Em entrevista ao jornal argentino “Clarin”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que ainda não há clareza sobre como vai ser o governo do Jair Bolsonaro (PSL) e o ironizou ao dizer que talvez nem mesmo o presidente eleito o saiba. FH diz, ainda, que o Brasil está muito polarizado e não há “muito espaço” para pessoas razoáveis. Segundo a publicação, para o tucano, o convite para o juiz federal Sergio Moro assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, ainda que arriscada, é uma garantia de proteção da democracia. – Fui senador, ministro, presidente, mas nunca o vi enquanto era deputado. Nunca escutei sua voz, não ouvi ele dizer o que pensa. Não se sabe realmente o que (Bolsonaro) vai fazer. Creio que nem ele mesmo o saiba – afirmou FH. Questionado se havia semelhanças entre Bolsonaro e o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, que também era militar, FH respondeu que ambos acreditam que a autoridade “deve ser imposta”, embora o venezuelano fosse um populista mais próximo ao povo. Neste ponto, o tucano diz que o futuro presidente do Brasil está mais próximo do líder dos Estados Unidos: – Bolsonaro, como Trump, não quer o povo, não quer os imigrantes, quer um passado idílico. Ao “Clarin”, Fernando Henrique descarta se candidatar novamente porque, em suas palavras, o país precisa de “energia jovem” e pessoas razoáveis, como ele se considera, “não têm muito espaço em um país polarizado”. Para ele, o eleitor brasileiro não foi razoável ao eleger Bolsonaro e permitir a polarização: – A radicalização começou durante os governos do PT, que sentenciava: ‘Nós somos os bons e os outros, os maus’. Me acusavam de ser neoliberal e nunca o fui, mas essa era a forma de colocarem uma etiqueta para dizer: ‘Este não serve’. Além da polarização, a eleição de Bolsonaro foi impulsionada, de acordo com FH, pela crise econômica, problemas na segurança pública, antipestismo e a ideia que muitas pessoas desenvolveram após as investigações da Lava-Jato, de que “todos os políticos são ladrões”. http://www.blogdomagno.com.br/
Desde dezembro de 2014, funciona no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania Superendividados (Cejusc/Super), para solucionar casos de inadimplência e tentar mediação entre credores e devedores. Em três anos de atuação, foram realizadas 1.352 audiências de conciliação relacionadas ao superendividamento, que por fim resultaram em 464 acordos. Segundo o serviço, uma solução consensual foi possível em 45% dos casos. Três de quatro demandas são processos que envolvem bancos. A seguir, veja entrevista, por escrito, com a juíza Caroline Lima, coordenadora do Cejusc/Super, que alerta para os riscos do crédito fácil e do consumo compulsivo. Agência Brasil: Consultando a sua memória de processos e experiência mediando acordos, por que o superendividamento acontece? Caroline Lima: O superendividamento pode ter diversas causas. Pode ser algo episódico, não planejado e que envolva uma despesa extra considerável, como uma doença na família, o desemprego etc. Quando a pessoa não tem uma reserva de emergência, o que ocorre com a maioria dos brasileiros, o impacto pode ser desastroso. Mas o superendividamento também decorre da falta de planejamento financeiro, da desorganização costumeira com as finanças pessoais. A maioria das pessoas não recebeu educação financeira na escola ou na família e isso tem reflexos ao longo da vida, tornando essas pessoas mais vulneráveis ao superendividamento. Agência Brasil: Que tipo de superendividamento preocupa mais a senhora? Por quê? Caroline Lima: Sem dúvida temos visto muitos idosos superendividados. É preocupante porque o problema ocorre justamente num momento da vida em que as despesas são maiores e as pessoas envolvidas estão mais fragilizadas. Trabalhamos em parceria com a Central Judicial do Idoso com o objetivo de acolher essas pessoas e fazer o encaminhamento ao programa. Agência Brasil: Segundo nota do Cejusc/Super, 45% das demandas foram resolvidas. Quando é mais fácil obter conciliação entre devedores e credores? Quando é mais difícil? Caroline Lima: Quando o participante do programa cumpre todas as etapas (oficina de educação financeira, orientações financeiras individuais, grupos temáticos, iniciativas psicossociais) e o credor participou do workshop destinado aos representantes das instituições financeiras há mais chances de celebração de um bom acordo, um acordo sustentável que realmente possa reorganizar as finanças pessoais do participante. De outro lado, quando o caminho do programa não é integralmente percorrido ou quando o credor não se compromete da forma esperada, diminuem as chances da composição entre eles. Agência Brasil: Há alguma evidência de que a recessão econômica agravou o quadro de superendividamento ou, pelo ao menos, aumentou a procura pela mediação? Caroline Lima: Não observamos essa evidência. Isso porque o superendividamento é um fenômeno que não se relaciona diretamente a momentos de recessão econômica no país. Evidentemente, o desemprego por ser um gatilho ao superendividamento, mas a experiência tem demonstrado que há outros fatores mais relevantes. Vemos que, por vivermos em uma sociedade de consumo, as pessoas podem se superendividar apenas pelo fato de possuírem alguma renda, ou seja, por terem acesso ao crédito. Ao longo desses quase quatro anos de programa, verificamos que fatores sociais como falta de políticas públicas voltadas para educação financeira, …
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que um fármaco usado no tratamento contra hepatite C crônica é capaz de eliminar o vírus da chikungunya e da febre amarela. Todos os testes para uso humano do Sofosbuvir já foram realizados e com isso é possível que a substância seja empregada em uma eventual epidemia de Chikungunya. Segundo a pesquisa, as células humanas infectadas in vitro com Chikungunya foram tratadas com o fármaco, que eliminou o vírus sem danificar as células e se mostrou 11 vezes mais efetivo contra o vírus do que contra as células. Para um dos pesquisadores, o professor Lúcio Freitas-Junior, a utilização do Sofosbuvir para o tratamento da chikungunya é interessante porque o processo para a obtenção de um novo fármaco é demorado, levando em torno de 12 anos, e caro, podendo chegar a R$ 1,5 bilhão. “O Sofosbuvir é uma droga que passou por todo o processo de aprovação para uso humano. Isso possibilita que ela venha a ser utilizada contra a chikungunya em um ou três anos. O custo seria muito menor, estimado em cerca de US$ 500 mil”, disse. Explicou que a chikungunya é grave não só por ser uma doença aguda, apresentando quadro semelhante ao da dengue, mas porque pode provocar sequela, dores articulares altamente debilitantes, que se estendem por meses ou anos. Essas sequelas podem também incapacitar a pessoa a exercer sua atividade profissional e até mesmo a sair da cama. “Não há vacina desenvolvida e as ferramentas para diagnóstico ainda precisam ser otimizadas. O Sofosbuvir é algo concreto que pode se tornar uma ferramenta poderosa para lutar contra esse vírus. Os resultados de nossa pesquisa possibilitam que as instituições eventualmente interessadas deem início aos ensaios clínicos”, disse Freitas-Junior. Afirmou que a estratégia de utilizar um medicamento já conhecido para uma outra doença é chamada de reposicionamento de fármacos. Foram testados vários remédios conhecidos, prescritos não só antivirais, mas para outras doenças e condições e o considerado melhor foi o Sofosbuvir. “Com essa informação, médicos em hospitais podem organizar pequenos protocolos para testar isso em humanos”, disse. (Folha PE).
No segundo domingo de provas, 1.610.681 estudantes faltaram ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que representa 29,2% dos 5.513.726 inscritos. O índice é maior do que o do domingo passado, que foi de 24,9%, mas é menor que as taxas registradas no segundo dia de provas em 2016 e 2017. O ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou ser normal o aumento de ausências no segundo dia do exame. “O número de ausências foi menor que nos últimos anos, mas é um pouco maior do que no primeiro dia, o que é normal. Às vezes, o aluno não tem o desempenho que deseja ou imagina e acaba não indo no segundo dia”, argumentou. Eliminados Neste domingo, 66 estudantes foram eliminados, a maioria por descumprimento das regras gerais do edital, como sair antes do horário permitido, usar material impresso e não atender a orientações dos fiscais. Dois foram eliminados na revista no detector de metais e por recusa na coleta dos dados biométricos. Em nenhum local, a aplicação da prova foi suspensa. “A logística da aplicação funcionou maravilhosamente bem. Foi a melhor aplicação da história do Enem”, afirmou o ministro. Os 1.752 participantes afetados, no domingo passado (4), pela interrupção de energia elétrica, em Porto Nacional (TO) e Franca (SP), têm direito à reaplicação, dia 11 de dezembro, das provas de linguagens, redação e ciências humanas. As provas para pessoas privadas de liberdade serão aplicadas dias 11 e 12 de dezembro. Gabarito Os participantes responderam, neste domingo, às questões de matemática e ciências da natureza. Foram cinco horas para resolver 90 questões. As provas foram aplicadas em 10.718 locais, distribuídos em 1.725 municípios. São cerca de 600 mil pessoas envolvidas na aplicação do Enem. O gabarito oficial será divulgado em 14 de novembro, juntamente com os cadernos de questões. Já o resultado deverá ser divulgado até o dia 18 de janeiro de 2019. A nota do Enem pode ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Fonte: http://www.edenevaldoalves.com.br/enem-tem-66-eliminados-e-292-de-ausentes-no-segundo-dia-de-provas/
O Brasil obteve 75% de todos os bônus de assinatura pagos em leilões de exploração de petróleo, que foram realizados no mundo desde 2016. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Odonne, neste período, 82 países fizeram 100 processos de certames de áreas de exploração e foram contratados US$ 7 bilhões, na forma de bônus de assinaturas de 3 mil blocos. Odonne acrescentou que, do total de blocos oferecidos no mundo, 72 foram ofertados pelo Brasil nas rodadas que realizou desde 2016. “Os 72 blocos do Brasil representaram 75% de todos os bônus de assinatura pagos no mundo desde 2016. É impressionante quando a gente compara o sucesso que tivemos no trabalho de atração de investidores em relação a outros países. Em segundo, distante da gente, é o México”, afirmou. Próximos leilões Quanto a continuidade dos leilões da ANP com a mudança de governo, Odonne destacou que não quer arriscar dizer se o novo governo vai cumprir o calendário de leilões, mas está otimista diante do interesse que o Brasil tem despertado nesse mercado e com investimentos em exploração que ainda devem entrar no país. Em 2019, estão previstas a 6ª Rodada do Pré-Sal, a 16ª Rodada de Licitações de blocos sob o regime de concessão em áreas próximas ao polígono do pré-sal, além da expectativa do leilão do excedente de petróleo do pré-sal, chamado de cessão onerosa. “A gente quer e vai continuar, no Brasil, atraindo estes investimentos”, afirmou. Confiante na manutenção dos leilões, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, lembra que, por causa do mandato, o diretor-geral da ANP vai permanecer no cargo até 2020. Isso, para o ministro, reforçará a segurança do mercado na área de óleo e gás. “Ele vai ficar porque tem uma tarefa a cumprir. Nós, a sociedade brasileira, precisamos da força, da pujança e do retorno financeiro que este setor dará para que melhore, não só as condições fiscais do país, mas sobretudo a vida das pessoas”, afirmou o ministro de Minas e Energia. 15ª Rodada Na última quarta-feira (7), a ANP realizou a cerimônia de segunda etapa de assinaturas dos contratos relativos à 15ª Rodada de Licitações, ocorrida em março deste ano. Nessa segunda etapa, dez empresas assinaram 12 contratos relativos à 15ª Rodada de Licitações: BP Energy do Brasil Ltda.; Chevron Brasil Óleo e Gás Ltda.; Equinor Brasil Energia Ltda.; ExxonMobil Exploração Brasil Ltda.; Murphy Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás Ltda.; Petrogal Brasil S.A.; Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A.; Repsol Exploração Brasil Ltda.; Shell Brasil Petróleo Ltda.; e Wintershall do Brasil Exploração e Produção Ltda. Na primeira etapa, em 11 de setembro, foram assinados dez contratos de cinco empresas: Equinor Brasil Energia Ltda.; Exxon Mobil Exploração Brasil Ltda.; Petróleo Brasileiro S.A; QPI Brasil Petróleo Ltda.; e Shell Brasil Petróleo Ltda. Essas empresas solicitaram antecipação da assinatura dos contratos, já que o edital da 15ª Rodada prevê a assinatura até 30 de novembro.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) irá para Brasília na próxima terça-feira (13). A informação foi confirmada pela assessoria da equipe de transição do governo. De acordo com o cronograma divulgado, Bolsonaro decola do Aeroporto do Galeão às 7h e tem previsão de chegada na capital federal às 8h30. Um encontro com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), pode ocorrer às 9h, mas ainda não está confirmado. Ainda pela manhã, acontecerá uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), às 9h30. A agenda da tarde inclui três audiências. A primeira está prevista para 13h, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. Na sequência, às 14h30, Bolsonaro será recebido pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Batista Brito Pereira. A última atividade prevista, às 16h, é uma reunião com o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro José Coelho Ferreira. A agenda de quarta-feira não foi divulgada pela equipe de transição. Não há confirmação se ele retorna ao Rio de Janeiro ou se terá novos compromissos em Brasília. (EBC)
A partir de hoje (10), boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer banco ou correspondente e não apenas na instituição financeira em que foram emitidos. Isso será possível com a conclusão da implementação da Nova Plataforma de Cobrança (NPC), sistema desenvolvido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com os bancos. Na última fase do processo, passa a ser obrigatório o cadastramento de títulos referentes a faturas de cartão de crédito e doações no novo sistema. Segundo a Febraban, além da praticidade, a implementação da NPC torna o processo de pagamento via boleto mais seguro, sem risco de fraudes. Outra mudança diz respeito ao comprovante de pagamento, que será mais completo, apresentando todos os detalhes do boleto, (juros, multa, desconto, etc) e as informações do beneficiário e pagador. O projeto da Nova Plataforma de Cobrança começou há quatro anos. Desde 2016, a medida vem incorporando à base de dados os boletos de pagamentos já dentro das normas exigidas pelo Banco Central, ou seja, com informações do CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do emissor, data de vencimento e valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. A Febraban diz que essas informações são importantes para checar a veracidade dos documentos na hora do pagamento. Caso os dados do boleto a ser pago não coincidam com os registrados na base da nova plataforma, o documento é recusado, pois pode ser falso. Para fazer a migração do modelo antigo de processamento para o atual, os bancos optaram por incluir os boletos no novo sistema por etapas, de acordo com o valor a ser pago. Esse processo começou em meados do ano passado para boletos acima de R$ 50 mil (os de menor volume) e termina hoje, com a incorporação dos boletos de cartão de crédito e doações. A previsão inicial era que o processo fosse concluído em 22 de setembro. Entretanto, em junho deste ano, após dificuldades de clientes para pagar boletos, a Febraban alterou o cronograma. Última fase Com uma participação de cerca de 40% do total de títulos emitidos no país, os boletos de cartões de crédito e doações têm uma característica em comum: o valor a ser pago pelo consumidor pode não ser exatamente o que consta em cada boleto. No caso dos cartões, porque há opções de pagamento, como valor mínimo, duas ou três parcelas. No caso das doações, o usuário também pode escolher um valor diferente do que está impresso no boleto. Segundo a Febraban, da mesma forma que nas fases anteriores, se os boletos não estiverem cadastrados na base do novo sistema, os bancos irão recusá-los. Se isso ocorrer, o pagador deve procurar o beneficiário, que é o emissor do boleto, para quitar o débito ou solicitar o cadastramento do título.
Com o horário de verão, o país tem quatro fusos horários diferentes. Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem ficar de olho no horário da abertura e fechamento dos portões neste domingo (11). Nos cartões de confirmação da inscrição, são informados os dados dos estudantes, local de prova, data e horários de aplicação da prova.
Quem acertar os seis números do sorteio da Mega-Sena deste sábado pode ganhar um prêmio de até R$ 27 milhões. As seis dezenas do concurso 2.096 serão sorteadas às 20h, no Caminhão da Sorte, que está em Manhumirim (MG). Na poupança, o prêmio rende quase R$ 100 mil por mês. Como ninguém acertou os seis números do concurso 2.095 ocorrido na quarta-feira (7) o prêmio acumulou e chegou a esse valor. As dezenas sorteadas foram 16, 29, 35, 43, 49 e 56. A aposta mínima na Mega-Sena custa R$ 3,50 e pode ser feita até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer uma das mais de 13 mil casas lotéricas do país. Também é possível jogar pelo computador, tablet ou smartphone. Para isso, é preciso ter mais de 18 anos e preencher o cadastro na plataforma de Loterias Online da CAIXA.
Os gastos de campanha nas eleições deste ano caíram pela metade em comparação com 2014. É o que mostra levantamento do G1 a partir de informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cálculo leva em conta o gasto de 2014 já corrigido pelo IPCA. Candidatos e partidos contrataram ao menos R$ 2,9 bilhões de despesas até o dia 7 de outubro, quando ocorreu o 1º turno das eleições de 2018. Em 2014, a soma dos gastos de candidatos, partidos e comitês foi de R$ 5,8 bilhões até 5 de outubro de 2014, data do 1º turno das eleições daquele ano. As duas quantias se referem aos gastos totais (de partidos e candidatos, além dos comitês, que existiram até 2014) descontados os repasses a outros candidatos ou partidos. Neste ano, a campanha durou 45 dias (a metade do tempo da passada). Segundo Denisson Silva, doutorando em ciência política e pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o teto de gastos para cada cargo fixado pelo TSE é um dos principais responsáveis por essa queda. Além disso, o pesquisador enumera outros fatores, como a campanha mais curta, o fim do financiamento empresarial de campanhas e alterações nos gastos de candidatos (como a mudança no perfil de marqueteiros entre os presidenciáveis). De acordo com o levantamento, 56% das despesas contratadas até o 1º turno se referem à publicidade, sendo que o principal gasto foi de materiais impressos (R$ 598 milhões). Uma das principais novidades da campanha de 2018, o impulsionamento de conteúdo correspondeu a um total de cerca de R$ 72,5 milhões em despesas contratadas até 7 de outubro (2,5% do total). Em 2014, os gastos com publicidade totalizaram 52,5% do total até 5 de outubro (cerca de R$ 3 bilhões em valores corrigidos), sendo que o principal gasto foi com materiais impressos (cerca de R$1,2 bilhão em valores corrigidos). Os números de 2018 podem ser maiores, dado que, desse total de despesas, 92% correspondem a prestações de contas finais e os outros 8% a prestações de contas parciais ou relatórios financeiros submetidos ao TSE. Segundo o Tribunal, 68,6% dos candidatos e partidos prestaram suas contas dentro do prazo. Assim novas contas ainda podem ser contabilizadas, além da atualização das contas daqueles candidatos que também disputaram o 2º turno. Os candidatos que disputaram o primeiro turno tinham até o dia 6 de novembro para prestarem suas contas à Justiça Eleitoral. Para aqueles que também estavam no segundo turno, o prazo vai até o próximo dia 17. Caso o candidato não preste contas, ele não poderá obter a certidão de quitação eleitoral, o que o impede de se registrar como candidato futuramente. A sanção para o partido político que não prestar contas é a perda do direito a receber sua parte do Fundo Partidário, além da suspensão do registro ou da anotação do órgão responsável pelas contas. A partir de 2018, os recursos disponíveis para campanhas eleitoraispassaram a ter origem em quatro fontes principais: o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também …
Cerca de uma hora após aprovação no Senado, o presidente Michel Temer sancionou a medida provisória que estabelece o chamado Rota 2030, regime tributário especial para o setor automotivo, com incentivo fiscal às montadoras. Em sessão de apenas 22 minutos, o Senado aprovou pela manhã o texto. O novo regime exige dos beneficiários, como contrapartida, desenvolvimento de novas tecnologias, pesquisas em eficiência energética, entre outros pontos. Poucos senadores debateram a matéria. Armando Monteiro (PTB-PE) foi nomeado relator-revisor no plenário e deu um breve parecer no microfone: “A matéria está devidamente instruída, e o nosso parecer é conforme ao conteúdo da matéria.” O texto foi aprovado de forma simbólica, sem registro nominal dos votos, com manifestação contrária apenas do senador Reguffe (sem partido-DF). O Rota 2030 terá duração de 15 anos e engloba vários incentivos, como redução de IPI sobre veículos híbridos e elétricos. As companhias que aderirem ao programa se comprometem com uma meta de elevação na eficiência energética. O programa substitui o Inovar Auto, que acabou em dezembro após condenação da OMC (Organização Mundial do Comércio), que apontou violação de regras internacionais. Por alteração ocorrida na Câmara, apenas empresas que fabricam veículos no Brasil possam aderir ao Rota 2030. Quem não produz em solo nacional e comercializa os veículos no país não fará jus ao benefício. A mudança pode prejudicar importadores.
A Operação Capitu, deflagrada nesta sexta-feira (9) pela Polícia Federal e que desencadeou a prisão do empresário Joesley Batista teve efeito limitado para os ativos da JBS. A pressão principal aconteceu no início do pregão, quando os papéis chegaram a cair 5% na bolsa. No entanto, o movimento perdeu força e passou a dar prioridade aos cenários tanto macroeconômico quanto operacional, em detrimento à tensão envolvendo o executivo. Segundo o analista da Guide Investimentos, Rafael Passos, o recuo dos ativos, que se estabeleceu em torno de 3%, está mais atrelado à questão externa, que vem pressionando o Ibovespa e o mercado como um todo. “Embora tenhamos uma enxurrada de notícias negativas, não vemos quase nenhuma relação entre a prisão de Joesley e o desempenho das ações da JBS no período da tarde. Os investidores estão mais atentos à expectativa de um balanço trimestral positivo, já que a companhia vinha se mostrando menos alavancada”, explica o especialista. A JBS reportará o resultado financeiro do referente ao terceiro trimestre na próxima terça-feira (13). Outro fator que tende a favorecer o resultado operacional da JBS segundo o analista, é o ciclo amplamente positivo para o gado nos Estado Unidos, além de uma conjuntura favorável para o mercado do boi gordo no Brasil. Sendo assim, “a prisão de Joesley contribuiu para a pressão dos ativos hoje (sexta), mas não foi o fator principal”, acrescenta Passos. Há pouco, os papéis da JBS registravam queda de 3,60%, a R$ 9,92. Mercado físico Assim como nos contratos futuros, as cotações da arroba bovina ignoraram as notícias negativas envolvendo o empresário do Grupo J&F. Na avaliação do presidente da Scot Consultoria, Alcides Torres, os participantes ainda não digeriram o envolvimento da JBS nas fraudes citadas pela Polícia Federal e, portanto, a arroba seguiu estável em praticamente todas as praças pecuárias. Entretanto, ele lembra que quando foi deflagrada a Operação Carne Fraca, em março de 2017, a arroba bovina chegou a ter picos de queda e bateu os R$ 120, pelo menos R$ 26 por arroba abaixo do patamar médio de referência em São Paulo. “Vamos observar como será a reação do mercado a partir da semana que vem”, diz Torres. Entenda A Operação Capitu, deflagrada pela Receita Federal em conjunto com a Polícia Federal, tem por objetivo combater uma suposta fraude envolvendo doações irregulares por parte de empresa de processamento de proteína animal para diversos políticos e partidos. A empresa envolvida é a JBS que, segundo a PF, teria pago R$ 5 milhões pela proibição do uso de ivermectina e outros R$ 2 milhões pela expansão das exportações de sobras de bovino (despojos). Segundo a Receita, duas grandes redes varejistas do Estado de Minas Gerais, por meio de seus controladores e diretores, participaram diretamente do esquema. “Suspeita-se que esta rede, devido ao grande movimento de dinheiro em espécie, utilizou-se deste fluxo para dar ar de licitude a valores doados a partidos e políticos, no período de agosto de 2014 a fevereiro de 2015”, diz a nota divulgada …
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou hoje (9) a definição dos valores das multas que serão aplicadas a quem descumprir os preços mínimos da tabela do frete rodoviário. A agência já vinha fiscalizando o cumprimento dos pisos mínimos do frete. Mas as autuações não geravam multa porque faltava a regulamentação das punições. De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União, os valores serão aplicados em quatro situações distintas, variando do valor mínimo de R$ 550 e podendo chegar ao máximo de R$ 10,5 mil. Pelo regulamento, a empresa que contratar o serviço de transporte rodoviário de cargas abaixo do piso mínimo estabelecido pela agência reguladora terá punição específica. Neste caso, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, limitada ao mínimo de R$ 550,00 e ao máximo de R$ 10.500,00. Já para o transportador que realizar o serviço de transporte rodoviário de cargas em valor inferior ao piso mínimo de frete definido pela ANTT, será aplicada multa de R$ 550. A resolução diz ainda que os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga em valor inferior ao piso mínimo estarão sujeitos à multa de valor de R$ 4.975. O texto diz ainda que os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização para verificação da regularidade do pagamento do valor de frete poderão sofrer multa de R$ 5 mil. “A ANTT poderá utilizar-se do documento que caracteriza a operação de transporte, de documentos fiscais a ele relacionados e das informações utilizadas na geração do Código Identificador da Operação de Transporte para comprovação da infração prevista neste artigo”, diz a resolução. A constitucionalidade da tabela do frete, resultado de acordo entre caminhoneiros e o governo de Michel Temer para acabar a paralisação do transporte rodoviário no país, está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal. Após uma audiência pública sobre a tabela de frete, em agosto, o ministro Luiz Fux, relator do processo, afirmou que não decidirá sozinho sobre o tema e que levará as três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) sobre o assunto para análise diretamente no plenário da Corte.
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que tiveram a aplicação da prova cancelada por falta de energia elétrica no último domingo (4) devem fazer o exame neste domingo (11). A orientação é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esses estudantes terão direito a reaplicação apenas das provas do primeiro dia. Dois locais de prova foram afetados: um em Franca (SP), com 993 participantes; e o outro em Porto Nacional (TO), com 759 pessoas. Em nota, o Inep diz que fará contato com esses participantes pelo e-mail ou SMS cadastrados na Página do Participante, alertando sobre a necessidade de comparecerem neste domingo. Segundo a autarquia, aqueles que tiverem qualquer dúvida também podem entrar em contato pelo 0800 616161 ou pelo canal de autoatendimento. Todos os anos, o Inep reaplica as provas do Enem para estudantes que não fizeram os exames por cancelamento da prova devido a problemas logísticos ou de infraestrutura, como por exemplo em caso de interrupção no fornecimento de energia elétrica. Em 2018, a reaplicação será nos dias 11 e 12 de dezembro. Enem 2018 O Enem 2018 será aplicado em 1.725 municípios brasileiros, 70 deles de difícil acesso. Ao todo, 5.513.726 estudantes estão inscritos. No último domingo, 4,1 milhões de estudantes fizeram o exame, registrando-se o menor percentual de faltosos desde 2009 – 24,9% do total de 5,5 milhões de inscritos. Foram aplicadas provas de linguagem, ciências humanas e redação. Neste domingo, os alunos fazem provas de ciências da natureza e matemática. A estrutura para aplicação do Enem envolve 10.718 locais de aplicação, 155.254 salas e mais de meio milhão de colaboradores. Foram impressas 11,5 milhões de provas de doze Cadernos de Questões diferentes. Haverá ainda uma videoprova em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ao todo, são quase 600 mil pessoas envolvidas na aplicação do exame. A nota do exame poderá ser usada para concorrer a vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A vulnerabilidade, a falta de acesso a um atendimento de qualidade e a grande circulação de informações sem base científica têm prejudicado o tratamento do câncer. O alerta é feito pela psicooncologista Luciana Holtz, fundadora de uma organização, a Oncoguia, que se dedica a prestar informações de qualidade aos pacientes. Segundo ela, terapias alternativas, que não têm qualquer comprovação científica mas que prometem milagres, têm circulado com muita velocidade e podem atrasar ou mesmo fazer com que haja desistência de tratamentos. “Tem sempre a receita da moda, o suco de graviola, o noni, o suco de cenoura, que poderiam ser receitas inofensivas, mas que são vendidas como receitas que curam. O que a gente vê é um impacto gigantesco no paciente, que considera inclusive a troca do tratamento tradicional”, disse. O tema foi um dos destaques do Congresso Internacional de Oncologia D’or, realizado no Rio de Janeiro. Entre as notícias falsas que promovem confusão está também a que diz que ao fazer mamografia, as mulheres precisam proteger o pescoço porque há risco de câncer de tireoide, o que na verdade prejudica a imagem e o posterior diagnóstico. Outra é a que diz que usar desodorante causa câncer de mama, tese sem qualquer comprovação científica. Luciana destaca também que as falhas no atendimento do sistema de saúde contribuem para deixar as pessoas ainda mais vulneráveis às informações falsas. “A situação às vezes fica desesperadora. Você fica ali, esperando para se tratar, completamente fragilizado, inseguro, as pessoas acabam recorrendo ao que está disponível”, afirmou. A médica orienta que os pacientes busquem sempre informações oficiais de institutos, organizações e serviços de saúde que trabalham com câncer. A Oncoguia também disponibiliza um telefone gratuito para esclarecimento de dúvidas. O número é 0800 773 1666.
Apesar da queda nacional de 1,8%, a produção industrial avançou, de agosto para setembro, em oito dos sete locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As principais altas foram observadas nos estados do Ceará (3,7%) e Pará (3,5%). Também tiveram alta os estados de Pernambuco (1,7%), Goiás (1,4%), Rio Grande do Sul (1,3%), Rio de Janeiro (1,0%), Espírito Santo (0,9%) e Mato Grosso (0,9%). Por outro lado, sete locais puxaram a queda da produção nacional, em especial os estados do Amazonas (-5,2%) e São Paulo (-3,9%). Outros estados com queda foram Bahia (-3,3%), Paraná (-3,1%), Minas Gerais (-1,9%) e Santa Catarina (-1,8%). A Região Nordeste que tem sua produção também calculada pelo IBGE recuou 1,9%. Outras comparações Na comparação com setembro de 2017, sete locais tiveram alta, sete tiveram queda e um apresentou estabilidade (Paraná). Os maiores crescimentos na produção foram observados em Pernambuco (15,9%), Pará (14,1%) e Rio Grande do Sul (12,4%). Já a principal queda ficou com o Amazonas (-14,8%). No acumulado do ano, houve altas em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para os estados do Pará (9,8%), Amazonas (7,8%) e Pernambuco (7,1%). Os três locais em queda foram Goiás (-3,6%), Espírito Santo (-2,7%) e Minas Gerais (-1,6%). Por fim, no acumulado de 12 meses, 11 dos 15 locais pesquisados registraram taxas positivas, com destaque para o Pará (10,2%) e Amazonas (8,1%). Três tiveram queda: Espírito Santo (-2,5%), Minas Gerais (-1%) e Goiás (-0,2%). A Bahia manteve estabilidade na produção.
O presidente Michel Temer sancionou, com vetos, projeto de conversão em lei de medida provisória que permite a renegociação de dívidas rurais no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A Lei nº 13.729 foi publicada na edição de hoje (9) do Diário Oficial da União. A lei foi aprovada em outubro deste ano pelo Senado e, pelos cálculos do governo, pode representar renúncia fiscal de cerca de R$ 17 bilhões. O veto a alguns dispositivos teve como explicação o aumento do custo para os cofres públicos, sem previsão orçamentária. Inicialmente, a medida provisória previa descontos de 70% nas dívidas contratadas até 31 de dezembro de 2006, e de 45% nas operações contratadas entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2011. O prazo para a liquidação da dívida com o desconto era dezembro deste ano. A lei sancionada prevê descontos de até 95% com prazo de liquidação até dezembro de 2019. “As autorizações de concessão dos benefícios de que trata esta lei estão condicionadas à inclusão nas Leis Orçamentárias de 2018 e 2019 dos montantes das despesas a serem ressarcidas pela União”, diz a lei.
Mesmo estando do lado contrário ao palanque de Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidencial, o governador Paulo Câmara (PSB) acredita que não haverá prejuízo ao estado por ele não participar da reunião com a equipe econômica do presidente eleito, prevista para quarta-feira. Ontem, quando questionado sobre tal possibilidade, o socialista reagiu. “De jeito nenhum”, respondeu, referindo-se à hipótese de haver futuras retaliações. Ele comentou sobre o assunto após participar da entrega de medalhas nas comemorações do aniversário de 50 anos do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Paulo Câmara afirmou ter sido convidado para o encontro pelos governadores eleitos do Distrito Federal (Ibaneis Rocha/MDB), São Paulo (João Dória/PSDB) e Rio de Janeiro (Wilson Witzel/PSC).“Infelizmente, já estou com viagem marcada. Alguns governadores também estão com viagem marcada e não poderão ir. Temos uma expectativa de, tão logo seja possível, o presidente receba efetivamente os governadores da forma institucional, como deve ser feito quando ele assumir o cargo”.Segundo a assessoria do socialista, ainda não existe uma definição sobre quem irá representar o governador na reunião que, na verdade, contará com a presença do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou hoje (8) no Diário Oficial da União (DOU) resolução com o cronograma de aumento gradual do volume de biodiesel a ser adicionado ao diesel vendido no Brasil. A medida, aprovada pelo do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no final de outubro, autoriza o aumento de 10% para 15% do volume de biodiesel. O aumento no percentual será gradual. Em junho de 2019, será autorizado o aumento dos atuais 10% para 11% do percentual de biodiesel. O aumento se dará até 2023, quando o percentual de biodiesel na mistura deverá ser de 15% para o consumidor final. De acordo com o MME, a medida “oferece previsibilidade ao setor, incentiva a geração de empregos e investimentos na área de combustíveis.” A resolução autoriza ainda os distribuidores de combustíveis autorizados a adicionarem, voluntariamente, biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final, uma quantidade maior do que o determinado, desde de que a mistura não supere o limite máximo de 15%. A adição suplementar só poderá ocorrer após a conclusão de testes e ensaios em motores que concluírem pela possibilidade técnica da utilização dessa mistura. “O prazo previsto de término dos testes é março de 2019”, informou a pasta. Segundo o ministério, a estimativa é que a produção do biodiesel brasileira passe de 5,4 para mais de 10 bilhões de litros anuais, entre 2018 e 2023, o que representa um aumento de 85% da demanda doméstica.
Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) indica que o Natal deste ano deve injetar aproximadamente R$ 53,5 bilhões na economia do país. O estudo indica que as projeções permanecem no mesmo patamar do ano passado. O levantamento aponta 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal, o que representa 110,1 milhões de consumidores. Entre os que não vão presentear (9%), os motivos se dividem entre falta de importância ao feriado (26%), falta de emprego (17%), ou falta de dinheiro. Os que ainda não decidiram representam 19% dos entrevistados. Os consumidores ouvidos na pesquisa devem comprar, em média, entre quatro e cinco presentes, gastando o valor médio de R$ 115,90. O índice também revela que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 100 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%, e que um terço desse percentual está na faixa acima dos 55 anos. Entre os que compraram presentes em 2017, quase um terço (27%) afirma que irá gastar um valor superior este ano – enquanto 30% planejam gastar a mesma quantia e 22%, menos. Considerando os que vão gastar mais, 29% planejam adquirir um presente melhor, enquanto 25% reclamam do aumento dos preços. Há ainda quem economizou ao longo do ano (22%). Dos consumidores que vão diminuir gastos, a principal razão deve-se à situação financeira ruim (34%). As outras razões dividem-se entre economia (30%), outras prioridades (14%) e desemprego (12%). Compras virtuais Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) — 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras por meio deste canal. Na sequência aparecem os shopping centers (34%) e o comércio de rua (30%) Para o SPC, o aumento na quantidade de consumidores que usam a rede para compras, o fazem principalmente pela comodidade e praticidade, além da possibilidade de comparar preços e encontrar uma diversidade de produtos disponíveis. Beneficiários A pesquisa aponta que os filhos (57%) continuam sendo os principais beneficiários dos presentes. Na sequência estão maridos e esposas (48%), mães (46%), irmãos (24%), sobrinhos (21%), pais (20%) e namorados (17%). As roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data. Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%. Varejo em São Paulo Levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) calculou que o faturamento real do varejo do estado …
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou queda de preços (deflação) de 0,11% na primeira prévia de novembro. A taxa é inferior à apurada naprimeira prévia de outubro, quando o IGP-M registrou inflação de 1,06%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), apesar da deflação da prévia de novembro, o IGP-M acumula alta de 9,13% no ano e de 10,1% em 12 meses. A queda da taxa de outubro para novembro foi puxada principalmente pelos preços no atacado, já que o Índice de Preços ao Produtor Amplo passou de uma inflação de 1,4% na prévia de outubro para deflação de 0,31% na prévia de novembro. A inflação do Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, caiu de 0,44% em outubro para 0,3% em novembro. Já a inflação Índice Nacional de Custo da Construção recuou de 0,31% para 0,29% no período.
A Receita Federal libera, a partir das 9 horas desta sexta-feira (9), a consulta ao sexto e penúltimo lote de restituição do Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF) 2018. O lote vai contemplar também restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2017. No total, 1.142.680 contribuintes vão receber mais de R$ 1,9 bilhão em 16 de novembro. Para saber se teve a declaração liberada basta acessar a página da Receita, ou ligar para o Receitafone 146, ou pelo aplicativo da Receita para tablets e smartphones A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF. Se o valor não for creditado na data prevista, a Receita orienta o contribuinte a procurar qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.
Devido aos índices de chuva no Brasil dentro da expectativa para o mês de outubro, a bandeira tarifária da conta de energia elétrica para dezembro dificilmente retornará para a bandeira vermelha, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone. “Reverter acho difícil, no pior estágio seria manter a amarela”, disse. A Aneel pode inclusive analisar a possibilidade de adotar a bandeira verde no próximo mês. O estudo levará em conta a melhora nos níveis dos reservatórios diante da quantidade de chuva no Brasil durante novembro. Segundo o diretor-geral do órgão regulador, André Pepitone, é preciso aguardar mais um pouco para avaliar alguns fatores que influenciam o modelo que determina a escolha da cor da bandeira. Entre os fatores está o nível de armazenamento e o GSF- fator que mede o nível entre a energia produzida pelos geradores do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e a soma das garantias físicas deles. É com este fator que se avalia quanta energia será alocada em cada usina. Conforme o diretor-geral, as chuvas estão boas e dentro das expectativas, ainda assim é preciso esperar, porque está no começo do mês, mas ele acrescentou que o prognóstico é bom. “De acordo com o cenário hídrico que estamos vivenciando hoje ele se apresenta favorável, mas temos que aguardar para não fazer um exercício de futurologia”, disse. Pepitone estimou que após o dia 20 será possível “ter uma sensibilidade com grande precisão” para definir a cor da bandeira. O diretor-geral da Aneel participou do 8º Seminário sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira e do 14º Brazil Energy and Power, organizados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) Chuvas O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse que está muito feliz com a quantidade de chuva. Segundo Barata, até setembro as condições climáticas eram muito ruins tanto no Nordeste como no Centro-Oeste e no Sudeste. O quadro começou a mudar em outubro. Para novembro, as expectativas dos institutos de clima apontam para boa quantidade de chuva no Rio Paranaíba, o que deve melhorar também as condições no Rio Tocantins. “Deve começar a subir também as usinas do Rio Tocantins e mais para a frente a sinalização é que os rios do Norte, Madeira e Xingu, também vão ter uma condição boa”, disse, após participar do encontro de energia. Outra previsão que anima Barata é o fenômeno El Niño entre moderado e fraco. De acordo com o diretor-geral do ONS, isso é positivo, porque deve vir acompanhado de chuva na média ou pouco acima disso no Nordeste, enquanto na Região Sul a previsão é de chuva intensa. “Quando estávamos em setembro a nossa perspectiva era terminar o período seco na faixa dos 14% ou 15% [dos reservatórios] no Sudeste. No Nordeste, a previsão era terminar acima de 20%, não por causa da chuva, mas principalmente por causa da estratégia de controle de vazão. No Sudeste, estamos entre 19% e 20%, …
O empresário Joesley Batista, dono da JBS, está entre os presos da Operação Capitu, deflagrada nesta sexta-feira (9) pela Polícia Federal. Ele é suspeito de envolvimento no pagamento de propina a servidores e agentes políticos que atuavam no Ministério da Agricultura e na Câmara dos Deputados. Além dele, foi preso o ex-ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB). Ao todo, 63 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão temporária estão sendo cumpridos, a pedido do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Paraíba e no Distrito Federal. A operação tem por base a delação de Lúcio Funaro, apontado como operador do MDB. Segundo as investigações, havia um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que recebiam dinheiro da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo. Por meio de nota, a defesa de Joesley informou que a prisão de seu cliente foi recebida com “estranheza”, uma vez que o empresário é colaborador da Justiça, função que estaria sendo cumprida “à risca”. “Causa estranheza o pedido de sua prisão no bojo de um inquérito em que ele já prestou mais de um depoimento na qualidade de colaborador e entregou inúmeros documentos de corroboração. A prisão é temporária e ele vai prestar todos os esclarecimentos necessários”, diz a nota, em declaração atribuída ao advogado André Callegari.
Beatriz Carvalho, de 17 anos, prestará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo domingo (11), quando resolverá questões de exatas. Ela não consegue calcular troco ao fazer compras, não sabe olhar as horas em um relógio de ponteiro, não faz cálculos mentalmente e não tem noção da diferença entre 3 km ou 300 metros, por exemplo. Nenhuma dessas dificuldades é resultado de falta de capacidade ou de baixo interesse pelos números. Ela se dedica aos estudos e tira notas altas em disciplinas como história e geografia. A matemática é um obstáculo para Beatriz por causa de um transtorno de aprendizagem pouco conhecido: a discalculia. Em inglês, é conhecido também como “number blindness”, ou seja, “cegueira numérica”. Para fazer o Enem, Beatriz terá direito a uma calculadora, a uma hora a mais para fazer a prova e a uma pessoa que lerá as questões para ela. Ao todo, 337 pessoas com discalculia terão atendimento especializado nesta edição do exame. “Fiz o Enem como treineira no ano passado e esses recursos me ajudaram bastante. O ledor, infelizmente, não costuma saber o que é discalculia. Explico os sintomas e ele me auxilia a digitar os números corretamente na calculadora e não me deixa confundir um algarismo com outro”, diz Beatriz. Até na prova de geografia, o auxílio é útil – afinal, gráficos e mapas precisam ser interpretados. O neurologista Antonio Carlos de Farias, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), esclarece o que é o transtorno. “Esse distúrbio não depende da dedicação do aluno ou de sua inteligência. Ele afeta o neurodesenvolvimento do paciente e suas conexões cerebrais”, diz. “Os sintomas podem variar: incluem dificuldade em ler enunciados de problemas matemáticos, problemas de raciocínio e de orientação espacial”, completa. Na infância, pode se manifestar pelo atraso em aprender a contar de 1 a 10, por exemplo, ou no desenvolvimento mais lento da motricidade. Segundo o neurologista, os mesmos circuitos cerebrais usados na matemática podem ter repercussão na coordenação motora fina, no ritmo e na leitura de partituras musicais. Beatriz conta que, quando era pequena, já demonstrava sinais claros da discalculia. “Não engatinhei, porque tinha dificuldade na localização espacial; demorei para aprender a contar, não sabia amarrar o tênis”, diz. Posteriormente, na vida escolar, a questão se agravou. Ela não aprendia a fazer as quatro operações nem conseguia estimar o tempo necessário para alguma tarefa. Para somar 3 + 3, por exemplo, usava os lápis do estojo para contar os objetos. Não chegou a ser reprovada, porque tinha boas notas de comportamento e apresentava bom desempenho em provas na área de humanas. Mas a dificuldade com os números e a falta do diagnóstico abalavam a autoestima de Beatriz. “Eu não entendia por que não conseguia fazer as contas. Me sentia burra, incapaz. Comecei a ter transtorno de ansiedade forte antes das provas de matemática. Passava mal antes dos testes, ficava muito tensa, rezava para não ser escolhida nas chamadas orais”, diz. Justamente por causa da ansiedade, sua mãe a levou para uma consulta ao psiquiatra. …
A safra de grãos 2018/2019 deverá atingir entre 233,7 e 238,3 milhões de toneladas, produção que representa um aumento entre 2,5 a 4,5% em relação ao período anterior. A estimativa foi divulgada hoje (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o órgão, mais de 80% da oleaginosa já foi plantada em Mato Grosso, devido ao aumento das chuvas na região. Em 2017, a essa altura do ano, o volume era de 40,5%. Com uma área que deve ficar entre 35,4 e 36,1 mil hectares, a produção de soja ficará entre 11,6 e 119,3 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a previsão é de uma colheita de 90 a 91 milhões de toneladas, rendimento obtido a partir de uma área que deve variar entre 16,7 e 16,8 mil hectares. À época do levantamento, a área destinada ao cereal já atingia, em Minas Gerais, 45% do total esperado e, no Rio Grande do Sul, 70,4%. Segundo a Conab, é a nona vez que se registra a expansão da área dedicada ao plantio de grãos. “A soja é a principal cultura que puxa esse aumento de área, principalmente em área de fronteira agrícola”, afirmou o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana. “Mas, ao plantar soja, isso puxa outras culturas também para o futuro. Milho, em primeira safra, também, em algumas regiões, tem aumentado área”, acrescentou, esclarecendo que a segunda safra ainda precisa ser avaliada. Algodão e feijão Ao lado do milho e da soja, a lavra do algodão também tem prosperado, resultando em um incremento de sua área, que pode chegar a 1,4 milhão de hectares. Com a ampliação do perímetro, a expectativa é de uma colheita 16,7% maior do que a anterior, chegando a 2,3 milhões de toneladas. O balanço da Conab aponta, ainda, para uma recuperação na área de plantio e na produção do feijão. Segundo os pesquisadores da instituição, a melhora se deve a um crescimento da plantação de feijão-caupi na primeira safra, principalmente na Bahia. Segundo Cleverton Santana, a maior incidência de chuvas traz preocupação somente quanto às culturas de inverno, que ainda estão em colheita e que podem ter sua qualidade prejudicada. Na avaliação da Conab, mesmo com as adversidades, o trigo tende a apresentar um melhor desempenho na safra deste ano.
Na onda da eleição de Jair Bolsonaro (PSL), uma empresa começou a oferecer serviço para ajudar a comprar e registrar armas. Uma das bandeiras do presidente eleito para a segurança é a flexibilização do estatuto do desarmamento, para ampliar a posse (registro) e o porte de armas pela população. Uma das empresas é a unidade da Rede Cartório Fácil na Chácara Santo Antônio, em Santo Amaro (Zona Sul de SP). Logo na entrada da loja, um banner divulga o serviço traz o telefone de contato pelo WhatsApp para “você que deseja proteger sua família”. Inaugurada há um mês, a unidade faz parte de uma franquia que oferece atividades cartorárias com a mesma função de umescritório de despachante. O processo de obtenção do registro é burocrático e demora 30 dias. A reportagem do Agora entrou em contato com a empresa na terça-feira, sem se identificar. O atendente, que se apresentou como André, disse que a unidade cobra R$ 1,6 mil pela autorização de compra e registro da arma(quando o proprietário não pode circular com ela; deixa-a em casa). O Cartório Fácil ajuda o interessado a agilizar a documentação, que inclui certidões negativas e atestados psicológicos e de aptidão, emitido por um instrutor de tiro credenciado. “Você vai até um estande [de tiro], que a gente indica na zona norte, é dá uns 20 tiros”, afirmou. Segundo ele, a unidade fez “seis registros de arma de fogo” só na última semana. Sem o serviço, o interessado tem de pagar cerca de R$ 580. A Rede Cartório Fácil, com sede no interior, foi procurada pela reportagem por dois dias, mas nãos e manifestou. O Agora entrou em contato com outras unidades da rede. Na de Atibaia (66 km de SP), a proprietária afirmou que a franqueadora já disponibilizou o “novo serviço para compra e posse de arma” aos franqueados. “Um e-mail foi enviado há cerca de dez dias, mas ainda não tive tempo de ver com atenção”, disse. A superintendência da Polícia Federal em São Paulo afirmou por meio de nota que o processo para obtenção do registro da arma pode ser feito por despachantes, mas que o serviço não precisa ser feito por esses profissionais. “Não há atendimento prioritário para despachantes”, afirmou. A PF disse ainda que não conhece a Rede Cartório Fácil. Na capital, o interessado pode solicitar o serviço pessoalmente na sede da PF, na Lapa (Zona Leste), ou de um procurador. Neste segundo caso, além da documentação necessária ao registro da arma, é preciso entregar à PF uma procuração dando ao indicado poderes específicos, com firma reconhecida. O prazo estimado para o registro de novas armas é de 30 dias, diz a corporação. O advogado e gerente de relações institucionais do Instituto Sou da Paz, Felippe Angeli, afirma que, em princípio, a unidade Chácara Santo Antônio da Rede Cartório Fácil pode estar infringindo o artigo 33, inciso 2, do estatuto do desarmamento. A legislação diz que configura crime a publicidade para venda de armas, “estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações especializadas”. A lei se refere a fabricantes e comércios de armas. A multa pelo descumprimento …
O número de pessoas ocupadas no Brasil aumentou de 89,7 milhões em 2012 para 91,4 milhões em 2017. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C): Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2012-2017, divulgada hoje (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo indica que o pico de pessoas ocupadas no país ocorreu em 2015, com 92,6 milhões, tendo caído 1,5% em 2016 e apresentado “discreta” recuperação de 0,3% em 2017. A economista técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a proporção entre homens e mulheres no mercado ficou um pouco mais equilibrada, porém, o motivo principal foi a perda de postos de trabalho pela parcela masculina. “A gente tem estruturalmente que os homens são predominantes na população ocupada, na série histórica desde 2012. Essa diferença sempre existiu. O que houve em 2017 é que a queda da ocupação entre os homens foi tão acentuada que essa diferença ficou menor, não necessariamente porque houve um grande avanço na ocupação da mulher”, disse. Na análise por sexo, o predomínio masculino permanece com 56,6% das pessoas ocupadas em 2017 sendo homens. Porém, a expansão na ocupação se deu apenas entre as mulheres no ano passado, o que fez com que a diferença de ocupação entre os sexos chegasse ao menor valor na série analisada, passando de 42,3% das pessoas ocupadas, sendo mulheres em 2012, para 43,4% em 2017. Setor privado A leve recuperação na ocupação vista no ano passado não se reflete no setor privado, já que o número de trabalhadores com carteira assinada teve queda de 1,12 milhão, chegando a 36,3% das pessoas ocupadas, enquanto 600 mil aumentaram o contingente de trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira assinada, chegando a 25,3% e 12,2% do total de ocupados no país, respectivamente. Segundo Adriana, os dados ainda não refletem os efeitos da reforma trabalhista, aprovada em 2017. “Os dados são de 2017 e a implantação [da reforma trabalhista] foi no fim de novembro de 2017, e na prática começou a ser feita em 2018. Então a pesquisa não cobre os possíveis impactos da legislação”. Ficaram estáveis o número de trabalhadoras domésticas, com 6,8% do total, empregados no setor público (12,4%), empregadores (4,6%) e trabalhadores familiares auxiliares (2,5%). Por grupamento de atividade, o setor que mais perdeu postos de trabalho de 2015 para 2016 foi a indústria geral, com 1,3 milhão de pessoas a menos empregadas, mas também foi um dos que teve a maior recuperação em 2017, ganhando 335 mil pessoas empregadas no setor. No total, 13% das pessoas ocupadas no Brasil trabalham na indústria. O destaque da recuperação de 2017 foi o grupamento de Alojamento e Alimentação, que recebeu 500 mil pessoas O IBGE aponta também que a proporção de pessoas que trabalham no turno diurno na ocupação principal caiu de 93,3% em 2012 para 92,5% em 2017. O total fica em 90,6% entre os homens e em 94,6% entre as …
De 2012 para 2017, a Região Nordeste perdeu cerca de 1 milhão de trabalhadores rurais. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C): Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2012-2017, divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas ocupadas que trabalham em fazenda, sítio, granja ou chácara na região passou de 22,4% para 16,2% no período. Apesar de ainda ter a maior proporção do país, o Nordeste teve também a maior queda no período. Considerando todo o Brasil, os últimos dados mostram que 11,1% da população ocupada trabalham em áreas rurais, um contingente de 8 milhões de pessoas. Segundo a economista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE Adriana Beringuy, esse movimento é observado desde 2012 e confirmado em 2017, com o Nordeste registrando a menor taxa da série para trabalhadores em estabelecimentos rurais. “O Nordeste tem cada vez menos pessoas em atividades como agricultura e pecuária, apesar de ainda ser um montante importante. Ainda que haja essa queda ano após ano, a ocupação nesses estabelecimentos em regiões como o Norte e o Nordeste é extremamente importante. Essas atividades ocupam parte significativa dos trabalhadores do país, ainda que esteja havendo tendência de queda”. Na Região Norte, a proporção de trabalhadores em fazenda, sítio, granja ou chácara ficou em 18,7% no ano passado. No Centro-Oeste, ficou em 12,4%, no Sul em 12,4% e o Sudeste tem 6,5% da população ocupada em estabelecimentos do campo. Segundo Adriana, o Brasil teve queda de 274 mil pessoas nesses estabelecimentos de 2016 pra 2017, sendo que no Nordeste a queda foi de 386 mil. O balanço nacional foi compensado pelo crescimento de 133 mil no Sudeste. Adriana explica que o trabalho no campo tem incidência importante da agricultura familiar, com pequenos estabelecimentos e de situações informais, que podem ter sido afetados pela diminuição no financiamento do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e também por fatores climáticos. “São pequenos agricultores que, muitas vezes, dependem de financiamento, como o Pronaf, e nos últimos anos têm sido muito penalizados pela questão da seca, que se acentuou na safra 2016/2017. Então, uma série de fatores, tanto de recursos quanto climáticos, podem estar afetando a fixação do trabalhador rural nesses pequenos estabelecimentos na Região Nordeste”. Cooperativas O número de pessoas ocupadas, como empregadores ou trabalhadores por conta própria associados a cooperativas de trabalho ou produção, caiu para 5,8% em 2017, em comparação a 2012, quando a taxa era de 6,4%. A Região Sul tem a maior proporção, com 10,3% das pessoas ocupadas associadas a cooperativas. A menor taxa é a do Centro-Oeste, com 4,9%. Por sexo, 6,7% dos homens estão nessa categoria de ocupação, ante 4,1% das mulheres. De acordo com a economista, a agricultura sempre teve taxas altas de cooperativados, mas agora está na menor da série histórica, reflexo também da diminuição do trabalho no campo. “Associados à cooperativa correspondem a menos de 6% dos empregadores e trabalhadores por conta própria. Mas é uma atividade …
O Senado Federal aprovou, em votação nominal, por 41 votos a 16, nesta quarta-feira (7/11) a proposta de reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O PLC 27/2016 subiria de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil — um aumento de mais de 16%. A alteração tem efeito cascata, e eleva o teto do funcionalismo público e pode conceder automaticamente aumento para as carreiras de juízes, procuradores, promotores e parlamentares. O PLC 28/2016, que trata de aumento salarial para o procurador-geral da República, com ganhos mensais fixados no mesmo patamar definido para os ministros da Suprema Corte, também foi aprovado em plenário, mas simbolicamente. A proposta foi incluída na pauta ontem também, como iniciativa do presidente da Casa. O impacto estimado, segundo analistas, é de R$ 6 bilhões por ano. O último reajuste foi em 2014, mas a proposta de um novo reajuste gerou protestos dos integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O projeto já havia sido aprovado pela Câmara, mas estava parado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desde 2016. A “pauta-bomba”, como é conhecida por parlamentares contrários à medida, foi colocada de surpresa pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, na noite de terça-feira (6/11). O relator da matéria, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), deu parecer contrário ao aumento dos ministros do STF e ressaltou o “momento de crise” no qual o Brasil atravessa e afirmou ser “uma total irresponsabilidade” e “uma covardia com o povo brasileiro”. Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT), o reajuste “não tem cabimento e é ofensivo à população que sofre com desemprego e baixa renda”. Já para Romero Jucá (MDB-RR) e para o senador Renan Calheiros (MDB-AL), a necessidade de aprovar o reajuste é atribuída à boa relação que o Legislativo deve manter com o Judiciário. Ambos os parlamentares afirmaram que esperam que o presidente do STF, Dias Toffoli, cancele auxílio moradia aos ministros e outros penduricalhos. Assim, não afetaria o orçamento.