“A gente precisa economizar até a água de beber porque o dinheiro pode faltar para a comida. Passei por situações em que não pude dar um lanche para os meus filhos porque tinha que garantir o almoço e o jantar”. O triste relato foi feito por Gleice Kelly de Oliveira, uma das 116,8 milhões de pessoas que conviveram com algum grau de insegurança alimentar no Brasil em 2020, de acordo com pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). Esse número engloba os 19 milhões de brasileiros que enfrentaram a fome no ano passado, deixando claro que a privação de alimentos é um problema real no Brasil e que, muito mais que um número, possui rosto, nome e sobrenome. A quantidade de pessoas que sofreram alguma restrição alimentar em 2020 poderia ter sido ainda maior caso não houvesse o auxílio emergencial, que voltou a ser pago na última terça-feira. O novo valor do benefício, que varia entre R$ 150 e R$ 375, chega a representar apenas 25% da quantia oferecida nas primeiras parcelas do ano passado. Gleice Kelly mora com os dois filhos, Luan Miguel (8) e Kaiky Gabriel (4), e o marido Sebastião Inácio, que é auxiliar de serviços gerais. Gestante de alto risco, ela está impossibilitada de trabalhar no momento e se decepcionou com o novo valor do benefício. “Somente o salário do meu marido não dá para sustentar a família. Com o valor antigo do auxílio já foi bastante complicado, pois os preços dos alimentos subiram muito. Agora com R$ 150 vai dar para comprar o que? Somente um gás é R$ 80, o que a gente vai fazer com os R$ 70 que sobram?”, indagou Gleice.Gleicy Kelly e seus dois filhos, Luan Miguel (8) e Kaiky Gabriel (4). – Crédito: Arthur de Souza/ Folha PE Além da alimentação e dos gastos fixos, Gleice e os filhos precisam fazer uso de medicamentos que possuem um custo elevado, comprometendo ainda mais o orçamento da família. “O pobre não tem como sobreviver. Meus filhos são asmáticos e eu preciso usar uma medicação contra trombose que é cara. Não tem como comprar medicamentos e colocar alimento na mesa ao mesmo tempo”, relata Gleice. A volta do auxílio aconteceu após três meses de indecisão do Governo Federal sobre o benefício. Nesse intervalo, muitos brasileiros ficaram sem ter nenhuma fonte de renda fixa, sendo obrigados a se expor ao vírus para conseguir alguma receita. “A gente precisa se arriscar para sobreviver, porque não tem como ficar em casa sem ter dinheiro e com contas para pagar. Eu tenho muito receio de pegar a doença, pois a gente nunca sabe como o corpo vai reagir. Pegamos ônibus lotado, trabalhamos na casa de pessoas, então ficamos com medo de ser contaminados. Ou a gente se arrisca, ou a gente não tem o que comer”, explicou a trabalhadora doméstica Maria Gilda de Oliveira. A trabalhadora perdeu metade dos serviços que fazia no período pré-pandemia e contou que …
A Petrobras anunciou hoje (9) que o preço do diesel nas refinarias da estatal será reduzido em R$ 0,08 a partir deste sábado (10). Desse modo, o litro do combustível vendido pela empresa às distribuidoras passará a custar R$ 2,66. Já o preço da gasolina não foi alterado e continuará a ser de R$ 2,59 por litro nas refinarias da Petrobras. A redução do preço do diesel foi a segunda consecutiva, porém o combustível acumula alta em 2021, já que o litro fechou 2020 custando pouco mais de R$ 2. A gasolina também ficou mais cara ao longo deste ano, uma vez que era negociada pela Petrobras a R$ 1,84 no final de dezembro de 2020. Fonte: Edenevaldo Alves
A dívida pública líquida deixou de crescer R$ 900 bilhões desde o fim de 2016 com o teto federal de gastos e com a reforma da Previdência. A estimativa consta de relatório divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. O documento comparou a taxa de juros implícita na dívida líquida do governo central de novembro de 2016, mês anterior à promulgação do teto de gastos, a dezembro de 2020. Essa taxa caiu de 43,4% ao ano em 2016 para 8,9% ao ano no fim do ano passado, ajudando a conter o endividamento público. Para chegar à estimativa de R$ 900 bilhões, o órgão projetou a evolução da dívida pública com as taxas registradas em novembro de 2016. Em seguida, usou o deflator do Produto Interno Bruto (PIB) para corrigir a variação. De acordo com a SPE, os juros implícitos da dívida pública líquida ficaram em média 0,32 pontos percentuais ao mês mais baixos após a adoção do teto dos gastos e 1 ponto percentual ao mês mais baixo após a reforma do sistema previdenciário. Caso os juros tivessem permanecido nos níveis de 2016, a dívida pública líquida teria encerrado 2020 em R$ 5,28 trilhões em dezembro de 2020, diferença de R$ 1,63 trilhão em relação aos R$ 3,65 trilhões observados no fim do ano passado. Ao descontar o deflator do PIB, esse estoque ficaria em R$ 4,55 trilhões, diferença de R$ 900 bilhões em relação ao registrado no fim de 2020. Nas contas da SPE, a economia de R$ 900 bilhões obtida em 50 meses – de novembro de 2016 a dezembro de 2020 – equivale aproximadamente a 12,16% do Produto Interno Bruto (PIB) anual brasileiro e, também, a 28,12 vezes a despesa anual com o programa Bolsa Família. De acordo com a secretaria, tal economia fiscal seria suficiente para pagar um auxílio emergencial de R$ 600 mensais, por 50 meses, para 30,1 milhões de brasileiros. O relatório destaca que a economia fiscal gerada pelo teto de gastos e pela reforma da Previdência equivale a R$ 85,4 por mês para cada brasileiro, considerando o período entre novembro de 2016 e dezembro de 2020. Sem estas emendas constitucionais, cada cidadão estaria devendo atualmente um valor adicional de R$ 4.270 na forma de dívida pública. No texto, a SPE pede a continuidade das reformas estruturais para que os juros possam continuar reduzidos por longo tempo e permitir a recuperação da economia brasileira. “As opções mais fáceis politicamente podem ter profundas implicações sobre a dívida pública, jogando um ônus muito alto para as gerações futuras. As simulações realizadas neste trabalho dão uma ideia bem clara de quão rapidamente a situação fiscal de um país pode se deteriorar com o processo de acumulação de juros”, concluiu o trabalho. Fonte: EBC
As primeiras doses de vacinas produzidas com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional, fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), devem ser entregues ao Ministério da Saúde a partir de setembro. A previsão é do diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma. Ele participou, juntamente com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da assinatura de um memorando científico e tecnológico entre a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fiocruz, na sede da entidade, no Rio. “A produção de um lote demora pelo menos 45 dias. Depois tem todo o processo de controle de qualidade e caracterização. Nós vamos ter que produzir alguns lotes, para que tenha validação. A gente acredita que setembro e outubro a gente possa receber essa autorização da Anvisa e poder liberar doses para o Ministério da Saúde”, disse Zuma. Segundo ele, o prazo é longo porque há um processo obrigatório a ser seguido que inclui adequações nas instalações de Bio-Manguinhos. “Para que a Anvisa possa vir, na última semana de abril, nos conceder as condições técnico-operacionais. Só aí é que nós poderemos manipular agentes biológicos nessa área. A nossa expectativa é que maio ou junho a gente já esteja começando a produção do IFA nacional. Isto é um processo, leva um tempo”. Brasil O ministro Queiroga lembrou que a produção de vacinas no Brasil está aumentando e que o país já é um dos que mais imunizam a população contra a covid-19 em todo o mundo. “Nós teremos, só em agosto, mais de 30 milhões de doses produzidas na Fiocruz e no Butantan. [Sendo] 18 milhões de doses com IFA importado da China. Isso já é um grande avanço. O Brasil é o quinto país que mais vacina, com o maior número de doses aplicadas. É uma conquista das nossas duas instituições, Fiocruz e Butantan. Isso assegura o cumprimento da meta de 1 milhão de vacinados por dia. E vamos ampliar. Com a autonomia na produção do IFA, vamos ter mais vacinas ainda na Fiocruz e outras vacinas, que temos acordos internacionais, que vão se juntar ao nosso programa” disse Queiroga. Perguntado sobre a intenção de empresas em importar vacinas para imunizar seus empregados e familiares, o ministro disse que se tratava de legislação aprovada no Congresso, que deve ser cumprida por todos os cidadãos. “Como ministro da Saúde, compete a mim gerir o Programa Nacional de Imunizações. Desde que haja vacinas suficientes, nós temos condições de imunizar toda a sociedade brasileira. Mas vivemos num regime democrático. O Congresso aprovou uma lei. Todos nós temos que nos submeter ao regime da lei. Se o Congresso aprovou uma lei e ela foi sancionada, todos nós temos que cumprir”, disse Queiroga. Convênio Também participaram da assinatura de convênio a reitora da Unifesp, Soraya Soubhi Smaili, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. A duas instituições têm grande destaque em pesquisas e na produção científica nas áreas médica, biomédica, farmacêutica e de saúde coletiva, formam recursos humanos para o Sistema Único de Saúde e atuam em áreas como ensino técnico e de pós-graduação …
O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo de inscrição para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o dia 14 de abril, às 23h59. Inicialmente, o prazo se encerrava hoje (9). O anúncio da prorrogação foi feito na noite desta sexta-feira pelo ministério. Para participar do Sisu será exigido do candidato que ele tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2020, cujo resultado foi divulgado no dia 29, obtido nota superior a zero na prova de redação e não tenha participado do Enem na condição de treineiro. Inscrição Para se inscrever o candidato deve utilizar o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal, da mesma forma que fez para acessar o resultado do Enem 2020. O candidato deve se preparar com antecedência para não ter problemas no ato da inscrição do Sisu, quando é exigida a senha do cadastro no portal de serviços. Quem precisar recuperar esses dados já deve providenciá-los. De acordo com o MEC, as inscrições para primeiro processo seletivo do Sisu de 2021 ultrapassou, ontem (8), a marca de 2 milhões de inscrições. Fonte: AB
A 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza começa na próxima segunda-feira (12) em Sertânia. A mobilização será dividida em três etapas para evitar aglomerações nas Unidades Básicas de Saúde da Família, onde serão aplicadas as doses. A proposta da ação é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza. A vacinação também acontecerá no Centro de Saúde da Mulher e da Criança. A primeira fase da vacinação de grupos prioritários acontece do dia 12 de abril até o dia 10 de maio e tem como público-alvo crianças (de 6 meses a menores de 6 anos de idade), gestantes, puérperas, povos indígenas e profissionais da saúde. A segunda fase, do dia 11 de maio até o dia 8 de junho, vai vacinar idosos a partir de 60 anos e professores. Já a terceira fase vai de 9 de junho a 9 de julho e pretende imunizar pessoas com comorbidades, deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e armamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas. Levando em consideração a ausência de estudos sobre a coadministração da vacinação contra influenza e Covid-19, o Ministério da Saúde, por meio de nota técnica, não recomenda a administração simultânea das doses e indica que as pessoas contempladas no grupo prioritário para a vacinação contra influenza que buscarem uma Unidade Básica de Saúde, e ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, preferencialmente, devem receber a vacina COVID-19 e agendar a vacina influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas. O horário de funcionamento dos pontos de vacinação é das 7h às 12h e das 14 às 17h. Os idosos que têm alguma dificuldade de locomoção ou estão acamados podem solicitar a presença do técnico de enfermagem para a aplicação da vacina em casa. Essa vacina é também uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para a Covid-19.
No momento mais grave da pandemia causada pelo novo coronavírus, a escalada de mortes de brasileiros por Covid-19 repercutiu na Reunião Plenária desta quinta (8). Os deputados Laura Gomes (PSB) e José Queiroz (PDT) qualificaram de “genocida” a atuação do presidente Jair Bolsonaro na atual emergência sanitária, no que receberam apoio de outros parlamentares. A socialista lamentou que o número de infecções no País tenha passado de 13 milhões e o de mortos, chegado a 341.097, com 3.733 óbitos registrados apenas ontem. Ela repudiou, ainda, a publicação de quatro decretos federais facilitando o uso e a compra de armas de fogo. “Diante de uma pandemia, em vez de medidas para garantir vacinas e um auxílio emergencial digno, o presidente Jair Bolsonaro assume um compromisso com a morte e assassinatos violentos”, avaliou. Laura Gomes pediu ajuda dos colegas a fim de sensibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ação do PSB que pede a suspensão dos decretos. Para ela, os dispositivos são inconstitucionais, representam retrocessos em direitos fundamentais e ferem o Estatuto do Desarmamento. “Além disso, a cada três dias, uma criança é internada após acidente doméstico com arma, e os negros são 70% das vítimas de homicídios no Brasil”, acrescentou. José Queiroz emocionou-se ao fazer menção aos brasileiros que faleceram sem atendimento médico, por falta de leitos em UTIs e enfermarias. Segundo análise dele, a superlotação foi causada pela omissão do Governo Bolsonaro nas providências que deveria ter tomado, em especial com relação à vacina. “Centenas de nossos irmãos morrem nas filas dos hospitais. Os cidadãos estão no corredor da morte. Esse presidente não tem coração, é um monstro, um genocida”, desabafou. O pedetista citou o desdém pela pandemia – tratada como “gripezinha” –, os atritos com a China e o descrédito para com o imunizante daquele país, assim como a recusa em comprar vacinas da Pfizer. Também comentou análises de especialistas de que o Brasil pode ultrapassar, ainda em abril, a marca de cinco mil mortes diárias pelo novo coronavírus e que, para evitá-la, deveria fazer um lockdown nacional. Em pronunciamento na sequência, o deputado Diogo Moraes (PSB) reafirmou a responsabilidade da Presidência da República pelo cenário atual no País. “Até quando vamos esperar Bolsonaro assumir sua culpa e pedir perdão ao povo brasileiro? Aprendi que o presidente define os destinos da nação.” O socialista frisou que são, “principalmente, os mais pobres que estão perecendo à míngua”, lamentando a morte de três conhecidos dele somente na última semana. “A doença foi completamente esnobada por Bolsonaro, tratada com deboche. Enquanto os governadores fazem o que podem para combater a Covid-19, o mandatário da Nação falou de gripezinha e que vacina faz ‘virar jacaré’”, relembrou. Outros parlamentares abordaram o assunto ao longo da reunião. Waldemar Borges (PSB) observou que “Bolsonaro sempre agiu a favor do vírus”, tornando o Brasil uma referência negativa para o mundo e um celeiro de mutações do novo coronavírus. Para João Paulo (PCdoB), é preciso “formar uma grande frente política com o objetivo de derrubar …
O total de vidas perdidas para a covid-19 cresceu 10% na Semana Epidemiológica 13, de 28 de março a 3 de abril. Nesse período, foram registradas 19.643 novas mortes, contra 17.798 confirmadas na semana anterior. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas pelo número de dias) na SE 13 ficou em 2.806. Os dados estão no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o Coronavírus Nº 57. O documento reúne a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas e tipo de medicação empregada por autoridades de saúde para essas situações. A curva de mortes mostra um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. O resultado da SE 13 é quase o dobro de há um mês, quando na SE 9 foram registrados 10.104 mortes. O total de novos casos confirmados, contudo, sofreu uma queda de 14%. Na Semana Epidemiológica 13 foram registrados 463.235 novos diagnósticos, contra 539.903 novas notificações de pessoas infectadas com o novo coronavírus na semana anterior. Estados Conforme o boletim epidemiológico, um estado teve acréscimo de casos na Semana Epidemiológica 13, enquanto seis ficaram estáveis e 20 tiveram redução. O aumento ocorreu em Mato Grosso do Sul (11%). Já as quedas mais intensas ocorreram em Paraná (39%) e Goiás (38%). Quando consideradas as mortes, o número de estados com aumento das curvas foi 14, cinco ficaram estáveis e oito tiveram diminuição em relação ao balanço da semana anterior. Os aumentos mais representativos foram registrados no Rio de Janeiro (59%) e Minas Gerais (35%). As maiores quedas aconteceram no Amazonas (26%) e Rio Grande do Norte (24%). Mundo O Brasil se consolidou como país com mais novas mortes e aumentou sua diferença para o segundo colocado, os Estados Unidos (5.832). Os números daqui foram mais do que o triplo das vidas perdidas nos EUA. Em seguida vêm Índia (3.071), Itália (3.068) e Polônia (2.984). Enquanto a curva no Brasil sobe de forma intensa, a curva de mortes nos EUA vem fazendo movimento inverso. Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na segunda posição, atrás dos Estados Unidos (554.779). O Brasil deixou de ser o país com mais novos casos, liderança que foi ocupada pela Índia (513.885). Em seguida vêm Estados Unidos (452.394), Turquia (265.937) e França (233.381). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na segunda posição, atrás dos EUA (30,6 milhões). Fonte: EBC
Na quinta, o Estado recebeu mais 187 mil doses de vacina que já foram distribuídas a todos os municípios, nesta sexta-feira O governador Paulo Câmara informou, por meio de pronunciamento nesta sexta-feira (09.04), que o Estado atingiu uma importante marca na vacinação, ao ultrapassar o quantitativo de um milhão de pernambucanos e pernambucanas que receberam pelo menos a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Ele aproveitou para destacar, ainda, a importância da continuidade da imunização para garantir o controle da pandemia. “Ainda temos um longo caminho pela frente, mas os reflexos da imunização nos idosos e trabalhadores da saúde já podem ser sentidos na diminuição dos índices de internação desses dois grupos”, argumentou Paulo Câmara. Na última quinta-feira (08.04), Pernambuco recebeu um novo lote com mais de 187 mil doses de vacinas, sendo 102 mil doses da Astrazeneca/Oxford e 85.400 da Coronavac/Butantan. No início da tarde desta sexta, todas as Gerências Regionais de Saúde já haviam recebido esse novo lote. A operação de logística, que durou nove horas, teve início às 5h e terminou por volta das 14h. Nesta 12ª distribuição, foram utilizados os modais de transporte aéreo (para Serra Talhada) e terrestre, o que permitiu que todas as GERES tenham disponíveis os imunizantes no mesmo dia. “Vamos continuar avançando na imunização dos idosos, dos trabalhadores da saúde e dos profissionais de segurança pública, como previsto no Plano Nacional de Imunização”, afirmou Paulo Câmara. Segundo ele, foi registrada uma desaceleração da pandemia no Estado, mas mesmo assim os patamares de contaminação seguem elevados. “É fundamental que todos continuem apostando na prevenção, para evitar a disseminação do vírus. Evite sair de casa, higienize as mãos e, sempre, sempre use máscara”, finalizou.
Covid-19 em Pernambuco, bem como o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI, com permanência prolongada de pacientes, acarretando crescimento da demanda por oxigênio, medicamentos e kits de intubação, o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público de Contas expediram uma recomendação conjunta (nº 03/2021) aos secretários de Saúde do Estado e dos municípios sobre a gestão de oxigênio utilizado nos centros de saúde de Pernambuco. O documento estabelece que sejam realizados o planejamento, a gestão e o monitoramento contínuo dos estoques disponíveis, da quantidade de oxigênio medicinal e dos medicamentos utilizados na intubação orotraqueal – IOT, que vem sendo demandados nos serviços estaduais de saúde. Quando houver constatação de risco de desabastecimento, diz a recomendação, o Estado deve comunicar imediatamente o fato ao Ministério da Saúde, à Comissão Intergestores Tripartite e ao TCE. Já os gestores municipais devem prestar as mesmas informações não só à Comissão Intergestores Bipartite e ao TCE, como também à Secretaria Estadual de Saúde. O atendimento às demandas terá que ser articulado com os respectivos fornecedores. O documento prevê ainda a elaboração de um plano de contingência para garantir o abastecimento de oxigênio medicinal e dos medicamentos utilizados na IOT nos serviços municipais e estaduais de saúde (sob administração direta e por organizações sociais) e que sejam estabelecidos indicadores para definição do risco de desabastecimento. “Uma das competências institucionais do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas é a expedição de recomendações para que sejam cumpridas normas relativas a direitos e deveres assegurados ou decorrentes do ordenamento jurídico brasileiro, de modo a evitar a configuração de irregularidades, contribuindo pedagogicamente para o aperfeiçoamento da gestão pública”, diz o documento. A recomendação conjunta será encaminhada ao Secretário Estadual de Saúde de Pernambuco, aos Prefeitos Municipais, à Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe, e à Comissão Intergestores Bipartite. Fonte: Nill Junior
A Associação Médica Brasileira lançou hoje (9), junto com outras entidades que representam profissionais de diversas especialidades, um protocolo de recomendações para triagem de pacientes em cenário de crise em unidades de terapia intensiva (UTIs). São critérios para que os médicos possam definir da melhor forma possível como usar os recursos cada fez mais escassos na pandemia de covid-19 para tratar pacientes em estado crítico. O presidente da AMB, César Fernandes, disse que o principal objetivo é sempre “reduzir o maior número de mortes possível”. O documento enfatiza que foi feita uma sistematização para estabelecer critérios éticos, técnicos e transparentes para os profissionais poderem decidir como usar os recursos em um cenário que faltam leitos em UTI. Critérios Uma das responsáveis por elaborar os protocolos, a médica intensivista Lara Kretzer, explicou que entre os critérios para decidir entre os pacientes que vão receber o tratamento intensivo está a possibilidade de recuperação. Ou seja, aquele paciente que tiver mais chances de sobreviver à doença e aos métodos de tratamento terá prioridade. É levada em consideração também a gravidade dos quadros de saúde e doenças em estágio avançado que possam reduzir as possibilidades de sobrevivência. A idade não faz parte dos critérios de decisão. Os pacientes que não tiverem prioridade em casos onde há falta de recursos, segundo os protocolos, devem continuar a receber os tratamentos disponíveis, inclusive aqueles que tragam conforto caso a morte seja inevitável. As decisões devem, de acordo com as recomendações, serem anotadas nos prontuários de forma transparente. O documento foi elaborado não só a partir das bases científicas sobre o tema, como também apresenta o embasamento legal disponível sobre o assunto. O presidente da AMB destacou que as recomendações não são de adoção obrigatória, mas pretendem ajudar e salvaguardar os médicos que precisarem tomar essas decisões. “Vai haver um acolhimento quase universal dos serviços de terapia intensiva”, disse Fernandes. As recomendações vem em um período visto como crítico pelas entidades. “Atingimos um patamar em que o atendimento à população não é adequado, digno e não chega a todos, como a gente vê nessas filas”, ressaltou a presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Suzana Lobo. Também assinam as recomendações a Associação Brasileira de Medicina de Emergência; a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e a Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Fonte: EBC
Os Barômetros Globais da Economia sobem de forma expressiva pelo segundo mês seguido em abril, refletindo o avanço das campanhas de vacinação contra a covid-19 em diversos países e as perspectivas de aceleração do nível de atividade global nos próximos meses. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgada hoje (9). O Barômetro Global Coincidente sobe 13 pontos em abril, de 102,8 pontos para 115,8 pontos, alcançando o maior nível desde 2011. O Barômetro Global Antecedente sobe 9,2 pontos, para 125,9 pontos, maior nível desde junho de 2010. Todas as regiões evoluíram favoravelmente no mês e de forma expressiva, tanto na perspectiva presente quanto futura. Para o pesquisador da FGV/Ibre Paulo Picchetti, os efeitos concretos do avanço dos programas de imunização em vários países sobre o nível de atividade econômica já são refletidos no avanço dos barômetros coincidentes em abril, de forma disseminada entre regiões e setores. “A despeito de problemas persistentes em algumas cadeias logísticas importantes, o desempenho dos barômetros antecedentes sinaliza otimismo para os próximos meses, no contexto de controle da crise sanitária, dos estímulos fiscais recentemente aprovados para a economia norte-americana, e da forte expansão da economia chinesa”, disse, em nota, o pesquisador. Barômetro Coincidente Segundo a pesquisa, todas as regiões contribuem de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente em abril. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 6,8 pontos, ou 52%, para a alta do Barômetro Coincidente Global, enquanto o Hemisfério Ocidental e a Europa contribuem, respectivamente, com 3,9 e 2,4 pontos. Apesar da incerteza ainda elevada quanto às perspectivas de controle da pandemia de covid-19, a percepção sobre a situação atual apresenta sensível melhora. Esta é a primeira vez, desde fevereiro de 2018, em que todas as três regiões registram indicadores coincidentes superiores aos 100 pontos. Barômetro Antecedente O Barômetro Antecedente Global antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial em três a seis meses. Assim como ocorre no Barômetro Coincidente, em abril de 2021 os indicadores antecedentes das três regiões contribuem de forma positiva para a alta de 9,2 pontos do Barômetro Global Antecedente. A região da Ásia, Pacífico e África contribui com 4,7 pontos, a Europa com 2,5 pontos e Hemisfério Ocidental com 2 pontos, após influenciar o resultado agregado de forma negativa nos dois meses anteriores. “Todos os indicadores antecedentes setoriais sobem em abril, influenciados pela continuidade das campanhas de vacinação no mundo e pela possibilidade de retorno da economia a uma situação de normalidade. Com os resultados, todos passam a registrar níveis superiores a 120 pontos, resultado que reflete grande otimismo em relação ao futuro próximo. A construção e o comércio são os setores mais otimistas. Após o grande baque no setor de serviços, essa é a primeira vez em que o setor recupera, em nível global, as perdas ocorridas entre março e maio do ano passado, avançando para um nível elevado e superior ao da indústria”, informou a FGV. Os barômetros econômicos globais são um sistema de indicadores que …
As provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos 2020 (Encceja) foram remarcadas para o dia 29 de agosto. Por causa do cenário da pandemia da covid-19, que deixou vários estados com capacidade menor que 80% dos leitos para pacientes acometidos pelo novo coronavírus, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ajustou o cronograma da prova, inicialmente prevista para o dia 25 de abril. A alteração está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9). Em nota, o Inep ressaltou que está empenhado em realizar a edição 2020 do Encceja e não tem medido esforços para cumprir sua missão institucional, sempre com aprimoramento de seus instrumentos. “Do ponto de vista técnico-pedagógico, a postergação da data de aplicação do Encceja 2020 trará o menor impacto possível diante do estado de emergência de saúde pública de importância internacional. Assim, seguindo as recomendações já expressas por autoridades brasileiras, para a garantia da segurança de todos os envolvidos nas atividades de aplicação do exame, o Instituto entende a necessidade de adequação do calendário de aplicação das provas”, diz o documento. Segundo o Inep, 1.630.046 participantes estão confirmados para o Encceja 2020. Desse total, 301.438 farão provas para obter certificação de ensino fundamental e 1.328.608 para o ensino médio. A participação no Encceja é voluntária, gratuita – para quem não faltou à última edição – e destinada a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada. Por meio do exame, que avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar, os participantes têm a oportunidade de conseguir a certificação para as duas etapas de ensino. Entre outras finalidades, o Encceja também possibilita que os gestores educacionais se baseiem na avaliação para corrigir questões relacionadas ao fluxo escolar, como a evasão de estudantes. Dessa forma, o exame serve de baliza para a implementação de procedimentos e políticas, visando à melhoria da qualidade na oferta da educação de jovens e adultos, bem como o aperfeiçoamento do processo de certificação. Além disso, os resultados das provas viabilizam o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre o sistema educacional brasileiro. Material Os interessados no Encceja podem acessar diversos materiais de estudo, desenvolvidos pelo Ministério da Educação (MEC), disponíveis no portal do Inep. Além das apostilas com conteúdo de todas as etapas e áreas de conhecimento, o instituto também possibilita o acesso a provas e gabaritos de edições anteriores. Todo o material é gratuito. Aos inscritos para a certificação do ensino fundamental é disponibilizado conteúdo de matemática; ciências; história e geografia; língua portuguesa, língua estrangeira, artes e educação física. Já as apostilas para a certificação do ensino médio são de ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Na página do Encceja no portal do Inep, há uma série de apostilas voltada para os professores. O conteúdo apresenta sugestões de trabalho, com o objetivo de direcionar os professores em relação ao desenvolvimento das competências e habilidades que estruturam o …
Um homem de 38 anos em estado grave da Covid-19 foi transferido de Natal (RN) para o Recife, nessa quinta-feira (8), com o “pulmão artificial” usado no tratamento da doença com apenas 35 minutos restantes de bateria. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o paciente foi escoltado de um hospital particular de Natal até o Real Hospital Português, no Recife, um dos polos de referência no uso da Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO) no Norte e Nordeste. O tratamento usado pelo paciente é o mesmo do ator Paulo Gustavo, que está internado em um hospital no Rio de Janeiro desde o último dia 13 de março. Durante o transporte, o dispositivo usado para o paciente respirar de forma artificial apresentou problemas de carregamento e chegou ao hospital com apenas 35 minutos de vida útil de bateria. O equipamento demanda uma equipe e um centro especializado em ECMO para manejo. A PRF informou nesta sexta-feira (9) que, por volta das 15h de quinta-feira, a superintendência do Rio Grande do Norte recebeu uma solicitação para prestação de apoio ao transporte do paciente. As superintendências de Pernambuco e da Paraíba foram acionadas, e a escolta foi viabilizada com os cuidados necessários. “Após uma articulação envolvendo gestores, médicos e policiais, foi possível realizar com sucesso a transferência do paciente, que chegou ao hospital às 20h10”, informou a PRF. ECMOA ECMO é capaz de substituir as funções do coração ou do pulmão de forma artificial. No caso dos pacientes com a Covid-19 que apresentam severo comprometimento respiratório, a ECMO permite que os pulmões descansem enquanto um circuito faz a respectiva função. O sangue é retirado do corpo, oxigenado em uma máquina através de uma membrana artificial, que também retira o CO2, e devolvido ao paciente. Fonte: Folha-PE
A inflação oficial de preços disparou 0,93% em março e superou o teto da meta pré-estabelecida pelo governo no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (9), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a maior alta para o mês desde 2015, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumula ganhos de 2,05% no primeiro trimestre de 2021 e de 6,1% nos últimos 12 meses. A variação supera o teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o índice oficial de preços, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais (5,25%) ou para menos (2,25%). As recentes altas da inflação e as expectativas acima da meta governamental já fizeram o BC (Banco Central) revisar as previsões para a inflação de 2021 e resultaram no primeiro aumento da taxa básica de juros, a Selic, desde 2015. A variação de preços teve novamente os combustíveis (+11,23%) como o principal vilão para o bolso dos consumidores. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. “Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas”, avalia o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. O segundo maior impacto do IPCA de março partiu do grupo de habitação (+0,81%), principalmente devido aos preços mais elevados do botijão de gás (+4,98%), que acumula alta de 20% nos últimos 12 meses. Além disso, as contas de energia elétrica (+0,76%) voltaram a subir, após recuar 0,71% em fevereiro. Alimentos A boa notícia trazida pelo IPCA de março para as famílias surgiu do grupo de alimentação e bebidas, que desacelerou a alta pelo quarto mês consecutivo com um avanço de 0,13%. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro. “Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, analisa Kislanov. Fonte: R7
Pernambuco notificou, nesta quinta-feira (8), o maior número de mortes por Covid-19 em um boletim diário desde julho do ano passado. Foram 82 óbitos relatados, ocorridos entre os dias 24 de setembro de 2020 e 7 de abril de 2021. Ao lamentar esse aumento nas ocorrências fatais, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, alertou que esse cenário deve se repetir nas próximas semanas. “A gente ainda vai ter, infelizmente, taxas de ocupação (de leitos de UTI) elevadas nas próximas semanas. E também o número de óbitos (elevado). Eu tenho dois mil pacientes em UTI. Estamos lutando para salvar vidas, mas, infelizmente, muitos que foram pra UTI padecerão. Ainda teremos números de mortalidade muito além do que gostaríamos. Esse número de 82 mortes é muito dolorido”, disse o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), em entrevista concedida de forma remota. AceleraçãoO número de casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Pernambuco teve uma subida significativa a partir da Semana Epidemiológica (SE) 7, referente a período entre os dias 21 e 27 de fevereiro. Nesse intervalo citado, foram 879 casos de SRAG, com 371 confirmações para a Covid-19 como origem. Um mês depois, na SE 12, entre os dias 21 e 27 de março, o número de casos de SRAG saltou para 1.719, com 850 confirmações de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2. ConsequênciaTrês semanas depois do início da aceleração na transmissão do vírus, esse aumento começou a ser refletido nos indicadores de óbitos, que passaram de uma média de 150 por semana para mais de 250. Na SE 9, foram 266 mortes por SRAG notificadas, sendo 165 delas positivas para a Covid-19. Na SE 10, as notificações subiram para 406, com 284 positivos para infecção pelo coronavírus. A média, desde então, tem se mantido entre 220 e 270 mortes confirmadas para a Covid-19 por semana. Como existe um retardo nas notificações dos óbitos – nesta quinta, por exemplo, teve óbito referente ao mês de setembro de 2020 -, os indicadores dessas semanas ainda podem subir. CurvaSegundo André Longo, após esse período de aceleração exponencial, Pernambuco vive um platô na curva epidêmica da Covid-19. Isso significa que há um cenário de estabilidade. Porém, essa estabilidade acontece em níveis elevados de novos casos, com mais de 2.500 registros diários de novas infecções, entre casos leves e graves. Em 2020, após a aplicação de uma quarentena rígida na Região Metropolitana do Recife (RMR) durante semanas de platô, a curva epidêmica começou a apresentar tendência de queda. Na época, contudo, as restrições, mesmo após o fim da quarentena, eram maiores do que as atuais. “Normalmente, após dias de aceleração exponencial, vem um platô, que é onde esperamos estar nesse momento. Dados recentes apontam que temos desacelerado e entrado em platô. Para que patamar vamos voltar (após o platô), ainda é uma incógnita. Após a quarentena de 2020, houve uma queda que permitiu até desmobilizar leitos”, recordou André Longo. O gestor afirmou que a quarentena imposta neste ano teve o resultado esperado pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que era frear a aceleração da …
As inscrições para o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2021 terminam, às 23h59, desta sexta-feira (9). Para a inscrição, não há qualquer cobrança de taxa. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 13 de abril. De acordo com o Ministério da Educação, o primeiro processo seletivo de 2021 ultrapassou a marca de 2 milhões de inscrições, nessa quinta-feira. Até as 18h de ontem (98) foram registradas 2,031 milhões de inscrições. Já o total de estudantes inscritos estava em 1,057 milhão. Cada inscrito pode fazer inscrição em até dois cursos de sua escolha, por isso o dado de inscrição pode ser até o dobro do de inscritos. Para participar do Sisu será exigido do candidato que ele tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição de 2020, cujo resultado foi divulgado no último dia 29, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro. Inscrição Para se inscrever o candidato deve utilizar o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal (acesso.gov.br), da mesma forma que fez para acessar o resultado do Enem 2020. Por isso, o candidato deve se preparar com antecedência para não ter problemas no ato da inscrição do Sisu, quando é exigida a senha do cadastro no portal de serviços. Quem precisar recuperar esses dados já deve providenciá-los. As mais de 209 mil vagas ofertadas, a maioria delas em universidades e institutos federais, estão disponíveis para consulta desde o dia 5 de março, na página do Sisu, na aba “vagas”. Cronograma Inscrições: de 6 a 9 de abril; Resultado da chamada única: 13 de abril; Matrícula ou registro acadêmico: de 14 a 19 de abril; Manifestar interesse em participar da lista de espera: de 13 a 19 de abril. Fonte: EBC
Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, hoje, que estados e municípios podem impor restrições a celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas, em templos e igrejas durante a pandemia de Covid-19 – divergiram os ministros Nunes Marques e Dias Toffoli. Os ministros do Supremo julgaram uma ação do PSD. O partido pedia a derrubada de decreto estadual de São Paulo que proibiu cultos e missas presenciais em templos e igrejas. O julgamento foi marcado para esta semana pelo presidente do STF, Luiz Fux, após decisões conflitantes sobre o mesmo tema dos ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes. No sábado (3), ao julgar pedido da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), o ministro Nunes Marques aceitou o argumento da liberdade religiosa e proibiu que celebrações em templos e igrejas fossem vetadas por estados, municípios e Distrito Federal em razão da pandemia. Na segunda (5), o ministro Gilmar Mendes tomou decisão divergente. Ele rejeitou liminarmente (provisoriamente) a ação do PSD – que pedia a derrubada do decreto estadual que proibiu cultos e missas em São Paulo devido à pandemia – e enviou o caso ao plenário do STF. Fonte: Magno Martins
O Projeto de Lei 907/21 assegura, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a reabilitação de pessoas com sequelas decorrentes da Covid-19 e o acesso aos medicamentos necessários com recursos repassados pela União. A proposta é do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) e tramita na Câmara dos Deputados. Conforme o texto, os estados, o Distrito Federal e os municípios encaminharão periodicamente ao Ministério da Saúde dados sobre as pessoas com sequelas, número de pessoas e tipo de sequela. Ainda segundo o projeto, os recursos da União serão acrescidos às dotações existentes destinadas a ações e serviços públicos de saúde e serão transferidos aos fundos estaduais, distrital e municipais de saúde. Recursos para o SUSZeca Dirceu defende a garantia de mais recursos para o SUS, que “já se encontra em seu limite” em um cenário com alta taxa de contaminação e elevado número de casos de Covid-19. “O SUS já perdeu cerca de R$ 22 milhões desde a edição da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os recursos para saúde e educação. Ademais, neste ano de 2021, o SUS contará com R$ 35 bilhões a menos do que o orçamento do ano anterior”, argumenta o parlamentar. Ele lembra, por outro lado, que estudos já comprovam que a Covid-19 afeta não apenas o sistema respiratório, mas também outros sistemas, como o cardiovascular e o neurológico, podendo acarretar trombose, fadiga e dificuldades respiratórias, por exemplo. Se for aprovado e virar lei, o projeto será regulamentado em até 45 dias pelo Poder Executivo. Fonte: Agência Câmara de Notícias
A escassez de insumos e matérias-primas nacionais para a produção atingiu 73% das empresas da indústria geral (extrativa e de transformação) e 72% da indústria da construção em fevereiro. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) dentro de uma pesquisa feita com 1.782 empresas. Os percentuais são próximos aos da sondagem anterior, realizada em novembro de 2020, de 75% e 72%, respectivamente, fazendo com que as expectativas anteriores dos empresários, de que a normalização das cadeias produtivas nacionais se desse no primeiro semestre de 2021, fossem postergadas. Enquanto 37% acreditam que a situação se normalize até o fim de junho, 42% creem que isto acontecerá no segundo semestre e 14%, somente em 2022. Cerca de 6% esperavam que a normalização ocorresse ainda em março. Além da escassez de insumos nacionais, as empresas também estão enfrentando dificuldades em conseguir matérias-primas importadas, independente de pagarem mais caro pelos produtos. Nas empresas da indústria geral que precisam importar, em fevereiro 65% estavam com essa barreira, patamar que chegou a 79% na indústria da construção. Segundo a CNI, as dificuldades atuais ainda são resultado das incertezas que a economia atravessou durante a primeira onda da pandemia de covid-19 em 2020, quando muitas empresas cancelaram a compra de insumos. “A rápida retomada da economia no segundo semestre de 2020 não pode ser acompanhada no mesmo ritmo por todas as empresas, o que gerou dificuldades nos diversos elos da cadeia”, explicou a entidade. Dólar alto prejudica importações A desvalorização do real frente ao dólar, de acordo com a CNI, além de elevar o custo das importações, também fez com que as exportações de insumos brasileiros se tornassem mais atrativas, levando fornecedores nacionais a redirecionar para o mercado internacional parte do que era comercializado aqui. Com a escassez de insumos, várias empresas também declararam na pesquisa dificuldade para atender clientes. Na indústria da construção, o problema atinge 30% delas, enquanto na indústria geral aumenta para 45%. No setor de informática, eletrônicos e ópticos, a falta de insumos alcançou 69% das empresas em fevereiro. Ainda segundo a pesquisa da CNI, entre os setores com maior dificuldade para atender às demandas dos clientes estão: metalurgia, veículos automotores, máquinas e equipamentos, móveis, têxteis, celulose e papel, madeira, máquinas e materiais elétricos, produtos de metal e material plástico. Fonte: EBC
A concessão de crédito imobiliário pela Caixa Econômica Federal cresceu 35,5% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou a instituição financeira. Nos três primeiros meses do ano, o banco concedeu R$ 28,9 bilhões em empréstimos imobiliários, assinando 134,8 mil novos contratos. Entre os segmentos do crédito imobiliário, os empréstimos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que financia a compra da casa própria com recursos da poupança, somaram R$ 16,1 bilhões, com alta de 103,1% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Apenas em março, R$ 7,2 bilhões foram emprestados, volume 146,5% superior ao de março de 2020. Com o resultado do primeiro trimestre, a carteira de crédito habitacional da Caixa, que mede o estoque de empréstimos, atingiu R$ 514,1 bilhões e alcançou 5,6 milhões de contratos. O banco continua como o maior financiador da casa própria no Brasil, concentrando 68,5% do mercado. No segmento pessoa jurídica, o banco financiou a construção de 562 empreendimentos de janeiro a março, volume 48% superior ao mesmo trimestre de 2020. São 68,9 mil novas unidades em produção, criando 212,6 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Atualmente, a Caixa financia 7,3 mil empreendimentos e 940 mil unidades em obra. Desde 1º de março, a Caixa oferece quatro modalidades de financiamento imobiliário com recursos da poupança. No mês passado, a instituição lançou uma linha de crédito imobiliário com juros variáveis conforme o rendimento da Poupança e de acordo com o perfil do cliente. As taxas efetivas partem de 3,35% ao ano, somados à remuneração adicional da poupança: 70% da taxa Selic (juros básicos da economia), quando esta for igual ou menor a 8,5% ao ano, ou 6,17% ao ano, quando a Selic superar 8,5% ao ano. O saldo devedor do financiamento é atualizado mensalmente pela Taxa Referencial (TR). Fone: EBC
Novos dados confirmam a importância de ampliar cada vez mais a vacinação como estratégia para garantir o controle da doença Os esforços para vacinar os trabalhadores da saúde contra a Covid-19 em Pernambuco já começaram a surtir efeito. Enquanto o número de casos graves na população em geral ainda se mantém elevado nesta fase mais crítica da pandemia em 2021, a evolução da doença entre os profissionais que atuam nos hospitais e demais postos da linha de frente ao longo das últimas semanas se mostrou estável após o início da imunização no Estado. Os índices foram confirmados pelo secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (08.04). “Esses dados revelam que precisamos de mais vacinas, porque além de seguras, elas trazem impactos importantes no controle da doença. Os indicadores nos dão esperança em superarmos a pandemia e reforçam, ainda mais, a necessidade de acelerar e avançar no processo de imunização”, ressaltou Longo.No universo dos trabalhadores da saúde no Estado o cenário, que deveria ser de aumento de casos, registrou o oposto. Entre a Semana Epidemiológica (SE) 40 e a SE 53 de 2020, a média de casos graves em profissionais da categoria foi de quatro registros – com variação entre uma e sete ocorrências. Com o início da vacinação este ano, a média de casos se manteve estável, com três registros semanais – variando entre zero e seis casos. INFLUENZA – Em paralelo à campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco inicia, na próxima segunda-feira (12.04), a imunização contra a Influenza. A iniciativa contemplará mais de 3,5 milhões de pessoas, e será dividida em três etapas, estendendo-se até o mês de julho. A primeira fase segue até 10 de maio e, inicialmente, devem ser priorizadas crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes, puérperas e população indígena de seis meses a oito anos de idade. Para dar início à campanha, o Ministério da Saúde encaminhou 338.400 doses do imunizante contra a Influenza, que já foi distribuído a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde. A Secretaria de Saúde, por meio do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), já encaminhou mais de quatro milhões de seringas e agulhas para a operacionalização da campanha. A vacina protege contra três cepas do vírus: A (H1N1), A (H3N2) e B. A expectativa é imunizar, no mínimo, 90% do público prioritário. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Ainda durante a coletiva de imprensa, o secretário André Longo analisou os indicadores da SE 13, que corresponde ao período de 28.03 a 03.04, e revelou que o Estado continua observando uma desaceleração da doença. Entretanto, alertou que o cenário ainda é preocupante e que os dados continuam em patamares elevados. Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), pela primeira vez desde o final de janeiro, se mostraram em queda, com 1.681 notificações na semana passada. O número corresponde a uma redução de 2,2% em comparação com a semana anterior, que registrou 1.719 casos – o que aponta para um quadro de estabilidade.Já em relação às solicitações …
O Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde começam na segunda-feira (12) a campanha de vacinação contra a gripe. Além de evitar complicações decorrentes da gripe causada pelo vírus, a vacinação ganha uma outra importância no momento. Com diversos estados com leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) lotados e filas de espera em função da pandemia do novo coronavírus, a iniciativa também é importante para evitar uma sobrecarga nos sistemas de saúde. O público estimado pelo ministério é de 79,7 milhões de pessoas e o objetivo é vacinar pelo menos nove em cada dez pessoas dos grupos prioritários. Os grupos serão organizados para vacinação em três etapas. Os dias de mobilização, chamados de dias D, serão definidos em cada município pela Secretaria de Saúde local. Os grupos prioritários são: – Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; – Gestantes; – Puérperas; – Povos indígenas; – Trabalhadores de saúde; – Pessoas com 60 anos ou mais; – Professores; – Portadores de doenças crônicas não transmissíveis; – Pessoas com deficiência permanente; – Forças de segurança, de salvamento e armadas; – Caminhoneiros; – Trabalhadores do transporte coletivo de passageiros; – Funcionários trabalhando em prisões e unidades de internação; – Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas em unidades de internação; – População privada de liberdade. Covid-19 O Ministério da Saúde não recomenda que seja feita a aplicação das vacinas contra a covid-19 e contra a influenza conjuntamente. A pasta recomenda que as pessoas que estiverem nos grupos prioritários procurem se vacinar antes contra a covid-19. Especialistas recomendam pelo menos uma diferença de 14 dias entre uma e outra. Fonte: EBC
Primeiros três meses do ano em Pernambuco registraram o menor número de homicídios desde 2014 O governador Paulo Câmara comandou, nesta quinta-feira (08.04), mais uma reunião do Programa Pacto Pela Vida (PPV), na sede da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag). No encontro, foram analisados os dados referentes ao 1º trimestre de 2021, que indicaram uma redução de aproximadamente 16% no número de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), em relação ao período correspondente de 2020. Estatísticas de março também indicam o 43º mês consecutivo de redução nos roubos e furtos no Estado. “Tivemos uma redução expressiva no mês de março. Isso mostra que o caminho planejado está dando resultados. São famílias, comunidades, bairros e municípios que estão sendo protegidos da ação criminosa, da dolorosa perda de entes queridos. Temos de perseguir obstinadamente a segurança e a tranquilidade das pessoas”, destacou Paulo Câmara.Considerando toda a série histórica do Pacto Pela Vida, os primeiros três meses deste ano registraram o menor número de homicídios desde 2014, quando ocorreram 828 CVLIs. Estatísticas ainda preliminares apontam para 833 CVLIs este ano – a divulgação completa será feita no dia 15 de abril. Em relação aos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs), Pernambuco chegou, em março, ao 43º mês consecutivo de redução. No 1º trimestre, a retração de roubos e furtos foi de aproximadamente 25% em comparação ao mesmo período de 2020. Na análise do mês de março, o recuo foi de cerca de 20%. De acordo com o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, mesmo diante de um cenário econômico bastante desfavorável o Estado continua fazendo a criminalidade recuar, obtendo indicadores importantes na garantia da normalidade no dia a dia das cidades. “Casos de roubos e homicídios são investigados com rigor e os responsáveis são levados ao sistema de justiça criminal. Nosso objetivo é sempre ampliar o raio da prevenção e fortalecer a contra resposta àqueles que insistem em afrontar a lei e a paz social”, ressaltou Pádua.Participaram também da reunião do PPV os secretários estaduais Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão) e Cloves Benevides (Política de Prevenção à Violência e às Drogas).
Nova remessa de imunizantes permitirá maior avanço na aplicação da primeira dose em idosos entre 65 e 69 anos de idade e trabalhadores das forças de segurança e salvamento Pernambuco recebeu, na tarde desta quinta-feira (08.04), mais 187.400 doses de vacinas contra a Covid-19. As 102.000 doses da Astrazeneca/Fiocruz e 85.400 da Coronavac/Butantan, que chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre às 15h55, possibilitarão avançar na aplicação da primeira dose nos idosos entre 65 e 69 anos de idade e nos trabalhadores das forças de segurança e salvamento, além da segunda dose para idosos de 70 a 74 anos e a partir dos 85 anos de idade. O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou que os municípios pernambucanos já conseguiram aplicar mais de 85% das vacinas destinadas à primeira dose, e estão mobilizados para ofertar a segunda em tempo oportuno, de acordo com o tipo do imunizante aplicado. “Tivemos um aumento das entregas do insumo desde a segunda quinzena de março e esperamos que as remessas continuem chegando em boa quantidade, semanalmente, para que possamos finalizar os grupos que já estão sendo atendidos e, com isso, avançar nas outras populações prioritárias”, reforçou Longo. Até o momento, estão sendo vacinados idosos a partir dos 65 anos de idade, pessoas com deficiência abrigadas em instituições, trabalhadores de saúde, povos indígenas aldeados, povos e comunidades quilombolas tradicionais e trabalhadores das forças de segurança e salvamento. Com a nova remessa, sobe para 1.639.960 o número de doses da Coronavac/Butantan e para 380.970 as da Astrazeneca/Fiocruz recebidas por Pernambuco, totalizando 2.020.930 de unidades dos imunizantes. Fonte: AB
O STF (Supremo Tribunal Federal) retomou nesta quinta-feira (8) o julgamento sobre a realização de missas e cultos com público durante a pandemia de covid-19. A sessão plenária por videoconferência foi suspensa nesta quarta-feira (7), após o ministro Gilmar Mendes dar o primeiro voto contrário à liberação de cerimônias religiosas presenciais. O julgamento é transmitido pelo página do STF no Youtube. Em seu voto, Gilmar Mendes se referiu à pandemia como “a maior crise epidemiológica dos últimos 100 anos” e lembrou decisão do ano passado que garantiu aos estados e municípios a prerrogativa de criar regras de quarentena sem que elas sejam revogadas por outros entes federativos. “Não fora essa decisão, o nosso quadro sanitário estaria ainda pior do que se encontra”, afirmou. O julgamento acontece após decisões conflitantes sobre o tema. No sábado (3), o ministro Nunes Marques liberou a presença dos fiéis no país, determinando que fosse respeitado o limite de 25% da lotação de cada espaço. Ele atendeu pedido da Associação Nacional de Juristas Evangélicos. No final de semana, cerimônias já foram realizadas com público pelo país, em razão da decisão. Na segunda-feira (5), porém, Gilmar Mendes concedeu decisão contrária à de Nunes Marques e julgou improcedente pedido do partido PSD contra decreto do governo de São Paulo que vetou eventos com aglomerações, – entre eles os religiosos – durante a fase emergencial do Plano São Paulo, iniciada no dia 15 de março. Nesse cenário de decisões conflitantes, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, decidiu submeter a decisão de Gilmar Mendes ao plenário, para que os 11 ministros deliberem sobre o tema em busca de um entendimento que passe a ser adotado a partir de agora. Julgamento O julgamento começou na quarta-feira com participação do ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que defendeu a presença de público nas igrejas, respeitando cuidados como número restrito de pessoas, e afirmou que “não existe cristianismo sem vida em comunidade”. O procurador-geral da República, Augusto Aras, também defendeu a possibilidade de público parcial nas igrejas. Ele afirmou que a “ciência salva vidas, e a fé também”. Ambas caminham lado a lado em defesa da vida e da dignidade humana, sustentou Aras. O procurador-geral afirmou no sentido de que a possibilidade de frequentar cerimônias regiliosas tem impacto na saúde mental. Gilmar Mendes votou contra esses argumentos e afirmou ser impensável qualquer ação do estado contrária à proteção coletiva da saúde. Ele fez um paralelo com o direito constitucional à vida. “A Constituição Federal de 1988 não parece tutelar um direito fundamental à morte”, disse. Gilmar afirmou ainda que a decisão do governo de São Paulo sobre fechamentos na fase emergencial vedou não só as atividades religiosas, mas também o atendimento presencial ao público em bares, restaurantes, shoppings, praias e parques, entrou outros. Fonte: R7
Um estudo coordenado pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (CDTS/Fiocruz) constatou quatro casos de reinfecção por covid-19 em que os pacientes tiveram sintomas mais fortes da doença na segunda contaminação, apesar de os dois episódios terem sido considerados leves, sem hospitalização. Em ao menos um desses casos, a reinfecção foi provocada pela mesma variante do primeiro episódio. A pesquisa será publicada na forma de artigo científico na revista Emerging Infectious Disease (EID), do Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC). Além da Fiocruz, participaram pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor) e da empresa chinesa MGI Tech Co. Segundo o coordenador do estudo, o virologista do CDTS/Fiocruz Thiago Moreno, a constatação reforça que uma parcela da população que tem a doença na forma branda não desenvolve memória imunológica. “Demonstramos que um grupo de pessoas com sintomatologia leve para covid-19 teve um segundo episódio de covid um pouco mais forte, porque não foi capaz de gerar uma imunidade de memória depois do primeiro episódio. Assim como vários casos brandos de covid-19, esses indivíduos tiveram o controle dessa primeira infecção pela resposta imune inata, aquela que não forma uma memória consistente e de longo prazo”. Os testes realizados mostraram que a defesa do organismo com base em anticorpos só foi formada nesses indivíduos após a segunda infecção. “Isso mostra também pra gente que uma parcela da população que teve a doença branda no primeiro episódio pode voltar a ter covid-19 depois de algum tempo, e não necessariamente ela será branda de novo”. Moreno explica que a possibilidade de reinfecção com sintomas mais contundentes se dá independentemente de o indivíduo contrair a mesma variante do novo coronavírus ou uma nova. “A reinfecção pelo novo coronavírus é possível, e isso é algo similar com o que acontece com coronavírus sazonais humanos e até alguns coronavírus veterinários”, diz o pesquisador. Os pesquisadores envolvidos no estudo acompanharam um grupo de 30 pessoas de março a dezembro de 2020 com testagens semanais. O objetivo do estudo não era investigar a reincidência da covid-19, e sim monitorar a segurança do grupo em seu local de trabalho. Diante das suspeitas de reinfecção constatadas, os cientistas se debruçaram sobre esses casos e comprovaram, por meio de sequenciamento, duas reinfecções. Nas outras duas, não havia material genético suficiente para o sequenciamento, mas os episódios da doença tiveram meses de intervalo com testes negativos. Thiago Moreno ressalta que o estudo não foi desenhado para ter representatividade estatística, o que significa que não é possível extrapolar a proporção de pessoas reinfectadas para toda a população. Além disso, ele acrescenta que, apesar de o estudo ter constatado sintomas mais contundentes no segundo episódio de covid-19 entre os quatro pesquisados, isso não permite interpretar um padrão para os casos de reinfecção. As quatro pessoas que se reinfectaram com a doença não precisaram ser internadas em nenhum dos dois episódios e tiveram casos considerados brandos em ambos. …
No primeiro trimestre de 2021, o índice que afere a duração média de interrupção de energia elétrica por clientes (DEC) alcançou a marca de 2,97 horas, a menor já registrada na série histórica da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para o período. O desempenho também foi o melhor para o mês de março, com 1,04 hora, 34% melhor que o conquistado no mesmo período do ano passado. Na prática, significa que os consumidores pernambucanos tiveram com um fornecimento mais contínuo, com menos horas de falta de energia. A melhora no desempenho do indicador é reflexo dos investimentos realizados pela concessionária no sistema elétrico do Estado. No decorrer de 2020, a Celpe aplicou mais de R$ 720 milhões, destinados, principalmente, à expansão, manutenção, automação e modernização da rede de distribuição de energia. O investimento em novas tecnologias, capazes de conferir mais inteligência à rede de distribuição de energia, tem sido uma das buscas prioritárias. Os sistemas de automação repercutem diretamente na qualidade do serviço, pois permitem em diversas situações restabelecer remotamente a energia, sem a necessidade de deslocamentos de equipes de prontidão. A concessionária encerrou o último ano com a instalação de 730 equipamentos inteligentes, aumentando a capacidade de uma resposta mais rápida a possíveis interrupções no fornecimento. Outra medida que também tem ligação com a melhora no serviço é a renovação e manutenção preventiva da rede elétrica. Em 2020, foram entregues mais 2.560 quilômetros de rede, instalados 774 equipamentos religadores de linha e 20 alimentadores, que promoveram um incremento de 120 quilômetros de novos circuitos de média tensão. As ações de manutenção englobam ainda a troca de componentes da rede elétrica, como isoladores, e a substituição de transformadores por equipamentos de maior potência. A perspectiva é que esse trabalho seja continuado, pois estão presentes no plano de investimentos da Celpe para este ano.
Em março, o custo da cesta básica caiu em 12 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores reduções foram observadas em Salvador (-3,74%), Belo Horizonte (-3,11%), Rio de Janeiro (-2,74%) e São Paulo (-2,11%). Já a maior alta foi observada em Aracaju (5,13%), seguida por Natal (2,83%), Curitiba (0,77%), Belém (0,55%) e Campo Grande (0,26%). No mês passado, a capital que teve a cesta básica mais cara do país foi Florianópolis. Nessa capital, o custo médio dos produtos que compõem a cesta básica foi estimado em R$ 632,75. A capital com a cesta mais barata em março foi Salvador, com custo médio estimado em R$ 461,28. Com base no preço da cesta básica de Florianópolis, a mais cara observada pela pesquisa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 5.315,74, o que corresponde a 4,83 vezes o valor vigente, de R$ 1.100,00. Fonte: UOL
A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) prejudicou mais os trabalhadores por contra própria, revela pesquisa divulgada hoje (8) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o levantamento, essa categoria teve a maior queda no rendimento em 2020. O pior momento para os trabalhadores autônomos ocorreu no segundo trimestre de 2020, quando a categoria recebeu 24% a menos do que a renda habitual. No quarto trimestre do ano passado, o indicador recuperou-se levemente, mas continuou abaixo dos níveis anteriores à pandemia, com recuo de 10%. Os trabalhadores privados e sem carteira receberam 13% a menos do que a renda habitual no segundo trimestre e 4% a menos no último trimestre do ano passado. Os trabalhadores privados com carteira assinada não tiveram perda no segundo e no terceiro trimestres de 2020 e encerraram o último trimestre do ano passado ganhando 5% acima da renda habitual. No serviço público, os trabalhadores receberam 1% a mais que a renda habitual no segundo trimestre, 3% no terceiro trimestre e 5% a mais no último trimestre do ano passado. Realizada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a pesquisa comparou a renda média efetiva com a renda média habitual. Enquanto a renda média efetiva caiu por causa do aumento do desemprego e da contratação com salários mais baixos, a renda média habitual subiu porque a perda de ocupações se concentrou nas áreas mais mal remuneradas. Segundo o Ipea, a elevação da renda habitual para os trabalhadores privados com carteira assinada e o serviço público deve-se ao fato de que a eliminação de postos de trabalho atingiu principalmente os setores de construção, comércio e alojamento e alimentação, além de empregados sem carteira assinada e principalmente trabalhadores por conta própria. Dessa forma, quem permaneceu empregado foram os trabalhadores de renda relativamente mais alta, que puxam o rendimento médio habitual para cima. Renda efetiva Ao analisar apenas a renda efetiva dos três últimos meses do ano passado, sem levar em conta a comparação com a renda habitual, a pesquisa mostra que a queda também foi maior entre os trabalhadores por conta própria. Essa categoria encerrou 2020 ganhando 6,7% a menos que no mesmo período de 2019. O recuo chegou a 1,4% entre os trabalhadores privados com carteira e 0,2% no setor público. Apenas os trabalhadores com carteira assinada recebiam, em média, 1,4% a mais no último trimestre de 2020 em relação aos mesmos meses de 2019, refletindo a recuperação do emprego formal no fim do ano passado. Para Sandro Sacchet, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e autor do estudo, o fato de ter havido queda nos rendimentos efetivos em alguns grupos de trabalhadores no quarto trimestre indica potenciais efeitos do início da segunda onda da pandemia da covid-19. Segundo ele, os impactos poderão ser compreendidos quando forem divulgados os dados no primeiro trimestre de 2021. Faixas Na comparação por faixa de renda, a pesquisa mostra que a pandemia afetou proporcionalmente os mais pobres. Entre o …