O abate de bovinos e suínos cresceu no segundo trimestre deste ano no país, tanto na comparação com o primeiro trimestre quanto em relação ao segundo trimestre de 2018. Os dados do setor pecuário foram divulgados hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de bois, vacas e novilhos abatidos no segundo trimestre deste ano chegou a 8,04 milhões de animais, 1,4% a mais do que no trimestre anterior e 3,5% superior ao segundo trimestre do ano passado. No segundo trimestre deste ano, foram abatidos 11,39 milhões de porcos, ou seja, 0,9% a mais do que no trimestre anterior e 5,2% a mais do que no segundo trimestre de 2018. Já o total de frangos abatidos (1,42 bilhão de animais) também cresceu em relação ao ano anterior (3,4%), mas caiu em relação ao primeiro trimestre deste ano (-0,9%). Outros dados A aquisição de leite somou 5,85 bilhões de litros no segundo trimestre de 2019, uma alta de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado e uma queda de 5,8% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. A produção de ovos (942,45 mil dúzias) foi superior em 7,2% ao volume do mesmo período do ano passado e em 1,9% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda aumentaram a previsão para o resultado negativo das contas públicas, neste ano. A estimativa do déficit primário do Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, passou de R$ 103,217, em agosto, para R$ 104,068 bilhões. Mesmo assim, a estimativa está abaixo da meta de déficit perseguida pelo governo de R$ 139 bilhões. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Os dados constam da pesquisa Prisma Fiscal, elaborada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, com base em informações do mercado financeiro. Para 2020, a estimativa das instituições financeiras é de um déficit de R$ 70,875 bilhões, contra R$ 70 bilhões previstos em agosto. A meta de déficit primário para 2020 é R$ 124,1 bilhões. A previsão para as despesas passou de R$ 1,412 trilhão para R$ 1,408 trilhão em 2019, e foi mantida em R$ 1.473 trilhão em 2020. A previsão para as receitas líquidas foi alterada de R$ 1,307 trilhão para R$ 1,3 trilhão, neste ano, e de R$ 1,398 trilhão para R$ 1,391 trilhão, em 2020. A pesquisa apresenta também a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, deve ficar em 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), neste ano, a mesma previsão anterior. Para 2020, a estimativa ficou em 79,7% do PIB, ante 80% previstos no mês passado.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai ofertar em 2019 e 2020, 3.182 novas bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. A nova oferta foi negociada com o Ministério da Economia. Ao todo, R$ 600 milhões serão destinados à manutenção das bolsas vigentes e à oferta das novas bolsas. As novas bolsas fazem parte do montante de 5.613 que não seriam renovadas, conforme anúncio feito pelo governo no último dia 2. Com a garantia de mais recursos, a Capes voltou a garantir a oferta de parte delas. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, as novas bolsas serão todas ofertadas em programas com notas 5, 6 e 7 – em uma escala que vai até 7 – nas avaliações da Capes. “São dos programas das melhores notas porque esses dão maior retorno para a sociedade”, disse o ministro nesta terça-feira (11), em entrevista à imprensa. “Como a gente não tinha a solução, a gente segurou. Encontramos a solução, estamos soltando 3.182 novas bolsas. As pessoas que já estavam fazendo pesquisa têm recursos para continuar recebendo até o final da pesquisa deles”, complementou. Com o incremento de R$ 600 milhões, o orçamento da Capes para 2020, que estava previsto em R$ 2,48 bilhões, passa para R$ 3,05 bilhões, segundo o Ministério da Educação (MEC).
Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Cerrado, Brasília recebe o 9º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado. Um momento para discutir políticas públicas e comercializar produtos regionais. O evento começou na quarta-feira(11) e vai até sábado (14) no Complexo Cultural da Funarte. O tema desta edição é “Pelo Cerrado Vivo: diversidades, territórios e democracia”. No primeiro dia do encontro, foi entregue uma petição aos parlamentares da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. A iniciativa recolheu mais de meio milhão de assinaturas em prol da PEC 504/2010. A proposta pede que os biomas Cerrado e Caatinga se transformem em Patrimônio Nacional. Segundo a Constituição Federal, a Amazônia, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira são Patrimônio Nacional. “Nossa Constituição tem uma falha grave em não considerar o Cerrado e a Caatinga como Patrimônio Nacional. Todos os biomas são interligados, todos os biomas possuem um papel fundamental para a geração de água, a biodiversidade e na provisão de serviços ecossistêmicos”, diz a coordenadora do programa Cerrado e Caatinga, do Instituto Sociedade, População e Natureza do Rede Cerrado, Isabel Figueredo. O 9º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado conta com programação cultural, gastronômica, além de debates e oficinas. Confira a programação completa! O evento é aberto ao público e gratuito. As oficinas serão realizadas pela manhã e tarde. A partir das 17h, o público terá acesso as 25 barracas de produtos da agricultura familiar como farinha de babaçu, bolos de baru e doces de buriti. Há ainda, biojóias de capim dourado, artesanato indígena e apresentações culturais como bumba meu boi, jongo, coco, forró, maracatu e cordel.
O Senado aprovou na noite de hoje (11) o Projeto de Lei da Câmara nº 79/2016, que altera o regime de concessão de telefonia fixa, como forma de autorizar a prestação do serviço pela iniciativa privada. O PLC prevê que as empresas privadas deverão se comprometer a investir na infraestrutura de redes de alta capacidade. Com a aprovação, o projeto vai à sanção presidencial. “Me parece também que estamos todos de acordo que não faz sentido as empresas continuarem investindo na telefonia fixa, que a população pretere em relação a telefonia móvel. Acompanharemos os passos dessa universalização que haverá de acontecer”, disse a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), relatora do PLC. Dentre os senadores que se manifestaram nos debates da matéria, a maioria foi favorável à sua aprovação. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), disse que a proposta permitirá investimentos da iniciativa privada no setor. “A matéria é importante, está madura, pronta para ser deliberada e vai destravar importantes investimentos no setor de telecomunicações”. Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido na Casa, acredita que o desenvolvimento de tecnologia vai trazer benefícios em outras áreas. “O Brasil está carecendo desse avanço nas telecomunicações. Quando investimos em tecnologia, em comunicação avançada, estamos investindo na agilidade para a saúde, assistência, meio ambiente e segurança”. Já Randolfe Rodrigues (Rede-AP) questionou o que chamou de “doação de bens públicos” para a iniciativa privada. “Tem assuntos temerários nessa matéria. Estamos entregando para o sistema privado concessões públicas. Ela, na prática, faz a doação de bens públicos sem contrapartida nenhuma”. O projeto O PLC 79/2016 traz diversas mudanças na Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Hoje, a legislação prevê que serviços considerados essenciais devem estar submetidos a determinadas obrigações, como universalização, continuidade e preços acessíveis. A essas exigências se dá o nome de regime público, sistema que foi aplicado somente à telefonia fixa. Em razão da privatização do Sistema Telebrás nos anos 1990, o regime público incluiu também a obrigação das concessionárias (empresas que pagaram pelo direito de explorar a redes por 25 anos) retornarem a infraestrutura ao governo no final do contrato, que passou a ser chamada de “bens reversíveis”. Conforme o PLC, esses bens não voltariam para o Estado, mas seriam entregues às concessionárias (Telefônica, Oi e Embratel) em troca de metas de investimento em redes de banda larga. A proposta também permite que serviços essenciais não precisem mais ser prestados em regime público, possibilitando na prática que eles não sejam submetidos a obrigações de universalização e continuidade. A proposta abre possibilidade de que empresas com autorização para exploração de radiofrequências (faixas usadas em serviços como telefonia e banda larga móveis) possam comercializar este espaço. Atualmente, isso não é permitido.
O Ministério da Justiça (MJ) disponibilizou a estados recentemente o que chamou de “ferramentas de Big Data para combater a criminalidade”. O sistema recebe e cruza dados de cidades de todo o país para identificar possíveis atitudes suspeitas e orientar as ações de policiamento das corporações dos governos estaduais. As informações serão produzidas a partir de um monitoramento com diversos dispositivos, como câmeras espalhadas em milhares de cidades, viaturas e até mesmo de tornozeleiras eletrônicas de condenados privados de liberdade. A iniciativa é um dos exemplos mais proeminentes do que vem sendo chamado de cidades inteligentes. Para o emprego dessas tecnologias é preciso ter um ecossistema de máquinas conectadas coletando dados e se comunicando entre si, naquilo que ganhou o nome de Internet das Coisas. Esse novo conjunto de soluções técnicas vem crescendo e recebendo atenção inclusive de autoridades, com aplicações em diversas áreas, do campo aos centros urbanos. O sistema do MJ é um exemplo da adoção deste tipo de tecnologia voltada à segurança pública. Por meio dele, as polícias poderão mapear ocorrências de criminalidade por área, dia e horário, acompanhar em tempo real vias e espaços públicos por meio de câmeras e buscar informações sobre indivíduos e veículos recorrendo a bancos de dados de diferentes locais (identificando, por exemplo, uma pessoa em uma cidade que é foragida em outro estado). “A partir do histórico de dados poderemos identificar padrões de ocorrências criminosas. O crime ele ocorre em padrões e você identificando o padrão torna mais eficiente a repressão. Ao final dos 4 anos, pretendemos atingir o estado da arte que é chegar e a partir destes dados e utilização de algoritmos mais elaborados possa realizar predição, recomendação e prescrição de ações”, explicou o diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Wellington Porcino, em apresentação da iniciativa em evento sobre tecnologia e segurança. O programa foi inspirado em um projeto da Secretaria de Segurança Pública do governo do Ceará, que utilizará câmeras espalhadas no estado para dar suporte ao policiamento. Mas em outros locais, iniciativas de monitoramento se multiplicam. No Rio de Janeiro, tecnologia de reconhecimento facial foi instalada no início do ano em caráter de teste no carnaval e depois em outros pontos da cidade. Em julho, uma mulher foi detida por engando depois que o sistema a identificou como uma foragida. Na avaliação do pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ricardo Moura, o projeto tem sido eficiente para combater crimes baseados em mobilidade, como furto de veículos, mas ainda traz questões no tocante à gestão dos dados dos cidadãos coletados. “Ainda não observamos movimento sobre o debate acerca da questão da privacidade e de uso de dados pessoais. A gente precisa trazer essa discussão porque na verdade você tem esquadrinhamento da população e precisa saber como e por quem isso vai ser gerido, tratado, armazenado e acessado. Não deixa de ser uma mina de ouro produzida e sabemos que muitas empresas se baseiam em informação”, comenta. Na Bahia, o governo estadual …
O presidente norte-americano, Donald Trump, publicou no Twitter que os Estados Unidos (EUA) concordaram em adiar o aumento de tarifas sobre produtos chineses. Ele disse que o aumento será adiado do dia 1º para o dia 15 de outubro. As tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos importados da China estavam programadas para passar de 25% para 30%. Trump afirmou que o adiamento foi solicitado pelo vice-premiê chinês, Liu He, uma vez que a República Popular da China vai celebrar seu 70º aniversário. Japão Empresários japoneses, em visita anual à China, manifestaram ao primeiro-ministro Li Keqiang o desejo de que Pequim resolva a disputa comercial com Washington. Nessa quarta-feira (11), um grupo de representantes da Associação Econômica Japão–China reuniu-se com Li. Presidida por Shoji Muneoka, a entidade tem esperança de que as duas maiores economias do mundo resolvam o conflito. O premiê chinês respondeu que a China conversará com os Estados Unidos para tentar encontrar uma solução. Os representantes japoneses e chineses da associação falaram sobre o interesse de haver laços mais estreitos entre as duas nações asiáticas. O presidente da entidade empresarial disse que o Japão e a China vão atuar juntos em novos campos. “Esperamos ser capazes de levar adiante a atitude de cooperação mútua.” O grupo de empresários e o primeiro-ministro Li Keqiang também destacaram a importância do livre-comércio para o crescimento da economia global.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que não será mais necessária autorização judicial para que crianças e adolescentes possam viajar desacompanhados dos pais ou responsáveis pelo território nacional. De acordo com o conselho, será preciso apenas a autorização dos pais ou responsáveis, por meio de documento com firma reconhecida em cartório. A decisão foi proferida na sessão desta terça-feira (10) e foi aprovada por unanimidade. As regras terão validade após a publicação da norma. A data ainda não foi definida. Pela decisão, a dispensa de autorização da Justiça vale para os casos em que crianças e adolescentes estiverem acompanhados de ambos genitores, em companhia de um genitor e com autorização de outro ou com parentes ou terceiros designados pelos pais ou responsáveis. As regras foram baseadas na resolução do CNJ sobre viagens de menores ao exterior, que já previu as medidas. Segundo o conselho, um modelo de formulário de autorização será disponibilizado no site do CNJ para que os pais ou responsáveis possam preencher os dados da viagem e levá-los ao cartório para reconhecimento de firma. De acordo com o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a regulamentação da matéria foi necessária para adequar as regras para viagens nacionais aos casos de viagens internacionais envolvendo menores de idade, cuja autorização judicial também ocorre somente em alguns casos. Segundo o ministro, caso contrário, as regras para viagens nacionais de menores precisariam de autorização judicial em todos os casos.
A vitória do Náutico não passou despercebida pelo deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) que fez questão de usar a Tribuna da Casa para parabenizar o time pela volta à série B. O parlamentar ainda destacou o aniversário do município de Exu. “São dois pronunciamentos, o aniversário de Exu. Exú de Gonzagão, 112 anos. Exu a divisa lá com o nosso querido Ceará. E o outro, sobre o Náutico que volta para série B. Domingo um jogão lá em Recife, estive por lá, vibrando e torcendo. E me lembrando de que entre os anos 63 a 68 só o Náutico que ganhava e ficou por aí uns tempinhos nada bom. Mas agora, peço divulgação desse pronunciamento porque conta a história toda do Náutico”, comentou. O Clube Náutico Capibaribe de Recife viveu um dos momentos mais emocionantes de sua história recente na tarde do último domingo (08). Após empatar por 0 a 0 no Pará, o Timbu recebeu o Paysandu/PA nos Aflitos pelo duelo de volta das quartas de final da Série C e viu o adversário fazer 2 a 0, mas buscou o empate com um gol aos 53 minutos do segundo tempo e levou a decisão para a marca da cal, onde o goleiro Jefferson pegou a única cobrança, garantiu o 5 a 3 e decretou o acesso da equipe à segunda divisão, para alegria dos alvirrubros, que, enlouquecidos, invadiram o gramado para comemorar. Líder do Grupo A na fase inicial, o Náutico supera o pesadelo vivido diante do Bragantino na última temporada, quando perdeu a classificação em casa, na Arena Pernambuco, e volta à Série B após dois anos com uma jornada inesquecível.
Em assembleias realizadas no país na noite de terça-feira (10), os carteiros dos Correios decidiram entrar em greve nacional, por tempo indeterminado. A categoria reivindica a proposta de privatização da empresa que foi defendida pelo governo federal, solicita aumento salarial e exige o reajuste nos valores do acordo coletivo de trabalho. Este Blog entrou em contato com os Correios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e a unidade da cidade pernambucana informou que os serviços de entrega de correspondências e encomendas terão um no prazo estendido para serem entregues por conta da grave.
O volume de vendas do comércio varejista cresceu 1% na passagem de junho para julho deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o terceiro resultado positivo do indicador, que acumula alta de 1,6% no período. O volume de vendas também cresceu 0,5% na média móvel trimestral, 4,3% na comparação com julho do ano passado, 1,2% no acumulado do ano e 1,6% no acumulado de 12 meses. Na passagem de junho para julho, sete das oito atividades pesquisadas tiveram alta nas vendas, com destaque para supermercados, alimentos, bebidas e fumo (1,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%). Também apresentaram crescimento tecidos, vestuário e calçados (1,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%), combustíveis e lubrificantes (0,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%). Apenas a atividade de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação teve queda em julho (-1,6%). No varejo ampliado, que também analisa os setores de veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 0,7%. O setor de materiais de construção cresceu 1,1%, mas a atividade de veículos, motos e peças recuou 0,9%. O varejo ampliado também teve crescimentos de 0,5% na média móvel trimestral, 7,6% na comparação com julho de 2018, 3,8% no acumulado do ano e 4,1% no acumulado de 12 meses. A receita nominal do varejo cresceu 1% na comparação com junho, 6,7% na comparação com julho do ano passado, 4,9% no acumulado do ano e 5,4% no acumulado de 12 meses. Já a receita do varejo ampliado cresceu 0,3% na comparação com junho, 9,5% na comparação com julho de 2018, 6,8% no acumulado do ano e 7,2% no acumulado de 12 meses.
O Ministério da Saúde informou hoje (11) que, de 30 de dezembro a 24 de agosto, foram registrados 1.439.471 casos de dengue em todo o país. A média é 6.074 casos por dia e representa um aumento de 599,5%, na comparação com 2018. No ano passado, o período somou 205.791 notificações. Minas Gerais é, até o momento, o estado com o maior número de ocorrências, com um total de 471.165. Um ano antes, os municípios mineiros registravam 23.290 casos. São Paulo (437.047) aparece em segundo lugar, sendo, ainda, a unidade federativa em que a incidência da doença mais cresceu (3.712%), no intervalo de análise. Em 2018, foram reportados 11.465 casos. Também são destaque negativo no balanço Goiás (108.079 casos), Espírito Santo (59.318) e Bahia (58.956). Quando o critério é a variação por região do país, o quadro mais crítico se encontra no Sul (3.224,9%), que contrasta com o do Centro-Oeste (131,8%). Além disso, nota-se que apenas dois estados apresentaram queda na prevalência da dengue: Amazonas, que diminuiu o total de 1.962 para 1.384 (-29,5%), e Amapá, onde houve redução de 608 para 141 (-76,8%). Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde. Chikungunya e zika O levantamento do ministério também reúne informações sobre a febre chikungunya. Ao todo, os estados já contabilizavam, até o final de agosto deste ano, 110.627 casos, contra 76.742 do mesmo período em 2018. Segundo a pasta, o índice de prevalência da infecção, que também tem como transmissor o mosquito Aedes aegypti, é bastante inferior ao da dengue: 53,1 casos a cada 100 mil habitantes. Como estados com alta concentração da doença destacam-se o Rio de Janeiro (76.776) e o Rio Grande do Norte (8.899). Até o encerramento do balanço, haviam sido confirmadas laboratorialmente 57 mortes provocadas pela chikungunya. Em âmbito nacional, a variação de um ano para o outro foi 44,2%, sendo que na região Norte do país o recuo foi 32% e no Centro-Oeste, de 92,7%. O boletim epidemiológico acompanha também a situação do zika. Nesse caso, somente o Centro-Oeste apresentou queda nas transmissões (-35,4%). De 2018 para 2019, o total de casos de zika saltou de 6.669 para 9.813, gerando uma diferença de 47,1% e alterando a taxa de incidência de 3,2 para 4,7 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Neste ano, o zika vírus foi a causa da morte de duas pessoas. Recomendações O ministério aconselha que, durante o período de seca, a população mantenha ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Outra recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas. Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença é a …
A Mega-Sena sorteia hoje (11) um prêmio acumulado de R$ 90 milhões. As seis dezenas do concurso 2.187 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. O bilhete simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50. Mega-Sena, loterias, lotéricas – Marcello Casal Jr./Agência Brasil No último concurso, o de número 2.186, ninguém acertou as seis dezenas do prêmio principal. O sorteio ocorreu excepcionalmente na segunda-feira (9) devido ao feriado do Dia da Independência, comemorado no sábado, dia 7. Os números sorteados foram 12, 18, 19, 27, 41 e 46.
Começa nesta sexta-feira (13) a liberação do saque imediato de até R$ 500 por conta – limitado ao saldo da conta – do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Conforme calendário divulgado pela Caixa Econômica Federal, os primeiros a receberem serão os trabalhadores que têm conta poupança no banco, de acordo com o mês de aniversário. Em Pernambuco, a quantidade de trabalhadores habilitados para realizar o saque é de três milhões, o que deve injetar R$ 1,04 bilhão na economia. No Brasil, a quantidade é de 96 milhões, que deve injetar R$ 39,87 bilhões na economia do País.A partir da sexta-feira, poderão sacar os contribuintes que têm conta poupança na Caixa e fazem aniversário de janeiro a abril. O segundo grupo, que faz aniversário entre maio a agosto, poderá sacar a partir do dia 27 deste mês. E, por último, poderão sacar a partir de 9 de outubro os trabalhadores que fazem aniversário de setembro a dezembro. O trabalhador que não desejar sacar os recursos precisará pedir ao banco o cancelamento do crédito automático, assim, será feita a devolução do dinheiro às contas do FGTS. Será possível pedir isso pelo aplicativo, pelo site ou pelo internet banking, até 30 de abril de 2020. Já para quem não tem conta poupança na Caixa, um público estimado em 63 milhões de pessoas, o cronograma muda. Nascidos em janeiro poderão sacar a partir de 18 de outubro. Os aniversariantes de fevereiro, a partir de 25 de outubro. Os de março, em 8 de novembro. Nascidos em abril poderão sacar a partir de 22 de novembro, em maio, 6 de dezembro, e junho, 18 de dezembro. Os aniversariantes de julho, 10 de janeiro de 2020, de agosto, poderá ser em 17 de janeiro. Já para os nascidos em setembro, a partir 24 de janeiro, em outubro, 7 de fevereiro, em novembro, 14 de fevereiro. E, por último, os aniversariantes de dezembro, poderão sacar a partir de 6 de março. A expectativa é que cada faixa, correspondente ao aniversário, contemple em torno de 5,5 milhões de trabalhadores. O trabalhador que desejar o valor depositado em outra conta poderá pedir a transferência à Caixa pelo valor de R$ 22, ou optar por sacar o dinheiro na boca do caixa e levar, em espécie, para o outro banco. Nada muda para quem não tem conta na estatal e não quiser sacar o dinheiro. Tanto para poupadores, correntistas da Caixa quanto para quem não tem conta poupança no banco, o pagamento vai até 31 de março de 2020.
Entidades públicas envolvidas no incentivo, financiamento e fiscalização agropecuária apresentaram, na manhã de terça-feira (10), propostas para o desenvolvimento da criação de caprinos e ovinos em reunião da Comissão Especial criada pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, Alepe, para tratar do tema. Os representantes destacaram a necessidade de aumentar os recursos para assistência técnica e abrir espaços para comercialização dos produtos oriundos da caprinovinocultura no Estado. O diretor-presidente da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Paulo Roberto Lima, mostrou o quantitativo oficial do rebanho de ovinos e caprinos em Pernambuco. Baseado nos números obtidos nas campanhas de vacinação contra febre aftosa do órgão, são 3,1 milhões de ovinos em quase 79 mil propriedades em todo o Estado, e 3 milhões de caprinos presentes em 56 mil propriedades. No entanto, para o deputado Fabrizio Ferraz, presidente da Comissão Especial, o número real desses animais em Pernambuco deve ser ainda maior. “Quase todo o abate é feito de forma clandestina, por isso os produtores não têm acesso nem a compras governamentais nem aos grandes supermercados e restaurantes da Capital”, observou o parlamentar. De acordo com o diretor da Adagro, a instituição está trabalhando primeiramente para orientar, e não punir os produtores. Lima citou como modelo de desburocratização a ser seguido a legislação criada para as queijarias artesanais. “O custo de licenciamento de uma queijaria, que era de cerca de R$ 4 mil, passou para apenas R$ 800. Isso faz muita diferença para o produtor”, exemplificou. “No caso da caprinovinocultura, obter a ficha sanitária é essencial para que os produtores consigam financiamento”, ressaltou. Além do IPA e da Adagro, instituições como a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe) também mostraram seus pontos de vista na reunião e apresentaram sugestões ao Projeto de Lei nº 314/2019, que pretende instituir uma Política Estadual de Incentivo à Caprinovinocultura. (Alepe)
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu hoje (10) manter o plano de recuperação judicial da companhia aérea Avianca Brasil. O caso foi julgado pela Câmara Reservada de Direito Empresarial. Por maioria de votos, os magistrados rejeitaram um recurso protocolado pela empresa de serviços aeroportuários Swissport, que contestou decisão de primeira instância que aprovou o plano de recuperação da aérea. Em dezembro do ano passado, a Avianca Brasil entrou em processo de recuperação judicial. Em seguida, a empresa aérea passou a cancelar voos e, devido à falta de pagamento do aluguel das aeronaves, devolveu os aviões às empresas de leasing. Em agosto desse ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a operação no aeroporto das empresas Passaredo e Map de slots, autorizações de pousos e decolagens no terminais, que pertenciam a Avianca, que suspendeu as operações em maio. Com a decisão efetuada ontem (14), dos 41 slots da Avianca, a MAP vai operar 12; a Azul 15, e a Passaredo ficou com 14. Todos eles, nos horários que eram operados pela Avianca Brasil na pista principal. “A aprovação ocorreu após análise realizada em conjunto com o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) dos requisitos operacionais e de performance das aeronaves das empresas aéreas. Após a aprovação, as empresas poderão iniciar a oferta de voos de acordo com os horários alocados e as rotas registradas”, disse a Anac.
A 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra exposição à violência fatal a que os policiais brasileiros estão sujeitos. Em 2018, 343 policiais civis e militares foram assassinados, 75% dos casos ocorreram quando estavam fora de serviço e não durante operações de combate à criminalidade. A violência a que os policiais estão permanentemente expostos tem efeitos psicológicos graves. Em 2018, 104 policiais cometeram suicídio – número maior do que o de policias mortos durante o horário de trabalho (87 casos) em confronto com o crime. “No senso comum, o grande temor é o risco da violência praticada por terceiros, mas na verdade o suicídio está atingido gravemente os policiais e não está sendo discutido e enfrentado de forma global”, aponta Cristina Neme, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que edita o anuário. “É um problema muito maior que muitas vezes é silenciado. São os fatores de risco da profissão que levam ao estresse ocupacional. Eles passam por dificuldades que outras pessoas podem ter, mas que no caso do policial esses problemas, quando associados ao estresse psicológico da profissão e do acesso à arma, pode facilitar esse tipo de ocorrência”, lamenta a pesquisadora. Letalidade O Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra que houve queda de 10,43% de mortes violentas intencionais em 2018. Mas apesar da queda verificou-se que ao mesmo tempo cresceu em 19,6% o número de mortes decorrentes de intervenções policiais. A ação da polícia é responsável por 11 de cada 100 mortes violentas intencionais no ano passado, quando 6.220 pessoas morreram após intervenção policial, uma média de 17 pessoas mortas por dia. O perfil das vítimas repete a situação encontrada em outros anuários: 99,3% eram homens, quase 78% tinham entre 15 e 29 anos, e 75,4% eram negros. Para a pesquisadora Cristina, os números correspondem a uma decisão superior de ação policial. “A atitude da liderança política é fundamental para reverter o quadro de letalidade e promover políticas de segurança mais eficazes”, assinala a especialista que reclama de “discursos demagógicos e falaciosos que legitimam a prática da violência”.
O prazo de cinco sessões, previsto pelo regimento do Senado para votação da reforma da Previdência, começou a ser contado hoje (10). Nesta terça-feirta, o plenário da Casa recebeu uma sessão temática para discutir a matéria, da qual participou o relator da reforma, Tasso Jereissati (PSDB-CE). O senador presidiu parte da sessão e ouviu a ponderação de alguns dos convidados. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho – Arquivo/Agência Brasil O secretário especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, um dos grandes articuladores da reforma pelo lado do governo federal, afirmou que o governo projeta uma economia de R$ 876 bilhões em 10 anos, já considerando as mudanças feitas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, na semana passada. Antes de o texto da reforma chegar à CCJ, a economia projetada era de R$ 933,5 bilhões. Ainda nas projeções do governo, haverá uma economia, em 10 anos, de R$ 621,3 milhões, considerando apenas a previdência do regime geral. A economia por indivíduo chegaria a R$ 8,7 mil. Já entre servidores federais, a economia no mesmo período seria de R$ 159,8 milhões, sendo R$ 114,1 mil a economia por indivíduo. Marinho frisou que o país não tem recursos suficientes para sustentar a previdência atual, e áreas importantes sofrerão o impacto do déficit previdenciário. “O acréscimo à nossa divida é R$ 40 bilhões ano a ano, o que impede que o Estado tenha recursos para investir. Faltam recursos para educação, saúde e segurança pública, [ou seja,] para os mais pobres”, afirmou o secretário. A sessão também recebeu Ricardo Berzoini, que foi ministro da Previdência Social de janeiro de 2003 a janeiro de 2004. Para Berzoini, uma reforma da Previdência deve preservar o conceito de proteção social previsto pela Constituição de 1988. “Aqui se estabelece uma troca entre crianças e idosos. Precisamos tirar dinheiro dos idosos para proteger as crianças. Eu digo algo diferente: ‘precisamos tributar os bilionários, os latifundiários, os banqueiros, para que possamos ter dinheiro para fazer as políticas públicas que o Brasil precisa. […]’ É mentira que essa reforma combate privilégios.”, disse. Berzoini apresentou como base de seu argumento o fato de a proposta não atingir a atual legislatura do Congresso e de a reforma da Previdência para os militares ser, segundo ele, “um projeto muito simpático”. “Para parlamentar é só daqui para a frente, para quem se eleger em 2022. Para milita,r é um projeto muito simpático, acompanhado de um aumento salarial. Agora, para pensionista, há uma redução de 40%”, destacou. Sem citar Berzoini, o secretário Rogério Marinho rebateu a proposta de tributação de grandes fortunas. “Ouvimos aqui que devemos taxar grandes fortunas ou dividendos. Bom, maravilhoso. Pessoas que aqui vieram passaram 13 anos no governo e não o fizeram. O Brasil precisa mudar sua situação tributária, mas em outro momento, em outro projeto de lei. Aqui estamos tratando de Previdência.” Ao defender a reforma, o economista Paulo Tafner ressaltou que o perfil populacional do Brasil está mudando e que isso exige …
O Código de Defesa do Consumidor, que completa 19 anos nesta quarta-feira (11), foi criado para garantir os direitos da parte hipossuficiente da relação, ou seja, a parte mais fraca, no caso o consumidor. A legislação, que começou a valer no dia 11 de março do ano seguinte, trata das relações de consumo em todas as esferas: civil, definindo as responsabilidades e os mecanismos para a reparação de danos causados, administrativa, definindo os mecanismos para o poder público atuar nas relações de consumo, e penal, estabelecendo novos tipos de crimes e as punições para quem não segue a lei. Hoje a Agencia Brasil apresenta um quiz, um jogo, para que o leitor testar seus conhecimentos sobre os direitos previstos nessa legislação. As respostas foram retiradas do Manual de Direito do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor. Quiz 1- Sou dentista e contratei empresa para colocar tapete no consultório. O prazo para instalação era de uma semana. Já se passaram 15 dias e nada. É verdade que Pessoa Jurídica não é considerada consumidor pelo Procon?No caso analisado, o dentista é considerado consumidor, uma vez que de acordo com o artigo 2° do CDC “consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. 2- Comprei na concessionária um carro novo há dois meses. Ao viajar, o capô apresentou um defeito que impedia a visão do motorista. Quem deve arcar com o reparo?Os produtos colocados no mercado não podem acarretar riscos à saúde e segurança dos consumidores. No caso, a abertura involuntária do capô gera para o consumidor o risco de acidente. Assim, o consumidor deve solicitar junto à concessionária em que adquiriu o carro o conserto do capô, sem qualquer ônus. Se for constatado que o defeito apresentado pelo veículo também está presente em outros veículos da mesma série de produção, a empresa deverá promover o Recall (chamamento), que envolve a comunicação do fato aos órgãos competentes, a ampla divulgação aos consumidores sobre os riscos do produto, bem como a realização de providências para corrigir o defeito dos produtos já comercializados. 3- Comprei uma TV em loja física. O aparelho apresentou problema. Procurei a assistência técnica indicada no manual. Todas estavam fechadas. Fui à loja e informaram que não podia fazer nada. De quem é a responsabilidade?O CDC estabelece em seu art. 18 que a responsabilidade por vício da cadeia produtiva é solidária. Dessa forma, todos, inclusive as empresas que comercializam os bens duráveis, no presente caso a loja B, respondem pelos vícios de qualidade que tornem impróprios os bens de consumo. A inexistência de assistências técnicas na cidade não exclui a responsabilidade de todos os fornecedores de sanarem o vício do produto. Assim, cabe ao lojista e ao fabricante resolverem o problema, ainda que por meio da substituição do produto viciado por outro. 4- Paguei a mais por uma garantia estendida de um computador. A vendedora me disse que cobria qualquer reparo e que haveria troca se apresentasse defeito. Infelizmente, não trocaram o produto. Eles devem me garantir um novo?Primeiramente é importante esclarecer …
Usar um sensor para prever se vai chover em uma propriedade e, assim, identificar o melhor momento de aplicar um defensivo agrícola. Ter um equipamento em um trator que monitora se ele para ou quebra de modo a permitir uma manutenção rápida. Inserir pequenos aparelhos no solo para ter indicadores para o plantio, como por exemplo, o nível de umidade. Essas são algumas das aplicações da chamada Internet das Coisas (IdC) que começam a ser implantadas em projetos no campo. A IdC (ou IoT, sigla em inglês para “Internet of Things) é um nome dado a um conjunto de tecnologias que permite um monitoramento mais eficiente, em diversas áreas e em tempo real por meio de dinâmicas de comunicação máquina a máquina com diversas finalidades, como elevar a capacidade de monitoramento e controle sobre uma determinada atividade, como nos exemplos citados acima. Essas tecnologias trazem novas possibilidades na gestão da produção rural. Satélites com serviços mais acessíveis viabilizam o monitoramento de lavouras. Colheitadeiras modernas permitem saber a produtividade por talhão (unidade por área). Soluções de irrigação inteligente avaliam o nível de água no solo para evitar desperdício e diminuir gastos. Segundo a chefe-geral da unidade de informática agropecuária da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá, embora várias dessas tecnologias estejam começando a ser adotadas no Brasil, o país ainda está em um estágio inicial no emprego de IdC no campo e tem como desafio integrar os projetos e soluções sendo utilizadas. “O desafio nosso é o fato de que você já tem vários tipos de dispositivos. Mas não tem ainda estes conectados ou porque não tem conectividade no campo ou porque os dados são heterogêneos ou porque não tem forma de integrar em aplicação”, explica a chefe da Embrapa. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2018, do Comitê Gestor da Internet, enquanto o percentual de brasileiros conectados nos centros urbanos chega a 80%, nas áreas rurais ele fica em 59%. Projetos-piloto Um dos projetos-piloto em desenvolvimento pela Embrapa tem como foco o monitoramento de pragas e doenças. Por meio do monitoramento e previsão do clima com o uso de estações meteorológicas o objetivo é evitar a incidência de ferrugem asiática na soja. “O sistema vai receber a data mais certa para aplicar o defensivo dependendo do clima, cruzando com dados da doença. Vamos medir se isso realmente ajudou a reduzir custo e aumentou produtividade”, explica Silvia Massruhá. Outro projeto, também coordenado pela empresa pública, envolve a otimização de formas denominadas no setor de “integração lavoura, pecuária e floresta”. Um produtor de soja, por exemplo, que planta durante três meses fica com a área ociosa no restante do ano. Ele poderia, com auxílio das tecnologias, encontrar outros usos para o solo, como o plantio de pastagem para a criação de gado. Ao lado do pasto poderia ser plantado eucalipto, o que possibilita sombra para os animais. Os sistemas de Internet das Coisas no projeto-piloto vão medir diversos aspectos dessa integração. É o caso dos níveis de adubação do solo. Os bois terão …
O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) foi às lágrimas, ontem, com o renascimento na pia batismal pelas mãos do Padre Airton Freire, da Fundação Terra, em Arcoverde. A missa domingueira celebrou os 35 anos de bênçãos da instituição e a recuperação da saúde de Patriota. A igreja lotou, com presenças também de autoridades, como a prefeita Madalena Brito, na foto com o padre e Patriota, descerrando a fita de inauguração de um centro odontológico, fruto de ajuda do parlamentar, através de emendas. “A Fundação Terra acredita que promover educação de qualidade para crianças e adolescentes é um passo fundamental para romper o ciclo de pobreza, a desigualdade e a injustiça social”, disse o padre. Diante desse desafio, segundo ele, a instituição mantém duas escolas, três creches e ações complementares para dar uma nova oportunidade de vida a mais de 1.400 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social atendidos diariamente, em Arcoverde (PE) e Maracanaú (CE). Nessas três décadas e meia, a organização vem realizando grandes transformações na vida de quem mais precisa, sobretudo para romper o ciclo com o qual as crianças e os adolescentes seguiriam se não tivessem o apoio dos projetos. Crianças que dependem também da escola da zona rural são exemplos disso. Se não houvesse o trabalho da Fundação Terra, possivelmente não teriam onde estudar, uma vez que dependem do transporte escolar da instituição para buscá-los e levá-los todos os dias. Muitos moram no Sítio Xucurus, em Buíque, numa casa bem simples, de taipa, com quatro cômodos e a única renda que possuem é o Bolsa Família.
O ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, anunciou na segunda-feira (9) a simplificação na medicação de combate à tuberculose em crianças de até dez anos. Atualmente, o tratamento é feito com três comprimidos na fase intensiva do combate à doença e dois comprimidos na fase moderada. A partir de 2020, um comprimido efervescente, aplicado em cada fase, reunirá os compostos de toda a medicação necessária. “É a mesma dosagem, a mesma posologia. Como passa a ser? Uma dose fixa combinada. Um único comprimido reunindo os três medicamentos na fase intensiva e [um comprimido reunindo] dois na fase de manutenção, sem a perda da eficácia”, disse o ministro em coletiva no ministério. Na fase intensiva, o tratamento é feito com os medicamentos Rifampsina 75mg, Isoniazida 50mg e Pirazinamida 150mg. Na fase de manutenção, são utilizados os dois primeiros. A alteração na medicação, segundo o ministro, estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) “até o primeiro semestre do ano que vem”. Segundo o ministro, o tratamento para adultos tem se mostrado eficaz e continua da forma atual.
O Brasil registrou 57.341 mortes violentas intencionais em 2018, redução de 10,43% em relação ao ano anterior, quando o número chegou a 64.021. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019, divulgado hoje (10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O total de 2018 é o menor desde 2013 (55.847 casos). A taxa de homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes chegou a 27,5 no país em 2018, enquanto em 2017 era de 30,8 – uma redução de 10,8%. No recorte por unidades federativas, as maiores taxas estão em Roraima (66,6), no Amapá (57,9), no Rio Grande do Norte (55,4) e no Pará (54,6). Já as menores foram registradas em São Paulo (9,5), Santa Catarina (13,3), Minas Gerais (15,4) e no Distrito Federal (16,6). O estudo associa a taxa de homicídios em Roraima e no Amapá à atuação de facções criminosas nessas regiões. “Em Roraima, onde essa guerra entre PCC [Primeiro Comando da Capital], CV [Comando Vermelho] e grupos locais ainda não se resolveu, muito pelo contrário, as taxas de homicídios dolosos subiram 227% nesta década”. No caso do Amapá, o anuário destaca o cenário como “ainda mais dramático”. Os dados mostram que a taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes cresceu 1.100% em sete anos. “Serviços de inteligência atestam a existência de sete facções criminais no estado, ainda em guerra no início de 2019”, aponta o estudo.
Depois de participar, ao lado do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, de mais uma rodada do Seminário Todos por Pernambuco, em Garanhuns, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) percorreu mais nove municípios em três dias, conversando com a população, levando uma prestação de contas do seu mandato e identificando soluções que possam trazer melhorias para as comunidades. A agenda começou na sexta-feira (6), em Itaíba, com uma reunião promovida por José Rodrigues Pereira (Jorge do Cachorro Quente), presidente da Câmara de Vereadores. O plenário da casa Gerson Maranhão ficou lotado, na pauta: professores reivindicaram a falta de pagamento dos precatórios e os motoristas de transporte alternativo e escolar, discutiram sobre o projeto de Lei 4.901/19, de autoria de Gonzaga Patriota, para suprimir a Lei 13.855/19, que aumenta a punição para os transportes alternativos. “Por onde eu passo esse é o assunto mais abordado. Motoristas, que sustentam suas famílias através do transporte alternativo e escolar estão preocupados com esta lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas com o meu Projeto de Lei aprovado, vamos conseguir anular esse absurdo que é prejudicar esses trabalhadores e a sociedade que se mobiliza no transporte alternativo que, há muito tempo, transporta essas pessoas de locais mais carentes para os grandes centros”, avaliou Patriota. Ainda em Itaíba, o socialista anunciou o envio de duas emendas parlamentares para aquisição de uma ambulância e mais um kit agrário composto de um trator equipado para servir aos itaibenses na preparação de terras para plantios e outros afins. Após, seguiu para Manarí onde tratou também sobre a questão do transporte alternativo com o líder comunitário e Manoel Contador e com o vereador e presidente da Câmara, José Eraldo e demais vereadores do município. Já em Buíque, Patriota realizou algumas visitas, dentre elas a Luiz Nilson, do supermercado Menor Preço Real, seu eleitor desde a primeira eleição e concedeu entrevista na Rádio Buíque. Ainda passou por Arcoverde onde se reuniu com lideranças e políticos da região. Já à noite, o deputado esteve em Itapetim e, depois, em Brejinho, participando do tradicional desfile cívico em comemoração ao Dia da Independência. Depois partiu para Afogados da Ingazeira, onde visitou vários amigos, dentre eles, o seu compadre Tontonho Valadares e o radialista Anchieta Patriota. Gonzaga Patriota passou o feriado em Serra Talhada, ao lado do prefeito Luciano Duque e demais autoridades, conferindo a grande festa e o desfile de 07 de setembro. Cerca de 40 alas compostas por escolas municipais, estaduais e particulares, instituições públicas, setores da sociedade, Exército, Polícias Militar e Civil, Folhas Outonais, a Filarmônica Vilabelense, motociclistas, jipeiros e grupos de cavalgada participaram do evento. “É um desfile histórico, um dos maiores de Pernambuco, que visito todos os anos”, avaliou. Patriota ainda conferiu as comemorações da data, em Triunfo e se encontrou com o vereador Nego Rico e se reuniu com transportadores alternativos e escolares da Capital do Turismo Sertanejo. No domingo (08), Gonzaga Patriota participou da celebração dos 35 anos da Fundação Terra, presidida pelo Padre Airton, que aproveitou a missa …
A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (9) o ex-presidente Lula e um dos irmãos dele, José Ferreira da Silva, sob acusação de corrupção passiva continuada. A denúncia afirma que o irmão, conhecido como Frei Chico, recebeu mesada da Odebrecht de 2003 a 2015 dentro de um pacote de vantagens indevidas oferecidas ao petista. Leia também:Lula é 1ª vítima do uso da Justiça contra esquerda, diz MélenchonJuiz cita interceptação ilícita e nega acesso de Lula a mensagens da Lava Jato Segundo a acusação, o valor total chega a R$ 1,1 milhão, divididos em repasses de R$ 3.000 a R$ 5.000 ao longo do período. Também são denunciados Alexandrino Alencar, delator e ex-executivo considerado elo da Odebrecht com Lula, Emílio Odebrecht, patriarca do grupo, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente do conglomerado empresarial. A denúncia afirma que valores foram entregues em espécie para Chico em encontros marcados em São Paulo. O relacionamento começou, dizem os procuradores, quando o irmão de Lula foi procurado pelo grupo, nos anos 1990, como interlocutor com movimentos sindicais. Segundo os procuradores, à época uma das empresas da Odebrecht pagava a ele por consultoria sindical, em serviço efetivamente prestado. Em 2002, ano em que Lula foi eleito presidente, o contrato foi rescindido. Mais adiante, segundo a denúncia, com a posse, começaram os pagamentos periódicos, sem que qualquer trabalho fosse prestado. A equipe da Lava Jato diz que os repasses só foram interrompidos com a prisão de Alencar, em 2015. A denúncia, além de depoimentos dos delatores, cita informações do sistema Drousys, usado para organizar pagamentos de propina, no qual o codinome atribuído ao acusado é “Metralha”. Lula é incluído na denúncia porque, segundo a acusação, a Odebrecht optou pelos repasses para obter benefícios junto ao governo federal da época. Como contrapartida, é mencionada a articulação da empresa para evitar o retorno da Petrobras ao setor petroquímico, onde a Odebrecht atua por meio da Braskem. Também foi incluído na denúncia um email de 2010 em que Alexandrino Alencar fala em “manter o programa do irmão do chefe”. Frei Chico é considerado o responsável por introduzir Lula no movimento sindical no ABC paulista, no anos 1970. O ex-presidente tem negado ter recebido vantagens relatadas na delação da Odebrecht, homologada em 2017. A defesa vem afirmando que ele tem sido alvo de perseguição judicial em processos no Paraná, São Paulo e no Distrito Federal. Lula está preso desde abril em 2018 em Curitiba, cumprindo pena por condenação por corrupção e lavagem no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Com o objetivo de forçar o Governo estadual a dialogar com a categoria e realizar a correção de uma distorção cometida pelo governo de Pernambuco, que aumentou a carga horária dos Policiais Civis em 1/3 sem as devidas compensações salariais, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco realiza, nesta terça-feira (10), uma passeata. O ato contará com a participação de inúmeras comitivas de policiais de todas as regiões do estado e está marcado para começar às 16h30, na sede do Sinpol. Em seguida, os Policiais vão até o Palácio do Governo, onde entregarão uma lista de reivindicações e em seguida farão uma assembleia geral para deliberar em cima da postura adotada pelo governo. O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, foi enfático: “de forma alguma queremos prejudicar a população. Mas a verdade é que ela já vem sendo prejudicada, à medida que não conseguimos desempenhar nosso trabalho da forma ideal. Os Policiais Civis de Pernambuco não estão pedindo aumento salarial, querem apenas respeito, justiça e condições de trabalho para atender melhor o povo pernambucano”, revela. Uma das possibilidades que pode ser aprovada na assembleia é que a categoria entregue as cotas do Programa de Jornadas Extraordinárias de Segurança (PJES) no mês de outubro. (Foto: Sinpol-PE)
Ninguém acertou os seis números da Mega-Sena sorteada na noite de hoje (9), um sorteio que ocorreu excepcionalmente na segunda-feira devido à Loto Fácil da Independência, cujo sorteio foi na sexta-feira. Para o próximo concurso, com o sorteio na quarta-feira (11), a estimativa de Caixa é que o prêmio chegue a R$ 90 milhões. Os números sorteados foram 12, 18, 19, 27, 41 e 46. O sorteio do concurso 2.186, realizado em Espaço Loterias da Caixa em São Paulo (SP), teve 131 apostas ganhadoras na quina, cada uma levando um prêmio de R$ 39,64 mil, e 11.409 apostas ganhadoras na quadra, com prêmios de R$ 650,18. As apostas para o próximo podem ser feitas em qualquer lotérica até as 19h ou pelo próprio site da Caixa.
A superexposição é um grande problema da atualidade e pode destruir carreiras sólidas, alerta o empresário Marcus Montenegro, CEO da Montenegro Talents. “Você vê quantas pessoas consagradas podem ser massacradas, às vezes, com uma coisa dita no momento errado ou de forma mal interpretada”, diz Montenegro em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões que vai ao ar nesta terça-feira, às 23h, na TV Brasil. Para ele, no momento em que todos usam as redes sociais para “apontar o dedo”, é preciso se preservar para construir uma trajetória de sucesso. “Vivemos na rede do achismo. Conteúdo zero. Todos têm opinião para tudo. O profissional tem que ser reservado ao máximo, expor o mínimo da vida pessoal. E apresentar conteúdo”. O empresário tem, em sua agência, mais de 350 atores, diretores e autores. No seu casting, há nomes como Francisco Cuoco, Eva Wilma, Irene Ravache, Rosamaria Murtinho, Cláudia Raia, Thalita Rebouças, entre outros. Hoje ele também faz palestras para centenas de pessoas que querem entrar para o mundo artístico. Na empresa, Montenegro é taxativo: “famosos de 15 minutos não entram”. Para agenciar um novo talento, ele exige formação e disciplina. “Ator, para mim, que não estuda não é ator. Eu gosto de ator que tem preparo psíquico, cultural e físico. Uma inteligência emocional. Hoje, se o artista não tiver esse todo, ele não sobrevive. Os quinze minutos de fama podem surgir para todo mundo. O mais difícil não é nem entrar, é permanecer”, observa. Muito do que Marcus Montenegro aprendeu e viveu em mais de 30 anos de trabalho no ambiente artístico estará na biografia Caçador de Talentos. O livro está sendo escrito por Arnaldo Bloch e será lançado em maio de 2020. A obra, segundo ele, apresentará uma visão completa do mercado, dos profissionais e vai homenagear grandes artistas. Tudo entrelaçado com a trajetória do empresário, que tem muita história para contar. Na adolescência, Montenegro queria ser médico, mas não passou na universidade federal e resolveu dar uma virada no projeto de vida. Apaixonado pela arte, percebeu que era uma pessoa da comunicação. Ainda na faculdade, começou a estagiar numa produtora de vídeo institucional. Aprendeu noções de câmera, edição, direção, produção e roteiro, identificando-se imediatamente com a produção. Com a ânsia de aprender mais, deixou de ter carteira de trabalho assinada para estagiar no programa ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios”, que está no ar até hoje. Decidiu seguir a carreira de produtor teatral, com apenas 19 anos. “Era a minha alma, o meu desejo. Até que tive a felicidade, em 1990, de conhecer o Wolf Maia e nós montamos a Companhia do Lobo”, lembra. Logo fez sucesso e ganhou o Prêmio de Melhor Produtor do Ano com o musical Blue Jeans. Lançou artistas como Fábio Assunção, Maurício Mattar, Alexandre Frota. “Foi um estouro, no Brasil não havia essa tradição de fazer grandes musicais no teatro”. Produziu outros musicais e conquistou mais premiações. Foi quando conheceu Nilson Raman, empresário da cantora Bibi Ferreira, que começou a agenciar artistas. A atriz Nathalia Timberg foi a primeira cliente. “Nathalia …
Pesquisa divulgada hoje (9) pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) revela que o número de beneficiários de planos de saúde caiu 0,3% – o equivalente à perda de 133,3 mil vínculos – entre julho deste ano e igual mês do ano passado, somando um total de 46,99 milhões de pessoas. De acordo com o IESS, esta é a primeira vez, desde março de 2012, que as carteiras das operadoras de planos de saúde têm menos de 47 milhões de vínculos. Segundo o superintendente executivo do IESS, José Cechin, a redução do número de beneficiários não está em desalinho com o que vem acontecendo no setor nos últimos anos. Cechin lembrou que, nos planos médico-hospitalares, o pico de queda foi sentido a partir de dezembro de 2014 e que 3 milhões de beneficiários deixaram os planos em 2015 e em 2016 – 1,5 milhão em cada ano, e mais um pouco em 2017. “Foram mais de 3 milhões de perdas de vínculos de planos médico-hospitalares em 2015, 2016 e 2017. De então para cá, o setor veio andando de lado. Um momento sobe, um momento cai e fica oscilando em torno de 47,1 milhões e 47,2 milhões [de beneficiários]. Desta vez, oscilou para baixo”, disse Cechin à Agência Brasil. Apesar disso, houve aumento de 2,2% na quantidade de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais, o que equivale a 147,3 mil novos contratos, ressaltou. Para Cechin, a redução de 0,3% registrada nos 12 meses findos em julho “é um pequeno soluço”, e a expectativa para o próximo resultado é de recuperação. Ele disse que tem sido assim nos últimos meses e que não acredita que isso tenha iniciado uma tendência de decréscimo do número de beneficiários.” É apenas uma oscilação circunstancial, conjuntural.” Cechin lembrou que as empresas costumam oferecer planos de saúde a seus funcionários: dois terços dos planos médico-hospitalares são corporativos. “Se, nas empresas, há desemprego, as pessoas que tinham emprego perdem o plano”, lamentou. Segundo ele, isso explica a grande saída de beneficiários dos planos de saúde em 2015 e 2016. Ele disse que, quando a economia voltar a crescer, as empresas terão melhores condições financeiras e vão contratar pessoal que terá planos de saúde. Odontológicos Em contrapartida à queda de vínculos nos planos médico-hospitalares, os que cobrem tratamentos odontológicos mantêm trajetória de crescimento. Quando o segmento teve início, com regulamentação a partir de 2000/2001, havia menos de 1 milhão de beneficiários, lembrou Cechin. Atualmente, esses planos detêm 24,96 milhões de beneficiários, e a tendência é de expansão. “É tradição desse mercado crescer continuamente, mesmo na recessão e na crise”, disse Cechin, que atribuiu a expansão do setor odontológico à mensalidade paga, que é mais baixa que a de um plano médico, e as pessoas podem pagar. Ele acrescentou que muitas empresas que gostariam de oferecer um plano médico a seus funcionários ainda não têm porte, nem economicidade, renda e finanças para tal, e optam pelo odontológico, cujo tíquete é bem mais baixo. O Instituto de Estudos …
O atendimento de equipes especializadas e multidisciplinares pode ser determinante para evitar o suicídio. A opinião é do psiquiatra Leonardo Luz, do Conselho Federal de Medicina. “O Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – 192] deve ser acionado porque é uma emergência médica”, afirma. Representante do Piauí, o médico reconhece, no entanto, que não há em todas as localidades do país serviço de urgência para casos de suicídio. “Há relatos Brasil afora onde o Samu não têm equipe para o atendimento, os bombeiros e a polícia é que acabam cuidando. Eles podem até ser rápidos, mas não têm recursos para fazer esse atendimento”. No Distrito Federal, a Central de Informações Toxicológicas e Atendimento Psicossocial (Ceitap), da Secretaria de Saúde, mantém um carro do Samu disponível para equipe especializada, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e condutor socorrista. Segundo a gerente da Ceitap, a enfermeira Carla Pelloso, a equipe “consegue intervir no momento em que a pessoa está em situação na qual perde o controle dos próprios atos e tem esses pensamentos acentuados de morte”. A iniciativa envolve conversa e acolhimento para que “a pessoa deixe de pensar no ato [de matar-se], vislumbre outro caminho e perceba que aquela não é a única saída”. A psicóloga Janaína Milagres, especialista em psicopatologia e psicodiagnóstico infantil e psicologia hospitalar e da saúde, lembra que “o apoio psicológico no momento de crise é de grande importância para aliviar o sofrimento, diminuindo a angústia das emoções e das situações traumatizantes”. Conforme o psiquiatra Leonardo Luz, a interlocução é uma “fala ativa para ganhar tempo” e levantar informações “para classificar risco”, conhecer histórico pessoal e identificar o perfil de quem ameaça se matar. Entender os sinais De acordo com o site da campanha Setembro Amarelo, de esclarecimento sobre suicídio, entre as causas em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias (como álcool e drogas). O site informa que no Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano (mais de 1 milhão no mundo). Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais. Leonardo Luz diz que o suicídio é a última etapa de um processo que, em geral, segue os momentos de ideação, planejamento ou intenção e tentativa. A avaliação médica pode identificar a necessidade de psicoterapia e de prescrição de medicamentos. Para Janaína Milagres, é necessário que familiares e amigos fiquem atentos ao comportamento. A avaliação é de que antes do ato de suicídio a pessoa exibe sinais que poderão resultar na tentativa. “O pedido de socorro acontece de várias formas. Muitas atitudes podem ser previsões de um comportamento suicida, como alta agressividade e nível extremo de impulsividade”.