazer parcerias. Gosto muito do povo americano. A política do Brasil mudou de verdade. Nos interessa e temos o prazer de nos aproximar dos Estados Unidos”, disse Bolsonaro, durante encontro que reuniu delegações dos dois países. Bolsonaro manifestou apoio a Trump na sua tentativa de reeleição e o convidou para visitar o Brasil mesmo antes do pleito. “Espero que nos visite antes das eleições, se for possível”. O presidente americano respondeu que pretende visitar o Brasil, mas não chegou a marcar uma data. “Você tem ativos que alguns países nem conseguem imaginar. É um tremendo país, com uma população tremenda, então estou entusiasmado para ir”, afirmou. Espanha Bolsonaro também se encontrou com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, e se pronunciou no Twitter sobre a prisão de um sargento brasileiro da aeronáutica com 39 kg de cocaína no aeroporto de Sevilha, na Espanha. “Aproveitei para agradecê-lo pelo modo como as autoridades espanholas estão lidando com o caso dos entorpecentes apreendidos em avião da FAB e reafirmei minha defesa por punição severa para o tráfico”. OCDE No início da cúpula do G20, Bolsonaro se encontrou com o secretário-Geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o mexicano José Ángel Gurría Treviño. A OCDE conta com 36 países e o Brasil quer se tornar um novo membro. Após audiência com Treviño, o presidente brasileiro diz que conversou “sobre os próximos passos para uma relação ainda mais forte com a organização” e que o mexicano mostrou “entusiasmo” com a agenda brasileira de reformas. Mas também ouviu que é preciso respeitar uma fila que tem na espera, entre outros, Argentina e Romênia. Depois, Bolsonaro se encontrou rapidamente com o presidente da França, Emmanuel Macron. Na conversa, o presidente brasileiro sinalizou a Macron que o Brasil vai continuar no Acordo do Clima de Paris e disse esperar o apoio da França para o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul. A posição do presidente brasileiro reforça o compromisso firmado pelos Brics mais cedo.
A asfixia por objetos ou alimentos é a principal causa de mortes acidentais de crianças no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Em 2016, fez 800 vítimas no país. Um dispositivo criado nos Estados Unidos e que acaba de ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser vendido no Brasil pode ajudar a evitar fatalidades do tipo, tanto em crianças como em adultos. Batizado de LifeVac, ele suga o que está preso na garganta de volta à boca. O dispositivo permite que qualquer pessoa, sem treinamento prévio, possa socorrer alguém que esteja sufocando em poucos passos. O produto lembra um desentupidor, mas atenção: desentupidores não devem ser usados para esse fim. No Brasil, o dispositivo será vendido pela Sterifarma Produtos Cirúrgicos, uma empresa com sede em Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo, daqui a cerca de quatro meses. O preço ainda não foi divulgado, mas, nos Estados Unidos, o dispositivo custa em torno de US$ 70 e acompanha duas máscaras, uma infantil e outra adulta. As máscaras são descartáveis, pois pode ser danificada durante o procedimento. Cada unidade custa US$ 5,95. Há ainda um kit escolar com quatro unidades do LifeVac e oito máscaras. O diretor de vendas da companhia, Marcelo Sanglard, explica que a empresa deseja levar o LifeVac para lugares como restaurantes e escolas. Foi numa excursão escolar que o menino Lucas Zamora morreu aos 10 anos após ter ficado engasgado ao comer um cachorro-quente em 2017, em Campinas (SP). Apesar da presença de adultos, que o acompanhavam durante uma excursão escolar, não foi possível socorrê-lo até a chegada do SAMU. De lá para cá, sua mãe, Alessandra Zamora, batalhou para que escolas públicas e privadas e estabelecimentos de recreação infantil fossem obrigados por lei a treinar seus funcionários em primeiros socorros. A lei 13.722, batizada de Lei Lucas, entrou em vigor em abril de 2019, mas ainda não foi regulamentada. Na maioria dos casos de sufocamento (com exceção de crianças com menos de um ano), é possível aplicar a manobra de Heimlich: uma pessoa se posiciona atrás da que está sufocando e com as mãos sobre o umbigo da vítima faz pressão para dentro e para cima até que a pessoa cuspa o objeto ou desmaie –nesse caso, deve-se ligar para a emergência. Para o cardiologista Sérgio Timerman, coordenador de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), a simplicidade do LifeVac será capaz de salvar vidas. Ele conheceu o dispositivo durante um congresso médico nos Estados Unidos e diz ter ficado animado com a possibilidade da comercialização no Brasil. Zamora também comemorou a aprovação e diz que a venda do LifeVac no Brasil é uma conquista importante. “A manobra para desengasgo [manobra de Heimlich] e a preocupação com primeiros socorros sempre foram muito subestimadas no Brasil. Nós sabemos que em 90% dos casos em que a manobra é aplicada corretamente é possível reverter o engasgo. O LifeVac é um auxílio extra, em especial quando a manobra não funciona. …
Os trabalhadores cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) têm esta sexta-feira (28) para sacar o Abono Salarial do calendário 2018/2019. Os valores vão de R$ 84 até R$ 998, de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2017. De acordo com a Caixa, os benefícios, que totalizam R$ 16,9 bilhões, foram liberados de forma escalonada para 22,5 milhões de beneficiários, conforme o mês de nascimento, e agora estão disponíveis para os nascidos em qualquer mês. Até maio, o banco pagou R$ 15,6 bilhões a 20,6 milhões trabalhadores. O valor do benefício pode ser consultado no Aplicativo Caixa Trabalhador, no site do banco ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão, pelo telefone: 0800 726 0207. Pode a sacar o abono o trabalhador inscrito no PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2017 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. “Os titulares de conta individual na Caixa com cadastro atualizado e movimentação na conta, podem ter recebido crédito automático antecipado. Quem possui o Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de atendimento Caixa Aqui ou ir aos terminais de autoatendimento da Caixa para receber o abono”, informou o banco. Segundo a Caixa, caso o beneficiário não tenha o Cartão do Cidadão ou não tenha recebido automaticamente em conta, ele pode retirar o valor em qualquer agência da Caixa, apresentando o documento oficial de identificação. O trabalhador em empresa pública, com inscrição no Pasep, recebe o pagamento do abono pelo Banco do Brasil.
A Seleção Brasileira venceu o Paraguai nos pênaltis por 4 a 3 após empatar em 0 a 0 no tempo regulamentar. Gabriel Jesus fez a cobrança que definiu a classificação. O resultado leva a Seleção para a semi-final da Copa América. Vai enfrentar o vencedor de Argentina e Venezuela, que jogam nesta sexta (28). Durante a partida, o Brasil teve uma série de chances de abrir o marcador, mas esbarrou na atuação do goleiro Gatito Fernandez. Ele fez pelo menos três defesas que evitaram a vitória brasileira. A pressão aumentou no segundo tempo depois que o zagueiro Balbuena foi expulso. Ele fez falta em Willian na entrada da grande área. A partir desse momento, o jogo se transformou em ataque contra defesa. Gabriel Jesus e Everton Cebolinha provocaram jogadas de perigo durante toda a partida. A zaga paraguaia levou a melhor na maior parte do tempo. Quando a bola passava, o goleiro fazia a diferença. Em um dos lances mais agudos, Willian chutou na trave. O único lance de perigo a favor do Paraguai foi no primeiro tempo, quando Derlis González recebeu sozinho dentro da área. Alisson evitou o gol adversário. No segundo tempo, a sensação era que o gol do Brasil sairia a qualquer momento. Inclusive, dentro dos sete minutos de acréscimos. Mas a partida foi para mais uma dramática cobrança de pênaltis. Pelo Paraguai, dois jogadores que atuam no Brasil perderam suas cobranças: Gustavo Gómez (do Palmeiras) e Derlis González (do Santos). Pelo Brasil, Firmino desperdiçou. No final, 4 a 3, torcida brasileira feliz e passaporte para a semi carimbado.
Desde que lésbicas, gays, bissexuais e transexuais reagiram à violência da polícia de Nova York contra o bar Stonewall Inn e protestaram por direitos civis – movimento que completa 50 anos hoje (28) – nenhuma década teve avanço tão rápido nos direitos homoafetivos no mundo quanto os últimos 10 anos. Dos 54 países que permitem casamentos ou uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, 39 implementaram a mudança entre 2009 e 2019, período em que o reconhecimento das uniões homoafetivas mais do que triplicou no mundo. A Associação Internacional de Gays, Lésbicas Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (Ilga) contabilizava em 2009 sete países que permitiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo (Bélgica, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Canadá e África do Sul) e oito (Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia, Suíça, Reino Unido, Nova Zelândia e Colômbia), a união civil, com todos ou praticamente todos os direitos do casamento. No levantamento de 2019, divulgado em maio. já chegava a 26 o número de países que permitia o casamento civil e a 27 os que previam união civil. A lista cresceu este mês com a aprovação do casamento homoafetivo pelo Equador. Diretor da Ilga no Brasil, Beto de Jesus lembra que o resultado dos últimos dez anos é fruto de décadas da luta que teve em Stonewall, um de seus primeiros marcos históricos. “Esses dez anos que a gente tem colhido foram frutos dos 40 anos plantados”, comemora ele, que se considera otimista. “É um caminho sem volta. Por mais gente violenta que a gente veja, já vemos uma geração ou duas com pessoas criadas com a diversidade e ensinadas a respeitar as diferenças”. O avanço dos direitos homoafetivos se deu principalmente nas Américas e na Europa, continentes em que grande parte dos países já possibilita casamentos ou uniões entre pessoas do mesmo sexo. Outras regiões entraram na lista como a Austrália, Taiwan e Israel. Na África, a África do Sul continua a ser a única nação que permite uniões civis homoafetivas. Para o diretor da Ilga, houve uma irradiação de políticas implementadas pelos países pioneiros, que foi fortalecida nos últimos dez anos com as facilidades criadas pela internet, permitindo a troca de experiências bem-sucedidas por ativistas e políticos de diversas nacionalidades. “Tem um efeito de indução. Quando você começa a perceber que é possível acontecer, pensa por que não aqui. Isso falando das democracias”, diz Beto de Jesus, lembrando que muitos dos primeiros países a aprovarem o casamento homoafetivo ou a união civil já serviam de exemplo de políticas públicas em outras áreas. “Não posso ficar lutando para que gays só tenham acesso ao casamento, se não tiver casa, escola, saúde. A gente não quer ter só direito de beijar na boca, quer ter direito a um sistema público de saúde que me atenda, a uma escola em que meus filhos possam frequentar sem ser discriminados. A vida da gente é igual à de qualquer cidadão”. A comparação entre os relatórios da Ilga de 2009 e 2019 mostra ainda que o número de …
O projeto de lei (PL 538/19) do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) que trata da interligação entre o rio Preto (BA) e o rio Tocantins, destinada a assegurar a navegação desde o rio São Francisco ao rio Amazonas recebeu parecer favorável do relator do PL, o deputado federal Pastor Eurico (PATRI). Gonzaga Patriota explica que o projeto trata-se da reapresentação do Projeto de Lei nº 6569/2013 anteriormente, Projetos de Lei nº 6284/2013; nº 250/1995 4797/1990, de sua autoria, referente à navegação fluvial e suporte de regularização hídrica do rio São Francisco, através do rio Tocantins. “O PL 6569/2013 foi aprovado nesta Casa parlamentar e, por ter sido arquivado no Senado Federal, estamos o reapresentado, nos ermos da legislação vigente. Essencialmente para um país como o Brasil, e num cenário cada vez mais próximo de escasseamento de recursos energéticos e aproveitamento racional das vias navegáveis interiores, representa condição inarredável para o desenvolvimento econômico e social equilibrado e melhoria de suas condições de competitividade no intercâmbio internacional. Para o deputado Pastor Eurico, relator do PL, “uma vez incluída a previsão da interligação de bacias no Plano Nacional de Viação (PNV), poderão ser oportunamente alocados recursos do orçamento da União para a realização de estudos que permitam viabilizar as obras ou modelos de parceria necessários a empreendimento de tal magnitude, o qual deverá otimizar o desenvolvimento regional e nacional, com amplas externalidades positivas, sociais e econômicas. Notamos, entretanto, a necessidade de ajustes na forma como o projeto é proposto, de forma a adequá-lo aos padrões do Plano Nacional de Viação”. O socialista pernambucano reforça que “aprovado este projeto de lei, teremos o tráfego hidroviário do rio São Francisco, pelo canal do rio Preto, rio Tocantins e rio Amazonas, facilitando, inclusive, o transporte das cargas da Ferrovia Norte-Sul para os Portos de Suape, em Pernambuco e Pecém, no Ceará, por essa hidrovia, em conexão com a Ferrovia Transnordestina e, no caso de escassez de água no rio São Francisco, como já ocorre hoje, teremos condições de reserva de parte das águas do rio Tocantins, para o rio São Francisco”.
A criação de empregos com carteira assinada teve saldo positivo em maio, com a criação de 32.140 vagas, informa o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (27) pelo Ministério da Economia. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo em maio foi resultado de 1.347.304 admissões contra 1.315.164 desligamentos ocorridos no período. É o terceiro ano seguido em que o mês de maio apresenta saldo positivo, apesar de uma ligeira queda no volume total de novas vagas na comparação com o mesmo mês nos anos de 2017 (34,2 mil) e 2018 (33,6 mil). Para o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o resultado do mês está em sintonia com o desempenho da economia, mas ainda abaixo do desejado. “A geração de emprego está em linha com o que a economia vem demonstrando, da mesma forma que, nos últimos anos, o crescimento não foi tão grande quanto se gostaria”, afirma Dalcolmo. Apesar de a criação de empregos ter diminuído no mês passado, na comparação com anos anteriores, Dalcolmo não vê tendência de queda. “Não há tendência nem de subida, nem de descida [na geração de empregos]. Significa uma economia que está um pouco em compasso de espera, a ser definido por outros pontos importantes como a reforma da Previdência.” No acumulado do ano, foram criados mais 351.063 postos de trabalho, o que elevou para 38,761 milhões o estoque de empregos formais no país. É o maior estoque desde 2016, quando o Caged registrou 38,783 milhões de empregados com carteira assinada. Destaques O crescimento do número de vagas em maio foi impulsionado pela agropecuária, setor que registrou, sozinho, a abertura de 37.373 empregos. O cultivo do café e da laranja responde pela maior parte das contratações, cerca de 33 mil. Também aparecem com destaque atividades de apoio à agricultura e a criação de bonivos. “Esse resultado se explica também, como nos outros anos, pelo bom desempenho de café e laranja. São empregos que têm importância sazonal nesse mês, especialmente em Minas Gerais e em São Paulo”, explica o subsecretário de Políticas Públicas e Relações de Trabalho do Ministério da Economia, Matheus Stivali. Na construção civil, foram abertos 8.459 empregos, principalmente em obras de construção de rodovias e ferrovias, projetos para geração e distribuição de energia elétrica e instalações elétricas. Em seguida, aparece o setor de serviços, com saldo positivo de 2.533 novas vagas, destaque para serviços médicos e odontológicos, ensino, comercialização e administração de imóveis e instituições de crédito e seguros. Administração pública (1.004) e extração mineral (627) também registraram resultado positivo. No comércio, tanto varejista quanto atacadista, porém, houve mais demissões do que contratações, com o fechamento de 11.305 postos de trabalho. Em seguida, aparece a indústria de transformação, que fechou 6.136 empregos. Segundo Stivali, o resultado no comércio explica -se pelo fechamento de duas grandes empresas de terceirização em São Paulo, que demitiram um grande número de empregados. O salário médio de admissão no mês de maio foi de R$ 1.586,17, e o salário médio de quem …
A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a oscilar negativamente e é a pior desde o início do mandato. É o que mostra nova pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (27). O levantamento foi encomendado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). A pesquisa mostra que 32% dos brasileiros avaliam o governo como ótimo ou bom. O levantamento indica ainda que 32% da população opinaram que a gestão é ruim ou péssima. 3% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de junho. Foram ouvidas 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em relação ao último levantamento CNI/Ibope, divulgado em abril, o índice de ótimo/bom oscilou negativamente três pontos percentuais, dentro da margem de erro: de 35% para 32%. Já o registro de ruim/péssimo subiu cinco pontos: 27% para 32%. Na comparação entre todos os levantamentos mensais -com exceção de maio, em que não houve pesquisa-, a aprovação do governo em junho é a pior do ano. No momento da divulgação da pesquisa, Bolsonaro está em Osaka, no Japão, para participar, nos próximos dois dias, da cúpula dos líderes do G20. Avaliação do governo Bolsonaro em junho de 2019 (a soma dos valores pode diferir de 100% por questões de arredondamento): Ótimo/bom: 32% Regular: 32% Ruim/péssimo: 32% Não sabe/não respondeu: 3% Avaliação do governo/Bolsonaro como ótimo/bom: jan/2019: 49% fev/2019: 39% mar/2019: 34% abr/2019: 35% jun/2019: 32%
O juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal de Brasília, suspendeu hoje (27), uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que restringia a casos específicos o porte de armas por agentes de segurança pública a bordo de aeronaves. Borelli atendeu a um pedido de liminar (decisão provisória) da Associação de Delegados de Polícia do Brasil (Adepol). Para a entidade, a norma da Anac ofende as prerrogativas funcionais de agentes de segurança pública, que têm o porte de arma previsto em lei. Em janeiro de 2018, a diretoria da Anac aprovou a Resolução 461, que prevê o porte de armas a bordo de aeronaves somente quando os agentes públicos comprovem atividades específicas como a escolta de autoridade, testemunha ou passageiro custodiado; a execução de técnica de vigilância (investigação); ou deslocamentos em que precisem estar armados para cumprir, logo ao desembarcar, missão para a qual foram convocados. Para o magistrado, a regra é ilegal, por restringir direito previsto em lei aprovada em 2017 no Congresso, na qual se especifica que o porte de armas é permitido a policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais, civis e militares, bem como a bombeiros militares. “Verifica-se que, de fato, o porte de arma, no contexto desta demanda, é deferido aos integrantes das carreiras de segurança pública, constituindo verdadeira prerrogativa de seus membros, não estando à mercê de disposições genéricas aplicáveis aos demais cidadãos”, argumentou Borelli. Para o magistrado, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e a doutrina jurídica preveem que as normas das agências reguladoras devem se restringir ao estabelecido em lei, não podendo restringir direitos previstos na legislação. Por esse motivo, ele determinou a suspensão da norma da Anac.
Dezoito empresas brasileiras que exploram atividades inovadoras no mercado, também conhecidas como companhias startup (expressão em língua inglesa que define um negócio como inovador e rentável) estão participando, em Toronto, Canadá, de uma maratona de apresentações para bancos de investimentos, universidades e grupos empresariais. O programa, denominado StartOut Brasil, tem como objetivo atrair investimentos e parcerias para empresas brasileiras que tenham desenvolvido programas tecnológicos que visam facilitar a vida de comunidades ou dar soluções para problemas da vida moderna. Grupos participanto de trabalho coletivo em Toronto, Canadá – Divulgação Apex Brasil Desde que o evento foi iniciado, em 23 de junho, as empresas selecionadas para participar do StartOut Brasil do Canadá compareceram a mais de 120 reuniões de negócios em Toronto e se conectaram com 30 instituições, entre elas o Laboratório de Inovação da Johnson&Jonhson, o MaRs Discovery District, o Science Discovery Zone, da Universidade de Ryerson, e a Toronto Stock Exchange (Bolsa de Valores de Toronto). O término das apresentações está previsto para amanhã (28). “O objetivo da missão é que os empreendedores entendam melhor o funcionamento do mercado, a cultura de negócios, as teses dos investidores locais, os diferentes tipos de financiamento existentes no mercado local e como acessar esses recursos; conhecer as várias possibilidades de instalação no país, no caso de realmente virem a fazer negócios aqui, além de fazerem uma imersão no ecossistema de inovação do país, que tem se destacado no cenário mundial”, explica a coordenadora de Internacionalização da Apex-Brasil, Paula Gomes. O StartOut Brasil é um programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil, em parceria com os ministério das Relações Exteriores e da Economia, Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. e Sebrae. Em eventos anteriores, o programa já passou por Buenos Aires, Paris, Berlim, Miami, Lisboa e Santiago. De acordo com a Apex, mais de 60% das empresas que participam do StartOut Brasil fazem algum tipo negócio ou parceria. Negócios Em Toronto, as 18 startups participaram de uma competição de pitch (apresentação para investidores). As três vencedoras foram: Portal Telemedicina (melhor apresentação), Key2Enable (melhor inovação) e Rio Analytics (melhor aderência ao mercado local). As startups brasileiras que participam do evento canadense têm como destaque o desenvolvimento de soluções na área de inteligência artificial, saúde, serviços financeiros e tecnologia de agrociçtira e produção de alimentos A Key2Enable está abrindo uma unidade no Chile, fruto da participação no último ciclo do StartOut, que ocorreu em Santiago. A empresa existe desde 2009 e tem também uma subsidiária nos Estados Unidos, aberta no ano passado. O carro-chefe da startup é um teclado que possui 11 botões grandes e coloridos, espaçados e sensíveis ao toque. O acionamento de dois desses botões em sequência equivale a uma das teclas do teclado convencional, possibilitando pessoas com deficiências intelectuais e motoras se comuniquem com mais eficiência, sem esbarrar nas demais teclas. Para aqueles que só dispõem do movimento dos olhos, a comunicação é viabilizada por meio da conexão do teclado a um detector de piscadelas, em que um sensor é instalado na haste de qualquer óculos. Os produtos são …
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,80% em junho deste ano, percentual superior ao apurado em maio (0,45%). De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com o resultado o IGP-M acumula taxas de 4,38% no ano e de 6,51% em 12 meses. A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 0,54% em maio para 1,16% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,09% em maio para 0,44% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, registrou deflação (queda de preços) de 0,07% em junho. Em maio, o subíndice havia registrado inflação de 0,35%.
O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 6,5% este ano. A estimativa do Banco Central (BC) é menor do que a divulgada em março, de 7,2%. A nova projeção conta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (27). Em 2018, o saldo do crédito cresceu 5,1%, após contração de 0,5% registrada em 2017. De acordo com dados do BC, este ano, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos já acumula alta de 0,9%. Para o BC, o saldo do crédito para as pessoas físicas deve crescer 9,7%, mesma projeção do relatório de março. “Essas projeções estão em linha com a manutenção de níveis confortáveis de inadimplência e de comprometimento de renda das famílias com serviços financeiros e consideram continuidade do crescimento das principais modalidades de crédito livre (veículos, crédito pessoal e cartão de crédito) em patamares próximos aos atuais”, diz o relatório. Para as empresas, o BC revisou o crescimento do crédito de 4,1% para 2,5%, devido à evolução modesta do crédito nesse segmento no segundo trimestre do ano. “O desempenho do mercado de crédito a pessoas jurídicas reflete o menor dinamismo da atividade econômica”, diz o BC. Para o crédito livre (em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e para definir as taxas de juros), a projeção de expansão é 11,6%, com aumentos de 13% e 10% para os saldos de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. A expectativa para o crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) é 0,4% em 2019, com aumento de 6% para as pessoas físicas e redução de 7% para as empresas. O BC destaca que as projeções são sustentadas pelas operações com recursos livres, “enquanto as operações com recursos direcionados devem continuar impactadas pelo fraco desempenho entre as pessoas jurídicas”. “Esse cenário é compatível com a continuidade do processo de queda na participação dos bancos públicos no total do saldo das operações de crédito”, diz o relatório.
Pesquisa Anual de Comércio, divulgada hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o segmento varejista passou a ser o mais representativo na atividade comercial brasileira em 2017 em relação a 2008, quando o atacado era o segmento mais forte. O varejo respondeu por 45,5% da receita operacional líquida de R$ 3,4 trilhões do comércio nacional em 2017, contra 44,6% do setor atacadista e 9,9% do comércio de veículos, peças e motocicletas. Segundo o técnico da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Jordano Rocha, o aumento da participação do varejo ocorreu devido à diminuição da participação do segmento de veículos, peças e motocicletas. Analisando os últimos dez anos, observa-se que o comércio varejista subiu de uma participação na receita operacional líquida de 39,6% em 2008 para 45,5% em 2017, enquanto o comércio de veículos caiu de 16% para 9,9%. O atacado manteve-se praticamente estável. Em 2008, ele participava com 44,4% e subiu para 44,6%. A receita operacional líquida é obtida reduzindo-se da receita bruta as deduções relativas às vendas canceladas, descontos, abatimentos, impostos e contribuições, que somaram R$ 384,5 bilhões em 2017. A pesquisa revela, ainda, que 1,5 milhão de empresas registradas no país em 2017, englobando 1,7 milhão de unidades locais comerciais, registraram receita bruta de R$ 3,8 trilhões, sendo R$ 1,7 trilhão auferido pelo varejo e atacado cada, e R$ 360,6 bilhões pelo comércio de veículos, peças e motocicletas. O setor do comércio ocupou 10,2 milhões de pessoas, às quais foram pagos R$ 226,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O valor adicionado bruto obtido pela atividade comercial atingiu R$ 583,7 bilhões em 2017. Variações As principais variações de aumento na receita operacional líquida foram observadas em hipermercados e supermercados (2,7 pontos percentuais), passando de 9,8% para 12,5% em dez anos; no comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas, fumo e minimercados (2,6 pontos percentuais), de 2,2% para 4,8%; e no comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,1 pontos percentuais), de 6,3% para 8,4%. No sentido inverso, as principais quedas da receita operacional líquida foram sentidas no comércio de veículos automotores (- 5,5 pontos percentuais), de 11,6% para 6,1%; no comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (-1,4 ponto percentual), de 12,7% para 11,3%; e no comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive tecnologia da informação (TI) e comunicação (-0,8 ponto percentual), de 4,5% para 3,7%. Emprego De acordo com a pesquisa, a maior parte, ou o equivalente a 74,3%, das 10,2 milhões de pessoas empregadas em 31 de dezembro daquele ano foram registradas no comércio varejista; 17% no comércio por atacado; e 8,7% no comércio de veículos, peças e motocicletas. “Em emprego, não houve grandes mudanças na participação de cada segmento de 2008 para 2017. O varejo continua sendo o segmento que mais empregava, entre esses três. Em 2017, ocupava cerca de três quartos do pessoal ocupado em comércio”, disse Rocha. Em 2008, o varejo tinha 72% do pessoal ocupado; o atacado, 17,5%; …
O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2% para 0,8%. A projeção consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (27). Entre os fatores para a redução da projeção, o BC cita o crescimento menor do que o esperado no primeiro trimestre deste ano, o que reduziu o “carregamento estatístico [herança do que ocorreu no período anterior] para o restante do ano”. Outros fatores para a redução são a ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores econômicos para o segundo trimestre e o “recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento”. Além disso, o BC destaca que a perspectiva de crescimento em 0,8% está “condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e incorpora expectativa de recuperação da atividade em ritmo crescente ao longo do restante do ano”. Setores De acordo com o BC, a produção da agropecuária deverá crescer 1,1% no ano, permanecendo praticamente estável ante estimativa de elevação de 1% prevista em março. Esse aumento da projeção para a agropecuária contrasta com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores. A projeção para o desempenho da indústria foi reduzida de 1,8% para 0,2%. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%. A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5% em razão das incertezas sobre os impactos do rompimento da barragem de mineração em Brumadinho (MG). O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de 1,0%, mas, em sentido oposto, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido à expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano e de cenário favorável de chuvas. O BC estima crescimento de 1% para o setor terciário (comércio e serviços) em 2019, com reduções nas estimativas para o desempenho da maioria das atividades. Em março, a previsão era 2%. Também houve recuo na projeção para o consumo das famílias, de 2,2% para 1,4%, “compatível com a expectativa de recuperação mais gradual da massa salarial”. A estimativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – investimentos – recuou de 4,3% para 2,9%, enquanto a projeção para o consumo do governo deverá crescer 0,3%, ante projeção de crescimento de 0,6% em março, “consistente com expectativa de piora na arrecadação tributária em cenário de crescimento econômico menor”. As exportações e as importações de bens e serviços devem variar, na ordem, 1,5% e 3,8% em 2019, ante projeções respectivas de 3,9% e 5,6% do Relatório de Inflação de março. “O recuo na projeção para as exportações reflete reduções adicionais em prognósticos para o crescimento mundial, incertezas sobre a exportação de minério de ferro e aprofundamento da crise …
O prefeito de Afogados da Ingazeira (PE), José Patriota (PSB), não poderá disputar a Prefeitura de Tabira (PE), Sertão do Pajeú, em 2020. O motivo é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pôs fim aos prefeitos itinerantes, com jurisprudência ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dessa forma, o sonho de lideranças políticas de levar Patriota para concorrer à eleição municipal de Tabira não prosperará.
A Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, suspendeu a licença da Avianca Brasil para operar os serviços de transporte aéreo de passageiros e de cargas. Isso porque o contrato que a empresa assinou com a agência reguladora, no início de 2018, foi descumprido; no documento, estava previsto que a companhia aérea manteria as condições de funcionamento, o que não aconteceu. Vale destacar que a Avianca Brasil continua obrigada a garantir direitos aos passageiros, como a reacomodação em voos de outras empresas e o reembolso integral do valor pago. A ANAC informou também que os passageiros que comparecerem nos aeroportos por conta de falha de comunicação da companhia aérea ainda tem o direito à assistência de comunicação, alimentação e hospedagem. Caso o passageiro não tenha seus direitos respeitados, deve procurar o sistema de atendimento da empresa aérea responsável pelo voo e, se não ficar satisfeito, pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor.
O Banco Central baixou de 7,2% para 6,5% a previsão de crescimento do crédito bancário neste ano. A informação consta no relatório de inflação, documento divulgado nesta quinta-feira (27). Em 2018, após dois anos de queda, o crédito bancário voltou a crescer. O volume total (estoque) atingiu R$ 3,26 trilhões, alta de 5,5%. O BC informou nesta quinta-feira que a projeção de crescimento do crédito para pessoas jurídicas em 2019 caiu de 4,1% para 2,5%, enquanto a estimativa de expansão para o saldo das pessoas físicas foi mantida em 9,7%. “A redução do crescimento do crédito para pessoas jurídicas foi motivada pela evolução modesta do crédito nesse segmento no segundo trimestre do ano (…) O desempenho do mercado de crédito a pessoas jurídicas reflete menor dinamismo da atividade econômica”, informou o BC. Já a perspectiva de crescimento do crédito para pessoas físicas, segundo o BC, está em linha com a “manutenção de níveis confortáveis de inadimplência e de comprometimento de renda das famílias com serviços financeiros e consideram continuidade do crescimento das principais modalidades de crédito livre (veículos, crédito pessoal e cartão de crédito) em patamares próximo aos atuais”. No acumulado de janeiro a maio deste ano, ainda segundo o BC, foi registrado um aumento de 0,9% no volume do crédito bancário, para um volume total de R$ 3,28 trilhões e, em 12 meses, a alta foi de 5,5%.
O Banco Central reduziu de 2% para 0,8% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2019. A expectativa consta do relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quinta-feira (27). O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Com isso, o BC está estimando desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira neste ano pois, em 2018, o PIB cresceu 1,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre de 2019, a economia brasileira encolheu 0,2% e recentemente, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, o BC informou que o PIB “deve apresentar desempenho próximo da estabilidade no segundo trimestre” deste ano. Com isso, o BC não afasta a possibilidade de uma nova recessão na economia brasileira, pois dois trimestres seguidos de queda no PIB caracterizam “recessão técnica”. “Observe-se que essa perspectiva de crescimento anual [de 0,8% divulgada nesta quinta-feira] está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e incorpora expectativa de recuperação da atividade em ritmo crescente ao longo do restante do ano”, acrescentou o BC. A expectativa do Banco Central para o crescimento da economia brasileira em 2019 está um pouco abaixo do que acredita o mercado financeiro. Pesquisa feita pelo próprio BC na semana passada com mais de 100 bancos mostra que previsão é de uma alta de 0,87% no PIB neste ano. Indústria estagnada De acordo com o Banco Central, a nova previsão de crescimento do PIB para 2019, de 0,8%, considera que a indústria ficará praticamente estagnada neste ano. A previsão de crescimento da indústria passou de 1,8%, em março deste ano, para apenas 0,2% de alta agora em junho. “A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%, revisão motivada pelo desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2019 e pela evolução de indicadores referentes à atividade fabril no início do segundo trimestre”, informou. Já a estimativa da instituição para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5% de alta, em razão das “incertezas sobre os impactos do rompimento da barragem de mineração em Brumadinho”. Para a construção civil, a previsão, que em março era de um crescimento de 0,6% para o ano de 2019, passou a ser de queda de 1% neste ano “sobretudo, de resultado no primeiro trimestre expressivamente abaixo das expectativas e de ausência de evidências que sugiram recuperação efetiva do setor ao longo do ano”. A previsão para a variação anual do produto da agropecuária (1,1%) permaneceu praticamente estável desde março (1,0%), informou o BC, e, no caso do comércio, a previsão de crescimento foi revista de 2,3% para 0,9% para o ano de 2019. No âmbito da demanda agregada, a estimativa do BC para o crescimento do consumo das famílias em 2019 foi revista de 2,2%, na projeção de março, para …
Uma onda de calor atinge a Europa com temperaturas que chegam a 40 graus. Entre as áreas mais afetadas estão a Espanha, a França e países da Europa central. A massa de ar quente, procedente do Norte da África, provoca o calor. Apesar de ser verão, essas temperaturas são incomuns nesta época. A onda de calor atingiu fortemente, nessa quarta-feira (26), a Alemanha, a Polônia e a República Tcheca, que registraram temperaturas recordes para o mês de junho. Devido a uma tempestade sobre o Oceano Atlântico, a altas pressões sobre a Europa central e o leste e à massa de ar quente norte-africana, esses países são os mais afetados. Coschen, em Brandemburgo, chegou a 38,6 graus. Radzyn, na Polônia, atingiu 38,2. E em Doksany, na República Tcheca, os termômetros marcaram 38,9 graus, recordes para o mês de junho. A França também é atingida. São esperadas temperaturas em torno de 40 graus em cidades como Paris e Lyon – grandes aglomerados urbanos que são mais vulneráveis às temperaturas elevadas. O alerta laranja foi lançado, e o perigo faz recordar a onda de calor que assolou o país em 2003, levando à morte 15 mil pessoas. As cidades estão se preparando para enfrentar as elevadas temperaturas. Paris e Lyon restringiram o trânsito, numa tentativa de reduzir os efeitos da poluição. Há associações em Toulouse que oferecem água aos desabrigados. Algumas escolas francesas suspenderam as aulas e exames importantes foram adiados. Na Suíça, nem os Alpes escaparam, com temperaturas superiores a 30 graus. No nordeste da Espanha, as temperaturas poderão atingir 45 graus nesta sexta-feira (28), o que levou as autoridades locais a alertar para o “risco elevado” de incêndios florestais. Em Portugal, a “influência marítima” de uma depressão atmosférica no Oceano Atlântico fez com que o ar ficasse mais úmido e menos quente”, disse Ilda Novo, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A chuva e as temperaturas amenas, no entanto, serão substituídas pelo calor a partir do fim de semana, que chegará ao interior com mais força – Beja, com 38 graus, e Évora, com 37. Crise climática Embora eventos extremos como esse possam ocorrer naturalmente, especialistas afirmam que as ondas de calor ocorrerão mais frequentemente por causa da crise climática, levantando preocupações sobre a estabilidade do clima. Segundo Stefan Rahmstorf, professor da Universidade de Potsdam, desde 1500 os cinco verões mais quentes registrados na Europa ocorreram no século 21, em consequência do aumento da temperatura média da Terra. Rahmstorf disse ainda que as ondas de calor são resultado do aumento das emissões de gases de efeito estufa.