A previsão de instituições financeiras para a inflação este ano subiu. A previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 3,29% para 3,31%. Para os anos seguintes não houve alterações: 3,60%, em 2020, 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022. Essas estimativas são de pesquisa a instituições financeiras, elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC) e distribuída às segundas-feiras, em Brasília. As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Taxa Selic O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. O mercado financeiro continua esperando que a Selic encerre 2019 e 2020 em 4,50% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a taxa Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano. Crescimento econômico A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 0,92% este ano. Para 2020, a projeção subiu de 2% para 2,08%. Já a expectativa para 2021 2022, permanece em 2,50%. Dólar A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 para o fim de 2019 e 2020.
Considerada um “caminho sem volta”, a informatização no serviço público não é mais uma projeção para os próximos anos ou uma inovação de países desenvolvidos, mas uma realidade cada vez mais presente em Pernambuco. Um exemplo disso pode ser visto no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), que, em outubro, concluiu a instalação do sistema de biometria – tecnologia que identifica o usuário pelas digitais – nas mais de 30 unidades do órgão, incluindo as lojas nos shoppings, os pontos de atendimento nos ‘Expresso Cidadão’ e as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretran), além da sede da instituição, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. De acordo com o diretor de Atendimento do Detran-PE, coronel Felipe Nascimento, esse processo de digitalização foi o responsável pelo aumento no número de atendimentos realizados pelo órgão. De janeiro deste ano, quando a identificação biométrica começou a ser implementada, até o mês passado, 1,6 milhão de vagas para agendamento online de serviços foram ofertadas, 40% a mais do que no mesmo período em 2018. Em relação aos atendimentos efetivados, o crescimento foi de 600 mil para pouco menos de 1 milhão, o que representa um incremento de cerca de 25%. Leia também:Detran orienta sobre proteção contra o cerol para motociclistasApp do Detran disponibiliza serviços e consultas “O balanço é superpositivo porque a biometria agrega duas variáveis bastante importantes, que são a segurança do usuário e a otimização dos serviços, realizados com mais celeridade”, afirma Nascimento. Entre os serviços que ficaram mais ágeis, estão renovação e segunda via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e vistoria para transferência de veículos. “O atendimento trabalha em dois binômios. O primeiro é o atendente e o segundo é a tecnologia. Nós estamos trabalhando o servidor com capacitações. Estamos também em fase de conclusão de testes para implantação de acesso logado e certificação digital. Isso permite que o usuário, estando logado ao sistema, faça uma gama de serviços do seu próprio computador”, explica o diretor. Uma das ideias em estudo é a instalação de tótens, semelhantes aos caixas eletrônicos dos bancos, em que será possível dar entrada em alguns serviços oferecidos pela instituição. Outras novidades estão sendo analisadas. “O estudo está em fase de conclusão”, esclarece Felipe Nascimento. Além disso, cumprindo a lei 16.644, que define regras para o atendimento ao idoso, foi criada uma senha prioritária para esse público. Com isso, o tempo para pessoas acima de 60 anos serem atendidas passou a ser de até 8 minutos. “No agendamento online, eles já são atendidos dessa forma, com data, mês e horário definidos. Mesmo assim, criamos a senha e, em outubro, fizemos cerca de 3.300 atendimentos efetivos”, detalha o diretor de Atendimento do Detran. Os usuários sentem a diferença. A comerciante Crizelle Gandra, 34, é de São Paulo e mora no Recife há um ano. Ela precisou transferir um carro de Natal, no Rio Grande do Norte, para Pernambuco e diz que o processo ficou mais ágil, já que agora não é mais necessário imprimir os laudos da vistoria …
O STF (Supremo Tribunal Federal) manteve, em julgamento concluído nesta sexta-feira (8), o entendimento de que grávidas e lactantes não podem atuar em atividades insalubres, independentemente de laudo apresentado por médico de confiança. A confirmação ocorre alguns dias antes de a reforma trabalhista, que modificou essa regra, completar dois anos. Os ministros analisaram, em julgamento iniciado no dia 1º no plenário virtual, embargos declaratórios apresentados pela AGU (Advocacia-Geral da União). O recurso é utilizado quando uma das partes considera ter havido algum tipo de obscuridade na decisão. A AGU ainda tentou que os embargos fossem analisados em sessão presencial, mas isso não aconteceu. Sete ministros, além do relator, Alexandre de Moraes, rejeitaram o pedido da União. O advogado-geral André Luiz de Almeida Mendonça e a secretária-geral de Contencioso, Izabel Vinchon Nogueira de Andrade, pediram que o Supremo considerasse o impacto atuarial de uma concessão generalizada do salário-maternidade e destacaram o trabalho em hospitais como um dos que seriam afetados. A decisão do Supremo não trata especificamente do setor de saúde. O pedido de declaração de inconstitucionalidade foi apresentado pela Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos. Para a maioria dos ministros do Supremo, decisão protege grávidas e bebês. Representantes de hospitais, clínicas e laboratórios, porém, dizem que o segmento é o principal afetado pois, em muitos casos, esses espaços não têm área sem insalubridade. No pedido apresentado ao STF no fim de outubro, a AGU pedia também a modulação da decisão e apontava “abalo desproporcional para o mercado de trabalho e para as contas da previdência.” Presidente da CNSaúde (Confederação nacional de Saúde), Breno Monteiro, diz que agora o setor buscará uma solução com o Ministério da Economia, mais especificamente na revisão das normas regulamentadoras, que possam ajustar a classificação de insalubridade nos diversos espaços. Em São Paulo, a A Federação de Hospitais, Clínicas e Laboratórios em São Paulo diz que a maioria dos estabelecimentos não terá como cumprir a regra. A recomendação da confederação aos associados é a de que a decisão antecipa a licença-maternidade. “Nosso entendimento é esse, mas fizemos essa consulta ao INSS, que nunca respondeu”, afirma. A decisão do Supremo, avalia Monteiro, deixou uma situação de insegurança jurídica para o setor. “Tem gente mandando a funcionária para a perícia, tem gente mandando para casa e tem gente colocando em licença-maternidade. Precisamos de uma orientação única.” O INSS informou que o STF “somente declarou inconstitucional a exigência do atestado médico para fins de afastamento no trabalho, porém, não adentrou ao mérito a respeito da competência sobre pagamento.” O salário-maternidade é pago pelo INSS a partir de 28 dias antes da data estimada para o parto e por um período de quatro meses. Nos casos em que a gravidez é considerada de risco e, portanto, exige a antecipação da licença da gestante, o entendimento do instituto é que o benefício a ser concedido é um auxílio-doença. E esse é outro problema que a decisão deixou, que foi a indefinição quanto ao período de afastamento. Não há garantia de que o …
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara tem sessão marcada nesta segunda (11) para discutir mudanças da Constituição que viabilizariam a prisão de condenados na 2ª instância. O debate ganhou força após o STF derrubar, na semana passada, uma decisão do próprio tribunal que permitia o cumprimento antecipado da pena.
Passado o julgamento mais esperado do ano, que derrubou a possibilidade de prender condenados em segunda instância e resultou na soltura do ex-presidente Lula (PT) na sexta-feira (8), o Supremo Tribunal Federal se prepara para debater uma nova polêmica com ampla repercussão política. A corte se debruçará sobre a decisão de seu presidente, Dias Toffoli, que paralisou todas as investigações do país que usaram dados de órgão de controle, como o antigo Coaf, sem prévia autorização judicial. O processo sobre o tema está previsto para ser julgado no plenário do Supremo no próximo dia 21. Toffoli é o relator. Há a possibilidade de que ele resolva antecipar a análise do tema para o dia 20. No caso da prisão em segunda instância, o julgamento do STF interessava a Lula, que acabou solto depois de passar 580 dias preso em Curitiba. No caso do Coaf, o resultado interessa ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro. O senador é o autor do pedido que motivou a decisão de Toffoli de suspender as apurações criminais pelo país. Até agora, Bolsonaro não se manifestou sobre a decisão do STF que mudou a jurisprudência e barrou a prisão de condenados em segundo grau. Neste sábado, em rede social, chamou Lula de ‘canalha’. (Folha PE).
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer rever as regras de uso de aeronaves não tripuladas no país, os chamados drones. Na última terça-feira (5), a agência reguladora abriu consulta pública para colher sugestões e propostas da sociedade para mudanças na legislação atual, em vigência há mais de dois anos. As contribuições serão recebidas até 5 de fevereiro de 2020. Dados de julho deste ano, mostram que cerca de 70 mil drones estão cadastrados no sistema da Anac, sendo 44 mil para uso recreativo e 25 mil para uso profissional. A Anac disse que identificou a necessidade de rediscutir o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial nº 94 (RBAC-E nº 94), que trata dos requisitos gerais para este tipo de aeronaves não tripuladas, em razão do “desenvolvimento da aviação não tripulada e a proliferação dessa tecnologia em diversos setores”. Entre os pontos em debate está a revisão dos critérios para a concessão de licenças e habilitações de pilotos para a aviação remota. A medida permitirá o uso de equipamentos acima de 400 pés (120m) do nível do solo e operações além da linha de visão visual (BVLOS). A legislação atual é que determina a necessidade de habilitação de piloto para as operações com aeronaves não tripuladas RPA das classes 1 (peso máximo de decolagem de mais de 150 kg), 2 (mais de 25 kg e até 150 kg) ou da classe 3 (até 25 Kg) que pretendam voar acima de 400 pés. As contribuições serão recebidas eletronicamente, por meio da plataforma AUDPUB, disponibilizada no portal da ANAC.
Os preços das apostas de oito modalidades lotéricas ficaram mais caros. Segundo a Caixa Econômica Federal, o reajuste foi feito, após quatro anos sem elevação dos preços. Os novos valores foram autorizados pela Portaria nº 8.061 do Ministério da Economia, publicada no Diário Oficial da União no último dia 31 de outubro. O reajuste valerá para os sorteios que serão realizados a partir desta segunda-feira (11). Os novos preços serão os mesmos em todos os canais de apostas, conforme tabela: Modalidade Lotérica Preço Anterior Novo Preço Nº do Concurso Data do Sorteio Mega-Sena R$ 3,50 R$ 4,50 2207 13/11/2019 Lotofacil R$ 2,00 R$ 2,50 1889 11/11/2019 Quina R$ 1,50 R$ 2,00 5119 11/11/2019 Lotomania R$ 1,50 R$ 2,50 2021 12/11/2019 Dupla Sena R$ 2,00 R$ 2,50 2010 12/11/2019 Timemania R$ 2,00 R$ 3,00 1.405 12/11/2019 Loteca R$ 2,00 R$ 3,00 877 18/11/2019 Lotogol R$ 1,00 R$ 1,50 – – Segundo a Caixa, as mudanças contribuirão para o aumento dos prêmios ofertados aos apostadores. “Também será incrementado o repasse social de recursos às áreas definidas na lei, como Educação, Esporte, Segurança, Seguridade, Cultura e Saúde, entre outras”, diz o banco. Apostas nas loterias – Marcelo Camargo/Agência Brasil Como apostar As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer lotérica do país e também no portal Loterias Online. Clientes com acesso ao Internet Banking Caixa podem fazer apostas na Mega-Sena pelo computador pessoal, tablet ou smartphone. Para isso, é preciso ter conta corrente no banco e ser maior de 18 anos. As apostas pelo Internet Banking podem ser feitas das 8h às 22h (horário de Brasília), exceto em dias de sorteios, quando as apostas se encerram às 19h, retornando às 21h para o concurso seguinte. Para jogar pela internet, no Portal Loterias Online, o apostador precisa ser maior de 18 anos e efetuar um pequeno cadastro. O cliente escolhe seus palpites, insere no carrinho e paga todas as suas apostas de uma só vez, utilizando o cartão de crédito. O valor mínimo da compra no Portal (que pode conter apostas de todas as modalidades disponíveis no site) é de R$ 30,00 e máximo de R$ 500,00 por dia. Também pelo portal, os apostadores podem optar pelos combos de apostas, que podem ser de apenas uma modalidade ou de várias modalidades. Na seleção do combo, o cliente pode escolher entre visualizar os números selecionados em cada aposta ou o formato Surpresinha, no qual o sistema escolhe aleatoriamente os números da aposta. Para usuários do sistema iOS, o aplicativo Loterias Caixa já está disponível na Apple Store. As modalidades que estão disponíveis para apostas são: Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Timemania, Dupla Sena, Loteca, Lotogol e Dia de Sorte. As apostas podem ser feitas todos os dias e a qualquer hora, durante o período de captação de cada concurso. Em breve, diz a Caixa, ficará disponível o aplicativo na loja Google Play, para os sistema Androide. Bolão Para as modalidades Mega-Sena, Dia de Sorte, Lotofácil, Quina, Dupla Sena e Loteca, …
A BHP Billiton, mineradora anglo-australiana que está sendo processada na Justiça do Reino Unido pela tragédia de Mariana (MG), contesta a jurisdição de tribunais do país para seguir com o caso. Uma decisão de competência deverá ser discutida em uma audiência marcada apenas para o dia 9 de junho de 2020. Até lá, a empresa e o escritório SPG Law, que ajuizou a ação, poderão apresentar argumentos e provas que sustentem seus pontos de vista. A tragédia completou quatro anos no dia 5 de novembro, quando a ruptura de uma barragem liberou 39 milhões de metros cúbicos de lama para fora de um complexo da mineradora Samarco. A empresa tem como acionistas a BHP Billiton e a Vale. Os rejeitos causaram 19 mortes, destruíram comunidades e levaram poluição à bacia do Rio Doce, até a foz no Espírito Santo. Para reparar todos os danos, um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) foi firmado em março de 2016 entre as três mineradoras, o governo federal e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo. A partir desse acordo, foi criada a Fundação Renova para adotar todas as medidas necessárias. Passados quatros anos da tragédia, o processo de indenizaçãoainda é discutido por famílias atingidas e as obras para reassentamento dos desabrigados estão atrasadas. A ação no Reino Unido foi movida pelo SPG Law em novembro do ano passado. Aderiram ao processo mais de 200 mil atingidos, três comunidades indígenas, aproximadamente 600 empresas e 25 municípios, além da Arquidiocese de Mariana. A busca é por indenização integral pelos prejuízos causados em decorrência da tragédia. São cobradas, por exemplo, indenizações para quem perdeu casa, ficou sem água ou sofreu impactos em suas atividades econômicas e em seus modos de vida. No entanto, a mineradora pede a interrupção do processo e sustenta que a competência para apreciar a causa é dos tribunais brasileiros. “A BHP entende que a ação no Reino Unido duplica questões que são ou foram sujeitas a procedimentos legais pré-existentes no Brasil e que já estão sendo atendidas através do trabalho conduzido pela Fundação Renova”, diz em nota. O SPG Law tem tradição em mover ações coletivas contra empresas multinacionais e obteve sucesso recentemente contra grandes representantes da indústria farmacêutica dos Estados Unidos. No Reino Unido, ele também acionou o judiciário em busca de indenizações da companhia aérea British Airways pelo vazamento de informações de 380 mil consumidores, e da Volkswagen, acusada de ter burlado as leis de emissões de gases da União Europeia. Segundo o escritório, a reparação através da Justiça britânica deve ser mais célere do que no Brasil. “A própria BHP admitiu em comunicado público que o processo de reparação e remediação está atrasado”, diz Tom Goodhead, um dos sócios da SPG Law. Ele se refere a uma nota divulgada no site da empresa no dia 30 de outubro. “O progresso tem sido mais lento do que gostaríamos, mas essas soluções não podem ser desenvolvidas e entregues às pressas – o envolvimento de grupos diferentes de partes interessadas, incluindo as comunidades afetadas, significa mais adesão, mas também leva tempo”, diz o …
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será, nos próximos anos, “um exame técnico e não ideológico”, afirmou hoje (10) o ministro da Educação, Abraham Weintraub. “O objetivo é que seja feita uma seleção justa para todos os brasileiros”, disse. O Enem 2019 foi aplicado no dia 3 e neste domingo. Ao todo, cerca de 3,9 milhões de estudantes de todo o país participaram de pelo menos um dia de prova. Na análise de especialistas, o exame deste ano foi mais conteudista que de anos anteriores. “[O estudante] não vai precisar mais ficar buscando nos manuais de esquerda ou de direita ou em qualquer lugar que seja, ideologias”, disse. “Como foi para a redação. [O participante] poderia escrever uma redação de esquerda, de direita ou técnica. Queremos apenas ver quem sabe elaborar uma boa redação. As questões foram feitas com esse intuito, selecionar as pessoas mais bem preparadas”. O tema da redação este ano foi Democratização do acesso ao cinema no Brasil. O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, fazem balanço sobre o ENEM 2019 – Antonio Cruz/ Agência Brasil Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, as questões deste ano foram todas retiradas do Banco Nacional de Itens (BNI), e já estavam elaboradas. Para integrar o BNI, as questões passam por um longo processo de aprovação e testagem. “Não houve direcionamento para mais ou menos conteudistas”, disse Lopes. “O que houve foi a equipe buscando dentro do Banco de Itens uma prova equilibrada, que cobrisse matrizes do Enem. Para oferecer às universidades um conjunto de alunos com boas notas, para escolherem os melhores para seus cursos”. Neste ano, o Inep criou uma comissão para definir o que não seria usado no Enem 2019. De acordo com nota técnica publicada pela autarquia, a comissão, criada no dia 20 de março deste ano, deveria “identificar abordagens controversas com teor ofensivo a segmentos e grupos sociais, símbolos, tradições e costumes nacionais” e, com base nessa análise, recomendar que tais itens não fossem usados na montagem do exame deste ano. A comissão concluiu o trabalho no começo de abril. No entanto, pelo caráter sigiloso do BNI, o resultado não foi divulgado. O Inep esclareceu que como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum item será descartado. Eles poderão ser posteriormente adequados.
Universitários de qualquer área do conhecimento e idade podem se inscrever, até o dia 6 de janeiro próximo, para participar do Módulo Ignição, do Programa Petrobras Conexões para Inovação, promovido em parceria pela empresa com o Ecoa PUC-Rio, iniciativa multidisciplinar e gratuita da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O objetivo é estimular a experimentação, desafiando universitários a trabalhar em busca de soluções criativas para a transformação digital do setor de óleo e gás. O formulário está disponível no site da PUC. As inscrições foram abertas na semana passada, por ocasião do lançamento do novo módulo, durante a edição brasileira da Offshore Technology Conference’ (OTC), que realizada no Rio de Janeiro. O projeto prevê a divulgação, no dia 24 de janeiro, dos 21 estudantes selecionados que passarão por uma mentoria da PUC-Rio, baseada em desafios e seguida de um período para o desenvolvimento de inovações. O professor Gustavo Robichez, do Departamento de Informática do CTC/PUC-Rio e integrante do ECOA PUC-Rio, informou que o projeto inclui estudantes de todas as universidades públicas e privadas, que estejam regularmente matriculados em cursos de graduação, com término previsto em janeiro de 2021, para que haja o vínculo institucional. “A diversidade de instituições é muito importante. O que a gente está em busca é dos melhores talentos que possam, a partir dos desafios que a Petrobras venha a propor, experimentar soluções usando tecnologia”. Robichez acrescentou que o foco é provocar esses talentos, em um processo de cocriação. A partir dos desafios da empresa e de mentores da universidade, os universitários vão ter uma jornada de experimentação instigada por essas provocações que a indústria de óleo e gás tem. A ideia é que no ciclo de alguns meses, eles já apresentem protótipos, que são provas de conceitos de soluções que vão ser avaliadas pelo time da Petrobras especializado. “Os técnicos da Petrobras vão acompanhar as soluções propostas pelos estudantes ao longo de toda a jornada”. Tutoria O conhecimento da indústria virá da Petrobras. A PUC tem a metodologia da condução desses experimentos e, principalmente, um processo de orientação e de tutoria ao longo dessa jornada. “É uma oportunidade quase única, transformadora na vida das pessoas”, definiu o professor. Para ele, a participação no programa da Petrobras pode representar uma possibilidade de contratação futura no mercado formal de trabalho e a abertura de empreendimentos pelo próprio estudante. “A Petrobras tem programas para orientar e incluir startups (empresas nascentes inovadoras) dentro da cadeia de óleo e gás”. Os 21 universitários receberão uma bolsa-auxílio mensal por seis meses, que poderá ser renovada ao fim desse período. Gustavo Robichez disse que o Módulo Ignição poderá se estender. A ideia é que haja um processo de seleção semestral, com abertura de nova chamada no próximo ano, para dar oportunidade a mais pessoas de participarem dessas jornadas. “A gente pede uma dedicação de 20 horas semanais para eles (estudantes) poderem se dedicar a essas experimentações digitais”. A PUC-Rio já vem desenvolvendo experiência semelhante nas áreas de tecnologia, seguros e indústria do entretenimento. “A gente …
O Exame Nacional do Ensino Médio terminou hoje (10). Ao todo, estiveram presentes nesse segundo dia de aplicação, 3,7 milhões, do total de 5,1 milhões de candidatos inscritos. Aqueles que faltaram ao exame correspondem a 27,19% do total. Os números foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “Tivemos a menor abstenção de todos os tempos, tanto no primeiro dia, quanto hoje”, afirmou o ministro da Educação, Abraham Weintraub. A porcentagem de abstenção no segundo dia superou a menor taxa até então, que era a de 2015, quando 27,33% dos candidatos inscritos não compareceram ao exame. A taxa do primeiro dia, que foi 23,1% superou a de 2018, até então a mais baixa, que foi de 24,76%. A contagem é feita desde 2009, quando o exame foi reformulado para selecionar estudantes para universidades brasileiras. “Tivemos, acho que agora dá para afirmar, o melhor Enem de todos os tempos, tanto em execução, operação, logística, como também em termos de formulação”, disse Weintraub. Eliminações No total, foram eliminados, no Enem, 747 participantes, sendo 371 candidatos no segundo dia de exame e 376 pessoas no primeiro dia. Esses participantes descumpriram as regras do exame. Neste ano, as regras de segurança ficaram mais rígidas. Participantes cujos celulares ou quaisquer outros objetos eletrônicos emitissem som foram eliminados, mesmo que esses aparelhos estivessem dentro do envelope porta-objetos que é entregue a cada participante e fica lacrado durante a aplicação. Próximas datas Os gabaritos oficiais serão divulgados na quarta-feira (13). Também serão divulgados os Cadernos de Questões, em todas as suas versões. No total, serão seis gabaritos para cada dia de aplicação e seis Cadernos de Questões, de acordo com as cores da prova e opções acessíveis. Os participantes deverão ficar atentos para conferir o gabarito relativo à cor de prova que fez em cada domingo de aplicação. Os resultados individuais do Enem 2019 serão divulgados na Página do Participante e no aplicativo do Enem, em janeiro de 2020, a partir de consulta com CPF e senha. O resultado dos participantes eliminados, segundo o Inep, não será divulgado, mesmo que eles tenham realizado o Enem nos dois dias de aplicação. Para os treineiros, que fazem o exame para autoavaliação de conhecimentos, a consulta só será liberada em março do ano que vem. Reaplicação O estudante que se sentiu prejudicado no Enem poderá informar o Inep, pela Página do Participante, entre os dias 11 e 18. Cada caso será analisado e o participante poderá ter direito a fazer a prova novamente. “[O candidato] vai entrar na Página do Participante e vai apresentar um recurso, vai contar a história do porquê se sentiu prejudicado. E no dia 27 de novembro daremos uma resposta”, diz o presidente do Inep, Alexandre Lopes, que orientou que mesmo que os participantes tenham dúvidas se têm ou não direito a reaplicação, que façam o recurso. De acordo com o edital do exame, podem ter direito à reaplicação aqueles que foram afetados por problemas logísticos. São considerados problemas logísticos fatores como …
O que nasceu como um apelido do mercado financeiro ganhou fôlego e virou um mecanismo de cooperação que reúne 3,1 bilhões de pessoas e equivale a 41% da população mundial. Junção das iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (em inglês), o Brics é formado pelas cinco principais economias emergentes do planeta e promove, nesta quarta (13) e quinta-feira (14), a 11º reunião de cúpula em Brasília. Em 2001, o economista britânico Jim O’Neill, então chefe de Pesquisas Econômicas Globais do banco de investimentos Goldman Sachs, cunhou o termo Bric (ainda sem a África do Sul) para simbolizar o crescimento de quatro economias em desenvolvimento. Segundo ele, ao longo do século 21, esses países passariam a dividir o poder econômico global com o G7, grupo das economias mais ricas do planeta. O Bric, no entanto, só nasceu em 2006, quando os ministros de Relações Exteriores dos quatro países se encontraram em Nova York, num evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas. O grupo foi formalizado no primeiro encontro oficial de chefes de Estado, em junho de 2009, em Ecaterimburgo, na Rússia. Na ocasião, os presidentes do Brasil, da Rússia, da Índia e da China concordaram em desenvolver um mecanismo de cooperação entre as quatro economias. Os governos se ajudariam mutuamente para melhorar a situação econômica global após a crise de 2008 e ampliar a participação de países emergentes em instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na segunda reunião de cúpula, em abril de 2010, em Brasília, o então presidente sul-africano, Jacob Zuma, compareceu como convidado. A África do Sul juntou-se ao grupo na terceira reunião de cúpula, em abril de 2011 em Sanya (China). A partir daí, a sigla ganhou uma letra e virou Brics. Em 2010, o Bric teve participação fundamental na aprovação da reforma que ampliou a cota de economias emergentes no FMI. O acordo só entrou em vigor em dezembro de 2015, quando o poder de voto dos países em desenvolvimento passou de cerca de 39,4% para 44,7%. O total de cotas brasileiras no capital do Fundo Monetário passou de 1,78% para 2,32%, com o Brasil subindo da 14ª para a 10ª posição como acionista. Iniciativas Os países do Brics estreitaram os laços em 2011, com a criação do Fórum do Brics, organização internacional independente que busca estimular cooperações políticas, comerciais e culturais entre os membros. Na reunião de 2013, em Durban (África do Sul), os governos concordaram em criar uma instituição financeira conjunta. Também conhecido como Banco do Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento foi oficializado no encontro de 2014, em Fortaleza. Com sede em Xangai (China), o banco nasceu em 2015, com o objetivo de atender ao problema global da escassez de recursos para o financiamento de projetos de infraestrutura e constituir-se em uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial. Cada um dos cinco países contribuiu com US$ 10 bilhões para formar o capital da instituição financeira. Em outra iniciativa, os países do Brics concordaram em formar …
Engenheira aeroespacial formada pela Universidade de Brasília, Ana Paula Castro de Paula Nunes poderá ser a primeira mulher astronauta brasileira. Ela foi selecionada para participar de uma missão simulada da Agência Espacial Europeia (ESA). Dos seis jovens escolhidos, entre profissionais de várias nacionalidades, cinco são mulheres. Atualmente, Ana Paula faz mestrado em Direito Espacial pela Beihang University, na China. “Gosto do espaço porque ele me dá uma perspectiva muito realista e ampla sobre nossa vida aqui na Terra. Ser uma astronauta de simulação vai me permitir experimentar como é viver na Lua ou em Marte, de um ângulo muito realista”. “Espero poder participar desse projeto e trazer oportunidades para futuros estudantes ou jovens profissionais no setor aeroespacial do Brasil, mostrando que eles também podem fazer parte de grandes projetos”, completou. A missão para a qual Ana Paula foi selecionada é a segunda campanha do projeto EuroMoonMars in Hi-Sea, da Agência Espacial Europeia, local onde alguns astronautas da Nasa, agência espacial norte-americana, também treinam para suas missões. A etapa de simulação será realizada no deserto do Havaí, durante duas semanas, em dezembro. A equipe deve se reunir na Holanda para workshops e treinamentos e, no dia 5 de dezembro, se encontra novamente no Havaí para o último treinamento. A partir de 9 de dezembro, por duas semanas, eles passam a vivenciar uma espécie de missão lunar simulada. “Isso quer dizer viver como astronauta, comer comida de astronauta, deixar o habitat só com traje espacial para atividade extra veicular e realizar vários experimentos científicos. Nós vamos fazer alguns estudos abordando fatores psicológicos em um habitat lunar. Por exemplo, ficar isolado, interagindo apenas com seis pessoas, falta de ar fresco, banhos curtos, além de outros fatores.” Mulheres astronautas Os profissionais que participam do experimento atuam em áreas como arquitetura espacial, engenharia aeroespacial, geologia, astrobiologia e astronomia. Uma motivação especial para Ana Paula é inserir mulheres em áreas que, tradicionalmente, são ocupadas por homens. “Acredito que é crucial mostrar que as mulheres podem ter tanto sucesso no campo científico quanto os homens. Nossa tripulação quase toda feminina é um ótimo exemplo desse desenvolvimento moderno da ciência espacial. Outro grande exemplo foi a recente caminhada espacial feminina. Foi um marco. Temos um longo caminho a percorrer, mas acredito que, com educação e maior representatividade das mulheres na ciência, mais meninas vão insistir nos seus objetivos científicos.” A questão financeira é outro desafio a ser enfrentado por Ana Paula para atingir seu sonho, uma vez que metade dos gastos precisa ser arcado pelo próprio profissional selecionado. “Fico muito feliz de trazer visibilidade positiva para o Brasil, mas, para eu poder participar dessa missão, preciso ter cerca de R$ 16 mil”, contou a engenheira aeroespacial, esperançosa no sentido de obter apoio de agências do governo, instituições de ensino ou do setor privado. Ela criou um site com o objetivo de arrecadar cerca de R$ 9 mil. Até a tarde desta sexta-feira (8), a jovem havia somado apenas R$ 835. Para contribuir, basta clicar aqui.
Fiscalizações feitas pelo governo federal neste ano estão encontrando mais trabalhadores sem registro. O número de assalariados em situação de informalidade pulou de 78,4 mil para 89,2 mil nos primeiros nove meses deste ano em comparação com igual período de 2018, um aumento de aproximadamente 14%. Segundo a Secretaria do Trabalho, que substitui o antigo Ministério do Trabalho e hoje fica abrigada pelo Ministério da Economia, o resultado das fiscalizações produz números variáveis todos os anos e depende por exemplo do porte das empresas auditadas, número de funcionários e tipo de atividade. PUBLICIDADE Especialistas ouvidos pelo R7 e outros indicadores, no entanto, também apontam no sentido do aumento da informalidade por trabalhadores assalariados e que deveriam estar sob o regime da CLT. Em outubro, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou na pesquisa Pnad Contínua que o número de empregados sem carteira de trabalho assinada chega a 11,8 milhões de pessoas e foi crescente no trimestre encerrado em setembro. A quantidade foi recorde e cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior e 3,4 frente ao mesmo trimestre de 2018. Para Cezar Almeida, diretor de pesquisa de indicadores da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o desemprego ainda alto tem influência direta nessa realidade. No total, 12,6 milhões de pessoas estão sem emprego no país, segundo o IBGE, e a taxa que caiu ao longo do ano estacionou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro. “Todos nós tínhamos uma expectativa maior em relação a economia. Mas a retomada foi lenta, está acelerando agora. Apesar da geração de vagas, o desemprego ainda alto gera pressão por diversas formas de contratação. Para muita gente é melhor o informal do que nenhum trabalho”, diz Almeida. Para ele, é possível que esse quadro mude nos próximos meses, com a retomada da economia. O diretor de pesquisa ressalta, no entanto, que o governo deve avançar na simplificação das regras trabalhistas para reduzir a informalidade. Ele citou o caso do E-Social, sistema online para envio de informações trabalhistas por empregadores, mas que é alvo de críticas em razão da quantidade de informações exigidas, será alterado pelo governo em 2020. PublicidadeFechar anúncio O procurador Tadeu Henrique Lopes da Cunha, da Coordenação Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho, órgão do Ministério Público do Trabalho, também opina que a situação econômica se reflete na informalidade. “A contratação formal obviamente tem um custo maior. Com carteira assinada o empregador tem que pagar previdência, FGTS, férias, décimo-terceiro…, uma série de direitos que implicam custo financeiro. Na recessão, as empresas de forma geral acabam tendo menos receita e tentando de forma sub-reptícia fugir à legislação e contratar de modo informal”. Ele afirma que o prejuízo não é apenas do trabalhador, mas também de toda a cadeia ligada ao sistema de arrecadação das contratações formais. O recolhimento do INSS, por exemplo, ajuda a pagar as aposentadorias, enquanto o FGTS ajuda a financiar a política habitacional do país, diz. Leia mais: Brasil tem desemprego de 11,8% no tri até setembro, diz IBGE …
Os preços médios do diesel nos postos brasileiros subiram levemente na semana, a décima alta consecutiva, mesmo após duas recentes reduções das cotações nas refinarias da Petrobras, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira (8).Preços dos combustíveis nos postosEvolução do valor por litro, na média nacional. A Petrobras anunciou corte de cerca de 3% nos preços do diesel em suas refinarias na sexta-feira passada, depois de uma redução de 1,5% em 25 de outubro. Mas, nas bombas, o preço médio avançou para R$ 3,718 por litro, ou 0,11% a mais que na semana anterior, segundo os números da ANP. Já a gasolina também subiu, pela segunda semana, para R$ 4,402 por litro, alta de 0,36%. A última mudança nas cotações da Petrobras para a gasolina foi em 27 de setembro, com alta de cerca de 2,5%. O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos não são imediatos e ainda dependem de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. No etanol, concorrente direto da gasolina nas bombas, os preços tiveram avanço de 0,6%, para R$ 2,946 por litro.
A Justiça do Paraná determinou hoje (8) a soltura do ex-ministro José Dirceu, que estava preso desde maio deste ano para cumprir pena de oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. A soltura foi determinada com base na decisão proferida nesta quinta-feira (7) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a validade da execução provisória de condenações criminais, conhecida como prisão após a segunda instância. A prisão havia sido determinada pelo juiz Luiz Antonio Bonat, titular da 13ª Vara Federal em Curitiba. A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, negar recurso da defesa de Dirceu e determinar o cumprimento da pena com base no entendimento antigo do STF, que autorizava a prisão ao fim dos recursos em segunda instância, mas que foi derrubado ontem. Esta é a segunda condenação de Dirceu no âmbito da Lava Jato. A primeira foi proferida pelo então juiz federal Sergio Moro, em março de 2017, quando o ex-ministro da Casa Civil foi considerado culpado por ter recebido R$ 2,1 milhões em propina proveniente de contratos na Petrobras, entre 2009 e 2012. No entanto, o cumprimento da sentença também foi suspenso por uma decisão do Supremo. A decisão tomada pela Corte também beneficiou nesta sexta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Ambos foram presos após a confirmação das condenações em segunda instância e libertados hoje.
Logo após ter saído da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu para um palanque e discursou por cerca de 18 minutos para a militância. Seguidores, em sua maioria, com camisetas vermelhas e bandeiras do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) integravam a plateia. “Queridos companheiros, vocês não têm dimensão do significado de eu estar aqui junto com vocês. A vida inteira eu estive conversando com o povo brasileiro, eu não pensei que no dia de hoje eu poderia estar aqui conversando com homens e mulheres que durante 580 dias gritaram ‘bom dia, Lula, boa tarde, Lula, boa noite, Lula’. Não importa se estivesse chovendo, não importa se estivesse 40 graus, não importa que tivesse zero grau. Vocês eram o alimento da democracia que e eu precisava para resistir ao que o lado podre que o estado brasileiro fez comigo e com a sociedade brasileira”, disse. Antes de ler uma lista de nomes que incluiu lideranças do PT, do MST e do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Lula fez vários ataques aos seus acusadores. “O lado podre do Ministério Público, da Justiça Federal, da Receita Federal que trabalharam para criminalizar a esquerda, criminalizar o PT e criminalizar o Lula. Não poderia ter ido embora sem cumprimentar vocês.” Lula cumprimentou petistas presentes, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o deputado estadual Emídio de Souza, o ex-deputado federal Wadih Damous, o ex-senador Lindbergh Farias e o ex-candidato à Presidência da República Fernando Haddad que, segundo ele, teria sido presidente “caso não tivesse sido roubado” (na eleição de 2018). Durante o discurso, Lula ainda apresentou a namorada, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, à militância. “Eu tive a sorte de, mesmo preso, arranjar uma namorada e ela ainda ter tido a coragem de se casar comigo”, disse, em meio a gritos da plateia para que Lula a beijasse, o que foi atendido. Os ataques ao presidente Jair Bolsonaro vieram no fim do discurso. “Esse país pode ser muito melhor na hora que ele tiver um governo que não minta tanto pelo Twitter como Bolsonaro [faz]” Ele listou críticas ao desemprego, ao congelamento do salário mínimo e ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, a quem chamou de “grosseiro”, por estar, segundo ele, destruindo a educação brasileira. (Veja).
O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, na segunda-feira (11), a medida provisória que cria o programa Médicos pelo Brasil, em substituição ao Mais Médicos (MP 890/19). O objetivo é ampliar o atendimento em locais afastados ou com população de alta vulnerabilidade. Os deputados vão analisar o projeto de lei de conversão do senador Confúcio Moura (MDB-RO), que prevê a reincorporação ao programa, por mais dois anos, dos médicos cubanos que ficaram no Brasil. Poderão pedir a reincorporação aqueles que estavam em atuação no País no dia 13 de novembro de 2018 e permaneceram aqui após o rompimento do acordo entre Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde, que intermediou a vinda dos cubanos para o Brasil. A análise do texto pelo Plenário ainda depende de leitura do ofício da comissão mista que encaminha a matéria. RevalidaO deputado Lucio Mosquini (MDB-RO) defende a votação da MP para permitir revalidar o diploma de estudantes brasileiros no exterior. “Hoje, há mais de 70 mil brasileiros que fazem o curso de Medicina fora do Brasil. O que eles querem? Querem uma oportunidade para fazer o Revalida, porque desde o ano de 2017 o exame não é feito”, afirmou. Já a deputada Dra. Soraya Manato (PSL-ES) criticou a inclusão do tema na MP. “Nós, médicos, temos a maior responsabilidade perante a população brasileira. Não podemos pegar médicos que não sabemos como se formaram no exterior e jogá-los para a população mais pobre.” O deputado Alan Rick (DEM-AC) afirmou que os brasileiros que fazem Medicina fora do País não são médicos de segunda categoria. “Por isso, tem que haver o Revalida para avaliar a qualificação médica desses brasileiros e lhes garantir o direito de terem o CRM [registro no Conselho Regional de Medicina]”, afirmou. O texto aprovado na comissão mista que analisou a MP torna mais explícitos os termos de colaboração das instituições de ensino públicas e privadas na aplicação do Revalida e assegura a uniformidade da avaliação em todo o território nacional. A aplicação do Revalida será acompanhada pelo Conselho Federal de Medicina, e o valor da inscrição no exame será equivalente ao valor mensal da bolsa do médico residente. ZikaOutras três MPs estão pendentes de leitura de ofício para iniciar a tramitação na Casa. A MP 891/19 determina o pagamento de até 50% do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS junto com o benefício do mês de agosto. A segunda parcela será paga junto com o benefício referente ao mês de novembro. Já a MP 893/19 transferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central (BC). Além disso, mudou o nome do órgão para Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e alterou sua estrutura. A MP 894/19, por sua vez, institui o pagamento de pensão mensal vitalícia, no valor de um salário mínimo, para crianças com síndrome decorrente do Zika vírus. Segundo o projeto de lei de conversão do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), o benefício será pago a crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus, conceito que substitui a expressão …
Os principais jornais do mundo repercutiram nesta sexta-feira (8) a saída de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da prisão. No britânico The Guardian, a notícia foi estampada com destaque, no topo do site, com a manchete: “Ex-presidente do Brasil Lula sai da prisão após decisão do Supremo.” No francês Le Figaro, reportagem afirma que petista foi aclamado por ativistas de esquerda e prometeu “continuar lutando” pelo povo brasileiro. A liberdade do político foi a manchete principal dos sites dos jornais argentinos Clarín e La Nacion, que repercutiram o discurso de Lula e as implicações da soltura de Lula para o país vizinho. Leia também:Lula deixa prisão em Curitiba‘Povo venezuelano está feliz e saúda a liberdade do irmão Lula’, diz MaduroPrefeita de Paris comemora libertação de LulaApós soltura de Lula, Bolsonaro falta a entrevista e evita imprensa O peruano El Comercio também alçou a saída da cadeia do petista à sua manchete principal nesta sexta. O The New York Times disse que, embora Lula não possa se candidatar, a sua libertação pode tumultuar a política brasileira, já que ele se coloca como um rival à esquerda do presidente Jair Bolsonaro. O jornal americano chama Lula de carismático e afirma que ele deve voltar à briga política sustentado por sua grande popularidade no Brasil. The Washington Post, The Wall Street Journal, BBC News e Reuters foram outros veículos de comunicação que também noticiaram a saída do ex-presidente brasileiro da prisão.
O Ministério da Educação (MEC) reforçou hoje (8) o horário de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Participaram do primeiro dia de prova, domingo passado (3), cerca de 3,9 milhões de estudantes. Neste domingo (10), eles fazem as provas de matemática e ciências da natureza. Os portões serão abertos 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e vão até as 18h30. Os participantes terão meia a hora a menos que no domingo passado (3), quando fizeram as provas de redação, linguagens e ciências humanas. Dadas as diferenças de fuso-horário no Brasil, candidatos que farão a prova em sete estados vão responder as questões até duas horas antes do horário da capital do país. O acesso à sala de provas só será permitido com a apresentação de documento oficial de identificação com foto, conforme previsto em edital. A lista completa dos documentos aceitos está disponível na página do Enem. O Instituto Nacional de Pesquisas e Estudo Educacionais Anísio Teixeira (Inep) recomenda que o participante leve também o Cartão de Confirmação da Inscrição impresso, que pode ser buscado na Página do Participante e no aplicativo do Enem. As questões da prova só podem ser respondidas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. No último domingo, relógios de alguns aparelhos eletrônicos adiantaram automaticamente uma hora. O problema havia sido previsto pelo Google. Confira o horário local das provas do Enem em cada estado Acre e 13 municípios do Amazonas – Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença, Tabatinga: abertura dos portões, 10h, fechamento dos portões, 11h, início das provas, 11h30, término das provas, 16h30. Amazonas (com exceção dos 13 municípios descritos acima), Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul: abertura dos portões, 11h, fechamento dos portões, 12h, início das provas, 12h30, término das provas, 17h30. Distrito de Fernando de Noronha (Pernambuco) – abertura dos portões,13h, fechamento dos portões, 14h, início das provas, 14h30, término das provas, 19h30. Demais estados – abertura dos portões, 12h, fechamento dos portões, 13h, início das provas, 13h30, término das provas, 18h30.
Um grupo de 50 mulheres imigrantes e refugiadas se prepara para tentar uma vaga no mercado de trabalho brasileiro. Hoje (8), elas participaram da última oficina do projeto Empoderando Refugiadas, uma iniciativa da Rede Brasil, do Pacto Global e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da ONU Mulheres. A partir de agora, as beneficiadas pelo projeto serão encaminhadas para encontros com empresas que possuem vagas abertas para contratação. “A gente fez uma jornada passando por questões de empregabilidade, direitos, empreendedorismo, mídias sociais. A gente vai finalizar agora com educação financeira”, explica a assessora de direitos humanos do Pacto Global, Gabriela Almeida. O último encontro, com foco na organização das finanças pessoais, foi realizado em um banco na zona sul da capital paulista. Aproximação com empresas Para Gabriela, o processo de trocas entre as empresas e as refugiadas traz ganhos para os dois lados. “Vir para a região do Itaim, em um prédio corporativo, no espaço das empresas, está sendo uma grande oportunidade, tanto para as mulheres que participam do projeto quanto para as mulheres na recepção. A sensibilização começa na portaria do prédio, a partir do momento que chegam 50 mulheres, falando diferente idiomas, diferentes cores”, exemplificou a partir do encontro realizado hoje. Apesar de algumas das beneficiadas investirem em negócios próprios, Gabriela diz que a maior parte quer entrar no mercado de trabalho brasileiro. “Muitas delas querem é inclusão no mercado formal de trabalho. Então, o objetivo final do projeto é que aquelas que têm essa vontade nesse momento consigam essa via”, enfatizou. Chegada da Venezuela há um ano e quatro meses, Anayelis, de 29 anos, é uma das que busca um trabalho com carteira assinada em São Paulo. As venezuelanas são quase a metade das atendidas nessa quinta turma do projeto. “Eu gostaria de estar empregada em qualquer oportunidade que puderem nos oferecer”, enfatiza Anayelis que, no país de origem, trabalhava com vendas. Aqui, ela vive no Butantã, zona oeste paulistana, com o marido e as duas filhas, uma delas nascida no Brasil. Empreendedoras A crise econômica e política também fizeram com que Julieth deixasse a Venezuela. Aqui, ela já conseguiu trabalho em um instituto que acolhe crianças vítimas de violência. “Eles me deram uma oportunidade para trabalhar, sabendo que eu sou mulher trans [transexual]”, disse. Apesar da ocupação fixa, Julieth, de 25 anos, pretende se tornar empreendedora. “ Estou organizando as minhas ideias do que eu quero fazer, ter o meu próprio negócio. Gostaria de fazer festas, eventos e decoração. Aqui estão me explicando como eu posso fazer essas coisas”, disse sobre o suporte que esta´recebendo do projeto. A colombiana Lizethe também vê no empreendedorismo uma forma de se sustentar no Brasil. Junto com o marido, ela está começando um negócio de venda de empanadas sob encomenda. “Não são empanadas típicas do nosso país, é uma imersão na cultura brasileira. A massa é italiana, o recheio é algo muito brasileiro, como a carne com azeitonas, doce de leite com queijo, romeu e julieta [goiabada com queijo]”, conta. No país de origem, a jovem …
O juiz Danilo Pereira Júnior, que está à frente da 12ª Vara Federal de Curitiba durante as férias da juíza Carolina Lebbos, concedeu nesta sexta-feira (8) liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, Lula deve deixar a sede da Polícia Federal em Curitiba após 1 ano e 7 meses preso. A movimentação em frente ao local é intensa. A defesa do ex-presidente protocolou na manhã de hoje pedido de liberdade. Os defensores alegaram que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inválida a execução provisória da pena em segunda instância, é de conhecimento público e pede que seja expedido alvará de soltura para o petista. Lula está preso desde 7 de abril de 2018 na sede da Polícia Federal do Paraná, berço da Operação Lava Jato. “Luiz Inácio Lula da Silva, qualificado nos autos da Execução Penal Provisória em epígrafe, cujos trâmites se dão por esse douto Juízo, vem, por seus advogados que abaixo subscrevem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a expedição imediata de ALVARÁ DE SOLTURA, diante do resultado proclamado na data de ontem pelo Supremo Tribunal Federal – público e notório – no julgamento simultâneo das ADCs 43, 44 e 54”, informa o documento protocolado às 11h12 na 12.ª Vara Federal de Curitiba. Solto, Lula não será impedido de viajar pelo País nem de participar de atos políticos, segundo o que é previsto no Código de Processo Penal (CPP). Por outro lado, como já foi condenado por duas instâncias, Lula não pode concorrer a cargos públicos em razão da Lei da Ficha Limpa. (Correio).
Senadores que integram a comissão parlamentar criada para acompanhar as ações de enfrentamento à poluição causada pelo óleo que já atingiu nove estados do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) estão percorrendo algumas das localidades afetadas em Pernambuco e no Rio Grande do Norte. Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Humberto Costa (PT-PE), Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) estiveram hoje (8) em Cabo de Santo Agostinho, na praia de Itapuama, no litoral sul de Pernambuco. Antes, se reuniram, na Capitania dos Portos, em Recife (PE), com representantes de órgãos federais e estaduais que participam das ações de identificação e coleta do material. Desde de setembro óleo de origem desconhecida atinge o litoral do Nordeste – Alberto Perdigão/Ascom da Semace Presidente do colegiado, o senador Contarato explicou que a viagem serve para que o grupo conheça de perto “a real situação das áreas atingidas” e reúna “provas necessárias à responsabilização civil, penal e administrativa de quem, de qualquer forma, tenha sido responsável por esse crime ambiental”. Protestos Na Praia de Itapuama, a comitiva conversou com moradores da região. Eles aproveitaram a presença dos parlamentares e de jornalistas para protestar contra a contaminação do litoral nordestino. Após fincar cruzes e faixas na areia, moradores, comerciantes, voluntários e frequentadores da praia cobraram do Poder Público soluções efetivas para evitar mais prejuízos ao meio ambiente e à economia local. “Conversamos com voluntários que tiraram o óleo da praia no braço, quase sem nenhuma estrutura. Estamos seguindo o rastro do maior desastre ambiental do litoral do país”, disse Humberto Costa nas redes sociais. “Viemos debater e mensurar o impacto e as responsabilidades pelo maior desastre ambiental do litoral brasileiro”, acrescentou o petista. Também nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues disse que a comissão parlamentar pretende contribuir com propostas de “soluções para minimizar os impactos das manchas de óleo no litoral nordestino”. Instalada na última terça-feira (5), a comissão temporária externa foi criada para acompanhar, avaliar, propor e aprovar soluções emergenciais para o enfrentamento das manchas de óleo e monitorar as ações do governo no caso. Inicialmente, deverá funcionar por 180 dias, elaborando sugestões de possíveis soluções para o problema imediato e aperfeiçoamentos legais que ajudem a evitar desastres futuros. Estão previstas visitas a locais atingidos, além de reuniões e debates com especialistas e representantes dos governos federal, estaduais e municipais, bem como de organizações não governamentais, universidades e centros de pesquisa. O relator da comissão é o senador Jean Paul Prates. “Fizemos uma visita muito produtiva aqui no Cabo de Santo Agostinho, onde ainda se vê os tonéis usados para colocar o resíduo coletado na Praia de Itapuama até a destinação final. Os movimentos sociais estão muito bem organizados e nos receberam com várias reivindicações, muitas necessidades”, disse Prates. Ele disse que ouviu relatos de pescadores e marisqueiros em dificuldades devido à queda na demanda por pescados. “Temos que relatar direito o que está acontecendo. Documentar as coisas em vez de ficarmos apenas falando; …
Na manhã desta sexta-feira( 08), o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) participou, ao lado do presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco, Odacy Amorim, da inauguração da Sala do Agente de Crédito Rural (ACR). O espaço, que funcionará em parceria com o Banco do Brasil, que ficará sediado nas dependências do IPA em Petrolina, abrigará diariamente um profissional qualificado vinculado ao BB, que auxiliará os pequenos, médios e grandes produtores no que tange a fornecimento de crédito bancário. “Essa iniciativa é mais uma oportunidade para o crescimento e valorização do homem do campo que muitas vezes é esquecido. Eles são essenciais para o desenvolvimento do Brasil e esse espaço será mais um meio para impulsionar a economia da categoria”, disse Patriota. Estiveram também no evento a deputada estadual Dulcicleide Amorim e os gerentes Roberto Murilo e Renata Cavalcanti.
A Administração de Fernando de Noronha fechou uma parceria, nesta quinta-feira (7), com três entidades para desenvolver projetos de sustentabilidade ambiental para a ilha. Os trabalhos vão ser realizados em conjunto com a ONG Centro Brasil no Clima (CBC), Circularis (rede de plataforma digital) e Sinspire, que é um centro de inovações em várias aéreas, incluindo meio ambiente. A assinatura do convênio foi realizada no Recife, onde acontece a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC). A ideia é desenvolver ações nas as áreas de energia, mobilidade, gestão de resíduos e economia circular, que prioriza o reaproveitamento de materiais. O convênio foi assinado pela Administração de Noronha e ambientalistas — Foto: Marcelo Cavalcante/Divulgação Entre as metas estão o fortalecimento o Projeto Noronha Carbono Zero, que prevê proibição do uso de carros movidos a combustíveis fósseis na ilha, até 2030. O outro projeto é o Plástico Zero, que proíbe a entrada, circulação e comercialização de plásticos descartáveis em Fernando de Noronha. A Administração Ilha proibiu os descartáveis no mês de abril e tem realizado ações para envolver a população local. “Envolvemos toda a comunidade nesta proposta de eliminar o plástico. Vamos distribuir cinco mil kits para todos os moradores da ilha, com ecobag, canudo e copo sustentável. É uma forma de incentivar a pensar no futuro e cuidar do arquipélago”, afirmou o administrador de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha. O ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco Sérgio Xavier é o criador da Plataforma Circularis. Segundo ele, os trabalhos em Noronha têm quatro ações imediatas: mobilidade, compensação por parte das empresas aéreas, por causa das emissões de carbono nos voos, produção de energia limpa e tratamento dos resíduos “Uma das ideias que queremos colocar em prática, por exemplo, é o compartilhamento de veículos elétricos. As ações vão trazer melhorias tanto para a comunidade quanto para o meio ambiente”, afirmou Xavier . As entidades começam, a partir de agora, o contato com as empresas que possam viabilizar os projetos. As propostas serão apresentadas aos moradores de Fernando de Noronha, no início de 2020.
No Brasil, em 2018, foram geradas 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, um aumento de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior. Desse montante, 92% (72,7 milhões) foram coletados – uma alta de 1,66% em comparação a 2017, o que mostra que a coleta aumentou num ritmo um pouco maior que a geração. Apesar disso, 6,3 milhões de toneladas de resíduos ficaram sem ser recolhidos nas cidades. Os dados fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), lançado hoje (8). Comparando com os países da América Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, representando 40% do total gerado na região (541 mil toneladas/dia, segundo a ONU Meio Ambiente). “Os números mostrados no panorama colocam o Brasil numa posição muito abaixo de outros países que estão no mesmo nível de renda do Brasil. O nosso déficit é muito grande e nós precisamos realmente de medidas urgentes para não só recuperar esse déficit, como avançar em direção a melhores práticas de gestão de resíduos sólidos”, disse o presidente da entidade, Carlos Silva Filho. Os resíduos sólidos urbanos correspondem a todos os tipos de resíduos sólidos – que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, e, em alguns casos, de coleta de entulhos – gerados nas cidades e coletados pelos serviços locais. A tendência de crescimento na geração de resíduos sólidos urbanos no país deve ser mantida nos próximos anos. Estimativas realizadas com base na série histórica mostra que o Brasil alcançará uma geração anual de 100 milhões de toneladas por volta de 2030. “Há uma consolidação na geração de resíduos sólidos, o que não está sendo acompanhada na oferta da infraestrutura necessária para lidar com todos esses resíduos. O que a gente percebe é que a geração de lixo aumenta no Brasil, mas a destinação adequada, a reciclagem, a recuperação, não acompanham esse crescimento na geração”, avaliou Silva Filho. Coleta ameaçada Em 2018, 29,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos seguiram para lixões – Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil De acordo com o estudo, há um contingente considerável de pessoas que não são alcançadas por serviços regulares de coleta porta a porta: 1 em cada 12 brasileiros não tem coleta regular de lixo na porta de casa. Na visão do presidente da Abrelpe, a falta de recursos dos municípios é um dos motivos. “Temos dois problemas, um é justamente a falta de percepção da importância da gestão adequada de resíduos sólidos para proteger o meio ambiente e para prevenir doenças, não existe essa percepção clara na sociedade e no Poder Público. O segundo fator, que é mais grave, é que, como esse serviço é municipal e os municípios estão bastante endividados, não têm recursos para custear todo esse processo”, lamenta Silva Filho. A estagnação ou o retrocesso de alguns índices é potencializado pela falta de recursos destinados para custeio dos serviços de limpeza urbana que, em 2018, registrou …
A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF4) marcou para 27 de novembro, às 9h, o julgamento da apelação criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Aitibaia (SP). Em 6 de fevereiro, Lula foi condenado pela juíza substituta Gabriela Hardt, da 13a Vara Federal de Curitiba, a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio em Atibaia (SP). Foi a segunda condenação do ex-presidente no âmbito da Operação Lava Jato. A primeira se deu no caso do tríplex do Guarujá (SP). Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu vantagens indevidas do Grupo Schahin e das empreiteiras Odebrecht e OAS por meio da reforma do sítio em Atibaia que costumava frequentar com a família. A obra teria custado cerca de R$ 1 milhão, e o dinheiro teria sido descontado das propinas devidas pelas empresas em decorrência de favorecimento ilícito em contratos com a Petrobras, alegam os procuradores. Alegações finais Antes de julgar a apelação em si, na qual os advogados pedem absolvição de Lula, os desembargadores da Oitava Turma do TRF4 – Thompson Flores, João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen – devem analisar uma questão de ordem para saber se o processo do sítio deve voltar para a fase de alegações finais na primeira instância. A questão de ordem foi levantada depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido, no mês passado, que o réus delatados têm o direito de apresentar suas alegações finais depois dos réus delatores. No caso do sítio, Lula foi delatado pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que firmou acordo de colaboração premiada com o MPF. Caso decidam que o caso deve retornar à primeira instância, a sentença de Lula no caso do sítio ficará anulada, sendo necessário que a 13a Vara Federal profira uma nova decisão após apresentadas novas alegações finais. Prisão Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, quando teve sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá confirmada pelo TRF4. Nesta sexta-feira (8), a defesa do ex-presidente pediu a soltura dele com base na mudança de jurisprudência do STF, que ontem (7) decidiu, por 6 votos a 5, que a prisão para cumprimento de pena pode se dar somente após o trânsito em julgado, quando não há mais recursos possíveis em nenhuma instância. No caso do tríplex, Lula tem recursos pendentes de análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e também no próprio Supremo.
Entre janeiro e outubro deste ano, foram descobertas 62 mil ligações clandestinas de energia elétrica em Pernambuco. Um balanço divulgado, nesta quinta-feira (7), pela Companhia Energética do estado (Celpe) aponta que, nos dez primeiros meses do ano, a média de roubos desse tipo detectados no estado chegou a 206 casos por dia. A companhia estimou que, com a energia que deixou de ser usada de forma ilegal, nos dez primeiros meses deste ano, seria possível abastecer o Recife durante um mês. A cidade tem pouco mais de 1,6 milhão de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Pernambuco, a companhia tem 3,7 milhões de clientes, em 184 municípios. Ao logo dos dez meses de 2019, segundo a Celpe, a Operação Varredura fez 162 mil inspeções no estado. Em relação ao mesmo período de 2018, a empresa informou que houve aumento de 3,3% nos número de roubos de energia descobertos. Nos dez primeiros meses do ano passado, os técnicos atuaram em 60 mil ocorrências. Em 2018, foram 131 mil fiscalizações. Com a energia poupada nesse período de 2018 seria possível abastecer o Recife durante 15 dias. Em 2019, foram detectados “macacos”, como são conhecidos no estado os roubos de energia em Pernambuco, em academias de ginástica, casas de shows e mercadinhos. Também houve autuações de donos de fábricas e hotéis. Em outubro, a companhia descobriu roubo de energia na casa de um vereador de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Ainda de acordo com a Celpe, após as inspeções técnicas e o levantamento de suspeitas de fraude, as denúncias são enviadas à Secretaria de Defesa Social (SDS) para que o caso seja investigado. Constatada a irregularidade, a concessionária notifica o proprietário e realiza a cobrança conforme o período em que ocorreu o crime. O roubo de energia elétrica é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal e a pena pode chegar a quatro anos de reclusão. Além disso, destaca a empresa, o uso indevido prejudica o fornecimento e representa risco para a segurança da comunidade. A população pode fazer denúncias, de forma anônima e gratuita, pelo site ou pelos canais de relacionamento da concessionária.
Dos 184 municípios de Pernambuco, 73,9% têm gestão fiscal considerada crítica, de acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Os números dizem respeito aos dados oficiais de 2018, quando 136 cidades pernambucanas atingiram o pior patamar no levantamento (veja vídeo acima). A média dos municípios pernambucanos é de 0,2702 ponto, segunda pior nota no país, atrás apenas de Sergipe. A pontuação é 40,7% inferior à média nacional, que chega a 0,45. Apenas seis cidades têm situação fiscal considerada boa e, juntas, representam 3,3% do total do estado. Nenhum município atingiu nível de excelência. Outras 43 cidades apresentaram índice considerado difícil, representando 22,8% do total. Ao todo, o índice analisou contas de 5.337 municípios brasileiros que declararam as informações até a data limite prevista em lei e tinham dados consistentes. As cidades melhor avaliadas no estado são Goiana (0,79) e Cabo de Santo Agostinho (0,7), na Região Metropolitana; Recife (0,68); Quixaba (0,63), no Sertão e Caruaru (0,61), no Agreste. Nas últimas posições ficaram Inajá (0,0374), no Sertão; São Benedito do Sul (0,02) e Nazaré da Mata (0,02), na Zona da Mata e Palmeirina (0,02) e Frei Miguelinho (0,01), no Agreste. Essas cidades apresentam situação crítica em todos os indicadores analisados.Cidades com melhor pontuação em Pernambuco no IFGFÍndice Firjan de Gestão Fiscal revela que apenas seis cidades do estado registram boa situação fiscalPontuação0,27020,27020,790,790,70,70,680,680,630,630,610,61Média pernambucanaGoianaCabo de Santo AgostinhoRecifeQuixabaCaruaru010,250,50,75Fonte: Firjan O índice varia de 0 a 1 ponto, sendo que, quanto mais próximo de 1, melhor é a situação fiscal da cidade. De acordo com os indicadores de autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos, cada cidade é classificada nos conceitos de gestão de excelência, com resultados superiores a 0,8 ponto; boa gestão, entre 0,8 e 0,6 ponto; gestão em dificuldade, entre 0,6 e 0,4 ponto e gestão crítica, inferiores a 0,4 ponto. Em Pernambuco, o pior indicador registrado na média estadual é o de autonomia, com 0,15 ponto, menos da metade do nacional, que é de 0,38 ponto. Isso ocorre porque 96 cidades não conseguem gerar suas próprias receitas para custear as despesas da estrutura administrativa. Nesses casos, as cidades recebem nota zero. Para a diretora da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Débora Almeida, as gestões municipais foram prejudicadas pela forma como os impostos foram distribuídos. “A maioria das empresas contribuem para a Receita, para o governo federal. A maioria dos tributos pagos pelas empresas vão para a União. As empresas estão concentradas nos municípios, mas a receita vai para a União. Essa pesquisa mostra que precisa se rever o pacto federativo”, afirmou a diretora.Distribuição dos municípios de PE por situação no IFGF 2018Dos 185 municípios de Pernambuco, 73,9% têm gestão fiscal considerada críticaCrítica: 73,9 %Difícil: 22,8 %Boa: 3,3 %Fonte: Firjan
Pouco depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu na noite de ontem (7), por maioria, o cumprimento de pena após condenação em segunda instância, promotores, procuradores e advogados voltaram a expor suas diferenças em torno da questão, manifestando-se respectivamente contra e a favor da mudança na jurisprudência da Corte. Alterando a jurisprudência vigente entre 2009 e 2016, o plenário do STF estabeleceu, por 6 votos a 5, que o cumprimento da pena, entre as quais a prisão, só pode começar após o chamado trânsito em julgado, quando se esgotam todos os recursos possíveis contra a sentença criminal, incluindo as apelações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio Supremo. Acusadores Uma das primeiras a se manifestar, a força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota afirmando que “a decisão de reversão da possibilidade de prisão em segunda instância está em dissonância com o sentimento de repúdio à impunidade e com o combate à corrupção, prioridades do país”. “A existência de quatro instâncias de julgamento, peculiar ao Brasil, associada ao número excessivo de recursos que chegam a superar uma centena em alguns casos criminais, resulta em demora e prescrição, acarretando impunidade”, acrescentou a força-tarefa da Lava Jato. A diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) fez coro, afirmando que “lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)”. Em nota, a entidade disse que a mudança no entendimento da Corte é um “retrocesso no combate ao crime”. No texto, a ANPR avalia que o novo entendimento será “responsável por reforçar a morosidade da Justiça e incentivar a proliferação de recursos protelatórios como antídoto para evitar o cumprimento de penas estabelecidas pelas instâncias ordinárias”. O promotor de Justiça Victor Hugo Azevedo, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), entidade que congrega 16 mil membros dos MP’s estaduais, ressaltou a preocupação “com o provável retrocesso jurídico, que dificulta a repressão a crimes, favorecendo a prescrição de delitos graves, gerando impunidade e instabilidade jurídica”. Defensores Do outro lado, advogados especializados em direito criminal elogiaram a decisão. Hugo Leonardo, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), disse que a decisão do STF “deu um passo decisivo para recuperar o sentido da presunção de inocência”. Para ele, a Constituição sempre foi “claríssima” em relação ao assunto. “A decisão de hoje não será capaz de compensar as injustiças e os dias de liberdade arbitrariamente tirados de milhares de pessoas nos últimos anos, mas é um marco importante para a retomada da nossa segurança jurídica”, disse o presidente do IDDD, entidade que atuou como interessada no processo. O professor e advogado criminalista André Callegari, especialista em delação premiada e que atua em grandes casos sobre corrupção, disse que “a decisão do STF responde ao deveres de uma Corte Constitucional, na medida em que não só manteve o que já preconizava a Carta Política como fez a correta leitura da lei ordinária conforme a Constituição”. Para Callegari, “antes de responder aos anseios populares e discursos populistas, a Corte deve manter uma …